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sábado, 12 de dezembro de 2020

Evangelho do dia 14 de dezembro segunda feira 2020

 Reaviva a fé n’Aquele que, recomendando-nos que façamos o bem, depois se alegra sempre, mesmo só com o desejo de o ter feito. (L 88) SÃO JOSÉ MARELLO

 


Leitura do santo Evangelho segundo São Mateus 21,23-27

“Jesus chegou ao Templo, e, quando já estava ensinando, alguns chefes dos sacerdotes e alguns líderes judeus chegaram perto dele e perguntaram:
– Com que autoridade você faz essas coisas? Quem lhe deu essa autoridade?
Jesus respondeu:
– Eu também vou fazer uma pergunta a vocês. Se me derem a resposta certa, eu direi com que autoridade faço essas coisas. Respondam: quem deu autoridade a João para batizar? Foi Deus ou foram pessoas?
Aí eles começaram a dizer uns aos outros:
– Se dissermos que foi Deus, ele vai perguntar: “Então por que vocês não creram em João?” Mas, se dissermos que foram pessoas, temos medo do que o povo pode fazer, pois todos acham que João era profeta.
Por isso responderam:
– Não sabemos.
– Então eu também não digo com que autoridade faço essas coisas! – disse Jesus.

Meditação:

 O livro dos Números (Nm 24,2-7.15-17) nos fala do oráculo do adivinho Balaão. Este vivia ás margens do rio Eufrates e foi chamado para que fizesse a previsão do futuro do povo de Israel. Este oráculo é um dos mais antigos poemas reais de Israel. É o primeiro que encaminha as esperanças do povo pelas sendas da realeza. Israel chegará a ter um rei, figura-tipo do Messias esperado.

Próprio do rei é possuir autoridade para reinar. Precisamente em torno à autoridade de Cristo se fundamenta o evangelho de hoje.

Assim como a João Batista vieram perguntar com que autoridade ele batizava, os sumos sacerdotes e os anciãos, ou seja, os depositários da autoridade, vêm para investigar sobre a autoridade em nome da qual Jesus se permite ensinar e questionar os hábitos do templo (Mt 21, 12-22). E como razão surge esta interrogação, já que Jesus durante sua vida pública aparece como o depositário de uma autoridade singular: prega com autoridade (Mc 1, 22), tem poder para perdoar os pecados (Mt 9, 6), é Senhor do Sábado (Mc 2, 28), expulsa os traficantes do templo, etc. Motivos suficientes para que os representantes da autoridade “legítima” o abordassem com a pergunta: Com que autoridade fazes isto?

Os sumos sacerdotes e os anciãos, que eram chefes do povo judeu, pedem contas ao Senhor daquilo que ele faz, mas não movidos por um sincero desejo de saber de onde procedia o poder de Jesus, mas buscando em sua resposta a maneira de condená-lo. O povo, em troca, reconhecia em Jesus a autoridade com que falava, confirmada com suas obras maravilhosas.

Os inimigos de Jesus pensam ter colocado Jesus numa armadilha da qual não poderia escapar: se Jesus respondesse que sua autoridade vem do fato de ser Filho de Deus, então eles rasgariam suas vestes e o proclamariam blasfemo. Jesus não responde diretamente a esta questão: os sinais que ele realiza dão razão para orientar os espíritos a uma resposta adequada. A malícia dos chefes judeus se faz evidente e o Senhor os desmascara ao lhes por em situação que obrigará desfazer-se de suas más intenções.

O povo, os humildes e simples de coração, esses sim compreendem de onde provém a autoridade de Jesus e não precisam fazer-lhe perguntas, pois vêem as obras que realiza e crêem em suas palavras e em suas obras; mas os sacerdotes e magistrados se fazem surdos e cegos. Já haviam condenado a Jesus, agora só lhes faltava desmoralizá-lo perante o povo, primeiro passo para logo realizar seu propósito de executá-lo, condenando-o à morte ignominiosa.

 Como vimos, Jesus não se detinha a dar satisfação àqueles que duvidavam da Sua origem divina. Ele sabia que não seriam as Suas palavras e Suas justificativas que fariam com que eles acreditassem Nele.

Assim sendo, Ele confundia a todos os que queriam pô-lo em julgamento. Ele tinha consciência da Sua autoridade de Filho de Deus e enviado para uma missão redentora e aproveitava o tempo para abrir os olhos das pessoas, não apenas com pregações, mas com ações. Ele se apoiava no relacionamento íntimo que tinha com o Pai e o Espírito Santo, e tinha ciência exata de que as Suas ações eram conduzidas pelo céu e não pela mentalidade do mundo.

Jesus continua nos ensinando coisas do céu que podemos viver aqui na terra e, somente as entendem as pessoas que não questionam e abrem o coração para receber a mensagem evangélica.

Portanto, se não formos incrédulos, mas despojados da nossa mentalidade lógica nós teremos todas as respostas para as nossas expectativas.

Muitas vezes nós nos encontramos também interrogando se a Palavra de Deus, que é o próprio Jesus Cristo, o Verbo encarnado, pode interferir na nossa vida quando vem de encontro a algumas coisas que estamos praticando. E, por isso, ficamos reféns da nossa mentalidade racional que deseja dirigir a nossa vida, mesmo que à custa do contra testemunho da Palavra.

O que precisamos fazer é nos entregarmos sem reservas a Jesus com fé para que tudo o que o Pai planejou para nós se realize como Ele quiser.

A Fé em Jesus Cristo é a ponte que nos faz atravessar do ponto da nossa humanidade para termos acesso à divindade, ao transcendental e infinito. Confiando nisto nós podemos seguir firmes na estrada que nos leva à santidade que é justamente, a vontade de Deus acontecendo na vida dos batizados em nome Jesus Cristo! 

Você também costuma questionar a autoridade de Jesus para a sua vida? O que você faz quando descobre que não está agindo de acordo com os ensinamentos da Bíblia? Você tem procurado regar a sua fé? – Você confia em Jesus Cristo e na força do Espírito Santo?

 Reflexão Apostólica:

 Quem está preso unicamente às coisas do mundo, não entende as coisas de Deus.

A pessoa de João Batista é muito importante na preparação para os tempos messiânicos, pois ele foi enviado como o precursor de Jesus, e quem não acredita em João Batista também não aceita Jesus como sendo o Messias e nem a sua autoridade como Filho de Deus.

As autoridades querem saber com que autoridade Jesus crítica e destrói a estrutura que eles defendem. Jesus devolve a provocação, e os chefes não sabem como responder, porque de qualquer maneira ficariam desmoralizados. João Batista era reconhecido como profeta, e seu batismo vinha de Deus. Assim, Jesus dá a entender que também a sua autoridade vem de Deus.

O povo acreditou em João Batista e por isso acreditou também em Jesus, mas os anciãos do povo não acreditaram em João Batista e, por isso, rejeitaram Jesus. Todo aquele que fica preso apenas em uma religião formal torna-se incapaz de ver a ação de Deus no tempo presente, endurece o próprio coração e não reconhece nem a ação de Deus nem a sua presença no seu dia a dia.

 Propósito:

 Pai, tira de mim toda e qualquer suspeita sobre teu Filho Jesus, cuja autoridade vem de ti e está sempre a serviço de teu Reino.

 

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