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sexta-feira, 16 de agosto de 2013

Evangelho sábado 17 agosto



Evangelho:

Leitura do santo Evangelho segundo São Mateus 19,13-15

"Naquele momento, levaram crianças a Jesus, para que impusesse as mãos sobre elas e fizesse uma oração. Os discípulos, porém, as repreenderam. Jesus disse: "Deixai as crianças, e não as impeçais de virem a mim; porque a pessoas assim é que pertence o Reino dos Céus". E depois de impor as mãos sobre elas, ele partiu dali." 

Meditação:

Em contrapartida à atitude dos discípulos que afastam as crianças de junto de Jesus e as impedem de se aproximar dele, Jesus ordena que as deixem se aproximar para serem abençoadas e rezar por elas.

O Mestre quer assim mostrar sua repugnância pelo preconceito que fazia seus seguidores desprezarem as crianças e suas mães que as apresentavam para que lhes impusessem as mãos.
Hoje, em nome de Deus, também segregamos as pessoas, separamo-las pela religião, raça, classe social, ou por serem mulheres e crianças que, a nosso ver, não podem participar do Reino de Deus.

Jesus age de modo diferente. Revoga os costumes preconceituosos dos fariseus e saduceus, escribas e sacerdotes, derrubando fronteiras, aproximando-se de todos.

Valoriza as pessoas, imagens de Deus, iguais em dignidade e como tais tratadas da mesma maneira. Será que hoje procedemos como nosso Mestre, Caminho, Verdade e Vida?

Na nova ordem do Reino dos céus estão integradas as pessoas simples, confiantes no Pai, fraternas, comunicativas, acolhedoras e solidárias, em busca do novo, de um futuro promissor de um mundo melhor.

Aqui a criança serve de exemplo não pela inocência ou pela perfeição moral. Ela é o símbolo do ser fraco, sem pretenções sociais: é simples, não tem poder nem ambições.

Na sociedade do tempo de Jesus, a criança não era valorizada, não tinha nenhuma significação social. A criança é, portanto, o símbolo do pobre marginalizado, que está vazio de si mesmo, pronto para receber o Reino.
 
Mais uma vez Jesus nos mostra a criança como pertencentes ao reino dos céus. Quem poderá ser como uma criança? O que faz com que uma criança viva o reino dos céus aqui?

A dependência, a naturalidade, a confiança, a entrega nas mãos dos pais, o coração transparente, a alegria, o suplicar, o pedir, o querer estar perto dos seus, o carinho, a inocência, a falta de maledicência, tudo isto faz a diferença entre a criança e o homem velho.

O Senhor nos quer com um coração de criança, renovado, que não julga, que espera, que confia, que ora e suplica. Isto é ser criança! Isto é viver o reino dos céus, aqui!

O mundo chama de tolos os que assim vivem, porém o que é tolice para o mundo é sabedoria para Deus.

Você quer ser como uma criança nas mãos do Pai? Você confia plenamente que Deus é Pai e que olhar por você a cada momento? Você é uma pessoa inocente? Crédula?

Reflexão Apostólica:
Em muito poucos casos os discípulos de Jesus colocam obstáculos para se chegar a ele. Neste caso particular das crianças, os discípulos representam um obstáculo maior porque reproduzem mecanicamente os preconceitos de sua própria cultura que via nas crianças seres carentes de juízo, de orientação e de entendimento, por isso não lhe era permitido o ingresso no âmbito adulto e muito menos no espaço de formação que Jesus oferecida a seus seguidores.
As famílias buscavam que as crianças conhecessem Jesus para que ele as abençoasse e orasse por elas. A bênção solene era feita impondo as mãos sobre a cabeça e a oração invocava a proteção divina. Estas práticas refletiam a crença popular que considerava importante a busca da companhia, o ensinamento e a bênção de pessoas santas, representadas por profetas, mestres e curadores.
Jesus não rejeita essas expressões da religião popular, antes descobre nelas valores fundamentais de uma autentica experiência religiosa, como a confiança, a sinceridade e a simplicidade.

E nós, quantas vezes fomos, como os discípulos do evangelho de hoje, obstáculo para que outros tivessem a oportunidade de se encontrar com o Senhor.
Ser discípulo não é fácil tarefa; antes é um compromisso severo de negação de muitas de nossas tendências, para seguir aquele que é o caminho, a verdade e a vida.
Permitimos – a partir de um testemunho de vida coerente, em que não haja a mentira, a injustiça, o ódio e o orgulho –, o encontro dos outros, como também nosso, com Jesus Cristo em nosso viver diário?
Propósito:

Pai, seja a simplicidade e a pureza de coração das crianças um exemplo no qual devo inspirar-me para ser fiel a ti.

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