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domingo, 18 de agosto de 2013

Evangelho segunda feira 19 agosto S. João Eudes

Evangelho:

Leitura do santo Evangelho segundo São Mateus 19,16-22
"Alguém aproximou-se de Jesus e disse: "Mestre, que devo fazer de bom para ter a vida eterna?". Ele respondeu: "Por que me perguntas sobre o que é bom? Um só é bom. Se queres entrar na vida, observa os mandamentos". "Quais?", perguntou ele. Jesus respondeu: "Não cometerás homicídio, não cometerás adultério, não roubarás, não levantarás falso testemunho, honra pai e mãe, ama teu próximo como a ti mesmo". O jovem disse-lhe: "Já observo tudo isso. Que me falta ainda?" Jesus respondeu: "Se queres ser perfeito, vai, vende os teus bens, dá o dinheiro aos pobres, e terás um tesouro no céu. Depois, vem e segue-me". Quando ouviu esta palavra, o jovem foi embora cheio de tristeza, pois possuía muitos bens." 

Meditação:

No Evangelho de hoje vemos Jesus na reta final do seu ministério terreno. Está decidido a caminhar para Jerusalém a fim de consumar o Mistério Pascal, ou seja, Paixão, Morte e Ressurreição. Entretanto, um jovem, corre atrás d’Ele- ajoelhando-se diante do Mestre, soltou aquilo que estava entalado no coração: Que farei para herdar a vida eterna? Esta pergunta é nossa também. Pois todos nós queremos ir para o céu. Aliás o instinto natural do homem é a vida eterna!

Portanto, nada absolutamente preenche este vazio da alma que nasce no coração do homem, logo a seguir a expressão de Adão e Eva no paraíso das delícias celestiais. Mas afinal quem era este jovem?

A Sagrada Escritura não diz quem eram e nem como se chamava, tão pouco onde morava e quem eram os seus pais. Mateus 19,16 diz somente “alguém”. Marcos 10,17 - apenas um “homem”. Lucas 18,18 “Certo homem de posição”. Todavia, tudo indica que era alguém delicado e educado mui reverente (Mc 10,17) diz que “ajoelhou-se diante de Jesus”. Mateus 19:20 refere-se a esse homem como “jovem”.

Não interessa saber quem eram senão a preocupação dele pela vida eterna. O que vemos nos textos citados é que procurou Jesus. Procurar Jesus como fonte da salvação nossa deve ser a mola impulsionadora das nossas buscas de realizações. Visto que somente n’Ele e por Ele temos a vida em plenitude.

Pelo que acabamos de ver no texto, este jovem tinha boas e excelentes qualidades. Só lhe faltava o essencial - “a vida eterna”. Ele sabia muito bem que essa vida estava com Jesus, o Filho de Deus. (Jo 10:10). Como vimos não adianta almejar a “vida eterna”, ansiar por ela, é necessário que a possuamos. É preciso que procuremos esta vida em Jesus Cristo.

O jovem rico tinha, além dos muitos bens! E religião? Podemos dizer que tinha em grau muito menor. Já que ele acreditava em Jesus, mas as suas obras eram opostas. Tem religião, mas vive bebendo, jogando, roubando e matando. Era preciso que ele se desapegasse de tudo isso. Que a sua religião fosse pura. O que lhe faltava era sair da letra, do papel para a prática.

Como veremos a seguir, ele fora elogiado por Jesus. O moço rico era zeloso guardador da lei. Disse Jesus que era fiel guardador da lei. Respeitava os mandamentos e estatutos ordenados pelo Senhor Todo-poderoso. Por exemplo, respondendo a Jesus que lhe pediu “guardar os mandamentos” disse: não mato, não cometo adultério, não furto, não defraudo, não dou falso testemunho, honrou pai e mãe.

Diga-se de passagem. O jovem era mesmo rico. Veja como os evangelistas narram a sua situação: Mt 19:22 - “dono de muitas propriedades”. Mc 10:22 - “dono de muitas propriedades”. Lc 18:23 - “era riquíssimo”. Porém, como cristão ele tinha tudo e nada tinha.

Os bens da terra evaporam. “que adianta o homem ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma”. O que vou dizer pode te parecer contradição.

Apesar das riquezas, ele era pobre, tinha é nada. O jovem possuía tudo, menos a vida. E quem não tem vida não existe e se não existe não tem algo. 

É pela vida que eu entro em contato com as coisas. Pela pergunta que fez a Jesus “que hei de fazer para herdar a vida eterna”, infere-se que não a possuía. E nem sequer existia. E por causa da ausência da vida, o jovem tinha tudo, desde a guarda dos mandamentos de Jesus até a fabulosa quantidade de dinheiro, corre a trás de Jesus a procura da vida para poder viver e conseqüentemente ter Vida eterna.

A partir da situação do jovem devemos nos advertir irmã que a vida eterna não se alcança por dinheiro, nem zelo pelos estatutos de Deus, nem pela guarda de lei, nem praticar alguma coisa boa. Pois priorizando estas coisas podes estar perdido, perdida como este jovem.

Alias, o próprio Jesus nos adverte que lhe adiantam os tesouros deste mundo, se não tivermos a vida eterna em Deus e com Ele?

No diálogo com o moço Jesus o levou a uma decisão. Jesus e o moço chegaram a dois caminhos diferentes. Quer Jesus ou as riquezas, Jesus ou a simples guarda dos mandamentos? Jesus ou as delícias deste mundo? Estas perguntas eu as faço para que tu reflitas a tua situação. Temos na Palavra de Deus, pessoas que firmam sua decisão. Cada um é livre em tomar o seu caminho.

Aceitar a Jesus como fonte de vida eterna ou o diabo como caminho da perdição eterna. O que tu preferes? Jesus ou cigarro? Jesus ou a cachaça? Jesus ou as falsas doutrinas? Jesus ou o dinheiro? Jesus ou os encontros deste mundo que se encontram no maligno?

Não te esqueças que o moço rico estava a um passo da vida eterna. Uma só coisa lhe faltava, remover o ídolo dinheiro do seu coração e seguir Jesus.

Quando ouviu de Jesus, falta-te uma coisa - uma somente: Vende tudo, dá aos pobres, volta a seguir a Jesus, não quis e se foi embora triste. Como soam estas palavras em ti: Vende tudo o que tens, dê aos pobres o que tens e terás a vida eterna?

Felizmente, Mateus nos faz cravada a figura e a atitude do coração deste jovem: ao ouvir as palavras de Jesus, retirou-se triste por ser dono de muitas propriedades. Retirou-se triste, não quis Jesus, ficou com o dinheiro e perdeu a vida eterna que tanto almejava. E tu, queres fazer o mesmo? Vás preferir ficar com os bens terrenos a ganhar a vida eterna?

Não nos atrapalhemos com este mundo passageiro. Com este dinheiro passageiro compremos amigos e amigas que nos acolherão no Reino dos Céus!

Reflexão Apostólica:

Aquele jovem que já seguia os mandamentos, pergunta a Jesus, o que mais ele tinha de fazer para alcançar vida eterna. Vai, vende todos os teus bens e dá o dinheiro para os pobres, e terás um tesouro no céu. Disse-lhe Jesus. O jovem ficou muito triste porque era muito rico.

Aquele jovem, como muita gente no mundo, havia acumulado, ou herdado um tesouro.  Hoje também existem muitas pessoas que investem no Banco do Brasil, na Caixa Econômica Federal, e em outros bancos. Compram gado, terras ou imóveis porque a propaganda diz que este é o melhor negócio, o melhor investimento. Tais pessoas ao fazer todos os tipos de investimento, constroem  um tesouro na Terra.

Mateus tinha uma percepção diferente de Lucas, pois pertenceu a uma classe mais rica e poderosa. É justamente Mateus o apóstolo que narra a parábola do tesouro encontrado, que provavelmente chamou sua atenção por ser aquilo que viveu na pele: Um rico que encontrou o tesouro e vendeu tudo para segui-lo.

O evangelista dessa vez empenha-se em narrar um rapaz, que como ele, encontra O tesouro, no entanto tem uma postura bem diferente do autor desse evangelho. “(…) Quando o moço ouviu isso, foi embora triste”.

Na verdade, aos meus olhos, o problema não era o dinheiro e sim o apego a ele. De fato existem outros apegos que nos fazem voltar a trás e também desistir do tesouro.

Alguns se apegam a elogios, “tapinhas nas costas”, reconhecimento; outros a posições de destaque, cargos, chefias; outros, porém, a coisas que de fato não possuem valor algum. Quanta gente aproveita esse ensejo político para lograr êxito através de “favores” nada legais e muitas vezes imorais, tentando “arrebanhar” gente, mas no dia-a-dia cristão não tem a mesma dedicação?

Não nos enganemos! Deus conhece bem esses frutos! É deprimente o que fazemos para ascender de status: Mentimos, dissimulamos, omitimos...

O engajamento político se faz necessário para tirarmos das esferas de decisão os maus representantes, mas é duro de admitir que muitas vezes somos nós mesmos “cristãos” que os colocamos naquele lugar e mais duro ainda de admitir que tudo porque não me desapeguei das coisas menores. A parábola do jovem rico é muito atual, pois ela esta batendo em nossa porta todos os dias.

É preciso sim eleger pessoas com compromissos de fato com as pessoas, sejam eles católicos, evangélicos, mulçumanos, (…) e não pessoas que conhecemos que não se desapegam da riqueza, do poder, das facilidades.
Se qualquer um de nós precisar trabalhar numa campanha política coloquemos Deus à frente e não SEU SANTO NOME EM VÃO, pois todo cristão é por si só modelo para outros que o seguirão.

Precisamos jogar limpo com as pessoas e falar o que de fato queremos e não ficar “engabelando” as pessoas com promessas ou tijolos, telhas, janelas, (…).

Neste instante se faz prudente recordar o triste fato noticiado nacionalmente (Operação Caixa de Pandora) onde três políticos “evangélicos”´, de Brasília, que após um desfalque, uma fraude, rezavam a “deus” agradecendo pelo “sucesso” (hunf!). Isso é apego: DIZER SER DE DEUS, MAS NÃO SE DESAPEGAR DO QUE É INCORRETO!

Propósito:

Pai, quero estar sempre em comunhão contigo, pois só tu és Bom. Que eu possa, assim, conhecer a tua vontade e colocá-la em prática, pois este é o caminho da salvação.

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