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sábado, 23 de fevereiro de 2013

EVANGELHO DOMINGO 24 FEVEREIRO


Liturgia do Domingo — 24.02.2013
NOTAS IMPORTANTES
— São Sérgio
Celebramos neste dia a santidade de vida do monge Sérgio que chegou ao martírio devido seu grande amor a pessoa de Nosso Senhor Jesus Cristo. São Sérgio vivia no deserto enquanto os cristãos estavam sendo perseguidos e entregando a vida em sacrifício de louvor.

Certa vez o santo monge e intercessor foi movido pelo Espírito Santo para ir à Cesareia, onde lá ele encontrou no centro da praça a imagem de Júpiter, que era considerado como o maior dos deuses entre os pagãos. Diante da imagem os sacerdotes pagãos acusavam os cristãos e os condenavam, com o motivo de serem eles os culpados da omissão dos deuses diante das necessidades do povo.

Encorajado por Deus, São Sérgio levantou-se para denunciar as mentiras e anunciar no poder do Espírito Santo o Evangelho. Depois de fazer um lindo trabalho de evangelização, São Sérgio foi preso e no século IV partiu para a Glória.

São Sérgio, rogai por nós!

24.02.2013
2º Domingo da Quaresma — ANO C
(ROXO, CREIO, PREFÁCIO PRÓPRIO – II SEMANA DO SALTÉRIO)
__ "Ouvir o Filho amado de Deus, para transfigurar o coração. Deus se faz ALIADO do homem." __
Ambientação:
Sejam bem-vindos amados irmãos e irmãs!
INTRODUÇÃO DO FOLHETO DOMINICAL PULSANDINHO: Chegamos, irmãos e irmãs, ao segundo domingo da Quaresma. A eucaristia é a celebração da aliança de Deus com a humanidade, selada no sangue de Jesus. Deus, desde Abrão até os nossos dias propõe uma aliança de comunhão conosco, para que a nossa vida seja transfigurada pela luz da fé, através do Evangelho de Jesus Cristo. Neste sentido, a liturgia desta segunda etapa da nossa caminhada quaresmal apresenta-se totalmente iluminada pelo dom da fé, concedido por Deus a todos nós. Sendo a Quaresma tempo também da Campanha da Fraternidade, a mesma vem de encontro com nossa reflexão, pois convida os jovens a se disporem, iluminados pela fé, ao seguimento de Jesus Cristo, com o lema: "Eis-me aqui, envia-me". Mas antes de se disporem ao envio, faz-se necessário crer na Palavra, no Evangelho, seguir Jesus e, então sim, dizer: estou pronto para ir ao mundo e testemunhar o Evangelho. Entremos, pois, no silêncio profundo de nossos corações, para ouvir a voz de nossa consciência, dispondo-nos a subir o Tabor com Jesus para contemplar a glória divina em sua pessoa.
INTRODUÇÃO DO FOLHETO DOMINICAL O POVO DE DEUS: Neste domingo, a liturgia nos leva ao Monte da Transfiguração, onde Jesus mostrou a extensão de sua glória e o futuro da humanidade redimida. Mostrou também o caminho da Cruz como única via para se chegar à glória da ressurreição, prefigurada no Tabor. Aproveitemos o apelo de Cristo e as sugestões da Campanha da Fraternidade, para instauramos em nossa Igreja o caminho rejuvenescedor da fé e a coragem audaciosa da missão.
INTRODUÇÃO DO WEBMASTER: Um rito sacrifical sela o pacto entre Deus e Abraão, na mesma linha dos ritos que toda religião realiza como expressão de suas relações com a divindade. A iniciativa vem de Deus, sua é a escolha de Abraão, sua é a promessa de uma terra e uma descendência que ultrapassa toda esperança. Cristo se apresenta como a aliança definitiva entre Deus e o seu povo. Também para ele a aliança se faz através de um êxodo (no evangelho, Moisé e Elias falam do seu êxodo, sua morte) e de um ingresso - a face do Cristo muda de aspecto e suas vestes fulgurantes indicam a ressurreição. Os apóstolos não compreenderam, no momento, o episódio da transfiguração, mas quando o Espírito desce sobre eles, tornam-se as testemunhas do fato decisivo da cruz e da ressurreição. A eles e a toda a comunidade suscitada por seu testemunho é confiado o memorial da nova aliança, selado não com o sangue de animais imolados, mas com o sangue do próprio Cristo, para remissão dos pecados.
Sintamos o júbilo real de Deus em nossos corações e cheios dessa alegria divina entoemos alegres cânticos ao Senhor!
2º DOMINGO DA QUARESMA
Antífona da entrada: Meu coração disse: Senhor, buscarei a vossa face. é vossa face, Senhor, que eu procuro, não desvieis de mim o vosso rosto! (Sl 26,8s)
Oração do dia
Ó Deus, que nos mandastes ouvir o vosso filho amado, alimentai nosso espírito com a vossa palavra, para que, purificado o olhar de nossa fé, nos alegremos com a visão da vossa glória. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Comentário das Leituras: A fé é capaz de transfigurar o ser humano, porque o coloca no seu devido lugar, isto é, em Deus. Nossos encontros dominicais constituem experiências de Tabor, pois o Senhor se torna presente em sua Palavra e na partilha do pão.
Primeira Leitura (Gênesis 15,5-12.17-18)
Leitura do livro do Gênesis.
15 5 E, conduzindo-o fora, disse-lhe: "Levanta os olhos para os céus e conta as estrelas, se és capaz. Pois bem, ajuntou ele, assim será a tua descendência."
6 Abrão confiou no Senhor, e o Senhor lho imputou para justiça.
7 E disse-lhe: "Eu sou o Senhor que te fiz sair de Ur da Caldéia para dar-te esta terra."
8 "O Senhor Javé, como poderei saber se a hei de possuir?"
9 "Toma uma novilha de três anos, respondeu-lhe o Senhor, uma cabra de três anos, um cordeiro de três anos, uma rola e um pombinho."
10 Abrão tomou todos esses animais, e dividiu-os pelo meio, colocando suas metades uma defronte da outra; mas não cortou as aves.
11 Vieram as aves de rapina e atiraram-se sobre os cadáveres, mas Abrão as expulsou.
12 E eis que, ao pôr-do-sol, veio um profundo sono a Abrão, ao mesmo tempo que o assaltou um grande pavor, uma espessa escuridão.
13 O Senhor disse-lhe: "Sabe que teus descendentes habitarão como peregrinos uma terra que não é sua, e que nessa terra eles serão escravizados e oprimidos durante quatrocentos anos.
14 Mas eu julgarei também o povo ao qual estiverem sujeitos, e sairão em seguida dessa terra com grandes riquezas.
15 Quanto a ti, irás em paz juntar-se aos teus pais, e serás sepultado numa ditosa velhice.
16 Somente à quarta geração os teus descendentes voltarão para aqui, porque a iniqüidade dos amorreus não chegou ainda ao seu cúmulo."
17 Quando o sol se pôs, formou-se uma densa escuridão, e eis que um braseiro fumegante e uma tocha ardente passaram pelo meio das carnes divididas.
18 Naquele dia, o Senhor fez aliança com Abrão: "Eu dou, disse ele, esta terra aos teus descendentes, desde a torrente do Egito até o grande rio Eufrates".
- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.
Salmo responsorial 26/27
O Senhor é minha luz e salvação.
O Senhor é minha luz e salvação;
de quem eu terei medo?
O Senhor é a proteção da minha vida;
perante quem eu temerei?
Ó Senhor, ouvi a voz do meu apelo,
atendei por compaixão!
Meu coração fala convosco confiante,
é vossa face que eu procuro.
Não afasteis em vossa ira o vosso servo,
sois vós o meu auxílio!
Não me esqueçais nem me deixeis abandonado,
meu Deus e salvador!
Sei que a bondade do Senhor eu hei de ver
na terra dos viventes.
Espera no Senhor e tem coragem,
espera no Senhor!
SegundaLeitura (Filipenses 3,17-4,1)
Leitura da carta de são Paulo aos Filipenses.
3 17 Irmãos, sede meus imitadores, e olhai atentamente para os que vivem segundo o exemplo que nós vos damos.
18 Porque há muitos por aí, de quem repetidas vezes vos tenho falado e agora o digo chorando, que se portam como inimigos da cruz de Cristo,
19 cujo destino é a perdição, cujo deus é o ventre, para quem a própria ignomínia é causa de envaidecimento, e só têm prazer no que é terreno.
20 Nós, porém, somos cidadãos dos céus. É de lá que ansiosamente esperamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo,
21 que transformará nosso mísero corpo, tornando-o semelhante ao seu corpo glorioso, em virtude do poder que tem de sujeitar a si toda criatura.
4 .1 Portanto, meus muito amados e saudosos irmãos, alegria e coroa minha, continuai assim firmes no Senhor, caríssimos.
- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.
Aclamação do Evangelho
Louvor a vós, ó Cristo, rei da eterna glória.
Numa nuvem resplendente fez-se ouvir a voz do Pai: Eis meu Filho muito amado, escutai-o, todos vós! (Lc 9,35)

EVANGELHO (Lucas 9,28-36)
— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas.
— Glória a vós, Senhor.
9 28 Passados uns oitos dias, Jesus tomou consigo Pedro, Tiago e João, e subiu ao monte para orar.
29 Enquanto orava, transformou-se o seu rosto e as suas vestes tornaram-se resplandecentes de brancura.
30 E eis que falavam com ele dois personagens: eram Moisés e Elias,
31 que apareceram envoltos em glória, e falavam da morte dele, que se havia de cumprir em Jerusalém.
32 Entretanto, Pedro e seus companheiros tinham-se deixado vencer pelo sono; ao despertarem, viram a glória de Jesus e os dois personagens em sua companhia.
33 Quando estes se apartaram de Jesus, Pedro disse: "Mestre, é bom estarmos aqui. Podemos levantar três tendas: uma para ti, outra para Moisés e outra para Elias!" Ele não sabia o que dizia.
34 Enquanto ainda assim falava, veio uma nuvem e encobriu-os com a sua sombra; e os discípulos, vendo-os desaparecer na nuvem, tiveram um grande pavor.
35 Então da nuvem saiu uma voz: "Este é o meu Filho muito amado; ouvi-o!"
36 E, enquanto ainda ressoava esta voz, achou-se Jesus sozinho. Os discípulos calaram-se e a ninguém disseram naqueles dias coisa alguma do que tinham visto.
- Palavra da Salvação.
- Glória a Vós, Senhor!
HOMILIA - CREIO - PRECES
(Ver abaixo ao final desta liturgia 3 sugestões de Homilia para este domingo)
Sobre as oferendas
Ó Deus, que estas oferendas lavem nossos pecados e nos santifiquem inteiramente para celebrarmos a Páscoa. Por Cristo, nosso Senhor.
Antífona da comunhão: Este é o meu Filho muito amado, no qual eu pus todo o meu amor: escutai-o! (Mt 17,5)
Depois da comunhão
Nós comungamos, Senhor Deus, no mistério da vossa glória e nos empenhamos em render-vos graças, porque nos concedeis, ainda na terra, participar das coisas do céu. Por Cristo, nosso Senhor.
FORMAÇÃO LITÚRGICA
SACROSANCTUM CONCILIUM: A RENOVAÇÃO E VALORIZAÇÃO DA LITURGIA
Como salientamos na edição anterior, a Sacrosanctum Concilium é dividida em sete capítulos. Logo no primeiro encontramos a sua fundamentação teológica, a parte mais importante e profunda do documento. A liturgia é apresentada no horizonte da história da salvação, cujo fim é a redenção humana e a perfeita glorificação de Deus. Ela é sacrifício, memorial do mistério pascal, renovação da aliança. Ela é "simultaneamente a meta para a qual se encaminha a ação da Igreja e a fonte de onde promana toda a sua força" (SC, n. 10). Sobre a presença de Cristo, o número 7 esclarece- -nos: "Para realizar tão grande obra, Cristo está sempre presente na Sua Igreja, especialmente nas ações litúrgicas. Está presente no sacrifício da Missa, quer na pessoa do ministro, quer sobretudo sob as espécies eucarísticas. Está presente com o seu dinamismo nos sacramentos, de modo que, quando alguém batiza, é o próprio Cristo que batiza. Está presente na sua palavra, pois é Ele que fala ao ser lida na Igreja a Sagrada Escritura. Está presente, enfim, quando a Igreja reza e canta".
Ano da Fé: A dimensão comunitária da fé
Além da dimensão pessoal, expressa na afirmação eu creio, a fé tem uma dimensão comunitária, que não permite que ninguém creia de forma isolada, mas junto com outros. Assim, ao dizer: eu creio; possa-se dizer, ao mesmo tempo: nós cremos! Em outras palavras, o que eu creio é o que nós cremos, ou seja, o que a Igreja crê. Para isso é necessário se esclarecer o conteúdo da fé, que não é uma certeza especulativa, mas uma certeza de adesão. Já dizia Santo Tomás, o intelecto seja instruído do que lhe é dado a crer, para que possa pensá-lo, e que tenha uma inclinação a fim de que possa dar seu assentimento (In Sent. III, a. 2, q.2 resp.). Dessa forma, a Igreja codificou, com afirmações que representam um resumo das Sagradas Escrituras, o conteúdo da fé em três credos que se tornaram, desde os primeiros séculos, os códigos verbais simbólicos para a profissão litúrgica e individual da fé. São o Símbolo dos Apóstolos, o Símbolo de Niceia e o Símbolo de Constantinopla, sendo que este último, o Símbolo Nicenoconstantinopolitano, é o desenvolvimento do Símbolo de Niceia.
Pe. Valeriano dos Santos Costa
TEXTOS BÍBLICOS PARA A SEMANA:
2ª Dn 9,4-10; Sl 78 (79); Lc 6,36-38
3ª Is 1,10.16-20; Sl 49 (50); Mt 23,1-12
4ª Jr 18,18-20; Sl 30 (31); Mt 20,17-28
5ª Jr 17,5-10; Sl 1; Lc 16,19-31
6ª Gn 37,3-4.12-13a.17b-28; Sl 104(105),16-21; Mt 21,33-43.45-46
Sa Mq 7,14-15.18-20; Sl 102 (103); Lc 15,1-3.11,32
3º DOM. DA QUARESMA. Ex 3,1-8a.13-15; Sl 102 (103),1-2. 3-4. 6-7. 8 e 11 (R/ 8a); 1Cor 10,1-6.10-12; Lc 13,1-9 (Penitência)
Link das Partituras dos Cantos para o Mês de Fevereiro/2013:
http://www.diocesedeapucarana.com.br/userfiles/cantos_fevereiro_2013.pdf

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO
1. TRANSFIGURAÇÃO
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)
Eu estava empolgadíssimo ouvindo o relato sobre um filme, assistido por um amigo meu, que voltou cheio de entusiasmo falando maravilhas do mesmo e narrando com precisão o início, quando toda a história começa a se desenvolver, mas, porém, ao chegar na parte principal, quando todo o mistério seria revelado, bastante sem graça ele confessou-me que só se lembrava do final porque, dominado pelo sono acabou dormindo no melhor da história, que raiva que me deu! Com Pedro, Tiago e João aconteceu à mesma coisa no alto daquele monte onde Jesus havia subido para rezar, como frisa o evangelista, e justamente na hora em que Moisés e Elias, personagens importantes do Antigo Testamento, conversavam com Jesus sobre o seu “Êxodo”, os discípulos nada viram e nem ouviram, simplesmente porque pegaram no sono.
Esse “dormir” teológico sempre aparece na Escritura Sagrada para mostrar como o homem é pequeno diante do grandioso mistério de Deus, no paraíso o homem dormia quando Deus tirou uma de suas costelas para fazer a mulher, no Horto da Oliveira à cena se repetirá, quando os discípulos dormem em um momento em que Jesus vive a sua angústia. Quando dormimos não sabemos nada do que se passa ao nosso redor, portanto, na vida de fé, dormir é não perceber a ação de Deus em nossa vida.
Ainda bem que eles tiveram bom censo e diferente do meu amigo, decidiram não contarem nada a ninguém sobre tudo o que tinha acontecido no alto da montanha – afirma o evangelho em seu final – e particularmente acho que fizeram muitíssimo bem porque se saíssem falando, não iriam dizer coisa com coisa, pois no fundo não haviam compreendido nada daquelas coisas que estavam acontecendo com o Mestre. Ao anunciarmos Jesus e falarmos do seu evangelho, devemos fazer com muita clareza e convicção, caso contrário corremos sempre o risco de ficarmos fantasiando o Cristo do evangelho.
Subir em uma montanha não é tarefa das mais fáceis, requer esforço, concentração e muita atenção, pois qualquer escorregão, além de poder ser fatal, a gente ainda perde todo o esforço do trabalho já feito. Jesus havia subido á montanha para rezar e nós também “subimos”, isso é, fazemos a nossa ascese quando nos entregamos à verdadeira oração, aquela onde Deus nos envolve na sua vida de comunhão, como aquela nuvem envolveu os discípulos, e revela-nos quem somos e qual a nossa missão.
Essa experiência nós a podemos fazer na oração pessoal, ou quando nos reunimos na comunidade, em torno da Palavra e da Eucaristia, onde celebramos a paixão, morte e ressurreição de Jesus, isso é, celebramos as dores e os fracassos, o amargor do cálice da derrota, mas também a glória da ressurreição, que marcou o seu êxodo, tema da conversa entre os dois personagens e Jesus.
Mas sempre há os cristãos-soneca, que também dormem o tempo todo, isso é, participam de todo este mistério sem compreendê-lo e vivenciá-lo em seu dia a dia e daí, como o apóstolo Pedro, acordam assustados, com a vontade de armarem as tendas do comodismo, fechando-se em seu grupo ou em sua comunidade, para fugir dos desafios que missão certamente lhes trará, são aqueles cristãos que só querem sombra e água fresca.
Para compreender todo o mistério, uma só coisa é necessária; ouvir com atenção as palavras de Jesus o Filho de Deus! “Escutai o que ele diz...”, dia a voz que sai do meio da nuvem, sigam pelo caminho que ele indicar, vivam do modo como ele viveu, ponham o evangelho no coração, e teremos enfim o Reino dentro de nós, irradiando muita vida e esperança, pois a transfiguração mostra-nos a glória na qual seremos envolvidos, porém, também lembra-nos que há todo um êxodo a ser percorrido, um caminho que não será dos mais fáceis, mas somente nele é que encontraremos as pegadas Daquele que venceu e foi glorificado pelo Pai.
José da Cruz é Diácono da
Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP
E-mail  cruzsm@uol.com.br
2. Promessa de ressureição
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Carlos Alberto Contieri, sj - e disponibilizado no Portal Paulinas)
Esse relato da transfiguração está presente, com pequenas variantes, nos três primeiros evangelhos. O modelo para o relato de Lucas é o de Marcos. Do ponto de vista literário, o relato é uma prolepse dos acontecimentos de Jerusalém: ". conversavam sobre a saída deste mundo que Jesus iria consumar em Jerusalém" (v. 31), isto é, a paixão, morte e ressurreição. Na montanha, lugar de encontro com Deus, Pedro, Tiago e João são admitidos na oração de Jesus e podem contemplar, na glória, Jesus juntamente com Moisés e Elias; ambos aparecem "revestidos de glória" (v. 31), o que sugere a promessa da ressurreição.
O que faz com que o rosto de Jesus seja transfigurado, na sua oração, é que ele mantém a sua face voltada para o Pai. É a comunhão com o Pai que transfigura e revela o mistério do Filho. A visão da glória de Jesus (cf. v. 32) faz com que Pedro tome a iniciativa de fazer a proposta de construir três tendas (cf. v. 33). Mas a sua sugestão cai no vazio, pois é Deus que os envolve na nuvem, ou seja, os faz participar da intimidade divina.
O medo que eles sentem corresponde à entrada na presença de Deus; eles sabem que ver Deus é morrer (Jz 6,23; 13,22; Ex 33,20). Na verdade, diz o evangelista, Pedro "nem sabia o que estava dizendo" (v. 33). O que Pedro não compreende é que a verdadeira tenda, o lugar da presença de Deus, é Jesus. Aos discípulos cabe, então, descer da montanha e acompanhar Jesus na sua subida para Jerusalém. O leitor do evangelho, prevenido pelo relato para não sucumbir ante o "escândalo" da paixão e morte de Jesus, é convidado a percorrer o mesmo caminho, encorajado pela antecipação da experiência pascal.
A voz que sai da nuvem e interpreta o acontecimento (v. 35) retoma a voz por ocasião do batismo (3,22; Is 42,1); a diferença que dessa vez a declaração do Pai se abre aos discípulos: Jesus é um profeta poderoso em gestos e palavras - trata-se de escutá-lo. A transfiguração não se oferece à visão, mas à fé que faz ver. Pedro, Tiago e João foram testemunhas oculares (Lc 1,1-4), mas "ficaram calados e, naqueles dias, a ninguém contaram nada do que tinham visto" (v. 36).
Será preciso esperar a realização de tudo o que foi sugerido pelo relato para, então, eles poderem, impulsionados pelo Espírito do Ressuscitado, dar o seu testemunho, pois será impossível deixar de falar sobre o que viram e ouviram (cf. At 4,20).
Oração
Espírito de glorificação, ajuda-me a compreender a paixão de Jesus sob o prisma da transfiguração, pois foi o Filho predileto do Pai quem se tornou vítima da maldade humana.
3. A SANTIDADE REVELADA
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total a cada mês).
Os discípulos estavam longe de conhecer o Mestre, com quem partilhavam a vida e a missão. Nada de extraordinário havia em Jesus, que o distinguisse dos demais seres humanos. Com certeza, alguns traços de sua personalidade faziam dele uma pessoa especial. Contudo, nada que o fizesse impor-se às pessoas, obrigando-as a confessarem sua condição de Filho de Deus.
A transfiguração revelou aos três discípulos escolhidos o que, em Jesus, está além das aparências: sua santidade. Tudo, na cena, aponta para isto. Jesus transfigurou-se, enquanto estava em oração, em profunda intimidade com o Pai. Seu rosto assumiu uma nova fisionomia. A candura fulgurante de suas vestes, e tudo o mais, apontavam para a riqueza interior do Mestre. O ápice da experiência dá-se quando o Pai proclama-o com sendo seu Filho amado. Não resta lugar à dúvida: a humanidade de Jesus encobria sua santidade, que o colocava na esfera divina.
A proposta dos discípulos, encantados com o que viram, não convenceu a Jesus. Querer ficar no alto do monte, contemplando a glória do Mestre, não era um desejo viável. Era preciso descer a montanha e, com ele, caminhar até a cruz. Só então, para sempre, o fulgor de sua glória despontaria na ressurreição.
Oração
Espírito de revelação, como aos três discípulos, mostra-me a santidade de Jesus, com quem devo caminhar até a cruz.

Recomendamos visitar diariamente o site da PAULINAS no seguinte endereço -http://www.paulinas.org.br/diafeliz/evangelho.aspx - para completar o estudo da Palavra de Deus que compõe a Liturgia deste dia. Veja logo abaixo do texto do Evangelho as orientações de como fazer a LEITURA ORANTE, com excelentes reflexões sobre o Evangelho do Dia e como aplicar os ensinamentos de hoje em sua vida. Ideal para Estudos Bíblicos diários.

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