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segunda-feira, 16 de outubro de 2017

Evangelho do dia 22 de outubro - 29º DOMINGO DO TEMPO COMUM


22 outubro - Podemos suspirar pela luz como suspiramos pela aurora matinal, mas tal como esta, não podemos adiantá-la de um instante sequer. Devemos todavia ficar de olhos abertos para o Oriente, exatamente para o ponto onde a luz do dia costuma aparecer; que não nos aconteça de confundi-la com a aurora boreal, que engana o peregrino. (L 272). São Jose Marello

Leitura do santo Evangelho segundo São Mateus 22,15-21

"Os fariseus saíram e fizeram um plano para conseguir alguma prova contra Jesus. Então mandaram que alguns dos seus seguidores e alguns membros do partido de Herodes fossem dizer a Jesus:
- Mestre, sabemos que o senhor é honesto, ensina a verdade sobre a maneira de viver que Deus exige e não se importa com a opinião dos outros, nem julga pela aparência. Então o que o senhor acha: é ou não é contra a nossa Lei pagar impostos ao Imperador romano?
Mas Jesus percebeu a malícia deles e respondeu:
- Hipócritas! Por que é que vocês estão procurando uma prova contra mim? Tragam a moeda com que se paga o imposto!
Trouxeram a moeda, e ele perguntou:
- De quem são o nome e a cara que estão gravados nesta moeda?
Eles responderam:
- São do Imperador.
Então Jesus disse:
- Dêem ao Imperador o que é do Imperador e dêem a Deus o que é de Deus.
"
 

Meditação:

A liturgia do 29º Domingo do Tempo Comum convida-nos a refletir acerca da forma como devemos equacionar a relação entre as realidades de Deus e as realidades do mundo.

Diz-nos que Deus é a nossa prioridade e que é a Ele que devemos subordinar toda a nossa existência; mas avisa-nos também que Deus nos convoca a um compromisso efetivo com a construção do mundo.

O evangelho de Mateus, com sua força eclesiológica renovadora, nos impulsiona a trabalhar incansavelmente por uma igreja mais próxima da proposta de Jesus, mais centrada nas pessoas, nas relações entre irmãos e menos pendente da norma e da estrutura, cuja atenção não pode ser colocada acima da justiça e da defesa dos pequenos, os prediletos de Deus.

O evangelho de hoje, o mais comentado na historia da igreja e também o evangelho do qual se tem as interpretações mais dogmáticas e espiritualizantes. É o marco de um texto polêmico em um contexto social no qual se divinizava o Imperador.

O evangelho de Mateus é a primeira síntese da tradição judaica e cristã depois da destruição do templo de Jerusalém na guerra de 66-74 dC.

O texto lido faz parte de uma série de controvérsias entre Jesus e os fariseus (e outros grupos) sobre temas como o tributo, a ressurreição dos mortos, o mandamento maior, o filho de Davi... Todas essas controvérsias têm, como pano de fundo, o confronto de Jesus com a lei romana.

Sob o tema do tributo, encontramos uma realidade sofrida das comunidades cristãs (nas quais o evangelho foi escrito), sob o domínio do império romano.

O povo de Israel, que séculos antes havia sonhado uma sociedade como confederação de tribos, na qual o único Senhor fosse Deus, o Deus da libertação, vive agora as conseqüências de uma monarquia que explora o pobre para sustentar sua estrutura.

Os mais pobres são os mais afetados pela política fiscal, pois a taxação recaia diretamente sobre os trabalhadores do campo, lavradores ou arrendatários. Porém, indo um pouco mais além do tributo, fixemo-nos na figura do Imperador.

Roma carregava sobre si a influencia do mundo religioso do Egito e da Grécia. A relação dos romanos com estes deuses faz parte da estrutura ordinária e cotidiana da vida social: entendia-se o Imperador como um deus, Roma era uma teocracia.

As comunidades cristãs, que haviam optado por outra forma de entender a relação com Deus, com o Deus de Jesus, com o Abba, não podiam entender como o imperador podia se apresentar como um deus, e se enfrentam com a religião oficial optando pelo caminho alternativo, que neste caso é a proposta de vida em pequenas comunidades de irmãos e irmãs.
Diante dessa realidade, a comunidade cristã busca, na experiência vivida com o mestre, e diante desse cenário, a frase: "Dar a Cesar o que é de Cesar e a Deus o que é de Deus".

Portanto, já nos albores da reflexão da Comunidade, está a consciência de que o imperador não é Deus e nunca o será, porque Deus é amor, justiça, igualdade… valores ausentes em qualquer império, de qualquer época.

Com o correr do tempo, o que é alternativo se transforma em oficial e se faz necessário compreender o caminho da criatividade, da renovação, do alternativo.

Na atualidade não há imperadores que se apresentem como deuses, porém nos encontramos com certas estruturas religiosas monárquicas e imperiais que, longe de refletir a vivencia da comunhão entre irmãos e irmãs, pretendem impor a exploração dos pobres no melhor estilo do Império.

Por isso, ao meditar este texto a partir da mentalidade de hoje, temos que dizer com voz profética: "À estrutura oficial religiosa o que é dela" e "a Deus o que é de Deus", ou seja, "a Deus Pai e ao seu Reino toda a nossa entrega e fidelidade.

Reflexão Apostólica:

Na abordagem de Jesus, a questão deixa de ser uma simples discussão acerca do pagamento ou do não pagamento de um imposto, para se tornar um apelo a que o homem reconheça Deus como o seu senhor e realize a sua vocação essencial de entrega a Deus (ele foi criado por Deus, pertence a Deus e transporta consigo a imagem do seu senhor e seu criador).

 "Dá-me, filho meu, o teu coração e os teus olhos observem os meus caminhos" (Pv 23,25). É isto que Deus quer. Não umas moedas, não uns bens terrestres, não um pouco de nós ou do nosso tempo, mas tudo o que temos e somos a Ele deve ser consagrado. "Rogo-vos, pela compaixão de Deus, que apresenteis os vossos corpos (vidas) em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, pois isto é o vosso culto racional..." (Rm 12,1-2).

Jesus não está preocupado em afirmar que o homem deve repartir equitativamente as suas obrigações entre o poder político e o poder religioso; mas está, sobretudo, preocupado em deixar claro que o homem só pertence a Deus e deve entregar toda a sua existência nas mãos de Deus. Tudo o resto deve ser relativizado, inclusive a submissão ao poder político.

Não adianta negar a soberania de Deus sobre  as nossas vidas. Nós existimos por Ele e para Ele, que nos criou e sustenta diariamente.

Submetamo-nos ao Seu domínio, que é um domínio de justiça e amor. Ele nos remiu para glória do Seu Santo Nome, por isso pagou tão alto preço.
Propósito:
Ó Deus, nosso Pai, por reconhecer-te como centro de nossas vidas, ensina-nos a submeter tudo a ti, e a rejeitar o que pretende polarizar nossas atenções. Pai, ajuda-nos a entregar-nos a ti, de todo coração, e servir-te com fidelidade no próximo, de modo que vivamos como verdadeiros filhos teus e como irmãos de todas as pessoas.
APRENDA COM OS ERROS
Não olhe para onde você caiu, mas onde você escorregou.  Provérbio Africano

Se você está agindo, você irá cometer erros. Quando o erro vier…ótimo! Você acabou de aprender alguma coisa. Admita os seus erros e examine-os com cuidado. Assuma a responsabilidade sobre eles. Erros são mestres preciosos. Descobrir o que não funciona pode ser uma tremenda ajuda para determinar o que irá funcionar. 

Tom Watson, o fundador da IBM, compreendeu o valor de um erro. Certa ocasião, um dos seus funcionários cometeu um grave erro que custou à companhia alguns milhões de dólares. Quando o funcionário foi chamado ao escritório do patrão, ele foi logo dizendo: “Eu suponho que você quer a minha demissão.” Watson respondeu: “De maneira alguma, acabei de investir dez milhões de dólares em sua instrução!” 

Gente bem sucedida, gente eficiente aprende com tudo que lhes acontece, incluindo os seus erros. Ao cometer um erro, a melhor resposta é juntar os cacos e examinar cuidadosamente o que aconteceu. Não fique se culpando, não culpe os outros. Apenas examine, aprenda com o erro, aplique o seu novo conhecimento e… tente novamente.
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