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segunda-feira, 19 de outubro de 2015

EVANGELHO DO DIA 20 DE OUTUBRO

20 outubro - Benditas sejam até as trevas quando as adensa a mão do Senhor. Caminharemos cheios de confiança no escuro, pensando que os anjos cuidam de nós para não deixar que tropecemos. (L 272). São Jose Marello

Leitura do santo Evangelho segundo São Lucas 12,35-38

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos:35Que vossos rins estejam cingidos e as lâmpadas acesas. 36Sede como homens que estão esperando seu senhor voltar de uma festa de casamento, para lhe abrirem, imediatamente, a porta, logo que ele chegar e bater. 37Felizes os empregados que o senhor encontrar acordados quando chegar. Em verdade, eu vos digo: Ele mesmo vai cingir-se, fazê-los sentar-se à mesa e, passando, os servirá. 38E caso ele chegue à meia-noite ou à três da madrugada, felizes serão, se assim os encontrar!  
Meditação:   
O evangelho deste dia poderia ser resumido na frase “vivam acordados”. Passamos nossos dias atormentados por uma enxurrada de imagens e todo tipo de informação: televisão, rádio, computador.

Algumas dessas informações são úteis e outras inúteis.. A quantidade de ideologias e valores viciados pelo consumo e alienação é tão grande que, a duras penas, nos reconhecemos quando nos contemplamos no espelho. 
O afã e as preocupações inúteis consomem nossos dias sem que tenhamos espaço para cultivar nosso espírito. Mas a voz do Senhor nos chama a fazer uma parada no caminho.

Convida-nos a romper com a rotina e a orientá-la para o cultivo do reino. Com a ajuda do evangelho conseguimos dizer não ao consumo. Não ao culto ao prazer. Não à alienação. Devemos dizer “sim” a uma vida plena de significado e a uma existência digna. 

Para conquistar isso necessitamos “despertar”, abandonar o engodo que os meios de comunicação nos sugerem todos os dias. Necessitamos recuperar o que é realmente valioso para nós: a própria vida, a de nossa comunidade e nosso povo.

Estamos em festa com Jesus e, ainda que não nos demos conta, estando nessa festa não podemos dormir impunemente, porque podemos ficar do lado de fora.

O tema da vigilância, que é o núcleo do Evangelho de hoje, era próprio das primeiras comunidades cristãs, entre as quais havia a expectativa de uma volta em breve de Jesus, morto e ressuscitado, seguindo-se o julgamento final. 
Os três Evangelhos sinóticos (Mt, Mc, Lc) apresentam sinais desta expectativa. Era a Parusia, expectativa escatológica e apocalíptica. Com o passar do tempo, as comunidades começaram a perceber que a "volta" de Jesus tinha outro sentido. 

No Evangelho de João, escrito na última década do primeiro século, não há referências a esta Parusia. Em João as palavras de Jesus revelam a sua presença, junto com o Pai, já, entre os homens e mulheres que praticam a vontade de Deus, no amor fraterno e universal. 

Concluindo: Os discípulos devem estar vigilantes e preparados para a vinda de Jesus, cuja hora ninguém conhece. Uma imagem de tal disposição se encontra nesse criado que aguarda seu senhor que há de voltar de um banquete de bodas a qualquer hora da noite. Quando o senhor chamar, o criado deverá estar já à porta para abri-la, deixá-lo passar e conduzi-lo a sua casa. É para isso que está ali o criado e por isso usa a túnica apropriada.
Isto, aplicado ao discípulo significa que deve estar equipado moralmente em cada momento, de tal forma que possa acudir imediatamente à chamada do Senhor quando vier julgar; que deve ser claro e luminoso como o sol sem tropeço moral; carregado de frutos de justiça por Jesus Cristo, para glória e louvor de Deus (Fl 1,10ss.). 

O discípulo que está pronto é felicitado, chamado de ditoso por Jesus. Entre duas bem-aventuranças se expressam os bens que aguardam ao servo que está sempre vigiando, incansável e fiel: o Senhor o servirá à mesa. 
Neste Evangelho de Lucas, os servos que estão de prontidão, esperando o seu senhor, são proclamados bem-aventurados. São os que estão atentos, empenhados em fazer a vontade de Deus, que é o serviço à vida, na construção de um mundo novo. 

Nesta parábola, é admirável como o próprio Senhor arregaçará sua veste e se porá a servir àqueles que encontrar vigilantes, como Jesus na última ceia, no Evangelho de João (Jo 13,2-15). 
Mudança completa da situação: o servo passa a ser senhor, e o senhor se faz servo. Porque Deus faz participar de sua glória os que velam. A glória do reino de Deus se compara com freqüência a um banquete de bodas que Deus prepara para os que acolhe em seu reino. Deus honra os convidados, servindo-os, e lhes abre as alegrias de sua glória.

Reflexão Apostólica:

Diante da correria diária, trabalho, serviços, estudos e outras atividades que fazem parte de nossas vidas, ficam às vezes impossíveis ou esquecidos nosso momento de intimidade com o Senhor.
Intimidade, aqui não queremos que entendas somente o ouvir uma música religiosa, fazer leitura bíblica. Mas sim, viver a regra beneditina que consiste no rezar e trabalhar: ora et labora, pois, o Senhor nos diz: felizes os empregados que o senhor encontrar acordados quando chegar.
Esse manter-se acordado estende-se ao serviço, seja na sua Paróquia, na comunidade dentro da sua pastoral ou ministério. Servir e trabalhar naquilo para o qual o Senhor nos chamou. Você já descobriu o seu lugar na Paróquia, na comunidade? É fundamental que você saiba qual o seu lugar e função aí para que Deus lhe fale ao coração.
O Senhor nos pede que fiquemos os rins cingidos e as lâmpadas acesas. Como estão os teus rins e os teus olhos espirituais?
A virtude da vigilância é por si mesma, uma atitude escatológica a aguardar constantemente o retorno do Senhor.  Os serviços vigilantes, a representar os membros da comunidade eclesial, são felizes porque o próprio Senhor, por ocasião de seu advento, fará a função de servo, cingindo-os e colocando-os à mesa.
A vigilância escatológica é a virtude de quem aguarda o fato derradeiro.  Por isso, o Filho do Homem que há de vir sobre as nuvens dos céus (Dn 7,13), por ocasião da parusia, assemelha-se ao ladrão que não avisa a hora do assalto. 
A vigilância supõe e exige um estado constante de preparação para juízo escatológico, colocando os fiéis de Cristo em estado permanente de crise, de modo especial, aqueles que têm a missão de anunciar o Reino à semelhança do administrador fiel e prudente.  Neste caso, a escatologia possui uma dimensão presente e eclesial, pois o juízo definitivo supõe a avaliação das atividades atuais dos fiéis, mediante as penas impostas pelo Senhor. 
A provação dos últimos tempos acentua a responsabilidade histórica do cristão, sobremaneira agradecido pelos bens messiânicos: a quem muito se deu e foi confiado, muito será pedido e reclamado.
Por tudo quanto refletimos o importante é não se desviar, não se distrair. É manter-se sempre alerta, acordado, e esperar até final pela segunda vinda gloriosa do nosso Senhor Jesus Cristo.
"Feliz és tu se assim estás procedendo. Porque o próprio Senhor passando te servirá, como fez na Última Ceia, com seus Apóstolos."
Temos que ficar sempre atento sempre servindo à Deus no nosso trabalho, na nossa comunidade, nossa paróquia e durante o tempo todo, pois,  o Senhor não avisa o momento da sua volta.
Nós não podemos ficar em cima do muro, temos que ser fiel a nosso Pai, pois, servindo à Deus estamos retribuindo um a pequena parte do amor que Ele tem por nós, que é imenso.
Por isso, temos que nos esmerar na preparação da vinda do Senhor, seja qual for o tempo da mesma. A referida vinda tem que estar precedida pela utopia libertadora e esperançosa de nos reconhecermos como uma comunidade de iguais em dignidade que luta, não pelo despotismo, a preguiça, a mediocridade nem o abuso, mas sim pelo exercício da autoridade que é essencialmente serviço. Temos que ser peregrinos alegres do reino e não fugitivos da história.
Propósito:
Pai, somente em ti quero centrar as minhas opções mais profundas, para não permitir que o egoísmo tome conta do meu coração e me afaste de ti.


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