Seguidores

sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

Evangelho do dia Domingo 11 de janeiro BATISMO DO SENHOR

11 – “Loquere, Domine!” Fala, Senhor! Qual é o meu dever? Nenhuma curiosidade?  Aceito o sacrifício. Nenhum pensamento em que o "eu" se intrometa? Empenhar-me-ei com todas as forças. Nenhuma afeição desordenada? Ah! de hoje em diante quero amar
só a Vós, fonte de todo amor! Somente Vós em vossos santos, em Maria, em São José, nos meus Anjos protetores. Somente Vós em vossa Igreja! (S 19) São Jose Marello


INTRODUÇÃO:
 Dois pontos queremos tratar na exegese de hoje: a importância de João, o Batista, para o cristianismo primitivo e o batismo de Jesus, como modelo de nosso batismo no Espírito Santo. Respeito ao 1o problema, vemos como a figura de João é exaltada pelos 4 evangelistas. Marcos, em especial, tem dois capítulos em que a sua figura aparece como protagonista: este, e o capítulo VI, em que vemos João, exaltado como mártir inocente de uma vingança feminina. De fato, João era uma figura chave para demonstrar a missão de Jesus. Era um profeta e, como tal, era venerado pelo povo (Mc 11, 30). João era o primeiro testemunho sobre Jesus: Depois de mim virá alguém mais forte do que eu (1,7). O próprio Jesus o aceitou como enviado de Deus e quis ser batizado por João. Sem dúvida que este batismo era um tanto perturbador para a consciência cristã. Como um ser superior, que vinha perdoar os pecados, se submete a um batismo, que era figura do que ele pretendia implantar? Por isso, em todos os casos, os evangelistas acrescentam as palavras do Batista: eu vos batizei em água. Ele porém vos batizará no Espírito Santo ( 1,8). Mateus até introduz um diálogo dramático no qual João, inicialmente, se nega a batizar Jesus (Mt 3, 13-15).
Resolvida esta questão, a figura de João é valorizada como arauto de Jesus e ao mesmo tempo como paradigma de uma morte injusta nas mãos do poder civil. Todos admitiam que João foi um mártir nas mãos de Antipas por causa da denúncia de um casamento que, segundo a lei, tinha visos de incestuoso, por casar com a mulher de seu meio irmão, estando este ainda vivo (6,18), como declarava o livro do Levítico (18,16 e 20,21). A morte de João era um espelho da morte de Jesus nas mãos do poder civil. Podia existir uma morte injusta e um mártir da verdade, sem que Javé-Deus interviesse no resultado? A resposta é sim. Isso era importante para a apologia de Jesus, morto nas mãos dos romanos por instigação dos judeus de Jerusalém. Assim como Herodes recusou a execução do Batista o máximo possível, também os romanos fizeram o mesmo e, ao que parece, foram forçados pelas circunstâncias. Marcos afirma que Pilatos percebeu que os chefes sacerdotais o tinham entregue por inveja (15,10). Vemos como de tudo isso, em comparação com o Batista, o primitivo cristianismo tinha unicamente que tirar vantagens para a figura de Jesus. Mas como esses fatos perderiam seu valor uma vez destruído o templo no ano 70, o evangelho de Marcos deveria ser anterior a essa data.
O 2o problema é o batismo de Jesus. Por que ele quis ser batizado? A resposta é dada por Mateus: agora é assim que nos convém cumprir toda justiça (Mt 3, 15). Em Mateus, justiça é a fidelidade total à vontade de Deus de instituir um mundo novo em que o homem entra no reino diretamente submetido à vontade divina. Justiça que os fariseus e escribas jamais alcançarão (Mt 6,20), e que os discípulos de Jesus devem buscar em primeiro lugar (6,33). A justiça, pois, inclui uma aceitação de Jesus como novo Moisés e o seguimento de suas normas como prioridade na vida. Jesus encara o seu batismo como um mandato especial do Pai. Jesus, que seria transformado em pecado (2 Cor 5,21), devia passar por esse método de perdão como um pecador qualquer. Que implicou, por outra parte, o batismo em Jesus? A possessão do Espírito Santo, que apareceu em forma corporal como de pomba e pousou sobre ele. E a manifestação da presença do Pai que, nesse momento, solenemente o declara seu filho único (= tradução quod ad sensum de agapetós) e no qual declara estarem suas complacências.
Atrevido é dizê-lo, mas parece que para entrar no plano divino de justiça, aquele em que o pecado é perdoado e a criatura se torna filho de Deus, é necessário se sentir pecador (vide parábola do fariseu e do publicano em Lc 17,9 +). Daí a parte humana do batismo: arrependimento e fé (convertei-vos e crede no evangelho, Mc 1,15). Lutero dirá que é necessária a humildade da fé: se sentir tremendamente pecador e crer que Cristo é o único Salvador. Porém Lutero não admitia a confissão dos pecados. Mas, em sentido católico, a essa humildade, precede o arrependimento e a confissão do pecado. Os teólogos católicos falam de sinergia [força unida, ou cooperação] entre Deus e o homem, pois a humildade não é a essência da fé, mas a virtude que prepara a graça; e não podemos falar de uma justificação passiva [tudo depende da justiça divina] mas de uma justificação ativa [a justiça divina só atua quando o homem se prepara com o arrependimento], porque se não necessitamos o médico é inútil pedir que cure nossa doença. Se não nos vemos como pecadores, jamais desejaremos ser perdoados.
E se não seguimos os remédios e conselhos do médico, tampouco obteremos a cura. Porque, dirá Paulo, todos estamos sob o império do pecado (Rm 3,9). Tanto neste momento do seu batismo, como na cruz, podemos, por diversos motivos, afirmar que o Filho nunca mais foi tão Filho e amado, como nessas duas circunstâncias em que ele carregava o pecado da humanidade. Era realmente então o cordeiro de Deus que tirava o pecado do mundo (Jo 1,20) A grande obra de Deus não é unicamente perdoar o pecado, mas aceitá-lo e contemplá-lo em seu Filho, para que todo pecador se sinta mais próximo do perdão, mais unificado com o Filho, tornado pecado, embora este não fosse pecador. É isso que revela a grandeza da sabedoria divina; isso é que é boa nova e se torna evangelho para os homens; isso constitui a superabundante misericórdia de Deus e se transforma em suprema esperança dos homens, que se sentem pecadores. Vejamos agora a exegese do evangelho de hoje.

O ANÚNCIO DO BATISTA: E (João) apregoava, dizendo: vem depois de mim o mais forte do que eu do qual não sou digno, tendo me abaixado, de desatar as correias das suas sandálias (7). Et praedicabat dicens venit fortior me post me cuius non sum dignus procumbens solvere corrigiam calciamentorum eius. APREGOAVA: o verbo grego Kërissö é um anúncio público por meio de um pregoeiro. O latim praedicabat deu origem ao pregar das línguas vernáculas, que também o traduzem por proclamava. O anúncio devia ser público e como um pregão, ou seja com certo ar de autoridade e divulgação de uma notícia importante. O SUCESSOR: Era o que vinha depois dele que teria as mesmas características de anunciador e pregoeiro. Porém, com maior autoridade e poder, até tal ponto, que o Batista se declarava inferior ao escravo doméstico mais humilde, aquele que desatava as sandálias do amo para poder tomar banho ao chegar em casa. Eram as upodëmata, umas solas de couro atadas ao pés que serviam como calçado para andar fora de casa.

 A inferioridade do Batista é ainda mais caraterizada, porque para fazer isso, o escravo teria que se ajoelhar como expressa o verbo kyptö [=curvar-se, inclinar-se], que magnificamente o latim traduz por procumbens, abaixando ou melhor prostrando-se aos pés.
RAZÃO: Pois eu vos batizei em água; ele, porém, vos batizará em Espírito Divino (8). Ego baptizavi vos aqua ille vero baptizabit vos Spiritu Sancto. BATIZEI: do verbo baptizöque significa imergir ou mergulhar, meter num líquido que, neste caso, era água, usado para tomar banho. Daí a preposição en [em] do grego que mal traduz a Vulgata colocando água em ablativo. Ao contrário de Baptö que é um lavado externo, e usado por exemplo para tingir. Realmente, o procedimento do Batista era mergulhar nas águas do Jordão os que, arrependidos dos pecados, queriam se purificarem para se prepararem para o dia do Senhor (Mt 3, 7 e Lc 3, 9). Esse dia que seria de ira para os impenitentes e dia de glória para os bons que eram o trigo do celeiro em comparação com a palha dos réprobos (Mt 3, 12). Por isso, o batismo do mais poderoso [ischyroteros= fortior] será submergir os bons no espírito divino e os maus no fogo (Lc 3, 16). Lc também usa o en como material de imersão. Que significa ser batizado em Espírito Divino [en pneumati ágiö]? Sem dúvida que era uma imersão no modo de ser da divindade. O ‘agios não pode ser traduzido por santo [sanctus latino] mas por sagrado, sacro ou divino, e se diz de uma pessoa ou coisa que pertence unicamente a Deus. É, pois, uma versão do kadosh hebraico. Assim, fala o Senhor em Ex 19, 6: que terá Israel como sua propriedade, como uma nação santa[goy kadosh].
Falar de espírito sacro não soa bem, pois sacro é também um osso do corpo humano; nem mesmo sagrado, pois parece uma coisa pertencente ao culto; melhor seria traduzir Espírito de Deus, daí o Divino que temos preferido. Uma vez conseguido o sentido material, vejamos que significa como sentido bíblico. 

Evidentemente, que o Batista não conhecia os efeitos sobrenaturais do Batismo cristão. Por isso, podemos afirmar que, de alguma maneira, ele apontava a uma purificação e imersão na divindade como foi o ato de Moisés ao fazer a água lustral que devia purificar quem tocar um cadáver (Nm 19, 12 e Nm 8, 7). Pelo que diz respeito ao Espírito Santo, ou melhor Espírito Divino, podemos compará-lo com o ruah elohim do AT , que pode ser espírito de profecia, como o caso de Azarias em 2 Cr 24, 20 ou um estado interior recebido como dom divino: assim, em Ex 35, 31, 6 foi o espírito de sabedoria, inteligência e de todo conhecimento para toda espécie de trabalho concedido a Beseleel, o artesão. De fato, não temos no AT uma definição do que seja essa imersão no Espírito Divino ou de Deus e que no NT aparece como pneuma ágios, diferente de to Pneuma to ágios que é a terceira pessoa da Trindade como vemos em Mc 13, 11 Mt, Lc 10, 21 e especialmente em Jo 14, 26, em que o artigo definido To reclama uma particular pessoa ou coisa. Sem dúvida, que o Batista pretendia dizer que ele só atendia ao exterior do homem e o ischiróteros atingiria o próprio interior para modificá-lo, segundo as palavras de Ezequiel: Porei no seu íntimo um espírito novo [pneuma kainon]: removerei do seu corpo o coração de pedra, dar-lhes-ei um coração de carne (Ez 11, 19). Também: livrai-vos de todos os pecados que haveis cometido contra mim; formai um coração novo e um espírito novo [pneuma kainon].

Jeremias pede precisamente a circuncisão do coração para que a minha cólera não irrompa como fogo (Jr 4, 4). Admitamos que é a estes profetas que pretende copiar o Batista. Mas é lógico que a interpretação dada pela inspiração evangélica transforma esse espírito no Espírito que receberam os primitivos cristãos ao serem batizados em nome de Jesus: cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo para remissão de vossos pecados. Então recebereis o dom do Divino Espírito [lëmpsesthe tën dörean tou ‘agiou pneumatos], =accipietis donum Spiritus Sancti] que não consistia tanto em carismas sobrenaturais como dom de línguas, mas na inhabitação divina. Somos templos de Deus onde o Espírito Santo habita (1Cor 3, 16) e, por isso, esse Espírito clama Abbá, Pai (Gl 4, 6). Como escreve S. Basílio Magno, assim como a capacidade de ver só se encontra em olhos sãos, também a ação do Espírito só se exerce na alma purificada. Purificação que recebemos plenamente no Batismo.

ENCONTRO: Sucedeu, pois, que naqueles dias veio Jesus de Nazaré da Galiléia e foi batizado por João no Jordão (9). Et factum est in diebus illis venit Iesus a Nazareth Galilaeae et baptizatus est in Iordane ab Iohanne. Tanto o sucedeu como naqueles dias, são elementos redacionais para unir duas narrações independentes. O fato principal é que Jesus chegou até onde João estava batizando e foi por ele submergido nas águas do Jordão como um simples pecador que se preparava para a nova era pelo arrependimento dos pecados. Isto é verdade até o ponto de Mateus oferecer uma explicação sobre este ato de pecador arrependido, como sendo vontade de Deus: justiça que é de salvação e que pede uma vida nova a ser iniciada por uma total purificação (Mt 3, 15).
EPIFANIA: E imediatamente, subindo da água viu rajando-se os céus e o Espírito como pomba descendo sobre ele (10). 

Et statim ascendens de aqua vidit apertos caelos et Spiritum tamquam columbam descendentem et manentem in ipso. Quem é o sujeito desta narração? Se não queremos violentar o texto, é, sem dúvida Jesus, o sujeito do verso anterior e protagonista de toda a ação aqui narrada [o auton grego indica o mesmo sujeito dos verbos anteriores]. Ele subiu da água e viu o céu se abrindo e o Espírito descendo sobre ele. Vamos explicar o acontecido. O acontecimento que podemos chamar de Epifania [manifestação divina] deu-se imediatamente após Jesus subir a margem do rio. Os céus abriram ou rasgaram-se: segundo o conceito da época, os céus tinham como base um firmamento [sólido] como uma abóbada de cristal sobre a qual se sustentavam os outros dois céus: o das estrelas e o superior ou altíssimo, onde estava a morada divina. 

Pois bem, este firmamento se abriu e deixou passar uma luz [um relâmpago] e o Espírito de Deus desceu sobre Jesus à maneira como uma pomba desce a seu ninho, até esvoaçar sobre ele. Qual era a forma material que esse Espírito tomou para se deixar ver? Não sabemos com certeza. Em forma de pomba com asas, pairando sobre a cabeça de Jesus, ou de outra forma, como uma língua de fogo, como foi visto em Pentecostes? De fato não podemos pensar que fosse a terceira pessoa da Trindade, pois esta era então completamente desconhecida e o Batista também foi testemunha desta epifania, segundo afirma o quarto evangelista (Jo 1, 22).
Era o próprio Deus em forma visível. Seu Espírito, agora, tomava visivelmente a pessoa de Jesus como um Pai que é duplicado na pessoa do Filho. Isso é que as palavras ouvidas sugerem como explicaremos no versículo final.
A VOZ: Então uma voz surgiu dos céus: Tu és o Filho meu, o amado, no qual encontrei meu júbilo (11).Et vox facta est de caelis tu es Filius meus dilectus in te conplacui. A voz explica de modo inteligível e humano a epifania. Jesus é o Filho preferido [amado ou agapetós] que o quarto evangelho chama, com propriedade, de unigênito. Segundo a narração de Marcos, aparentemente o Espírito era uma manifestação divina e a voz também. O Espírito era como o ruah Elohim ou pneuma theou que pairava sobre as águas (Gn 1,2). A voz não saiu da figura que esvoaçava, como pomba, sobre a cabeça de Jesus, mas como um trovão, provindo do céu aberto.

O fenômeno também encontra um duplicado em Jo 12, 28-29, que a multidão pensou fosse um trovão [brontë = tonítruum latino]. O aoristo do verbo grego [eudokesa] deve ser traduzido como acabo de encontrar nele meu júbilo ou meu orgulho. Isso indica que esse ato de humildade de Jesus foi como uma antecipação de sua humildade em aceitar os pecados humanos e sofrer por eles na cruz. Daí que cumprisse toda justiça [plërösai pasan dikaiosynën= implére omnem iustítiam.]; ou seja, os planos salvíficos de Deus para com os homens pecadores. Justiça que é misericórdia e salvação através do Filho, castigado no lugar do pecador. Podemos, pois, adivinhar o júbilo, a complacência do Pai, diante da humilhação de Jesus, servo de Javé, que, como cordeiro de expiação (Lv 14, 12+), toma sobre si o pecado do mundo, como afirma o Batista (Jo 1, 29).

PISTAS: 1) João não é o Salvador, mas é a figura da Igreja que aponta o Salvador. O seu testemunho é o testemunho da Igreja. Ela, nestes tempos difíceis, também exorta ao arrependimento e deveria mostrar com uma vida austera, o significado material desse arrependimento, como exigência de uma maior aproximação ao verdadeiro Deus.
2) No batismo de Jesus, encontramos dois elementos diferentes: o ato, completamente humano, de sua humildade, que suscitou o júbilo divino e a manifestação ou epifania da presença de Deus nEle, como a de um Pai no Filho.

3) A humildade é, como disposição a servir, a virtude mais apreciada por Deus. Também encontramos a humildade do pecador, que reconhece o pecado e também reconhece o Salvador. Estas virtudes são as condições necessárias para ter propício a Deus e se manifestar como atuante em nossas vidas, através de seu Espírito.
4) Em toda manifestação divina vemos uma luz e uma escuridão. A luz nos declara um caminho a seguir e a escuridão é o nosso destino a longo prazo, que devemos aceitar como presente divino.
5) Quando Paulo fala da kenose [esvaziamento] do Filho diz, como suprema admiração, que se humilhou até a morte e morte de cruz. Dificilmente as razões, para igualar sexos e classes na Igreja, entram dentro desta suprema virtude humana, aos olhos de Deus. Todos querem ser alguém, nenhum gosta de ser ninguém, e isto, desejar ser ningém, é bastante mais fácil do ponto de vista das forças humanas. Por isso o jugo do Senhor deveria ser fácil e suave.

EXEMPLO: A bonequinha de sal: Era linda, mas vivia muito triste pois não sabia que fazer de sua vida. Sonhava em ser importante, quando maior. E em busca da resposta viajou pelo mundo inteiro. E andando, andando, chegou ao mar: era a imensidão. Nunca tinha visto coisa maior! Admirada pela grandeza do mar perguntou: Quem é você? Como conseguiu ser tão grande e bonito? Entre, e veja a resposta. A bonequinha de sal, profundamente atraída por aquela força quase divina, que a subjugava, entrou mar adentro. Quanto mais entrava mais desejava entrar e mais se dissolvia, perdendo seu ser. Só então conseguiu ver quem ela era; e antes que se derretesse por completo, exclamou: agora sei que a grandeza que me atraiu me destruiu! Devia ter sido sempre uma bonequinha pequena de sal! Conclusão: A grandeza é uma tentação que destrói a verdade de nosso pequeno ser.

FRASE: Estou convencido de que a primeira prova de um grande homem consiste em sua humildade (John Ruskin)

Nenhum comentário:

Postar um comentário