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segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Evangelho terça feira 29 o



Lucas 13,18-21

"- Com o que o Reino de Deus é parecido? Que comparação posso usar? Ele é como uma semente de mostarda que um homem pega e planta na sua horta. A planta cresce e fica uma árvore, e os passarinhos fazem ninhos nos seus ramos.
Jesus continuou:
- Que comparação poderei usar para o Reino de Deus? Ele é como o fermento que uma mulher pega e mistura em três medidas de farinha, até que ele se espalhe por toda a massa.
"
  

Meditação:

Certa vez os fariseus perguntavam a Jesus quando veriam ou viria o reino de Deus. Ele responde algo inusitado: “Ele já esta no meio de vós”!
 Vamos tentar somar as pistas: “Ele esta no meio de nós”, parece um “grão de mostarda”; é o fermento a ser espalhado na massa.
Imaginemos sovar massa para espalhar esse fermento de forma homogênea. Alguns estudiosos fazem uma analogia dessas três medidas às virtudes teologais: A fé, a esperança e o amor.

Muitas vezes (mais de 90 vezes) o fermento é usado na bíblia como símbolo de algo mal, a ser evitado, (…), mas Jesus apresenta, nesse exemplo, um reino de Deus (fermento) que paira homogeneamente dentro dessas três medidas.

Ele é algo tão pequeno, mas que faz crescer a massa ao ponto de não sobrar espaço, incrivelmente sobra para partilhar sua sombra; algo que bem sovado transborda a fôrma onde foi colocada a massa; algo que preenche nossas vidas.
O reino de Deus esta dentro de nós e intimamente ligado a nossos valores mais íntimos. Ele esta também no irmão que persevera na fé, na esperança e no amor ao próximo. Ele não esta em apenas em uma virtude, mas como diz a analogia da palavra, sovado e pulverizado entre elas.

Deus esta na fé perseverante de quem insiste em levantar, mesmo que o dia lhe pareça adverso; Ele esta na esperança que resiste ao tempo, aos prognósticos, as suposições, superstições; Ele também esta no gesto de amor ao próximo simbolizado pelo perdão, na caridade verdadeira, nos gestos de carinho, no afago, no preocupar-se, (…).
Deus esta na lagrima de quem assiste a um programa de TV e chora a toa; é Ele que nos move a levantar no ônibus e ceder o lugar a alguém que precisa mais.

É Ele que nos ensina o que falar a quem mais precisa. Ele esta na criança contente; no sorriso do meu (do seu) filho (a), na paz lá de casa.

Ele assiste nossas falhas, vê nossos erros; nos da sinais, se revela no outro; nos ensina, nos guarda, nos protege, (…) Deus esta em todo lugar. Sovado nessa massa!

Deus esta na criança pobre que consegue estudar; no velho que consegue ainda ter forças para ajudar seus filhos a criar seus netos; é a força que nos faz superar a depressão, o pânico, (…).

Ele esta na alegria por uma meta cumprida; na aprovação do vestibular, na força de tentar mais uma vez após um insucesso.

Deus esta na “dó” (misericórdia) que temos por uma árvore cortada ou arrancada, no sentimento de um animal ferido; no grito de um faminto. Deus esta no mendigo deitado na calçada, no irmão protestante, no ateu, no judeu…
Na tempestade, Deus não estava no vento, mas no recomeço; Na morte, Deus não estava na dor, mas na coragem de levantar e continuar.

Na cegueira, Deus não esta nos olhos, mas num coração que mesmo assim encontra o caminho de casa; Na favela, Deus não estava na bala perdida, mas esta ao seu lado e sempre estará

Realmente, Deus esta sovado na massa!

Reflexão Apostólica:

Quando uma pessoa entende muito de um assunto, consegue brincar com o próprio conhecimento na hora de repassá-lo. Os melhores professores sempre descobrem um jeito lúdico de ensinar algo complicado. Sempre começam mostrando algo que você entende, para depois fazer a comparação com o que ele quer que você aprenda.

Aproveitam-se do chamado "conhecimento prévio", para acrescentar um novo conhecimento. E muitas vezes, é através dessa simplicidade, que aprendemos coisas complicadíssimas, e nunca mais esquecemos... tudo por causa da comparação que o bom professor nos mostrou.

Quem nesse mundo entendeu mais de Reino dos Céus do que Jesus? E quem nesse mundo usou mais metáforas e comparações do que Jesus, para explicar algo complicado através de coisas simples do nosso dia-a-dia?

Ele mesmo se desafiava constantemente, procurando formas de explicar para as pessoas simples, o que era o Reino de Deus. Quando se coloca simples, é simples meeeesmo!!! O agricultor, o pescador, a dona de casa, o pastor, o feirante... quase todos analfabetos...

Jesus tinha que usar exemplos que eles estavam acostumados a ver no dia-a-dia. E um detalhe fantástico: Jesus usava os exemplos mais simples possíveis, e em outra passagem chega a dizer que explicava essas coisas em parábolas a fim de confundir os doutores, justamente porque os doutores não tinham contato com coisas simples como plantar sementes, preparar massa de pão ou de bolo... então eles tinham mais dificuldade de entender, e às vezes se confundiam...

A didática de Jesus deveria ser copiada para todas as escolas, do jardim de infância até a universidade, como diz Augusto Cury, um dos maiores estudiosos vivos sobre a vida e o legado de Jesus.
Hoje, Ele se desafia. Com que poderei comparar o Reino dos Céus? Primeiro Ele compara com o homem que lança uma semente de mostarda no seu jardim. A semente gera uma árvore que os pássaros do céu fazem ninhos em seus galhos.

Qualquer pessoa simples daquela época sabia que a semente de mostarda é a menor dentre todas as sementes, e que gera uma árvore enorme…

E o que isso tem a ver com o Reino dos Céus? Vejamos que bela comparação: o homem que atirou a semente é o próprio Jesus; a semente é o Evangelho; o terreno é o nosso coração; e a árvore que vai crescendo a partir daquela semente é a nossa vida, que é próprio Reino dos Céus onde as aves do céu fazem ninho, ou seja, as crianças de todas as idades vêm se aconchegar aonde as pessoas vêm colher frutos para saciar sua fome de Deus onde tantos vêm descansar à sua sombra quando estão cansados… e mesmo quando vem o lenhador e corta o seus galhos ou até o seu tronco, a árvore exala perfume sobre o machado que a feriu, mas não morre antes de espalhar novas sementes pelo mundo afora.

A segunda comparação foi com o fermento que se mistura com 3 porções de farinha até que tudo fique fermentado. Jesus entendia até de cozinha! Quem cozinha sabe que não é só jogar o fermento e pronto… Existe todo um processo para fazer o fermento penetrar na massa.

Podemos imaginar aquelas mulheres, quando iam preparar o pão, fazendo as analogias a cada gesto durante a preparação do pão.

A farinha é o nosso ser, e o fermento é o Amor. Enquanto a massa vai sendo misturada com o fermento, ela precisa ser batida, amassada, deformada e remodelada, para que o fermento se misture e fique igualmente distribuído em toda a massa, para que no momento de ir ao fogo, o pão resista ao calor e cresça por igual.

Nós também precisamos ser amassados, deformados e remodelados para que o amor preencha todas as áreas da nossa vida.

Enquanto houver áreas sem fermento, aquela área deverá ser amassada e sofrer um pouco mais, até que o fermento do amor entre nela.

Tudo isso para que, no momento de ir ao fogo, o nosso pão cresça por igual, sem áreas deformadas pela falta do fermento.

Esta reflexão ficou grande (aliás, está menor que outras que temos postado), mas poderia ter ficado ainda maior, pela beleza e riqueza deste Evangelho. Jesus também se desafiaria para encontrar uma comparação interessante, com algo que você está habituado a ver no seu cotidiano, só para fazer você entender o que é o Reino dos Céus, e desejar, com todas as forças, fazer parte dele.
Propósito:
Senhor, faze de mim instrumento de teu Reino para que ele chegue a todas as pessoas, sem exceção, mormente os pobres e marginalizados.

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