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quarta-feira, 9 de dezembro de 2020

Evangelho do dia 10 de dezembro quinta feira 2020

 10 dezembro De vossa parte, fazei tudo o que puderdes para vos manterdes sempre com a vontade firme de servir unicamente a Deus, e Ele vos concederá vitória sobre todos os vossos inimigos. (S 355). São Jose Marello

Mateus 11,11-15

 "Assim falou Jesus: Em verdade vos digo: entre os filhos das mulheres, não
surgiu outro maior que João Batista. No entanto, o menor no Reino dos céus é
maior do que ele.
Desde a época de João Batista até o presente, o Reino dos céus é arrebatado
à força e são os violentos que o conquistam.
Porque os profetas e a lei tiveram a palavra até João.
E, se quereis compreender, é ele o Elias que devia voltar.
Quem tem ouvidos, ouça."


Meditação: 

A figura impressionante de João Batista deu margem para Jesus explicitar a
dignidade dos discípulos do Reino. Sem sombra de dúvida, João foi uma figura
ímpar.

 A radicalidade com que exerceu seu papel de precursor foi exemplar. Seu
estilo de vida era uma clara demonstração de que não pactuava com
mundanalidades. Sobretudo, possuía uma tal liberdade interior que o levava a
não hesitar quando se tratava de denunciar o pecado e a injustiça, sem temer
quem estava sendo denunciado. É compreensível que Jesus o tenha considerado o maior dentre os nascidos de mulher.

Na pessoa de Jesus, esse Reino concretizou-se em forma de total senhorio de
Deus e a conseqüente entrega amorosa de si mesmo ao serviço da humanidade.
Daí a possibilidade de um discipulado mais consistente, não mais provisório,
mas definitivo.

Quem pôde descortinar o Reino anunciado por Jesus, foi muito maior do que
quem permaneceu no imediatismo escatológico, próprio da pregação de João.
Neste sentido, o menor discípulo do Reino é maior do que João.

Nenhum homem do Antigo Testamento é maior que João Batista. Entretanto, João pertence ao Antigo Testamento, onde as profecias são anunciadas, e não ao Novo Testamento, onde elas já se realizaram. O versículo 12 é de difícil
interpretação.

O evangelista quer mostrar que o Reino é vítima de violência, porque a velha
estrutura injusta resiste para não ser destruída e reage violentamente. Essa
violência dos que se opõem à vontade de Deus será experimentada pelo próprio Jesus em sua missão.

Jesus exalta João Batista como o maior entre todos os homens, mas, ressalta
que maior ainda do que eles serão todos aqueles (as) que possuem o reino dos
céus.

O reino dos céus sofre a violência da mentalidade do mundo que lhe é
contraditória, mas é conquistado justamente por aqueles (as) que são
violentos (as), isto é, que se opõem ao modo de pensar e julgar que o mundo
prega.

Podemos, então, fazer uma avaliação se já conquistamos o reino dos céus,
examinando os nossos pensamentos e ações quando estão em harmonia com os valores evangélicos.

O mundo nos ensina a pensar e agir completamente diferente do que prega o
Evangelho. Portanto, se seguimos a cartilha do mundo estamos sendo covardes e ainda não conquistamos o reino dos céus.

João Batista foi o último profeta do Novo Testamento. Ele veio com o mesmo
espírito desbravador de Elias abrir para o povo um caminho de conversão e
preparar este povo para ser batizado e aceitar a Salvação de Jesus.

Nós somos os profetas deste novo tempo e, também como eles, fomos convocados a corajosamente bradar ao mundo que a Salvação vem do Senhor.
 
Reflexão Apostólica:

João foi um grande propagandista, um grande anunciador da pessoa de Jesus. E tem mais. Ele explicava o que Jesus iria fazer.
Será que hoje a discussão já termi­nou? Quem é João hoje?  É preciso
explicar aos nossos irmãos que João foi um servo de Jesus, alguém que serve
a Jesus. Também devemos fazer o mesmo: levar as pessoas até Jesus, e depois
nos afastarmos do nosso papel, dizendo como João disse: "é preciso que ele
cresça e eu diminua" (Jo 3,30).

João aparece no deserto, distante das cidades, princi­palmente de Jerusalém,
nas bordas do deserto, melhor dizendo. E lá, ele anunciava que o Reino
estava próximo, ou seja, que Jesus estava para chegar. Por isso é preciso
estar preparado, deixando o caminho da injustiça que cria a desigualdade
entre as pessoas.

João foi um profeta que anunciava a volta dos exilados na Babilônia: agora
vai acontecer essa volta, porque Jesus vai trazer a justiça que liberta da
escravidão e da morte.

Um pormenor importante: João se veste de maneira sumária (roupa artesanal de pêlos de camelo) e come o que tem à mão (gafanhotos e mel' silvestre). Isso
mostra que ele é independente dos grandes centros, que produzem coisas muito melhores, mas sem­pre dependendo da injustiça. A sua pregação obteve
sucesso.

Embora esteja no deserto, de todos os lados o povo vem procurá-lo. Sinal de
que as cidades já não estão lhe oferecendo uma alter­nativa nova de vida. E
o povo quer vida.

 Ao ouvir João, confessam os próprios pecados, e João os batiza no rio
Jordão. Que pecados são esses? Certamente o compromis­so com as estruturas
injustas, contrárias ao reinado de Deus.

 Ao ouvir João, as pessoas começam a romper com o grande pecado da injustiça, tornando-se preparadas para o compromisso com a justiça que Jesus vai ensinar.

Porque que Jesus afirma que o menor discípulo do Reino pode-se considerar
como maior do que João Batista? É porque João Batista, apesar de ter
preparado o advento do Reino em Jesus, não chegou a ser um de seus
discípulos.

Você se considera um grande homem, uma grande mulher? Você é uma pessoa firme e corajosa no enfrentamento dos "favores" que o mundo lhe tem
oferecido? Você tem dado exemplo, na sua casa e no mundo, de que o reino dos céus já está acontecendo em você?

Vamos nos esforçar na nossa missão de anunciar o Reino de Deus, para que
semelhante ao que aconteceu a João, sejamos também elogiados um dia por
Jesus diante do Pai.


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