Seguidores

domingo, 19 de novembro de 2017

Evangelho do dia 23 de novembro quinta feira

23 novembro - A humildade não é apenas guarda da pureza, mas é também segurança do precioso dom da fé. (S 358). São José Marello
Leitura do santo Evangelho segundo São Lucas 19,41-44

"Quando Jesus chegou perto de Jerusalém e viu a cidade, chorou com pena dela e disse:
- Ah! Jerusalém! Se hoje mesmo você soubesse o que é preciso para conseguir a paz! Mas agora você não pode ver isso. Pois chegarão os dias em que os inimigos vão cercá-la com rampas de ataque, e vão rodeá-la, e apertá-la de todos os lados. Eles destruirão completamente você e todos os seus moradores. Não ficará uma pedra em cima da outra, porque você não reconheceu o tempo em que Deus veio para salvá-la.

Meditação:

A trágica destruição de Jerusalém e do Templo é associada à rejeição do poder religioso, aí sediado, a Jesus, com sua mensagem libertadora de paz e amor universal.

Depois de uma longa caminhada, desde a Galiléia, Jesus se aproxima de Jerusalém e, vendo a cidade, chora sobre ela. Jerusalém era uma cidade dos jebuseus que foi invadida e tomada pelo rei Davi. Nela Davi centralizou os poderes religioso, político e militar.

Jesus chega a Jerusalém aclamado pela multidão. Porém, ao invés de corresponder aos aplausos vendo a cidade, chora sobre ela. Jerusalém era a capital da fé daquele tempo. Pois tendo sido tomada do povo jebuseu pelo rei Davi, nela estavam centralizados todos os poderes religiosos, político e militar.

O templo aí construído e a sólida teologia imperial elaborada na corte dos reis descendentes de Davi conferiram à Jerusalém o status de cidade sagrada. Todavia, já os profetas do Antigo Testamento denunciavam o abuso de poder e a corrupção aí reinantes, e o fato se tornava cada vez pior.

Os olhos desta cidade estão como que tapados: ela se tornou o centro da exploração e opressão do povo, enveredando por um caminho que é o oposto do caminho da paz.

Ela será destruída, porque não quer reconhecer na visita de Jesus a ocasião para mudar as próprias estruturas injustas, abrindo-se ao apelo d
Ele.

Jesus chora porque gostaria de juntar aquele povo como uma galinha junta seus pintinhos. Caro leitor, você conhece esta cena? A galinha junta os pintinhos com as asas e os protege. Jesus é assim mesmo
! Ele usa linguagem bem humana para que possamos compreender.

Veja que comparação Jesus faz! Como é grande o amor de Jesus pela humanidade, narrado nestes textos à cidade de Jerusalém. E ele é proclamado para você aqui, agora! Ele deseja muito abrir seus braços agora e acolher a todos, deixe-se ser acolhido por Jesus!

Foram duas ocasiões muito solenes aquelas em que os textos sagrados nos dizem que Jesus chorou. Chorou diante do sepulcro, onde jazia o seu amigo Lázaro, morto há quatro dias, e chorou quando sentiu, no mais íntimo do seu coração, a incredulidade da santa cidade de Jerusalém.

Jesus é Deus (único, sem dúvida), que chora pela situação triste e ímpia deste mundo perdido. Parece um contraste, algo incoerente, Deus a chorar pelos homens. Mas não. Não é incoerência, porque este (Jesus) é o único Deus que ama. Deus que ama o mundo de tal maneira que dá a si mesmo, como sacrifício de substituição para que todo aquele que n
Ele crê não morra, mas tenha a vida eterna.

Olhemos este texto e vejamos
com que amor Deus se ocupa de nós. Como dá a si mesmo; como sofre, vendo a cidade entregue às suas impiedades e dominada pelos vendilhões da religião; como chora sobre ela e ora para que abra os olhos para as suas oportunidades, ainda de pé, mas em breve perdidas!

Esta cidade somos nós quando não nos
queremos converter e acatando os seus ensinamentos nos salvar. E então continua chorando por ti e por mim: Jerusalém, Jerusalém, como gostaria que visses as tuas oportunidades, mas tu queres continuar de olhos fechados; como queria que abrisses os olhos, mas tu preferes continuar de olhos fechados e não ver a verdade; como quis ajuntar os teus filhos como a galinha ajunta os pintos debaixo das asas, mas tu não quiseste; Porque assim queres, os teus inimigos te sitiarão de todos os lados, serás totalmente derrubada e em ti não ficará pedra sobre pedra que não seja derrubada.

Não te vês na situação da rebeldia de Jerusalém? Arrepende-te enquanto é tempo. Aceita a misericórdia de Jesus, que chora pela tua triste e condenável situação de pecador perdido. Vem a Cristo que te chama com amor infinito e viverás. Ai de ti que não sabes reconhecer a bondade de Deus que estava a seu lado no dia a dia da vida. Que estejamos sempre atentos e conscientes com os bens que temos, sobretudo, o bem da paz e da vida.

Reflexão Apostólica:

Hoje o texto narra uma afirmação de Jesus quanto ao destino trágico da cidade de Jerusalém que de fato foi invadida e saqueada pelos bárbaros e depois por outros povos. Talvez Jesus tenha falado também de cada invasão que cada um de nós é acometido de tempos em tempos.

Um fato: Não sabemos também quando nossa Jerusalém será invadida, essa Jerusalém que representa nossa vida, nossa saúde, nosso serviço (
). Hoje estou bem e amanhã não sei, ou melhor, ninguém sabe.

Duro é ver após um acontecimento (demissão, doença, surgimento de uma dívida, o despejo, o fim do casamento, do namoro, de uma amizade) que parecia que já sabíamos que algo iria acontecer, mas que não nos atentamos aos sinais. E como os sinais são grandes agora!! ()

Agora você não pode ver isso. Chegarão os dias em que os inimigos vão cercá-la com rampas de ataque, e vão rodeá-la, e apertá-la de todos os lados porque você não reconheceu o tempo em que Deus veio para salvá-la

Jesus, não distante, mas ainda mais próximo do que nunca, chora ao nosso lado. Ampara-nos no sofrimento, no sentimento, na culpa, na saudade.

Nas invasões bárbaras foram subtraídas (roubadas) relíquias e peças sagradas do povo; artefatos que lhe diziam
muito e faziam falta.

Quantos de nós também temos a impressão, que após um acontecimento, um grande sofrimento, uma grande perca, algo em nós também é roubado. Não é a perca de algo físico, material (), mas de algo que também fazia parte de nós e que sentimos falta?

Jesus também chorava porque nada podia fazer. Sim! O Senhor não podia fazer nada. Ele, mesmo sendo 100% Deus, não poderia ferir ou negar o livre arbítrio humano. A dádiva dada por Deus que nos eleva acima dos anjos, mas também nos condena se o usarmos sem a sabedoria.

Mesmo tendo feito tanto aos olhos de todos, de ter curado a tantos, ter resgatado ou transformado a vida de tantos outros, as pessoas preferiam não mudar.

Imagine-se no trabalho, em casa, na faculdade onde você com tanto conteúdo e conhecimento para repassar, mas os colegas não quererem aprender, melhorar, mudar

Quando, mesmo sendo novo em idade, sabe ou percebe, que seus pais, amigos, irmãos estão prestes a tomar uma atitude errada, mas não consegue ser ouvido (a) por eles Duro isso, mas é fruto do livre arbítrio e deve ser respeitado, pois Jesus também respeitou.

De fato nossa vida não é um
mar de rosas o tempo todo, mas ainda não é o fim. Sinais são apresentados todos os dias e em todas as horas, mas nossos olhos se recusam a vê-los.

É preciso se antecipar aos fatos a começar pela remoção do que nos impede de vê-los. No dia que conseguirmos isso a tempestade acalmará e voltaremos a navegar no mar que escolhi

Precisamos buscar a maturidade na fé!
Propósito: "Chorar" sobre determinadas situações que não condizem com o Projeto de Deus.

ORAÇÃO SINGULAR
Eu oro para que Deus abra os nossos olhos e nos permita ver os tesouros escondidos que Ele nos concede nos sofrimentos, dos quais o mundo só pensa em fugir.   São João de Ávila

Essa oração acima – sem nenhuma dúvida – é realmente singular na sua essência e substância. É singular simplesmente pelo fato de nela não existir nada de comum ou corriqueiro. E ainda mais: essa oração navega contra a ênfase triunfalista do nosso atual evangelicalismo contemporâneo. 

Quero encorajá-lo no dia de hoje a orar de maneira singular; a orar como João de Ávila. Orar de forma contrária a tudo que você aprendeu no passado; ou seja, protegendo a auto-imagem, suas conquistas pessoais, seu espaço de realização, ao mesmo tempo que ignorando o que existe de mais precioso: seu coração. 

Não importa quão grande seja neste dia a dor que você esteja sentindo; o desapontamento, a tristeza ou o desencorajamento profundo que estejam pesando sobre seus ombros. Quero encorajá-lo a orar de tal maneira que seus olhos sejam abertos, e você consiga enxergar os tesouros, muitas vezes só possíveis de serem encontrados justamente em meio ao sofrimento – ao qual tentamos de todas as maneiras fugir, escapar. Ao orar dessa nova maneira você irá certamente fazer parte de um diminuto exército, só que muito poderoso, pois conhece e experimenta os tesouros escondidos do Pai.

Nenhum comentário:

Postar um comentário