quarta-feira, 25 de junho de 2025

EVANGELHO DO DIA 29 JUNHO 2025 - SÃO PEDRO E SÃO PAULO APÓSTOLOS

 

29 junho - Restauremos os lindos tempos da antiguidade, quando o sacerdócio se mostrava venerando aos povos pela vivíssima fé e pela caridade profunda! (L 11). São José Marello

Mateus 16,13-19

"Jesus foi para a região que fica perto da cidade de Cesaréia de Filipe. Ali perguntou aos discípulos:
- Quem o povo diz que o Filho do Homem é?
Eles responderam:
- Alguns dizem que o senhor é João Batista; outros, que é Elias; e outros, que é Jeremias ou algum outro profeta.
- E vocês? Quem vocês dizem que eu sou? - perguntou Jesus.
Simão Pedro respondeu:
- O senhor é o Messias, o Filho do Deus vivo.
Jesus afirmou:
- Simão, filho de João, você é feliz porque esta verdade não foi revelada a você por nenhum ser humano, mas veio diretamente do meu Pai, que está no céu. Portanto, eu lhe digo: você é Pedro, e sobre esta pedra construirei a minha Igreja, e nem a morte poderá vencê-la. Eu lhe darei as chaves do Reino do Céu; o que você proibir na terra será proibido no céu, e o que permitir na terra será permitido no céu.
"

Reflexão para a Mateus 16,13-19 Solenidade de São Pedro e São Paulo Mateus 16,13-19

Todos os anos, na solenidade dos apóstolos Pedro e Paulo, a liturgia propõe Mateus 16,13-19 para o Evangelho, texto que contém a famosa confissão de fé de Pedro na região de Cesaréia de Filipe. Esse é um relato comum aos três Evangelhos Sinóticos (cf. Mt 16,13-19; Mc 8,27-30; Lc 9,18-21), embora a versão de Mateus apresente mais elementos próprios, o que lhe rendeu uma maior valorização na reflexão teológica ao longo dos séculos, sobretudo, no cristianismo católico.

A recordação dos apóstolos é sempre importante para a vida da Igreja, porque a ajuda a manter-se alinhada às suas origens, não obstante os desgastes históricos. Pedro e Paulo foram imprescindíveis para o cristianismo das origens conservar os ensinamentos de Jesus e, ao mesmo tempo, para se espalhar e crescer, extrapolando os limites culturais e geográficos do judaísmo e da Palestina. Olhando para o exemplo dos dois, a Igreja, de hoje e de sempre, é interpelada, cada vez mais, a renovar-se e edificar-se somente pela fé em Jesus Cristo, sem tomar como parâmetro nenhuma instituição terrena.

Antes de entrarmos na reflexão do texto em si, é necessário fazer algumas considerações a respeito do contexto do relato no conjunto do Evangelho. Esse trecho abre uma série de acontecimentos importantes da vida de Jesus e dos seus seguidores, como a transfiguração (cf. 17,1-7) e os dois primeiros anúncios da paixão (cf. 16,21-23; 17,22). Na verdade, podemos dizer que tais acontecimentos são consequência do episódio narrado no Evangelho de hoje, pois tanto a transfiguração quanto os anúncios da paixão são tentativas de Jesus revelar a sua verdadeira identidade, tendo em vista que os discípulos ainda não tinham tanta clareza dessa.

Recordamos o que sucede ao nosso texto no conjunto do Evangelho, mas também não podemos deixar de recordar o que lhe antecede: uma controvérsia com os fariseus, os quais pediam sinais a Jesus (cf. 16,1-4), e uma séria advertência aos discípulos para não se deixarem contaminar pelo fermento dos fariseus e saduceus (cf. 16,5-12). Esse fermento era a mentalidade equivocada sobre Deus e o futuro messias e, principalmente, a hipocrisia em que viviam. Mateus recorda tudo isso porque, certamente, a sua comunidade passava por uma crise de identidade: por falta de clareza da identidade de Jesus e falta de experiência autêntica com o Crucificado-Ressuscitado, o “fermento dos fariseus”, quer dizer a influência da sinagoga, estava atrapalhando a vivência das bem-aventuranças, e impedindo a realização do Reino dos céus naquela comunidade.

Agora podemos, portanto, direcionar nosso olhar para o texto que a liturgia nos oferece: “Jesus foi à região de Cesaréia de Filipe e ali perguntou aos seus discípulos: ‘Quem dizem os homens ser o Filho do homem?’” (v. 13). O texto começa com um indicativo espacial: Cesaréia de Filipe estava localizada no extremo norte de Israel, portanto, muito longe de Jerusalém. Como o próprio nome indica (homenagem a César), era um centro do poder imperial e, portanto, lugar de culto ao imperador romano. Certamente o evangelista e sua comunidade tinham um propósito muito claro ao narrar esse episódio e recordar a sua localização.

Longe de Jerusalém, os discípulos estariam isentos de qualquer influência da tradição religiosa judaica, ou seja, livres do fermento dos fariseus e, portanto, aptos a confessarem e professarem livremente a fé em Jesus, fora dos esquemas tradicionais da religião. Ao mesmo tempo, estando em uma região de culto ao imperador, a confissão da fé em Jesus seria um sinal de convicção e adesão ao projeto do Reino dos céus e uma demonstração da coragem que deve marcar a vida da comunidade cristã, chamada a testemunhar a Boa Nova e continuar a obra de Jesus, mesmo em meio às hostilidades impostas pelo poder imperial. Podemos dizer que professar a fé em Jesus é distanciar-se dos esquemas religiosos do judaísmo e, ao mesmo tempo, desafiar qualquer sistema que não coloque a vida e o bem do ser humano em primeiro lugar, como o império romano.

A pergunta de Jesus sobre o que dizem a respeito de si, ou seja, do Filho do Homem, não é demonstração de preocupação com sua imagem pessoal, mas com a eficácia do anúncio da comunidade. Até então, Jesus já tinha realizado muitos sinais entre o povo e ensinado bastante, mas pouca gente o conhecia verdadeiramente. Muitos o seguiam pela novidade que Ele trazia, uns pelo seu jeito diferente de acolher os mais necessitados e excluídos, outros para aproveitarem-se dos sinais que Ele realizava. Ele percebia tudo isso e, por causa disso, fez essa pergunta: “Que dizem os homens ser o Filho do Homem?” (v. 13b).

A resposta dos discípulos à pergunta de Jesus revela a falta de clareza que se tinha a respeito da sua identidade e, ao mesmo tempo, a boa reputação da qual ele já gozava diante do povo, certamente o povo simples, com quem Ele interagia e por quem lutava. Eis a resposta: “alguns dizem que é João Batista; outros, que é Elias, outros, ainda, que é Jeremias ou algum dos profetas” (v. 14). Sem dúvidas, Jesus estava bem-conceituado pelo povo, pois era reconhecido como um grande profeta. Mas Jesus é muito mais. Embora continuem sempre atuais, os profetas de Israel são personagens do passado. A comunidade cristã não pode ver Jesus como um personagem do passado que deixou um grande legado a ser lembrado. Isso impede a comunidade de fazer sua experiência com o Ressuscitado, presente e atuante na história.

A pergunta sobre o que as outras pessoas diziam a seu respeito foi apenas um pretexto. Na verdade, Jesus queria saber mesmo era o que seus discípulos pensavam de si. Por isso, lhes perguntou: “E vós, quem dizeis que eu sou?” (v. 15), uma vez que longe do “fermento dos fariseus”, os discípulos poderiam dar uma resposta sincera, isenta e livre. O texto afirma que“Simão Pedro respondeu: “Tu és o Messias, o Filho do Deus vivo” (v. 16). Não resta dúvida que os demais discípulos componentes do grupo dos doze também responderam. O evangelista enfatiza a resposta de Pedro por ser uma síntese do pensamento dos doze. Essa é a resposta do grupo e, portanto, da comunidade.

A resposta é complexa e profunda: Jesus é Messias e Filho e do Deus vivo. É muito significativo que Ele seja reconhecido e acolhido como o Messias esperado, ou seja, o Cristo, o enviado de Deus para libertar o seu povo e a humanidade inteira. Como circulavam muitas imagens de messias entre o povo, principalmente a de um messias guerreiro e glorioso, o segundo elemento da resposta de Pedro é de extrema profundidade e importância: “o Filho do Deus vivo” (em grego: ό υίόςτούΘεούτούζώντος hóhióstúTheútúzontos). Além de definir a qualidade e especificidade do messianismo de Jesus, essa expressão serve também para denunciar a falsidade do culto ao imperador romano, o qual exigia ser reverenciado como filho de uma divindade.

Com a resposta de Pedro, a comunidade cristã é chamada a proclamar que Jesus é, de fato, o Cristo (termo mais fiel ao texto grego do que Messias), é o Filho do Deus vivo, ou seja, seu Deus é o Deus da vida, enquanto os deuses pagãos cultuados no império romano e até mesmo o Deus oferecido pelo templo de Jerusalém eram privados de vida, eram agentes de morte, sobretudo para o povo simples e excluído. A convicção de que Jesus é o Filho do Deus vivo compromete a comunidade a denunciar e desafiar todos os sistemas religiosos e políticos que não favoreçam a promoção da liberdade e da vida plena e abundante para todos.

Jesus se alegra com a resposta de Pedro e o proclama bem-aventurado: “Feliz és tu, Simão, filho de Jonas, porque não foi um ser humano que te revelou isso, mas o meu Pai que está no céu” (v. 17).  Não se trata de um elogio por um mérito particular de Pedro, até porque o conhecimento não é dele, mas do Pai que lhe revelou. O que Jesus faz é uma constatação: as coisas começam a funcionar na comunidade, pois a voz do Pai está sendo ouvida; como o Pai só revela seus desígnios aos pequeninos (cf. 10,21), e Pedro está falando a partir do que o Pai lhe sugere, ele está demonstrando adesão plena ao projeto do Reino, inserindo-se no mundo dos pequeninos! O Reino de Deus ou dos céus, como Mateus prefere, é um projeto alternativo de mundo que só tem espaço para quem aceita a condição pertencer ao mundo dos pequeninos. A bem-aventurança de Pedro consiste em abrir-se à vontade do Pai e deixar-se conduzir por essa.

Na continuidade, Jesus declara: “Por isso eu te digo que tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja” (v. 18a). Jesus está declarando que Pedro está apto a participar da construção da sua comunidade, por estar aberto às intuições do Pai. Ao contrário da antiga religião judaica que precisava de um templo de pedras, a comunidade cristã é uma construção sim, mas pela sua coesão e unidade, por isso, na sua construção são necessárias pedras vivas. Pedro é uma destas pedras escolhidas por Jesus, a primeira, sem dúvidas. A pedra fundamental da construção é a fé da comunidade. A força, o equilíbrio e a perseverança da comunidade dependem da solidez da sua fé. Por isso, é necessário que essa fé seja forte como uma rocha, comparável a fé que Pedro tinha acabado de professar.

É importante esclarecer que Mateus usa duas palavras gregas muito parecidas para designar Pedro e pedra: Πέτρος– Petros e πέτρα- petra. Embora muito próximas, é possível distingui-las: “Petros”que foi transformada no nome próprio Pedro, designa pedra, pedregulho ou tijolo, uma pedra pequena e removível, uma pedra de construção; “petra”, por sua vez, designa a superfície rochosa, base ideal para os fundamentos de uma construção segura. São estas as bases necessárias para a edificação da Igreja enquanto comunidade do Reino. Portanto, Jesus diz que Pedro (petros) é uma pedra-tijolo da construção, e a pedra-rocha (petra) é a fé que ele professou, a superfície rochosa sobre a qual a Igreja é edificada.

Ao contrário do templo de Jerusalém e dos templos pagãos que haviam na região de Cesaréia de Filipe, construídos sobre pedras concretas e visíveis e, portanto, passíveis de destruição, a comunidade cristã não correrá esse risco se for edificada conforme Jesus pensou, ou seja, tendo a fé por fundamento. Por isso, Ele declara: “e o poder do inferno nunca poderá vencê-la” (v. 18b). Aqui Ele se refere às hostilidades que a comunidade irá enfrentar em seu longo percurso até a realização plena do Reino aqui na terra. São as forças de morte manifestadas nos diversos sistemas de dominação, tanto políticos quanto religiosos. A comunidade precisa de uma fé muito consistente para resistir a tudo isso.

No último versículo temos mais uma declaração significativa de Jesus a Pedro e à comunidade dos discípulos: “Eu te darei as chaves do Reino dos céus: tudo o que ligares na terra será desligado nos céus; tudo o que desligares na terra será desligado nos céus” (v. 19). Mais que delegando poderes, Jesus está responsabilizando a comunidade para fazer o Reino dos céus acontecer já aqui na terra. A comunidade recebe “as chaves do Reino dos céus” porque é nela que se faz a experiência da fé e da comunhão profunda com Deus, através da prática das bem-aventuranças (cf. 5,1-12), e é isso que torna alguém apto para entrar nos céus. Qualquer um que professa convictamente a fé em Jesus e vive seu programa de vida expresso nas bem-aventuranças tem a chave de acesso ao Reino. “Ligar e desligar” é, portanto, responsabilidade, e não poder. 

Com essas imagens tão fortes (chaves – ligar – desligar) Jesus convida a sua Igreja, comunidade do Reino, a viver sempre em perfeita sintonia com Ele mesmo e com o Pai, de modo que tudo aquilo que a comunidade experimentar será referendado pelos céus! Ele dá as chaves para a sua comunidade abrir a todos o Reino que os escribas e fariseus tinham trancado (cf. 23,13). Todo cristão e cristã possui as chaves do Reino, porque o seu testemunho pode abrir ou fechar o Reino para alguém! Que a memória dos apóstolos Pedro e Paulo renove na Igreja a fé autêntica no Crucificado-Ressuscitado, e a sua índole missionária.

Dia 29

Quem não gosta de crianças?

Quando estendem os pequenos braços para pedir carinho e atenção, os adultos ficam fascinados.

Elas merecem respeito, amor, paciência e dedicação.

Por isso, é dever de todos cuidar dos pequenos, pois sua pureza e inocência é o que existe de mais belo na face da terra.

Cuide com muito carinho das crianças carentes e necessitadas.

“E quem acolher em meu nome uma criança como esta estará acolhendo a mim mesmo”. (Mt 18,5).



terça-feira, 24 de junho de 2025

Evangelho do dia 28 junho sábado 2025 - IMACULADO CORAÇÃO DE MARIA

 

IMACULADO CORAÇÃO DE MARIA

28 junho - A Igreja possui ainda recursos tais que são capazes de fazer tremer os seus inimigos. (L 18). São Jose Marello.


Leitura do santo Evangelho segundo São Lucas 2,41-51

"Todos os anos, os pais de Jesus iam a Jerusalém para a festa da Páscoa. Quando completou doze anos, eles foram para a festa... Terminada a festa, enquanto eles voltavam, Jesus ficou em Jerusalém, sem que seus pais percebessem... caminharam um dia inteiro. Começaram então a procurá-lo... Mas, como não o encontrassem, voltaram a Jerusalém... Depois de três dias, o encontraram no templo, ...entre os mestres, ouvindo-os e fazendo-lhes perguntas. Todos aqueles que o ouviam ficavam maravilhados com sua inteligência e suas respostas. Quando o viram... sua mãe lhe disse: "Filho, por que agiste assim conosco? Olha, teu pai e eu estávamos... à tua procura!" Ele respondeu: "Por que me procuráveis? Não sabíeis que eu devo estar naquilo que é de meu Pai?" Eles, porém, não compreenderam esta palavra. Jesus desceu, então, com seus pais para Nazaré e era obediente a eles. Sua mãe guardava todas estas coisas no coração."  
Meditação:

Celebrar o Imaculado Coração de Maria é aproximar-se de uma pessoa maravilhosa, espaço onde Deus encontrou total transparência, santidade, beleza e doação total. Mas a nossa Mãe Imaculada não quer só que a admiremos, mas a imitemos procurando viver em total transparência, sinceridade, verdade e santidade diante de Deus e dos Homens.

A Palavra de Deus oferecida para esta celebração leva-nos ao Deus que tem coração, que ama. Ele faz coisas impensáveis para derramar sobre nós o seu amor e a sua misericórdia.

A sua relação conosco e a sua revelação é uma história de amor. Mas, é, sobretudo em Jesus Cristo seu Filho – no Seu Mistério Pascal – que todo o seu amor, jorra abundante e é derramado no coração da humanidade.

Lucas, no início de seu evangelho, com as narrativas de infância, apresenta a presença de Jesus em Jerusalém e, no fim, após a ressurreição, apresenta a recomendação da permanência dos discípulos em Jerusalém (Lc 24,49-52).

Sua intenção teológica é apresentar o cristianismo como um novo Israel, que se irradia a partir da velha Jerusalém. Para os demais evangelistas é a Galiléia, e não Jerusalém, o centro da retomada da missão depois da ressurreição.

Lucas nos conta neste trecho do Evangelho, que Jesus, Maria e José, como faziam todos os anos, foram à festa da Páscoa em Jerusalém. Jesus já completara doze anos e subiram para comemorá-la com os Judeus.

Depois de três dias, terminada a festa todos que para lá se dirigiram, iniciaram a viagem de volta à casa e, junto caminhavam José e Maria.

Depois de um dia andado, achando que Jesus vinha caminhando mais atrás, voltaram para procurá-lo e não o acharam e, aflitos, decidiram ir até Jerusalém, novamente, e o foram encontrar numa Sinagoga, sentado em meio aos doutores da Lei, que o ouviam e faziam-lhe perguntas e, ficavam assombrados com sua sabedoria e respostas.

Quando Maria o vê, emocionada, pergunta-lhe:- “Eis que eu e teu pai estávamos aflitos procurando-o “. Jesus respondeu-lhes:- “Porque me procuráveis? Não sabíeis que devo preocupar-me com as coisas de meu pai? Eles nada entenderam do que Ele quis dizer-lhes e voltaram para casa.
Assim, agimos nós ainda nestes dias, depois de dois mil anos. Tem muitas coisas que ouvimos que Jesus nos diz, através dos Evangelhos, através das pessoas, através de acontecimentos e, ficamos cegos e surdos, sem procurarmos entender os avisos que recebemos, através do Espírito Santo, que Jesus nos deixou para nos ajudar nos momentos difíceis, nos momentos de tentação, nos momentos de perigo.

Dizemos que cremos em Jesus, cremos na sua divindade, freqüentamos à Missa, participamos daqueles momentos felizes, por termos a magna oportunidade de encontrarmos com Ele e, recebê-lo na santa Eucaristia, onde comemos o seu corpo e bebemos o seu sangue, conforme sua promessa na última ceia que participou com os apóstolos e, que são momentos inesquecíveis e vivos no coração de todos aqueles que crêem em Deus e nas suas verdades, “ Tomai e comei todos vós, isto é o meu corpo, que será entregue por vós! Tomai e bebei isto é meu sangue! o sangue da nova e eterna aliança que será derramado por vós e por todos em remissão dos pecados.  Fazei isto em memória de mim! “.
Fazer memória é reviver momentos passados e acontecidos em nossa vida, avivando nosso coração na confirmação da realidade maior que é a presença real de Jesus na Eucaristia.

Este ato de Jesus que deixou os apóstolos espantados, para que nós em nossos dias, não pudéssemos duvidar, pois conhecemos também, através dos apóstolos, o que ocorreu após a ressurreição de Jesus.

Tudo o que Ele falou, tudo o que Ele prometeu, os discípulos confirmaram no convívio diário que tinham com Ele, até a sua subida aos céus, também presenciada por eles.

Importante que nos atenhamos às palavras de Mateus, Marcos, Lucas, João, Pedro e, Paulo, todos evangelizadores que conviveram com Ele Mateus, Pedro, João e, outros que o seguiram mesmo sem estar juntos, como Marcos, Lucas e Paulo. E tudo confirmaram sobre a sua vida, a sua morte e sua ressurreição e volta ao pai.
Quando lemos e meditamos as palavras do apóstolo João, ficamos emocionados quando vemos no final do seu Evangelho:- “Este
é o discípulo que dá testemunho de todas estas coisas e as escreveu e sabemos que seu testemunho é verdadeiro. Há, porém muitas outras coisas que Jesus fez e que se fossem escritas uma por uma, nem o mundo inteiro poderia conter os livros que seriam escritos."

É um testemunho muito forte que João nos deixa, que se nos voltarmos para o modo como ele morreu por acreditar em tudo isso, só podemos ter a nossa fé aumentada a cada vez que o lermos.

A Fé está muito acima da nossa sabedoria, da nossa razão, da nossa inteligência:- “A Fé é a certeza daquilo que não vemos".

Reflexão Apostólica:

Celebrar a festa do Imaculado Coração de Maria é saborear a insondável misericórdia de Deus que quis amar com coração humano, a partir do Coração de Maria de Nazaré.

O Evangelho de Lucas convida-nos a ser discípulos do amor. Convida-nos a subir a Jerusalém para tocarmos os sinais do seu amor, a realização das promessas, a verificarmos a certeza da sua ressurreição ao «terceiro dia», e a comunicá-Lo com entusiasmo e alegria.

Cristo nossa Páscoa é o centro do amor de Deus e da nossa busca, procura, aceitação e compromisso. É a partir daqui que todos nascemos e devemos viver.

Devemos viver na e da fé. E esta fé é tanto mais autêntica quanto mais se compromete em mistério pascal: encontro com Cristo ressuscitado. 

A partir desse Acontecimento a dar a vida, a fazer-se doação. Há, pois, um chamamento à nossa identificação com a Cruz de Cristo, isto é, quando «tiverem passado os dias festivos», os sinais da festa, do entusiasmo e nos parecer ter perdido tudo ou se transformarem os acontecimentos em dor, tristeza e desilusão.

Maria de Nazaré, feliz porque acreditou, aparece como referência do autêntico discípulo que acredita e vive todos os acontecimentos, sobretudo os mais dolorosos e difíceis. Ela vive em confiança e doação total. Ele sabe permanecer e sabe estar de pé na firmeza do poder do amor de Cristo morto e ressuscitado.

Hoje o seu Imaculado Coração é forte sinal para toda a Humanidade. Convite a aceitarmos o amor, a voltarmos ao amor, a dizermos não à tentação e sedução do mundo da violência, da morte, da arrogância e do poder do mal.

Maria é voz de Boa-Nova a anunciar que Cristo está vivo. Ela continua a ser presença da força do mistério pascal de Cristo que vence o pecado e a morte. Na sedução enganosa da construção do mundo à margem do amor de Deus, importa acatar a mensagem do Seu Coração.

Todos aprendemos a amar. É, sobretudo com os pais e na família, a melhor e mais importante universidade, que aprendemos vários sinônimos e sinais do amor.

A Palavra de Deus convida-nos à arte de amar: «Exulto de alegria no Senhor, a minha alma rejubila no Senhor». O salmo traduz a pessoa enamorada que canta a beleza da bondade e misericórdia de Deus, das maravilhas que opera. Maria, no Evangelho, aparece como a mais bela docilidade amorosa diante do projeto de Deus.

Maria quer ensinar-nos a arte mais importante: a arte de amar. Amar é fácil de dizer, mas difícil de viver. Maria vive-a como ninguém.

Ao mostrar o seu Coração Imaculado é, sobretudo a vida que Ela mostra. Ela quer ensinar-nos que o amor repara os pecados, reanima a esperança, leva à vida, une, constrói, perdoa, santifica, defende os pequeninos e liberta os humilhados.

O Seu Coração Imaculado sofre de maneira incalculável tantos crimes, pecados e ofensas. É preciso travar o mal com o amor incondicional a Deus e por Ele a todos os Homens.

O Seu Coração Imaculado é um convite de forma especial a todos os seus filhos para que Deus «brilhe» com mais transparência em todo o seu ser e vida.

Propósito:

Espírito que orienta nossa vida para Deus, ajuda-me a crescer, cada dia, em sabedoria e graça, buscando, como Jesus, adequar minha vida ao querer do Pai.

Clementíssimo Deus, que para salvação de pecadores e refugio de desgraçados, quisestes que o Coração Imaculado de Maria fosse o mais parecido em caridade e misericórdia ao divino Coração de seu Filho Jesus Cristo:

Concedei-nos, pela intercessão e méritos do dulcíssimo e amantíssimo Coração que agora comemoramos, o chegar a sermos semelhantes ao Coração de Jesus.

Meditação:

A festa do Coração de Maria nos dá a dimensão de um traço essencial na vida cristã: a memória do martírio. Em um mundo que não admite qualquer tipo de dor, muitos de nós temos dificuldade de aceitar essa dimensão de sofrimento da existência humana, porém, são duas realidades que estão intimamente ligadas. A palavra recordar significa literalmente “voltar a colocar algo no coração”.
De fato, a cada momento acrescentamos novas vivencias em nós: memória de alegrias, mas também de feridas que necessitam ser compreendidas e curadas. O evangelho propõe a figura de Maria como aquela que, mesmo em meio ao sofrimento, consegue apaziguar a dor que sente. Nesse sentido, somos convidados a contemplar o testemunho martirial do Coração de Maria.
Ela foi testemunha excepcional da vida, morte e ressurreição de seu filho. O coração de Maria é a sede onde habita a memória do crucificado e, sobretudo, o lugar do encontro para uma humanidade reconciliada na justiça e no amor.
Hoje celebramos a excepcional capacidade desta mulher não só de perdoar os agressores, mas também de conservar o testemunho de justiça e verdade. Nesse sentido, Maria é espelho, consolo e esperança para todos nós. Na dor, no sofrimento, olhe para ela e, com ela, busque um novo sentido para a sua vida.

 Maria tem lugar na minha casa, os meus relacionamentos, no meu trabalho? Ela me orienta a "fazer tudo que Jesus disser"?

Reflexão Apostólica:

"Guardando tudo em seu coração, na meditação e na oração, Maria irá percebendo a missão libertadora e vivificante de seu filho Jesus."
Quem já teve uma filha ou um filho perdido sabe ou entende o desespero de Maria ao perceber que seu menino Jesus não estava mesmo com nenhum dos parentes. Para ela, ele tinha se perdido! É um estado de pânico daqueles que você começa a rezar o Pai Nosso um atrás do outro e não termina nenhum. Pais. Quando saírem com seus pequeninos, principalmente em uma viagem, cuidem bem para que não se percam. Garanto-lhes que é uma experiência horrível!
Mas o Menino Jesus estava bem tranqüilo, dando um verdadeiro show de poder divino aos doutores, os quais estavam de boca aberta, sem entender o que viam, e ouviam. Um menino que sabia tudo. E o pior, sabia mais do que eles. Se de um lado estavam maravilhados, por outro estavam preocupados, pois não suportavam nenhuma concorrência. Eles eram os doutores e então como pode ter surgido alguém que sabe mais do que eles? Ainda mais, esse alguém nada mais era do que uma criança.  E como pode saber tudo aquilo sem ter estudado? Só que não se tratava de um menino qualquer. Ele era homem e Deus.
Pouco ou quase nada sabemos da infância de Jesus. Mas esta passagem é muito rica, dando-nos muitas pistas para refletir.

Jesus, o menino, não foi malcriado ao dar esta resposta à sua mãe. Ele só estava justificando o seu comportamento. Maria, apesar de saber que seu Filho era especial, movida da emoção própria de uma mãe, por um instante ficou sem saber o que dizer depois da resposta do seu querido filho. O evangelista afirma que ela ficou sem entender o porquê daquela resposta.
Nós também não entendemos algumas palavras de Jesus. Confesso que, às vezes, leio o evangelho do dia e fico parado, pensando. Finalmente uma reflexão que eu vou ter de pular, pois não vejo nada para comentar ou refletir nesta passagem.
Só que, como acontece com a Santíssima Trindade, que só pode ser entendida com os olhos da fé, nem sempre entendemos Jesus com a nossa inteligência, mas sim com os olhos da nossa fé, e com a ajuda do Espírito Santo.
Então, eu fecho os olhos, peço ajuda, e a ajuda sempre vem. Aí eu escrevo o que o Espírito de Deus faz brotar em minha mente. Dias depois, leio o que escrevi e penso: Fui eu mesmo quem escreveu isto?

O espanto se justifica porque não sou capaz de escrever nenhum comentário sobre a Palavra de Deus. Eu apenas empresto meus dedos para digitá-los.

Doce coração de Maria, sede nossa salvação!



Evangelho do dia 27 junho sexta feira 2025

 

27 jun - Levantemo-nos deste baixo horizonte de pigmeus e ocupemos a posição que nos cabe como ministros de Deus Nosso Senhor. (L 23). São José Marello


Leitura do santo Evangelho segundo São Lucas 15,3-7

"Então Jesus contou esta parábola: 
- Se algum de vocês tem cem ovelhas e perde uma, por acaso não vai procurá-la? Assim, deixa no campo as outras noventa e nove e vai procurar a ovelha perdida até achá-la. Quando a encontra, fica muito contente e volta com ela nos ombros. Chegando à sua casa, chama os amigos e vizinhos e diz: "Alegrem-se comigo porque achei a minha ovelha perdida." 
- Pois eu lhes digo que assim também vai haver mais alegria no céu por um pecador que se arrepende dos seus pecados do que por noventa e nove pessoas boas que não precisam se arrepender."

Meditação:

A festa litúrgica do Sagrado Coração de Jesus se inspira em um dos símbolos mais ricos da bíblia: o coração, que na mentalidade bíblica é a parte mais interior da pessoa, a sede das decisões, sentimentos e projetos. O coração indica o inexplorável e o profundamente oculto de alguém, seu ser mais íntimo e pessoal. 
Por isso, quando falamos do “coração” de Jesus, estamos falando daquilo que representa o mais íntimo e pessoal de Jesus, o centro interior a partir do qual brotam suas palavras e suas ações. Neste sentido “o coração de Jesus” é uma expressão que indica a misericórdia e o amor infinito de Deus tal como se manifestou na pessoa de Jesus.

No Evangelho de hoje, Lucas usa a figura do Bom Pastor para falar do amor divino. O Bom Pastor é uma imagem querida a Jesus nos Evangelhos.

A parábola da ovelha perdida pertence às chamadas parábolas da misericórdia onde o evangelista realça, na vida de Jesus, o significado da Sua atitude para com os pecadores.

Com o Seu amor misericordioso, Jesus realiza as profecias que afirmam que o próprio Deus, como Bom Pastor, viria congregar as ovelhas dispersas do Seu povo. Ele vai ao encontro de cada ovelha sobretudo a mais necessitada e festeja alegremente o reencontro.

O amor de Deus acaso será o prêmio pela nossa própria bondade? A parábola que o Evangelho de hoje nos transmite na festa do Sagrado Coração de Jesus, nos comunica este ensinamento: Deus não nos ama porque somos bons ou quando somos bons; nos ama porque Ele mesmo é bom, e sempre o será.

Seu amor a todo homem é incondicional e se manifesta no oferecimento de sua vida que se dá por meio de Jesus. Esta confiança absoluta na bondade de Deus, manifestada em Jesus, é a paz do cristão.

Uma vez mais nos aproximamos da pessoa de Jesus a partir daquilo que é o mais nuclear de sua realidade: Jesus foi aquele que soube amar de verdade, aquele cujo coração foi um coração misericordioso com os pobres e marginalizados.

Seu compromisso não foi uma questão conjuntural, simplesmente, porque o amor com que Jesus soube amar foi o mesmo amor com o qual Deus-Pai ama a todos os homens e mulheres do mundo.

Quando Jesus nos fala da ternura do pastor, que busca a ovelha perdida, porque as outras 99 estão bem, ele está nos falando da ternura de Deus-Pai, que sente e sofre pelas ovelhas de seu povo, que foram maltratadas e abandonadas por seus pastores; esse Deus que reivindica para si o título de pastor autêntico e cheio de carinho, e que se realiza historicamente em Jesus, bom pastor de seu povo e dos homens.

Jesus morreu para nos libertar de todo poder opressivo. Porque estávamos feridos e ele veio nos buscar, sentindo em seu coração o mesmo amor do Pai pelos homens.

Agora, Jesus nos convida a viver também dessa maneira, pois o amor, ou seja, seu Espírito, “foi derramado em nossos corações” e podemos amar. Na verdade, é um chamado à responsabilidade do amor, feito pelo mesmo Jesus e pelo mesmo Pai, que vive em cada um de nós. Chamado a mesma coisa que fez Jesus, ser compassivo e misericordioso com os pobres e marginalizados da sociedade.

Esse é o modo, de alguma forma, de “desagravar” o coração ferido de Jesus, pois seu rosto, transfigurado, é o rosto de tantos homens e mulheres que sofrem, dos homens e mulheres desvalidos, que necessitam de nosso amor e misericórdia.

Quando conhecemos o amor que existe no Coração de Cristo, sabemos que cada pessoa, cada família, cada povo sobre a face da terra pode depositar a própria confiança nesse Coração.

O Coração do Bom Pastor, que o evangelista Lucas nos retrata, não repousa enquanto não completa o seu rebanho. Vai em procura da ovelhinha que faltava, e a carrega nos ombros, de volta para casa. A imagem mais bela desta cena é o júbilo com que a recebe de volta! É uma festa!

Reflexão Apostólica:

O evangelho nos coloca diante do mistério insondável da misericórdia de Deus, através das parábolas contadas por Jesus. Nelas é narrada a experiência da reconciliação do ser humano com um Deus que “não quer a morte do pecador, mas que se converta e viva” (Ez 18,23). 
Jesus contou estas parábolas para explicar seu próprio comportamento em relação com os pecadores perdidos. Nestas parábolas expressa o mais íntimo e decisivo do coração de Jesus: a misericórdia e a gratuidade em favor do ser humano pecador.
O que surpreende radicalmente é a forma como Jesus age. Em lugar de condenar como Jonas ou João Batista, ou exigir sacrifícios rituais para a purificação, como os sacerdotes, come e bebe com os pecadores, acolhe-os e abre para eles gratuitamente um horizonte novo de vida e de esperança.
Isto é o que as parábolas querem ilustrar; seu objetivo primeiro é mostrar até onde chega a misericórdia desse Deus que Jesus chama de “Pai”, uma misericórdia que se reflete e se faz concreta no coração de Jesus, ou seja, no princípio que orienta e determina a conduta de Jesus frente aos pecadores.
Com toda probabilidade, a parábola se inspira na imagem do “pastor” tão presente em muitos textos do Antigo Testamento: “Escutem, nações, a palavra do Senhor; anunciem nas ilhas distantes; digam: O que dispersou Israel, ou reunirá e o guardará como um pastor a seu rebanho” (Jr 31,10).
 
Na bíblia, a imagem do pastor é usada para falar do cuidado que Deus tem por seu povo, enquanto as ovelhas desgarradas representam todos aqueles que se distanciaram de Deus: “Eu mesmo apascentarei minhas ovelhas e as levarei ao seu redil, oráculo do Senhor. Buscarei a ovelha perdida e atrairei a desgarrada; curarei a ferida, robustecerei a débil...” (Ez 34,15-16).
A parábola de hoje diz-nos que Deus não nos ama porque somos bons, ama-nos porque Ele mesmo é bom, e sempre o será. Na verdade, «Foi Deus quem nos amou primeiro» (1 Jo 4,19).
 
O Seu amor a todo homem é incondicional e manifesta-se na dádiva da Sua vida que se dá por meio de Jesus. Esta confiança absoluta na bondade de Deus, manifestada em Jesus, é a paz do cristão.
Uma vez mais aproximamo-nos da pessoa de Jesus a partir daquilo que é o mais nuclear da Sua realidade: Jesus foi aquele que soube amar de verdade, aquele cujo coração misericordioso ama a todos os homens e mulheres do mundo, em especial os pobres e os marginalizados.
Agora, é Jesus que nos convida a viver também dessa maneira, pois o amor, ou seja, seu Espírito, «foi derramado em nossos corações» (Rm 5, 5) e podemos amar.
 
Na verdade, é um chamamento à responsabilidade de, como Jesus, ser compassivo e misericordioso com os pobres e marginalizados da sociedade.
 
Esse é o modo de «desagravar», de certa forma, o coração ferido de Jesus, pois o Seu rosto, transfigurado, é o rosto de tantos homens e mulheres que sofrem, dos homens e mulheres desvalidos, que necessitam de nosso amor e misericórdia.
Que sejamos como Cristo de quem se dizia: «Esse homem recebe os pecadores e come com eles!» (Lc 15, 2). Nesta atitude de comunhão e acolhimento que gera partilha e reencontro, seremos convidados a tomar na alegria do nosso Deus: «Alegrai-vos comigo!» (Lc 15, 6).
Portanto, vale aqui lembrarmos que o amor pelas almas perdidas está no coração de Deus, logo precisa estar no coração de seus filhos. Comecemos lembrando daqueles que há bem pouco tempo estavam andando na fé ao nosso lado e que há muito não são vistos. Depois, planejemos uma caminhada de busca. Haverá júbilo pela recuperação e restauração de uma amada ovelha.
Que a Virgem Maria, que viu crescer e instruiu Jesus, nos ensine a amar como Jesus amou!

Propósito:

Espírito de comiseração pelos pecadores, leva-me a buscar quem vive transviado pelo pecado e pelo egoísmo, e a manifestar-lhe a grandeza do amor do coração de Jesus.

Dia 27

Como é sua fé em Deus?

A despeito de qualquer situação, só ele tem o poder sobre sua vida, em todas as circunstâncias.

Por isso, pense firmemente que você é mais forte que os problemas e dificuldades.

Que você tenha força interior e fé, capaz de mover a mão de Deus, pois tudo pode ser mudado pela força da oração.

As maiores mudanças ocorrem no coração.

“Ninguém pode servir a dois senhores: ou vai odiar o primeiro e amar o outro, ou aderir ao primeiro e desprezar o outro.

Não podeis servir a Deus e ao dinheiro!” (Mt 6,24).

 


Evangelho do dia 26 junho quinta feira 2025

 


26 junho - Guerra à transigência! Quem transige está perdido! (L 9). São Jose Marello


A casa construída sobre a rocha - Mt 7,21-29

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: Nem todo aquele que me diz: 'Senhor, Senhor', entrará no Reino dos Céus, mas o que põe em prática a vontade de meu Pai que está nos céus. Naquele dia, muitos vão me dizer: 'Senhor, Senhor, não foi em teu nome que profetizamos? Não foi em teu nome que expulsamos demônios? E não foi em teu nome que fizemos muitos milagres?' Então eu lhes direi publicamente: 'Jamais vos conheci. Afastai-vos de mim, vós que praticais o mal. Portanto, quem ouve estas minhas palavras e as põe em prática, é como um homem prudente, que construiu sua casa sobre a rocha. Caiu a chuva, vieram as enchentes, os ventos deram contra a casa, mas a casa não caiu, porque estava construída sobre a rocha. Por outro lado, quem ouve estas minhas palavras e não as põe em prática, é como um homem sem juízo, que construiu sua casa sobre a areia. Caiu a chuva, vieram as enchentes, os ventos sopraram e deram contra a casa, as multidões ficaram admiradas com seu ensinamento. De fato, ele as ensinava como quem tem autoridade e não como os mestres da lei. 

Meditação:

 Jesus, no Evangelho, curou a um homem que se humilhou e pediu: “Senhor, se queres, tu tens poder de me purificar”. Se queres: é esta a condição! Com certeza o Senhor tem um plano para nós e na hora devida Ele atenderá as nossas reivindicações.

Ele anuncia o reinado de Deus. Esse anúncio de Jesus se manifesta nos mais necessitados. O leproso é um desses necessitados: ele estaria fora da salvação, por ter contraído uma impureza legal. A lepra deixava-o nessa condição de impuro. Ele era excluído da sociedade e todos acreditavam que seria um excluído de Deus também. Jesus desce da montanha, que para eles era lugar de manifestação predileta de Deus, lugar da lei e de Moisés.
Porém, olhem só, o leproso não se aproxima de Jesus “acima” na montanha, mas sim abaixo, no meio da grande multidão. Quando o leproso faz o seu pedido, “Se queres, podes curar-me”, está pedindo que lhe seja devolvida a condição de homem: que possa olhar, sentir, aproximar-se dos demais, enfim, ser novamente uma pessoa. É um texto maravilhoso, motivador.
Deus não está acima, longe, no monte, mas no meio das pessoas. O excluído faz o pedido porque Jesus lhe inspira o desejo de mudar, desperta nele a possibilidade de recuperar os seus direitos, enfim, Jesus desperta nele o desejo de viver. O mestre Jesus, diante desse grito de compaixão, se solidariza; realiza seu pedido, pois é isso que Deus quer: a vida!
A lepra era uma enfermidade terrível que excluía imediatamente o enfermo da comunidade de fé e do convívio de sua família. Havia o medo do contágio. O doente era submetido a um isolamento total, e tinha de ir avisando por toda a parte em que passasse, gritando: “impuro!”, para que ninguém se aproximasse deles.

O leproso era um marginalizado da vida social (lv 13,45-46). Através da cura, Jesus o reintegra na comunidade(lv14). O verdadeiro cumprimento da Lei não é declarar quem é puro ou impuro, mas fazer com que a pessoa fique purificada.
Por isso chama a atenção que o leproso deste episódio não grite: “impuro!”, mas reconheça Jesus como Senhor e lhe peça que o limpe. A resposta de Jesus é curá-lo de sua enfermidade. Mas o convida a cumprir com todas as normas prescritas pela Lei para estes assuntos. Desta maneira Jesus ajuda o enfermo a recuperar sua dignidade. Agora pode ser incorporado devidamente à comunidade e à sociedade.

 Quantas formas de exclusão e rejeição existem hoje em nosso contexto social e cultural. A pobreza extrema, o racismo, o machismo, as brigas religiosas...são outros tantos motivos de condenações e exclusões. Se todos somos filhos de Deus, por que não nos aceitamos com nossas diferenças e particularidades?

Peçamos também ao Senhor que nos cure de nossas enfermidades sociais de marginalização e exclusão para com os demais, e nos dê a capacidade de aceitar e reconhecer no outro a um filho ou a uma filha de Deus que merece respeito e dignidade.

Reflexão Apostólica:

Não pensemos que essa cura aconteceu “do nada”, pois estaríamos desprezando a onisciência do Senhor e o plano do rapaz que tinha lepra. Como assim plano?
É difícil imaginar alguém que era segregado da sociedade, em virtude da moléstia que carregava, a passar despercebido na multidão que seguia Jesus. Sim, ele tinha um plano. Imagino até seus passos e seu objetivo para chegar até Jesus.
Precisou pensar como passaria pelas pessoas sem ser notado ou ouvido, e quantos irmãos ainda hoje ainda se sentam num canto da igreja, em nossos grupos, desejando também não ser visto pelas pessoas, mas ouvidos por Deus? Era comum ser preso aos leprosos um sino para que todos os ouvissem chegar e pudessem se afastar. Às vezes nossos erros, até os mais corriqueiros, representam nossos sinos. Por mais que tenhamos o objetivo em mente da cura, somos “delatados” por eles.
As pessoas (nós) quando sabemos de grandes faltas de alguém (sinos), inconscientemente (as vezes) costumamos nos afastar e quando isso não ocorre, por vezes dificultamos o acesso a Jesus para aquele que deseja uma nova chance de se tornar puro. Nossa impregnada hipocrisia não permite que o que errou conserte seus erros.
Jesus quando desceu do monte já sabia que o aquele homem pretendia. Sabia, portanto do sofrimento causado pela moléstia e muito mais que isso, o Senhor fora vencido, ainda no monte, pela vontade persistente e destemida daquele rapaz
Um outro ponto…
As nossas lepras não nos escondem de Jesus e sim o nosso silêncio!
Quando digo silêncio refiro-me a inércia, ou seja, a nossa infinita vontade que as coisas “caiam do céu”. Por exemplo: Estou a muito tempo sem um emprego, mas me nego a voltar a estudar, de ser o mais velho da turma, de verem que nem terminei o primeiro grau… O orgulho é um dos nossos maiores sinos
Saibam, existem tantos outros exemplos, mas como conseguirei me encontrar com Jesus se não faço um plano para conseguir isso?
Precisa de um emprego? Então, por que não “larga mão” da cervejinha de fim de semana? Uma carteira de cigarros por dia quando abandonada, é no final de um mês três sacos de cimento que rebocariam a parede do quarto… duro isso? Não! Duro é passar fome, ver nossos filhos doentes, sem estudo, com traficantes os acolhendo e por orgulho não querer mudar
Deus não cansa de atrair-nos para Ele. Todos os dias, todos os momentos, (…) Ele novamente desce do monte e o que fazemos?
Coragem e destemor são características vivas de quem acredita em Cristo.
Faça planos! Se não tem, escreva! Se perdeu, recomece! Os sinos podem até nos denunciar, mas não podem ser o motivo para temer o encontro. Não tema as pessoas ou que dirão. Tema sim, parar no tempo por ter medo de querer recomeçar.

Dia 26

Sem dúvida, o princípio da sabedoria é o temor de Deus.

Entre todas as riquezas, esse é o dom mais precioso.

A melhor maneira de encontrá-lo é meditar sobre a Palavra de Deus.

Siga por esse caminho, e será contemplado com essa dádiva.

O verdadeiro sábio é aquele que aprende com os próprios erros.

“Pois desprezando a Sabedoria, não só caíram, ignorando o bem, mas deixaram para a

humanidade uma lembrança de sua loucura, de tal modo que seus pecados não puderam ficar escondidos”.  (Sb 10,8).



 

Evangelho do dia 25 junho quaarta feira 2025

 

25 jun - Quando se trata de defender a religião, podemos muito bem falar com força e vivacidade, sem por isso faltar com o respeito a ninguém. (S 233). São Jose Marello


Leitura do santo Evangelho segundo São Mateus 7,15-20

"Cuidado com os falsos profetas: eles vêm até vós vestidos de ovelha, mas por dentro são lobos ferozes. Pelos seus frutos os conhecereis. Acaso se colhem uvas de espinheiros, ou figos de urtigas? Assim, toda árvore boa produz frutos bons, e toda árvore má produz frutos maus. Uma árvore boa não pode dar frutos maus, nem uma árvore má dar frutos bons. Toda árvore que não dá bons frutos é cortada e lançada ao fogo. Portanto, pelos seus frutos os conhecereis."  
Meditação: 

No evangelho de hoje continuamos a meditar sobre o Sermão da Montanha que se encontra nos capítulos de 5 a 7 do evangelho de Mateus.

No Sermão da Montanha, as palavras de Jesus são dirigidas aos discípulos das comunidades do tempo de Mateus. A advertência contra os falsos profetas, lobos travestidos em ovelhas, decorre do fato que nas comunidades podem surgir pessoas que queiram iludir o grupo visando algum benefício próprio.

Pode ser algum interesse material, a vaidade, o desejo de poder , a afirmação pessoal de prestígio, ou outros mais. As palavras de advertência são duras e podem ter sido proferidas contra a doutrina dos fariseus. Mateus as teria adaptado para as suas comunidades.

Jesus, no evangelho de hoje, chama-nos a uma vigilância redobrada. Devemos estar sempre de sobreaviso com respeito aos falsos profetas: Cuidado com os falsos profetas.

Quem são e o que fazem? São pessoas que nos querem convencer de que têm mensagens de Deus, para tirar vantagens da nossa credulidade.

Eles chegam disfarçados de ovelhas, mas por dentro são lobos selvagens. São todos aqueles que se disfarçam colocando uma capa de humildade e mansidão para se parecer com os verdadeiros crentes, mas na realidade são ferozes destruidores, cujo intuito é tirar proveito dos imaturos, dos instáveis e dos ingênuos que lhes dão ouvidos, afastando-os de Cristo e da Sua Palavra.

Se estivermos em atenção máxima, o Senhor no-lo declara: pelos seus frutos os conhecereis. Talvez possam parecer convincentes pelas suas palavras e pela sua falsa aparência, mas eles se revelarão pelo seu procedimento.

Lembra-nos Jesus que, os espinheiros não dão uvas, e os pés de urtiga não dão figos. Assim, toda árvore boa dá frutas boas, e a árvore que não presta dá frutas ruins. A árvore boa não pode dar frutas ruins, e a árvore que não presta não pode dar frutas boas.

Os que realmente são de Deus dão bons frutos. E segundo São Paulo estes frutos são: o fruto do Espírito é caridade, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança, bondade, justiça e verdade.

Os falsos profetas serão reconhecidos pela falta destas virtudes, e serão denunciados pela Palavra de Deus. Seu destino é serem lançados no fogo, a perdição eterna.

Que tipo de árvore tu és? Pelos teus frutos serás reconhecido se és bom ou mau. És bom ou mão profeta? O mundo está cheio de profetas da desgraça. Por isso, chega dos que já temos.

Neste evangelho Jesus quer nos dar uma chance de mudarmos de vida. Enxertemo-nos n’Ele que é a Videira que tem como agricultor o seu próprio Pai, afim de que possamos dar frutos bons.

O bom profeta não é aquele que diz e faz o que o povo gosta e quer de fazer e ouvir. Mas sim, aquele que diz o que o povo deve fazer e ouvir para se poder salvar. Isto muitas vezes o coloca em risco, em perigo e até o leva ao derramamento de sangue.

Como vimos, ao tema dos falsos profetas, Mateus associou o tema da árvore e seus frutos, incluído pela frase "pelos seus frutos os conhecereis", repetida duas vezes.

A metáfora da árvore e seus frutos remete à autenticidade da conversão. João Batista já a usara (Mt 3,8-10) pedindo autenticidade a seus discípulos. Por isso, os discípulos de Jesus também devem ser autênticos e coerentes.

Não são as belas palavras, a profissão de ortodoxia, os exuberantes louvores, que levam à comunhão com Deus, mas sim o compromisso concreto com a promoção da vida, particularmente entre os excluídos, cumprindo a vontade do Pai que deseja vida plena para todos.

Reflexão Apostólica:

A Palavra de Deus é luz para a nossa caminhada em busca da felicidade. O conselho que Jesus nos dá no Evangelho de hoje é providencial para a nossa vida diária e para que possamos produzir os bons frutos de que Ele nos fala. Somos as árvores tratadas e adubadas pelo Senhor.

No nosso dia a dia, porém, nós encontramos inúmeras pessoas que têm enorme influência na nossa vida. Pessoas, que nos aconselham, nos fazem propostas as mais diversas, e que, muitas vezes, falando “em nome de Deus” pretendem nos desvirtuar dos verdadeiros conceitos evangélicos.

Precisamos, assim, estar atentos para não nos impressionarmos com a aparência, com a facilidade que têm estas pessoas de comunicar-se conosco, com suas palavra belas ou com promessas de vida fácil.

Os falsos profetas como disse Jesus Cristo, vêm até nós vestidos com peles de ovelha, mas por dentro são lobos ferozes.

Não devemos nos enganar com os falsos profetas que se apresentam a nós como pessoas de Deus. Devemos observar as ações e as conseqüências das ações dos homens para podermos optar pelo caminho de Deus.

Não nos deixemos enganar: o fruto do Espírito é a paz, é o amor, é a serenidade, a bondade, alegria, longanimidade, paciência etc.

Se, as pessoas que nos abordam, não nos trazem paz, brandura, temperança, então já podemos perceber que elas não são árvores que dão bons frutos.

Às vezes nós encontramos pessoas ”iluminadas” que nos dão conselhos até para praticar o que é mal. Nessas horas devemos, no entanto, nos lembrar do que Jesus nos disse: “toda árvore boa produz frutos bons e toda árvore má produz frutos maus.” O mau vem do maligno, e não podemos mais nos enganar. 

O que você considera como fruto bom e como fruto mal? Você tem tido contacto com pessoas que o (a) aconselham? Qual é o sentimento que você tem ao conversar com elas? Você confirma na Palavra de Deus os conselhos que essas pessoas lhe dão? Você é daquelas pessoas ávidas por novidades e gosta de ler tudo o quanto causa polêmica, pondo em julgamento a Palavra de Deus? Que frutos você tem dado para o mundo?

Propósito:

Senhor Jesus, que eu não seja enganado pelos falsos profetas que, mascarados de cordeiros, afastam os discípulos de ti.

Dia 25

Muitas vezes, quando erra, talvez você não admita como é frágil e vulnerável.

Nesses momentos, peça a Deus que lhe conceda força e sabedoria, para agir da melhor maneira.

Embora nem sempre isso seja fácil, com fé e determinação tudo é possível.

Deixe que o Senhor o purifique, santifique e restaure.

Coloque-se com total confiança nas mãos dele e fique tranquilo.

É admirável o modo como Deus restaura, cura, purifica e santifica as pessoas.
“E naquele dia direis: ´Louvai o Senhor, aclamai o seu nome!

Divulgai entre os povos as proezas que ele faz! Comemorai, sublime é o seu nome! ´” (ls 12,4).



EVANGELHO DO DIA 29 JUNHO 2025 - SÃO PEDRO E SÃO PAULO APÓSTOLOS

  29 junho - Restauremos os lindos tempos da antiguidade, quando o sacerdócio se mostrava venerando aos povos pela vivíssima fé e pela carid...