domingo, 1 de dezembro de 2024

Evangelho do dia 02 dezembro segunda feira 2024 1º Semana do advento

 

Santa Bibiana

Santa Bibiana nasceu no século IV – entre 361 e 363 – em Roma. Era filha de pais cristãos, que foram mortos e viraram mártires quando o imperador Juliano, “o Apóstata”, iniciou uma perseguição aos seguidores de Cristo. O tirano, que já tinha renegado seu batismo e abandonado a religião, passou a lutar pela extinção completa do cristianismo. Flaviano, seu pai, morreu com uma marca na testa que o identificava como escravo. Defrosa, sua mãe foi decapitada. Ela e a irmã Demétria, antes, foram levadas para a prisão.

A primeira a morrer foi Demétria, que perseverou na fé após severos suplícios na presença da irmã. Por último, foi o martírio de Bibiana, para a qual, conforme a antiga tradição, o governador local usou outra tática. Foi levada a um bordel de luxo para abandonar a religião ou ser prostituída. Mas os homens não conseguiam aproveitar-se de sua beleza, pois a um simples toque eram tomados por um surto de loucura. Bibiana, então, foi transferida para um asilo de loucos e lá ocorreu o inverso, os doentes eram curados.

Sem renegar Cristo, foi entregue aos carrascos para ser chicoteada até a morte e o corpo jogado aos cães selvagens. Outro prodígio aconteceu nesse instante, pois os cães não o tocaram. Ao contrário, mantiveram uma distância respeitosa do corpo da mártir. Os seus restos, então, foram recolhidos pelos demais cristãos e enterrados ao lado dos familiares, num túmulo construído no monte Esquilino, em Roma.

Finalmente, a perseguição sangrenta acabou. A história do seu martírio ganhou uma devoção dos fieis. Santa Bibiana passou a ser invocada contra os males de cabeça e as doenças mentais e a epilepsia. Seu túmulo tornou-se meta de peregrinação e o seu bonito nome escolhido na hora do batismo. Também a conhecida variação, não menos bela, de Viviana se tornou popular na cristandade.

A veneração era tão intensa que o papa Simplício mandou construir sob sua sepultura uma pequena igreja dedicada a ela, no ano 407. O culto ganhou um reforço maior ainda quando, por volta de 1625, foi erguida sob as ruínas da antiga igreja uma basílica. Nela, as relíquias de santa Bibiana se encontram guardadas debaixo do altar-mor. A escultura de Santa Bibiana encontra-se hoje na igreja de mesmo nome em Roma. Sua fachada também foi restaurada por Bernini, dando sua aparência atual. Os corpos da mãe e da irmã de Bibiana foram encontrados em um sarcófago e depositados em urnas sob o altar principal.

Além de ser uma das padroeiras da belíssima cidade de Sevilha, na Espanha, santa Bibiana é, também, padroeira da diocese de Los Angeles, nos Estados Unidos. É celebrada no dia 2 de dezembro, considerado o de sua morte pela fé em Cristo.

A Igreja também celebra hoje a memória dos santos: Martana e Crisólogo

 02 dezembro - Humilhemo-nos ao considerar os nossos defeitos, mas por outro lado alegremo-nos com a bondade e a misericórdia de Jesus que nos quer perdoar: alegremo-nos com as dívidas de gratidão que nos unem cada vez mais intimamente a Ele. (S 234). São José Marello

 


Mateus 8,5-11

 "Naquele tempo, entrou Jesus em Cafarnaum. Um centurião veio a ele e lhe fez esta súplica:

 "Senhor, meu servo está em casa, de cama, paralítico, e sofre muito".
 Disse-lhe Jesus: "Eu irei e o curarei".
 Respondeu o centurião: "Senhor, eu não sou digno de que entreis em minha casa. Dizei uma só palavra e meu servo será curado.
 Pois eu também sou um subordinado e tenho soldados às minhas ordens. Eu digo a um: ‘Vai’, e ele vai; a outro: ‘Vem’, e ele vem; e a meu servo: ‘Faze isto’, e ele o faz".
 Ouvindo isto, cheio de admiração, disse Jesus aos presentes: "Em verdade vos digo: não encontrei semelhante fé em ninguém de Israel.
 Por isso, eu vos declaro que multidões virão do Oriente e do Ocidente e se assentarão no Reino dos céus com Abraão, Isaac e Jacó".

Meditação:

Hoje Cafarnaum é a nossa cidade e, a nossa aldeia, onde há pessoas doentes, umas conhecidas, outras anônimas, frequentemente esquecidas por causa do ritmo frenético que caracteriza à vida atual: carregados de trabalho, vamos correndo sem parar e sem pensar naqueles que, por causa da sua doença ou de outra circunstância, ficam à margem e não podem seguir esse ritmo.

Pelo contrário, Jesus nos dirá um dia: «todas as vezes que fizestes isso a um destes mais pequenos, que são meus irmãos, foi a mim que o fizestes!» (Mt 25,40).

O grande pensador Blaise Pascal recolhe esta ideia quando afirma que «Jesus Cristo, nos seus fiéis, encontra-se na agonia de Getsemani até ao final dos tempos».

O centurião de Cafarnaum não se esquece do seu criado prostrado no leito, porque o ama. Apesar de ser mais poderoso e de ter mais autoridade que o seu servo, o centurião agradece todos os seus anos de serviço e tem por ele grande admiração.

Movido pelo amor, dirige-se a Jesus e na presença do Salvador faz uma extraordinária confissão de fé, recolhida pela liturgia Eucarística: «Senhor, eu não sou digno de que entreis em minha casa. Dizei uma só palavra e meu servo será curado.» (Mt 8,8).

Esta confissão fundamenta-se na esperança; brota da confiança posta em Jesus Cristo e, ao mesmo tempo do seu sentimento de indignidade pessoal que o ajuda a reconhecer a sua própria pobreza.

Só podemos nos aproximar de Jesus Cristo com uma atitude humilde, como a do centurião. Assim poderemos viver a esperança do Advento: esperança de salvação e de vida, de reconciliação e de paz.

Apenas pode esperar aquele que reconhece a sua pobreza e, é capaz de perceber que o sentido da sua vida não está nele próprio, mas sim em Deus, pondo-se nas mãos do Senhor. Aproximemo-nos com confiança a Cristo e, ao mesmo tempo, façamos nossa a oração do centurião.

Reflexão Apostólica:

Estamos no Advento! O que será que aconteceu no mundo das 23h59 de sábado para a zero hora de domingo? O que muda de uma noite para outra em nossas vidas que, para as mais sensíveis, parecem ser impregnados de um tempo de calmaria, paz e perdão…
Parece que estamos imbuídos de realizar uma grande festa de aniversário onde todos são convidados e ao mesmo tempo responsáveis em prepará-la. Faz-nos lembrar aquelas comemorações de criança que precisamos providenciar os convites, o local, o bolo, as atrações, (…). A festa é tão grandiosa que todos se empenham para que ela aconteça com máximo sucesso.
Não sou apenas CONVIDADO a participar da festa e sim também ser COLABORADOR para que ela aconteça, portanto o Natal só acontece em minha vida se entendo que preciso fazer minha parte no duro processo chamado mudança.
Deus sempre será um Pai bom e misericordioso, pois deixa bem claro isso com suas demonstrações físicas, chamadas de alianças com seu povo, mas não posso partindo desse amor incondicional, me apegar à misericórdia de Deus e não ser pelo menos melhor que ontem, ou seja, não somente convidado, mas sim um colaborador.
O centurião do evangelho de hoje consegue tocar o coração de Jesus não somente apelando para usa infinita misericórdia e sim porque demonstra uma fala verdadeira e sincera. Ao ser declarar indigno da presença de Jesus em sua casa, na verdade abre as portas de sua própria salvação.
Quantas vezes nós, em virtude do orgulho, da arrogância, da leviandade, da soberba, nos afastamos de Jesus crendo que estávamos ao seu lado? Quantos irmãos que vivem dentro da igreja, se dizem cristãos, mas na verdade apenas participam da festa sem ter ajudado em nada na sua realização?
Aqui estão aqueles que levantam a bandeira da santidade sem buscá-la. Irmãos que são “santos” aos olhos dos outros, mas no mundo real enganam, sonegam, mentem, maltratam as pessoas. Quantas pessoas ainda acham que coordenações pastorais comunitárias, eletivas (vereadores, deputados…) são uma oportunidade de serem vistos, ganhar status, dinheiro? Quantos por aí andam usando o nome de Deus em programas de TV para poder idolatrar o deus dinheiro por trás de seus “santos Milagres”?
Os preparativos da festa começaram ontem… O que eu tenho que fazer para que a festa aconteça em minha casa?
Oração: Senhor Jesus, dá-me fé e amor profundos para que, rompendo os laços do meu egoísmo, criem, no mais íntimo do meu ser, espaço para acolher-te. "Senhor, eu não sou digno que entreis em minha morada, mas dizei uma só palavra e a minha alma será salva."



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