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segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

Evangelho do dia terça feira 24 de fevereiro

EVANGELHO DO DIA 24 DE FEVEREIRO TERÇA FEIRA
24 Em meio às dúvidas e ansiedades, estejam os ânimos sempre confiantes e serenos (L 198). SÃO JOSÉ MARELLO

Mateus 6,7-15
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos:
7“Quando orardes, não useis muitas palavras, como fazem os pagãos. Eles pensam que serão ouvidos por força das muitas palavras.
8Não sejais como eles, pois vosso Pai sabe do que precisais, muito antes que vós o peçais. 9Vós deveis rezar assim: Pai nosso que estás nos céus, santificado seja o teu nome; 10venha o teu Reino; seja feita a tua vontade, assim na terra como nos céus. 11O pão nosso de cada dia dá-nos hoje. 12Perdoa as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido. 13E não nos deixes cair em tentação, mas livra-nos do mal.
14De fato, se vós perdoardes aos homens as faltas que eles cometeram, vosso Pai que está nos céus também vos perdoará. 15Mas, se vós não perdoardes aos homens, vosso Pai também não perdoará as faltas que vós cometestes”.
 

Meditação: 
Se o anúncio profético de Isaías – segundo o qual (Is 55,10-11), a palavra de Deus não pode voltar sem dar fruto –, exige um compromisso concreto por parte do fiel, a única maneira de realizar essa sentença do profeta é explicitada suficientemente por Jesus em seu ensinamento sobre a maneira como o discípulo deve orar e viver.
O evangelho de Mateus se refere a uma das orações mais forte que existe,” O Pai Nosso”, essa oração rezada com o coração aberto é capaz de transformar a pessoa que está meditando, ela possui palavras de vida, e através da sua misericórdia torna o homem humilde reconhecendo em Deus seu bem maior, e através da força do espírito santo, nos tona capaz de perdoar até nossos inimigos.
Como ponto de partida, Jesus pede a seus discípulos que corrijam a atitude externa para rezar: o excesso de palavras, a hipocrisia e, sobretudo, a presunção de que “o meu” modo de rezar é o melhor e, portanto, o único que vale. Com Jesus, o conceito de oração muda tanto na forma como no conteúdo, tanto no sentido como na orientação.
Na forma de orar que Jesus propõe têm-se que unir dois elementos essenciais: o reconhecimento da paternidade universal de Deus e o compromisso para com a fraternidade universal dos fiéis. Não é possível experimentar a alegria da genuína paternidade divina, desconectada da experiência da fraternidade; uma chama e implica a outra.
E mais, se tivermos que definir qual é o principal, deveríamos dizer que é necessário primeiro nos reconhecermos e aceitarmos como irmãos para em seguida, aí sim, sentirmos que temos um Pai comum.
Neste tempo de Quaresma, tempo de maior assiduidade na oração, vale a pena recordar este convite que Jesus faz hoje. Confrontemos este ensinamento com o que dizíamos ao iniciar a quaresma: quando orarem, façam-no escondido no quarto. Vale a pena intensificar a oração do pai nosso, mas superando a concepção de uma oração repetitiva, por cumprimento ou como mero espiritualismo.

Olhemos detidamente as sete petições que Mateus nos apresenta, façamos a oração com intensidade e profundidade, sabendo que o Pai nos escuta; rezemos em um ambiente comunitário.

Não façamos desta prática algo individual, um assunto intimista. Vamos à comunidade, vibremos com ela. Talvez a oração dominical, o pai nosso, a oração do Senhor ou a oração do cristão é aquela que mais repetimos e fazemos desde criança, com maior ou menos devoção, concentrados ou mecanicamente, de coração ou somente com os lábios, sozinhos ou na comunidade, mas é a oração que mais nos une a Deus, nosso Pai, nosso Abba.

Coloquemos nela um espírito de filhos e filhas de Deus, na comunidade, sentindo o plural dos cristãos e cristãs para chegar a ter consciência da responsabilidade que temos na missão de todos, da urgência em assumir nossa parte na tarefa diária de tornar real o Reino de Deus.

Reflexão Apostólica:

Neste Evangelho Jesus nos ensina a rezar com coerência e de coração, sem subterfúgios nem redundâncias, mas com simplicidade e sinceridade. Às vezes, quando vamos orar ao Senhor, mesmo que tenhamos as melhores das intenções nós nos perdemos nas palavras e confundimos os anseios da nossa alma. Perdemos tempo em procurar palavras bonitas e achamos que Deus, como todo o mundo, não vai nos escutar, pois não sabemos nos expressar.

No entanto, o próprio Jesus aqui nos garante: “ vosso Pai sabe do que precisais muito antes que vós o peçais”. O Pai conhece as nossas necessidades mais prementes e sabe de que a nossa alma anseia.

O Pai Nosso é a oração por excelência, pois coloca no centro da nossa compreensão de vida plena as nossas necessidades fundamentais e que estão conformadas à vontade de Deus para nós: o reino, o pão e o perdão.

O reino dos céus é o estado perfeito para a nossa vivência aqui na terra. Pedir ao Pai que o Seu reino venha até a nós é antecipar e experimentar da glória que um dia iremos usufruir plenamente, já aqui na terra, através da paz, da alegria, da realização humana e espiritual.

O pão que nós pedimos ao Pai é o alimento que sustenta o nosso corpo, nos fortalece e revigora materialmente falando, mas é também a substância que sustenta a nossa alma! É o material e o espiritual! É tudo de que nós precisamos para vivermos em harmonia com Deus, conosco mesmo e com os homens.

A Palavra, a Eucaristia, a Oração são o pão que vem do céu e dão sustento à nossa vida interior animam a nossa vida espiritual. O pão material é a veste, o remédio, a moradia, o trabalho, o lazer, o descanso, tudo de que o nosso corpo precisa para viver conforme o que Deus nos reservou. E o perdão é a condição sem a qual nós não conseguiremos nem o reino nem tampouco o pão. … “se perdoardes, sereis perdoado”

Nós nunca conseguiremos viver o reino dos céus aqui na terra se não recebermos o perdão de Deus e não dermos o perdão aos homens. A falta de perdão é porta fechada e que nos impede de usufruir de tudo o que o Pai tem reservado para nos oferecer. Sem perdão nós poderemos rezar o Pai Nosso infinitamente, no entanto, a nossa oração será como a oração dos pagãos, isto é, daqueles que não acreditam.

Portanto, o perdão faz toda a diferença. Nós precisamos unir a nossa oração à nossa ação, pois somente assim ela tornar-se-á um eco da Oração que Jesus também fez a Deus Pai.

Peçamos ao Pai que nos dê motivação para que nós possamos vivenciar a Oração de Jesus no dia a dia da nossa vida tendo consciência de que o apelo de Jesus é sério, não podemos desconsiderá-lo.

Propósito:

Espírito do Pai, leva-me a transformar em vida a minha oração, e a descobrir, na oração, o sentido da minha vida.

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