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sexta-feira, 7 de novembro de 2014

Evangelho sábado 8 de novembro

08 - Não devemos preocupar-nos com o dia de amanhã, mas ficar tranqüilos nas mãos de Deus, que não nos deixará faltar nada: a cada dia basta a sua aflição. (S 237). São Jose Marello

Lucas 16,9-15
 "Por isso eu digo a vocês: usem as riquezas deste mundo para conseguir amigos a fim de que, quando as riquezas faltarem, eles recebam vocês no lar eterno. Quem é fiel nas coisas pequenas também será nas grandes; e quem é desonesto nas coisas pequenas também será nas grandes. Pois, se vocês não forem honestos com as riquezas deste mundo, quem vai pôr vocês para tomar conta das riquezas verdadeiras? E, se não forem honestos com o que é dos outros, quem lhes dará o que é de vocês?
- Um escravo não pode servir a dois donos ao mesmo tempo, pois vai rejeitar um e preferir o outro; ou será fiel a um e desprezará o outro. Vocês não podem servir a Deus e também servir ao dinheiro.
Os fariseus ouviram isso e zombaram de Jesus porque amavam o dinheiro. Então Jesus disse a eles:
- Para as pessoas vocês parecem bons, mas Deus conhece o coração de vocês. Pois aquilo que as pessoas acham que vale muito não vale nada para Deus.
" 

Meditação: 

Esta fala de Jesus complementa a parábola do administrador desonesto e esperto (Lc 16,1-8). A tônica é a iniquidade do dinheiro e os fariseus são mencionados como sendo amigos do dinheiro, e zombavam de Jesus.

Há uma riqueza que semeia a morte em toda a parte em que domina: libertai-vos dela e sereis salvos. Purificai a vossa alma; tornai-a pobre para poder ouvir o apelo do Salvador que vos repete: “Vem e segue-me” (Mc 10,21). Ele é o caminho em que avança aquele que tem o coração puro; a graça de Deus não penetra numa alma ocupada e dividida numa grande quantidade de pertences.

Quem olha para a sua fortuna, para o seu ouro e para a sua prata, para as suas casas, como sendo dons de Deus, esse testemunha a Deus o seu reconhecimento vindo com os seus bens em auxílio dos pobres. Sabe que os possui mais para os seus irmãos do que para si próprio.

Continua dono das suas riquezas em vez de se tornar escravo delas; não as fecha na sua alma, tal como nelas não encerra a sua vida, mas continua, sem se cansar, uma obra que é divina. E se, um dia, a sua fortuna vier a desaparecer, aceita a sua ruína com um coração livre. Esse homem, Deus o declara “bem-aventurado”; chama-lhe “pobre em espírito”, herdeiro seguro do Reino dos Céus (Mt 5,3).

Pelo contrário, há quem encerre a sua fortuna no coração, no lugar do Espírito Santo. Esse guarda em si as suas terras, acumula sem fim a fortuna, só se preocupa em acrescentar sempre mais. Não levanta nunca os olhos ao céu; atola-se no material. De fato, ele não é mais do que pó e voltará ao pó (Gn 3,19).

Como pode então experimentar o desejo do Reino aquele que, em vez de coração, tem dentro de si um campo ou uma mina, aquele a quem a morte surpreenderá sempre no meio das suas paixões? “Porque onde estiver o teu tesouro, estará também o teu coração” (Mt 6,21).

Querer pôr a esperança e a confiança em bens passageiros é querer fazer fundações em água corrente. Tudo passa; Deus permanece.

Agarrarmo-nos ao que é transitório é desligarmo-nos do que é permanente. Quem, portanto, levado no turbilhão agitado, consegue manter-se firme em seu lugar, nessa torrente fragorosa?

Se quisermos recusar-nos a ser levados pela corrente, temos de nos afastar de tudo o que corre; senão o objeto do nosso amor nos constrangerá a chegar ao que precisamente queremos evitar. Aquele que se agarra aos bens transitórios será certamente arrastado até onde terá, à deriva, essas coisas às quais se apega.

A primeira coisa a fazer é pois abstermo-nos de amar os bens materiais; a segunda, não pormos total confiança naqueles bens que nos são confiados para serem usados e não para serem desfrutados. A alma que se prende apenas aos bens perecíveis, depressa perde a sua própria estabilidade. O turbilhão da vida atual arrasta quem nele se deixa ir, e é uma ilusão, para aquele que é levado nesta corrente, nela querer manter-se de pé.

Reflexão Apostólica:

Ao ler o evangelho do dia de hoje, logo de início, não estava compreendendo o que Deus queria me falar quando, no versículo 9, Ele dizia: "Por isso eu digo a vocês: usem as riquezas deste mundo para conseguir amigos a fim de que, quando as riquezas faltarem, eles recebam vocês no lar eterno.".

Pensei: Como Deus pode estar me pedindo para fazer amigos com a riqueza injusta? Isso não faz sentido, uma vez que, a riqueza injusta é aquela que é ilusória, enganadora.

Então, pedi a Deus que me desse o discernimento de tudo isso e, ao ler novamente o versículo, o Senhor falava muito forte ao meu coração que a riqueza e o dinheiro eram bens passageiros e que um dia poderia passar na nossa vida também, mas se nós, durante o tempo da riqueza, tivéssemos construído amizades verdadeiras, mesmo sem nenhum bem material teríamos com quem contar, e mais que isso, alcançaríamos os tabernáculos eternos. Então, compreendi de Deus que não importa o tamanho da minha riqueza e sim a riqueza que há em meu coração.

É necessário que todos nós aprendamos a valorizar e a buscar as coisas do alto, as coisas eternas, as coisas que não passam jamais, pois somente elas trarão aos nossos corações a verdadeira FELICIDADE!!

No versículo 10 o Senhor fala: "Quem é fiel nas coisas pequenas também será nas grandes; e quem é desonesto nas coisas pequenas também será nas grandes.".

Essa parte do evangelho vem trazer uma lição maravilhosa para nossa vida. É impressionante como essas palavras são verdades concretas no mundo. Aqueles que não conseguem ser fiéis no namoro, provavelmente serão infiéis no noivado e depois no casamento. As pessoas que não conseguem ser justas numa gincana de colégio, certamente serão injustas em grandes causas.

Fidelidade e justiça são valores tão grandiosos e importantes na formação humana que precisam ser praticados nas pequenas coisas, desde criança, para que assim possam ser solidificados no coração e na alma. A grandiosidade dos valores humanos está na pequenez dos gestos praticados.

Sempre digo para as pessoas que me procuram no início da caminhada: Se você quiser ser de Deus cada dia mais, aprenda a ser fiel no pouco e a mudar nas pequenas coisas, pois à medida que você consegue dizer não a um pecado que parecia ser pequeno e fácil de não cometer, você vai se sentindo mais fortalecido a combater os pecados maiores.

Faça essa experiência com Deus e viva o hoje de cada dia tentando ser fiel no pouco que Deus lhe pede e não queira ir além daquilo que você pode dar, porque dessa forma você estará sendo treinado para aguentar o mais que Deus tem reservado para você no tempo certo da sua caminhada. Todo esse treinamento fará de você um servo bom e fiel.

No final do evangelho o Senhor nos fala: "Um escravo não pode servir a dois donos ao mesmo tempo, pois vai rejeitar um e preferir o outro; ou será fiel a um e desprezará o outro. Vocês não podem servir a Deus e também servir ao dinheiro.".

Então, para finalizar essa reflexão de hoje, gostaria de terminar dizendo para vocês que: quando servimos ao dinheiro nos tornamos escravos de tudo àquilo que ele pode comprar, mas quando servimos a Deus nos tornamos "escravos" do Seu amor e de tudo aquilo que o amor de Deus pode alcançar e transformar!

Faça a sua escolha e deixe Deus ser o seu SENHOR!
  
Propósito: Ser mais prudente nas escolhas entre o ser e o ter.   


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