terça-feira, 30 de julho de 2024

Evangelho do dia 03 agosto sábado 2024

 

03 agosto - Conformidade total com a vontade de Deus: eis o grande meio para progredir no caminho da perfeição; mas, por sua vez, esse meio torna-se o fim (em) com relação aos meios que devemos utilizar para obtê-la. (L 52). SÃO JOSE MARELLO

Leitura do santo Evangelho segundo São Mateus 14,1-12

 "Naquele tempo, a fama de Jesus chegou aos ouvidos do rei Herodes. Ele disse aos seus cortesãos: "É João Batista! Ele ressuscitou dos mortos; por isso, as forças milagrosas atuam nele". De fato, Herodes tinha mandado prender João, acorrentá-lo e colocá-lo na prisão, por causa de Herodíades, a mulher de seu irmão Filipe. Pois João vivia dizendo a Herodes: "Não te é permitido viver com ela". Herodes queria matá-lo, mas ficava com medo do povo, que o tinha em conta de profeta. Por ocasião do aniversário de Herodes, a filha de Herodíades dançou diante de todos, e agradou tanto a Herodes que ele prometeu, com juramento, dar a ela tudo o que pedisse. Instigada pela mãe, ela pediu: "Dá-me aqui, num prato, a cabeça de João Batista." O rei ficou triste, mas, por causa do juramento... ordenou que atendessem o pedido dela. E mandou cortar a cabeça de João, na prisão. A cabeça foi trazida num prato, entregue à moça, e esta a levou para a sua mãe. Os discípulos de João foram buscar o corpo e o enterraram. Depois vieram contar tudo a Jesus."  

Meditação

Mateus reapresenta em seu evangelho, de maneira mais resumida, esta narrativa já feita por Marcos.

 Pode-se ver nela uma certa dose de ironia ao apresentar Herodes como um rei sensual e volúvel, um "caniço agitado pelo vento", em oposição à autenticidade e coerência de João.

 Este banquete de aniversário de Herodes fica caracterizado como o banquete da morte, expressão da resistência dos poderosos às ações libertadoras do povo.

 No Evangelho de hoje nos deparamos com as circunstâncias da morte de João Batista. Ele havia denunciado ao tetrarca Herodes a imoralidade que ele estava cometendo ao coabitar com Herodíades, a mulher do seu irmão. Por um lado está a mulher furiosa, que se enche de ódio contra João Batista e queria vê-lo morto por causa das denúncias.

 Por outro lado, Herodes tinha que decidir entre arrepender-se do que fazia e separar-se de Herodíades; continuar na situação em que se encontrava e sofrer crescente oposição do povo em seguida à denúncia de João Batista; ou ainda silenciá-lo de alguma forma.

 Das três opções, influenciado por Herodíades, Herodes decidiu pela terceira, mas hesitava em matá-lo, porque sabia que João era um homem de bem, justo e santo, e respeitado pelo povo. Mandou, portanto, que fosse amarrado e colocado na prisão.

Quantas vezes, seguindo um caminho mau, somos alertados por alguém e temos a oportunidade de nos corrigir, mas preferimos continuar no pecado. Quantos pecadores são alertados pela pregação do Evangelho, e, ao invés de se converterem, eles se voltam contra a pessoa que lhe corrige e o próprio Evangelho, tornando-se inimigos de Cristo.

 Com isto eles pensam ganhar algum prazer nesta vida, mas perdem a vida eterna, permanecendo na condenação de Deus para sempre.

 Não é fácil deixar uma situação de pecado, que nos agrada, para endireitar a nossa vida. Foi o que aconteceu com Herodes. Preferiu cometer uma grande injustiça, aprisionando João Batista para agradar Herodíades e abafar a sua própria consciência.

O dia do aniversário de Herodes foi celebrado com uma festa (só lemos de outra festa de aniversário na Bíblia, esta celebrada por Faraó (Gn 40,20).

 Foi quando ele cometeu outro grande erro. A filha de Herodíades, sobrinha de Herodes, dançou durante a festa. Seu nome não é mencionado na Bíblia, mas segundo a história profana ela era Salomé, que se casou mais tarde com outro tio, Filipe o tetrarca da Ituréia (Lc 3,1).

 Ela dançou tão bem que agradou muito Herodes e os seus convidados. Para recompensá-la, Herodes lhe prometeu, com juramento, que lhe daria tudo o que pedisse, até a metade do seu reino (Mc 6,23).

 Era uma promessa solene, e Salomé foi consultar a sua mãe sobre o que deveria pedir. Herodes era poderoso e rico, e as possibilidades eram muitas. Mas Herodíades estava focalizada em uma coisa só: João Batista tinha que morrer. Surgiu agora a oportunidade de conseguí-lo através da sua filha.

 Para a aflição de Herodes, sua sobrinha, instruída por sua mãe, pediu: “Dá-me aqui num prato a cabeça de João Batista.” Herodes havia feito um juramento, e os que estavam à mesa com ele eram testemunhas, portanto ele tinha que ser cumprido. Ninguém daria o valor de metade do seu reino à cabeça de João Batista: só mesmo Herodíades.

 Na verdade não foi um triste fim para João Batista. Segundo o plano de Deus ele havia cumprido brilhantemente a sua missão, e havia agora chegado a hora dos seus discípulos se reunirem junto com os discípulos do Senhor Jesus, para aprenderem com Ele a arte de ser fiel a missão a nós confiada.

 Que o senhor nos dê esta graça da fidelidade e de derramar o nosso sangue se tal for necessário como fez João Batista em prol da verdade, da justiça e do amor de Deus!

Reflexão Apostólica:

 João Batista estava incomodando muito por denunciar os pecados daqueles que viviam segundo a carne e o seu egoísmo. Por isso sua cabeça foi servida num prato porque palavra de Rei não volta atrás.
A condenação de João, inocente e justo, prenuncia a condenação de Jesus, que se fez discípulo de João e segue caminho semelhante, com a conclamação à conversão ao Reino de justiça.

Como esta história se adapta à nossa vida nos dias de hoje! Por falar a verdade, João Batista, o último profeta de que falam as Escrituras, foi preso e depois mandado degolar por Herodes a fim de satisfazer aos caprichos da sua amante.

Herodes quis agradar a Salomé, filha de sua amante Herodíades, por isso, mandou matar João Batista, oferecendo a ela a cabeça dele como um presente!

No nosso mundo de hoje os que pregam os ensinamentos da Palavra de Deus, os que em Seu Nome denunciam as práticas abomináveis e as injustiças, também são de alguma forma exterminados.

Mudam apenas os estilos e a maneira de se abafar a voz de alguém que tenta falar de Deus nos lugares aonde tudo é permitido, nada faz mal e as coisas acontecem na maior naturalidade.

Quem mais sofre as conseqüências dessas atitudes do mundo de hoje que se paganiza a olhos vistos são os jovens que, habitualmente, não possuem alguém que lhes aponte um caminho certo.

Os João Batistas de hoje também não são bem vistos em muitos lugares aonde se tem como norma não falar de religião, de Bíblia, de Igreja, de Nossa Senhora, de castidade, de matrimônio santo, de muitos outros assuntos, com o pretexto de se respeitar a diversidade de pensamentos.

Por isso, hoje está na moda e é aplaudido por uma grande maioria, o divórcio (agora bem ligeirinho, sem burocracia), o casamento entre homossexuais, a liberação da maconha, a maioridade antes do tempo, em nome de uma falsa liberdade cujo nome real é libertinagem.

Se alguém de sã consciência ousar dar algum conselho aos jovens, no meio de muitas pessoas “entendidas”, falando, por exemplo, de castidade, de sexo somente no casamento, de namoro santo, de vestir-se sem expor demais o corpo, com certeza, será logo recriminado e considerado alienado e uma pessoa retrógada, antiquada.

É assim que os Herodes de hoje conseguem degolar os emissários de Deus. Os Herodes estão em diversos lugares e também gostam de fazer promessas para agradar a quem eles desejam conquistar.

Por isso, precisamos tomar consciência se também não estamos fazendo o papel de Herodes quando prometemos a alguém o que não nos é permitido oferecer e por causa das nossas promessas aos homens esquecemos a promessa que fazemos a Deus de amar-nos uns aos outros e partilhar com eles vida.

Como nós podemos prometer tudo o que alguém nos pede, se não possuímos nem mesmo o dom de conservar a nossa vida?

Podemos entregar a “cabeça” dos nossos irmãos de muitas maneiras: difamando, fazendo intrigas, levantando falso, matamos o corpo, mas nada podemos fazer com a alma. Deus é o Senhor de todos e age com justiça de acordo com as nossas ações. 

Em nome de Deus você consegue falar de assuntos polêmicos no meio dos entendidos do mundo? Você se sente à vontade em lugares onde tudo é permitido ou você tem coragem de denunciar o que não é de Deus? Você já entregou a “cabeça” de alguém em troca dos seus interesses? Do que você será capaz de fazer para conseguir os seus intentos? Você teme mais a Deus ou aos homens? A quem mais você tem agradado: a Deus ou aos homens?

Hoje vivemos num mundo em que são muitos aqueles que vivem segundo os prazeres da carne, não respeitando a esposa dos outros, não respeitando o marido das outras, tudo para satisfazer o seu egoísmo e seus caprichos igual a Herodes.
Não dá mais para assistir um filme na nossa casa na presença da família ou mesmo de alguma visita. Porque parece que os produtores não têm mais outra coisa para mostrar na tela senão a pura safadeza.
Quando não estão executando, estão falando as mais  baixas e vis palavras que acabam degradando o ser humano, desqualificando e desvalorizando principalmente a imagem da mulher, que já não é mais vista como companheira, como mãe, como genitora, como a rainha do lar, mais simplesmente como um objeto de prazer descartável que o homem apenas usa sem mais nenhum compromisso, pois é tão grande a banalidade da pessoa humana, no mundo da sétima arte a qual já não é mais arte, mais sim pura pornografia.
E nós o que fazemos?  Não vamos fazer absolutamente nada? Pelo menos vamos denunciar  enquanto podemos.
Vamos lutar pelo resgate da imagem da mulher, que sob a desculpa de libertação feminina, foi vulgarizada desde os anos 60.
A outra coisa que podemos e devemos fazer por essa nova Sodomia, é pedir ao Pai para que Ele proteja os nossos jovens de serem usados por aqueles que querem ver o circo pegar fogo. 

 Propósito:

Pai, na qualidade de discípulo de teu Filho Jesus, quero inspirar-me na coragem inabalável de João Batista, denunciando profeticamente a prepotência dos grandes.

Evangelho do dia 02 agosto sexta feira 2024

 

02 agosto - Tu deverás ficar contente com o papel que o Senhor te conceder aqui na terra, com a confiança de que, graças à ajuda divina, te será fácil desempenhá-lo de maneira que possas merecer uma grande recompensa no Céu. (248).  São Jose Marello


Mateus 13,54-58

"Quando Jesus acabou de contar essas parábolas, saiu dali e voltou para a cidade de Nazaré, onde ele tinha morado. Ele ensinava na sinagoga, e os que o ouviam ficavam admirados e perguntavam:
- De onde vêm a sabedoria dele e o poder que ele tem para fazer milagres? Por acaso ele não é o filho do carpinteiro? A sua mãe não é Maria? Ele não é irmão de Tiago, José, Simão e Judas? Todas as suas irmãs não moram aqui? De onde é que ele consegue tudo isso?
Por isso ficaram desiludidos com ele. Mas Jesus disse:
- Um profeta é respeitado em toda parte, menos na sua terra e na sua casa.
Jesus não pôde fazer muitos milagres ali porque eles não tinham fé."

Meditação

Os conterrâneos de Jesus O tinham visto partir como filho de carpinteiro, e agora O reencontram como Mestre, rodeado de discípulos.

É uma novidade que interpretam somente como vantagem social. Isso os impede de acolherem a Palavra de Deus e a explicação das Escrituras e a Sua revelação como o Ungido de Deus.

Vista a posição de Jesus neste prisma cria neles a impressão de que Jesus partiria acabando por deixá-los outra vez na sua pobreza.

É que no tempo de Jesus o judaísmo tinha suas esperanças na vinda de um messias que restauraria o antigo império de Davi, glorioso, segundo dizia a tradição.

 Estas esperanças tinham suas raízes na teologia de poder elaborada na corte dos descendentes de Davi. Visavam recuperar seu poder e seus privilégios.

 Na realidade, a realeza, consolidada, por Davi distorceu o ideal de igualdade e partilha característico da tradição de Moisés.

 O projeto de Deus não é o de consolidar as estruturas de realeza e poder. O projeto de Deus é resgatar e promover a vida entre os pobres e excluídos, criando laços pessoais e sociais de fraternidade e partilha.

 Este projeto nasce no meio do povo. Nasce em uma insignificante cidade da Galiléia, na casa de um simples carpinteiro, José. Este projeto nasce com a proclamação de seu filho Jesus de Nazaré.

 Jesus reconhecidamente tem sabedoria e energia de comunicação. Mas sua origem humilde choca as pessoas submetidas à ideologia de poder do judaísmo.

 Rejeitado por aqueles seduzidos pelo poder, Jesus encontra acolhida entre os pobres e pequeninos que lutam para se verem livres da humilhação, da escravidão, das injustiças sociais, das drogas, da prostituição, da luxuria, da criminalidade, da violência e de todo tipo de pecado. Mas isso, não se faz sem trabalho.

É preciso passar pela escola da humildade, da simplicidade, da força de vontade. E a melhor escolinha é aquela de José, na insignificante cidade de Nazaré.

 Somos convidados a olhar para José, homem justo, que tirava de seu trabalho na carpintaria o sustento honesto de sua vida.

 Lançando nosso olhar para os nossos dias notamos uma grande distância dos homens entre si. Por causa do avanço da ciência e da técnica.

A técnica traz seus benefícios, mas às vezes não só substitui o trabalhador, mas até o escraviza ou pior ainda o neutraliza.

Para o mundo digital, quem não se desenvolve no manejo da ciência e da técnica é excluído. A pessoa passa para segundo plano porque as relações que marcam o mundo do mercado do trabalho são as da produção, do aumento do lucro, e não a vida e a dignidade da pessoa.
Na última parte do texto de hoje, Jesus nos dá um puxão de orelha. Porque muitas vezes fechamos os nossos ouvidos para acolher o conselho, a advertência e o ensino daqueles que não nossos parentes, familiares, vizinhos ou conhecidos.

Por outro, encoraja-nos a não desistirmos na nossa missão de anunciar o reino de Deus seja a que custo for. Jesus nos ensina que a tarefa é dura, sobretudo quando se trata de evangelizar a partir de dentro de casa.

Para Jesus também não foi fácil ser profeta na sua casa, na sua família. As pessoas duvidavam dele, não queriam acreditar no Seu poder e por isso mesmo Ele não fez ali muitos milagres.
Jesus é Aquele irmão que Deus nosso Pai nos enviou para nos mostrar o caminho que nos leva para o Céu. E então, precisamos estar atentos para acolher as pessoas que dentro da nossa casa nos abrem os olhos e são instrumentos de Deus para nossa conversão. Ouvidos atentos e coração aberto, porque o Senhor fala por meio de quem nós nunca nem esperávamos que falasse.

 Muitas vezes Deus nos manda Seus emissários que nos aconselham com palavras de sabedoria que Ele próprio sugeriu para nós. Porém, por ser essa pessoa, simplesmente alguém que é muito conhecido nosso, nós desprezamos as recomendações de Deus.

 Nesse caso, os milagres também não acontecem na nossa vida, e muitos problemas nunca serão solucionados por causa da nossa impertinência.
Abertos ao convite da conversão, do arrependimento e da acolhida ao Reino dos Céu, sejamos corajosos no anúncio do Evangelho a começar pelos nossos.

Reflexão Apostólica

Talvez essa seja uma das grandes verdades a serem superadas por nós: Será que Deus está falando através do meu irmão, mas eu insisto em por barreiras para escutar? O quanto consigo perceber que a dificuldade de ver ou ouvir está em mim e não naquele que me aconselha? O quanto estamos abertos para ouvir um conselho?
Uma verdade é certa, ainda temos profunda dificuldade em reconhecer nossos próprios erros e talvez seja essa a dificuldade ou barreira mais colocada, porém a menos vista para se ouvir. Em contrapartida, temos uma habilidade tremenda de procurar um culpado, uma “conspiração”, uma segunda intenção na fala das pessoas.
“A fome e a vontade de comer” num mesmo momento: Não querer ouvir associado aos pré-julgamentos que fazemos daquele que nos exorta.
Além dos fatos já narrados, Jesus era oriundo de uma cidade, uma região, um povo simples…; num tempo onde o povo se acostumou (ou foi obrigado a se acostumar) a ver a verdade vir apenas dos sábios e doutores da lei que advinham de uma classe social acima, de um povo nobre, estudado, (…). Jesus rompia assim mais um paradigma sócio-cultural.

Onde estão os profetas? Por que se calaram? Calaram-se ou, como antes, não são ouvidos?
Partindo desse ponto…
Chamo muita atenção daqueles que se encantam ao ver ou ouvir falar da oração em línguas. Um gesto ou dom muito comum nos grupos da renovação carismática, mas que precisaria ser olhado sob outra ótica. A oração em línguas mais que uma manifestação é TALVEZ a comprovação de muita gente naquele lugar esta sem fé e que precisa “ver para crer”. Precisamos mais de profecias do que línguas, mas pra isso precisamos ter fé.

 “(…) Assim, AS LÍNGUAS SÃO SINAL, não para os fiéis, mas PARA OS INFIÉIS; enquanto as PROFECIAS SÃO UM SINAL, não para os infiéis, MAS PARA OS FIÉIS. Se, pois, numa assembléia da igreja inteira todos falarem em línguas, e se entrarem homens simples ou infiéis, não dirão que estais loucos? Se, porém, todos profetizarem, e entrar ali um infiel ou um homem simples, por todos é convencido, por todos é julgado; os segredos do seu coração tornam-se manifestos. Então, prostrado com a face em terra, adorará a Deus e proclamará que Deus está realmente entre vós“. (I Co 14,22-25)
A condição nunca foi o estudo, o posto, a idade e sim fé. Se milagres não acontecem, um dos motivos é a nossa falta de fé. Repito, onde estão os profetas?
Estão na RCC, nas Pastorais, nos Vicentinos, no Cursilho, no ECC, nas ENS, no CRISTMA, no Decolores, na PJ, em meio aos catequistas, espalhados por todas as pastorais e também fora delas (…), mas por que não falam?.
Quando disse “fora delas” é porque devidamente acredito que Deus ainda suscita profetas onde mais precisa deles e onde ainda existe um fio de esperança nas pessoas.

Vejo profetas em meio a uma reivindicação social, nos que trabalham como voluntários em causas nobres e humanitárias. Vejo profetas lendo essa mensagem e levantando seu clamor a Deus. Vejo ainda esperança no matrimonio, nas famílias, nos jovens;;; Vejo Deus colocando profetas aonde se precisa.
Historicamente, os grandes estudiosos dividiram os profetas do Antigo Testamento em maiores e menores em virtude de sua atuação e compromisso popular, mas o que na verdade o que os diferenciava era a missão que Deus lhes confiou.

Reparemos Jesus, conhecido pelos estudiosos como o maior de todos os profetas, que nada fez de errado, foi condenado sem ao menos ser ouvido.
Assim, não engano, seremos nós em nossas casas, nossas famílias, no nosso trabalho, em nossa comunidade (…), mas como o mestre o fez, mesmo recenseados, não deixemos de falar, de ter fé, de profetizar a vida. A alguns Deus chamou para grandes obras sociais e a outros a pequenos reparos em suas (nossas) famílias.
A história um dia nos classificará como maiores ou menores, mas Deus nos oferece sempre a MAIOR missão que podemos suportar, sendo assim, a cada vitória uma nova missão na medida em que suportamos.
Quanto a não ser ouvido, demonstremos com a vida, não tem como não verem. Jesus assim o fez e por até os céticos reconhecem que Ele foi realmente grande.

Propósito: Ver além das aparências e reconhecer a presença de Deus nas coisas e pessoas mais simples do meu dia.
 

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Crescer é um processo contínuo, que consiste em ter a coragem de romper as barreiras que impedem um maior autoconhecimento.
Não significa somente se contentar com uma vida sem sentido, sem um ideal, sem um objetivo maior.
Ninguém veio ao mundo do nada e para o nada.
Todos têm uma missão a cumprir.
Lembre-se de que, no caminho rumo ao crescimento, existem muitos obstáculos.
Mas tudo vale a pena se você optar pela verdade, pelo amor.


É sempre tempo de crescer para quem está decidido.

 

 

Evangelho do dia 01 agosto quinta feira 2024

 

01 agosto - Façamos com paciência o nosso trabalho, esperando a carta de "dispensa", que nos dará o direito de voltar à terra natal, ao seio da família, à casa do Pai, que está nos Céus. (L 36).  São Jose Marello


Leitura do santo Evangelho segundo São Mateus 13,47-53

 ""O Reino dos Céus é ainda como uma rede lançada ao mar e que pegou peixes de todo tipo. Quando ficou cheia, os pescadores puxaram a rede para a praia, sentaram-se, recolheram os peixes bons em cestos e jogaram fora os que não prestavam. Assim acontecerá no fim do mundo: os anjos virão para separar os maus dos justos, e lançarão os maus na fornalha de fogo. Aí haverá choro e ranger de dentes. "Entendestes tudo isso?" - "Sim", responderam eles. Então ele acrescentou: "Assim, pois, todo escriba que se torna discípulo do Reino dos Céus é como um pai de família, que tira do seu tesouro coisas novas e velhas". Quando Jesus terminou de contar essas parábolas, partiu dali."  

Meditação:

 Encerrando o bloco de parábolas de Jesus, Mateus apresenta a parábola da rede lançada pelos pescadores, enfocando a perspectiva escatológica, relativa ao fim dos tempos, do Reino dos Céus.

Ao fim dos tempos está associado o juízo final. Este enfoque tem suas raízes no antigo tema profético do "dia de Javé" que, depois, se desdobra na literatura apocalíptica.

É o dia em que Javé virá julgar e punir as nações e, também, as infidelidades do próprio Israel. Este enfoque transmite a imagem de um deus discriminativo, violento e vingativo.

Pode-se pensar que este seja mais uma interpretação dos discípulos oriundos do judaísmo do que do próprio Jesus. A expressão: "ali haverá choro e ranger de dentes" é bem característica do evangelista Mateus, que a usa seis vezes.

Para aqueles e aquelas que afirmam que o inferno é aqui mesmo, aí está a afirmação de Jesus. O inferno existe.  E se somos cristãos, temos de acreditar nas palavras de Jesus, e procurar seguir os seus ensinamentos.
Hoje Jesus nos fala do inferno, e da vida eterna. E tudo isso não foi inventado pela Igreja como alguns pensam. É o próprio Jesus que nos anuncia. 

A vida eterna ou "reino dos céus é semelhante ainda a uma rede que, jogada ao mar, recolhe peixes de toda espécie. Quando está repleta, os pescadores puxam-na para a praia, sentam-se e separam nos cestos o que é bom e jogam fora o que não presta."
O nosso futuro está sendo traçado nos passos que estamos dando agora. Ou seja, o que acontecerá naquele dia do juízo final, depende do que estamos fazendo, ou deixando e fazer neste instante e nos instantes seguintes da nossa vida.
Será muito bom para a nossa alma se fizermos parte daqueles considerados bons. Por isso vamos fazer o possível e o impossível para não ser jogados fora, por que "assim será no fim do mundo: os anjos virão separar os maus do meio dos justos"
Reparou que esta parábola é bem parecida com a explicação da parábola do trigo e do joio? Trata-se, portanto, de uma parábola do gênero escatológico-apocalíptico do judaísmo no tempo de Jesus.
É exclusiva do autor deste Evangelho, e a expressão "choro e ranger de dentes" é a referência direta ao inferno.
A referência final ao escriba com o pai de família que tira de seu tesouro coisas velhas e novas, pode ser uma auto - apresentação do evangelista como sendo este escriba que se tornou discípulo merecedor da vida eterna ou do Reino de Deus. 

Reflexão Apostólica:

A consumação do Reino se realiza através do julgamento que separa os bons dos maus. Os que vivem a justiça anunciada por Jesus tomarão parte definitiva no Reino; os que não vivem serão excluídos para sempre. É preciso decidir desde já.

As parábolas revelam o segredo de Deus para aqueles que têm fé. Por isso, o doutor da Lei que se torna discípulo de Jesus é capaz de ver a ligação entre o antigo e o novo testamento. Em Jesus tudo se renova e toma novo sentido.

Se repassarmos um pouco as páginas dos evangelhos, tendo como chave de busca os personagens, a maioria com nomes próprios, com os quais Jesus se relacionou e com quem compartilhou sua mensagem da Boa Nova do Reino, encontraríamos, mais ou menos, a seguinte lista: os discípulos, muitos deles pescadores ignorantes, gente pobre e desprezada por ser da região da Galiléia; mulheres impuras, enfermas, prostitutas, e muitas delas oprimidas por inúmeras formas de machismo presentes na sociedade, anciãs e anciãos inutilizados; pastores impuros e empobrecidos; cobradores de impostos, odiados por causa de seu espírito colaboracionista com os poderes dominadores de então; leprosos, cegos, surdos, pessoas cansadas, endemoninhados; crianças e pessoas rejeitadas pela lei dos adultos; pecadores de toda classe, militares e estrangeiros odiados.

Jesus fez dessa gente destinatários de seu amor e predileção. Para Ele, n valia o poder ou o ter, mas o ser de cada pessoa, e a partir desta condição universal de amor, devolveu a muita gente a dignidade roubada, integrando cada pessoa em seu projeto de comunidade.

Os esquemas mentais, impostos pela sociedade e pela cultura de cada época, aceitam como normais as estruturas com as quais conformam a sociedade.

 Jesus sabe que aceitar a distinção entre as pessoas (boas e más) era aceitar a discriminação. Jesus quer que todas as pessoas sejamos filhos e filhas de Deus, com os mesmos direitos que nos fazem seres humanos iguais. A prática de Jesus nos ensina que para ele não há exclusão de pessoas.

No reino de Deus, como diz Jesus, as coisas velhas se confundem com as novas e só um perito espiritual poderá nos ajudar a fazer o discernimento.

Dentro de nós há o velho e o novo, o bom e o ruim. A “cirurgia plástica” da nossa alma só quem pode realizar é o Espírito Santo.

Deus Pai que é o Oleiro é quem poderá nos ajudar pelo poder do Seu Espírito a nos despojar de tudo que nos é inútil e está apodrecendo dentro de nós.

Só Ele tem o poder de fazer valer em nós, os sentimentos que são oriundos do Seu coração e nos trazem a felicidade, a concórdia e o amor.

Por isso, o reino de Deus requer de nós paciência e esmero a fim de que, gradualmente, nós possamos deixar com que o Senhor nos transforme no modelo que Ele projetou para nós.

Precisamos, então, ter consciência de que antes que chegue o fim dos tempos nós poderemos nos deixar esclarecer pelo Espírito que há em nós. 

Você tem buscado o auxílio de Deus para suas dificuldades? Você percebe as coisas boas e más que estão dentro do seu coração? Você acha que Deus tem poder para transformar você num vaso novo? 

Propósito:

Pai, concede-me suficiente realismo para perceber que teu Reino se constrói em meio a perdas e ganhos, e que só tu podes garantir o sucesso final. Eu quero ser Jesus amado, como um barro nas mãos do oleiro, rompe-me a vida faz-me de novo, eu quero ser um vaso novo.

 

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Saiba que ninguém é tão auto - suficiente que não precise dos demais.
Viver isolado é secar como a planta que não tem a seiva para se desenvolver.
Como é bom viver em harmonia com as demais pessoas, trocar experiências, conversar e solidarizar-se!


Procure sempre praticar o bem.
A maior alegria do ser humano é poder ajudar o semelhante.

 

 

 

sábado, 27 de julho de 2024

Evangelho do dia 31 julho quarta feira 2024

 

31 julho - Recomendo-vos a obediência! Tende grande estima por essa virtude: ela vos fará ricos em méritos para o Céu. (S 354).  (L 9). São Jose Marello

Mateus 13,44-46

 ""O Reino dos Céus é como um tesouro escondido num campo. Alguém o encontra, deixa-o lá bem escondido e, cheio de alegria, vai vender todos os seus bens e compra aquele campo. O Reino dos Céus é também como um negociante que procura pérolas preciosas. Ao encontrar uma de grande valor, ele vai, vende todos os bens e compra aquela pérola.""  
Meditação:

 As parábolas ensinadas por Jesus, em especial as de Mateus 13, expressam verdades acerca do reino dos céus. O Senhor introduziu suas parábolas com a seguinte expressão: “O reino dos céus é semelhante a…”.
Na pessoa e obra de Jesus o reino dos céus se manifestou entre os homens. Muito do seu tempo foi gasto na pregação do evangelho do reino, na qual estavam incluídas as parábolas do reino.
Cada parábola apresenta um aspecto desse reino. Por exemplo, algumas vezes Jesus fala do reino como uma realidade presente (ex: parábola do grão de mostarda – crescimento do reino na terra, 31,32) e outras como uma realidade futura (a parábola da rede – juízo final, 47-50).
Algumas parábolas apontam para a pessoa e a obra do rei Jesus (parábola dos lavradores maus – oposição a Jesus e sua morte); outras expressam a atitude cristã dos súditos do seu reino (bom samaritano - ser misericordioso, (Lc 10,30-37).
O evangelho de hoje nos traz duas breves parábolas do Discurso das Parábolas. As duas são semelhantes entre si, mas com diferenças significativas para esclarecer melhor determinados aspectos do Mistério do Reino que as parábolas estão revelando.

 Na parábola do tesouro escondido Jesus conta a história de certo homem que encontrou um tesouro escondido num campo.
O Senhor não diz quem foi o homem (empregado, arrendatário) que encontrou o tesouro nem tampouco como ele o encontrou, se arando, cavando ou plantando no campo, não sabemos.
Também não sabemos qual foi o tesouro encontrado. O que sabemos apenas é que certo homem encontrou um tesouro que estava escondido num campo. Tal fato não era algo anormal e fora da realidade.
Era uma coisa comum tanto na época do AT (Pv. 2.4; Jr.41.8) quanto do NT esconder tesouros debaixo da terra por causa das guerras e revoluções tão freqüentes na época. Era mais seguro guardar um tesouro escondido no campo do que deixá-lo em casa, pois este, estando em casa, poderia ser roubado por ladrões ou levado pelos invasores como despojo.
Na leitura dos evangelhos dois tipos de narrativas chamam a atenção: as parábolas e os milagres. As parábolas são associadas ao ensinamento de Jesus e os milagres são a expressão do poder de Deus nele presente.
Os discípulos de Jesus e suas comunidades ao reterem as memórias de Jesus o fizeram conforme sua sensibilidade e seu imaginário. Os enigmas das parábolas e o espantoso dos milagres são atraentes para a uma piedade mais superficial. Porém Jesus vai conduzindo seus discípulos a um aprofundamento da fé.
Os três versículos de hoje encerram duas pequenas parábolas: a do tesouro escondido (v. 44) e a da pérola de grande valor (vv. 45-46).

 Ambas focalizam o tema da opção radical pelo reino da justiça, diante do qual vale a pena arriscar tudo, alegremente (veja 6,33).

 Ambas mostram a atitude de alguém que vende tudo o que possui para conquistar o novo, algo de valor incalculável, o único valor absoluto. Podemos imaginar os efeitos que essas parábolas tiveram sobre as comunidades siro-palestinenses, desiludidas e ameaçadas de afrouxamento.

 A primeira parábola é a do tesouro escondido no campo (v. 44). A parábola não compara o Reino com o tesouro, mas quer mostrar o estado de ânimo de quem encontra esse tesouro, comparando esse estado de ânimo com o que deveria animar os que descobrem o reino da justiça como valor absoluto de suas vidas. Como reage quem encontra um tesouro? Como reage quem descobriu que a justiça é o único caminho para conseguirmos sociedade e história novas?

O texto não afirma que o descobridor estivesse à caça de tesouros escondidos. Simplesmente topa com ele, sem esforço.

 O reino da justiça também não é objeto de buscas intermináveis; está debaixo de nossos pés, a nosso alcance, em nosso chão.

 A reação de quem encontrou o tesouro é de alegria e desembaraçamento de tudo para a obtenção desse tesouro. Aí está, diz Mateus, o estado de ânimo de quem descobriu, na prática da justiça do Reino, o filão escondido do mundo novo.

 O Reino é dom gratuito, manifestado na prática de Jesus. A esse achado inesperado correspondem alegria e desprendimento total. Não se trata de renunciar para obter o Reino. É sua descoberta que possibilita desembaraçar-se alegremente de tudo.

 A segunda parábola é a da pérola de grande valor (vv. 45-46). Há algumas diferenças em relação à anterior: o fato de o comprador estar buscando pérolas e a falta de menção da alegria com que vende todos os seus bens.

 O significado é o mesmo da parábola anterior: pelo fato de encontrar um valor maior, desfaz-se de tudo para possuí-lo, porque vale a pena. 

 O Reino não é troca de mercadorias. Não pode ser comprado como o campo que esconde o tesouro ou como a pérola. As parábolas querem salientar que nada faz falta a quem descobriu o sentido e o valor da luta pela justiça.

 Resumindo o ensino das duas parábolas. As duas tem o mesmo objetivo: revelar a presença do Reino, mas cada uma o revela de seu jeito: através da descoberta da gratuidade da ação de Deus em nós, e através do esforço e a busca que todo ser humano faz para descobrir sempre e cada vez melhor o sentido de sua vida.

Reflexão Apostólica:

 Hoje em dia quando se fala em tesouro a gente não faz muita ideia, mas se falar de fortuna, riqueza, valor patrimonial e monetário é linguagem que todo mundo entende.

Quem é que já não fez a sua “Fezinha” em uma Casa Lotérica pensando em ganhar uma fortuna, como uma Mega Sena acumulada em algumas rodadas? Quem é que já não vislumbrou essa possibilidade e “carregou” um pouco mais em sua aposta, fazendo talvez um bolão com os amigos?

A ideia de sair de um salário irrisório para administrar uma bela fortuna, morando em uma mansão, com mais de três carrões do ano na garagem, viajar de jatinho para qualquer parte do mundo, enfim, nunca mais passar “aperto” com pagamento de contas, é uma ideia muito tentadora e eu não vejo maldade nisso, o problema é: até que ponto acreditamos que vamos ser os vencedores….

Então a gente aposta sim, mas de leve, sem comprometer o orçamento doméstico, senão já se está fazendo uma grande besteira, porque não há nenhuma certeza de que vamos ganhar e as possibilidades são mínimas….quase irrisórias….

Bem diferente desse homem que encontrou um tesouro, tornou a enterrá-lo e foi para casa tomado pela alegria de ser dono do tesouro encontrado, e começou a desfazer-se de seus bens captando recursos para comprar o terreno onde estava o tesouro, que ninguém sabia a não ser ele….

Jesus conta na Parábola, que o Reino de Deus onde devemos habitar e viver plenamente, é um lugar que tem muito valor.

Muitos pensam que podem comprá-lo, mas ele não tem preço. Este lugar é conquistado pelas virtudes trabalhadas e desapego aos bens materiais. Quanto mais nos desfazemos dos bens passageiros, mais conquistamos nosso espaço no Reino. É proporcional um ao outro.

Porém, Deus não quer que sejamos pobres sem dignidade, ao contrário, o trabalho traz frutos para uma sobrevivência digna e honesta.

O Reino é daqueles que têm tudo sem se apegar a nada, dos que são felizes simplesmente porque acordam, dos que amam incondicionalmente, dos que são fortes para proteger os mais fracos, dos que sabem dividir e partilhar.

Quando renunciamos a um bem passageiro não significa que estamos nos esvaziando e enfraquecendo, ao contrário, toda vez que nos desfazemos de um bem material nos fortalecemos e conquistamos joias espirituais que vão garantindo nosso lugar no Reino de Deus. É como se estivéssemos comprando pequenas joias para serem guardadas num tesouro que garantirá a subsistência na vida eterna.

Nossa maior riqueza, portanto, não são ouro e nem prata, mas gestos de caridade e amor fraternos que conquistam o Reino através da conquista de novos corações.

Propósito:

Pai, que eu seja decidido e rápido em desfazer-me do que me impede de acolher plenamente o teu Reino. Que meu coração nunca se apegue a coisa alguma deste mundo.

Evangelho do dia 30 julho terça feira 2024

 

30 JULHO - A quem foi dito: "Ego ero merces tua magna nimis” Eu serei a tua recompensa infinitamente grande"? A Abraão obediente e fiel. (L 248) .São Jose Marello

 


Leitura do santo Evangelho segundo São Mateus 13,36-43

 "Então Jesus deixou a multidão e voltou para casa. Os discípulos chegaram perto dele e perguntaram:

- Conte para nós o que quer dizer a parábola do joio.
Jesus respondeu: - Quem semeia as sementes boas é o Filho do Homem. O terreno é o mundo. As sementes boas são as pessoas que pertencem ao Reino; e o joio, as que pertencem ao Maligno. O inimigo que semeia o joio é o próprio Diabo. A colheita é o fim dos tempos, e os que fazem a colheita são os anjos. Assim como o joio é ajuntado e jogado no fogo, assim também será no fim dos tempos. O Filho do Homem mandará os seus anjos, e eles ajuntarão e tirarão do seu Reino todos os que fazem com que os outros pequem e também todos os que praticam o mal. Depois os anjos jogarão essas pessoas na fornalha de fogo, onde vão chorar e ranger os dentes de desespero. Então o povo de Deus brilhará como o sol no Reino do seu Pai. Se vocês têm ouvidos para ouvir, então ouçam.
"

Meditação:

Nesta parábola Jesus usa a figura do joio e do trigo para nos explicar direitinho o que acontece com o mundo em relação ao reino de Deus.

 Jesus é o semeador, que veio instaurar o reino do amor de Deus no coração dos homens. É Ele quem planta a boa semente da Sua palavra e dos Seus ensinamentos no coração de todos os que querem pertencer ao reino dos céus.

O campo é o mundo aonde convivem os bons e os maus e a boa semente são os que aceitam os ensinamentos de Jesus para acolher o reino dos céus.

 O joio são os que são sugestionados pelo maligno, isto é, o espírito do mal que intervém e sutilmente se infiltra querendo impedir que o reino de Deus aconteça no interior do coração do homem.

 Nós sabemos que o joio e o trigo são plantas muito parecidas a ponto de confundir a visão de quem colhe. “Normalmente o joio cresce nas mesmas zonas produtoras de trigo e se considera uma erva daninha desse cultivo.

 A semelhança entre essas duas plantas é tão grande, que em algumas regiões costuma-se denominar o joio como “falso trigo”.

 Dentro do nosso coração há trigo, mas também há o joio, por isso acontece dentro de nós uma luta constante entre o bem e o mal. Porém, quando nós nos apossamos da semente da Palavra que Jesus nos deixou, nós saímos vitoriosos e o bem prevalece.

Muitas vezes nós até achamos que o mal está prevalecendo, no entanto, podemos ter certeza de que a vitória do bem já nos foi garantida por Jesus.

 É a partir desta dinâmica que cada um de nós pode ser uma boa ou uma má semente no campo que é o mundo. Jesus nos dá entendimento da parábola do joio e do trigo, para que nós possamos ajuizar que tipo de semente tem sido jogada no terreno do nosso coração e se nós a estamos acolhendo.

Quando nós acolhemos a Palavra do Senhor dentro da mentalidade que Ele prega nós podemos dizer que estamos sendo também no mundo uma semente boa.

 Todavia, nós podemos estar sendo confundidos pela ação do inimigo que tenta desvirtuar o sentido dos ensinamentos de Jesus fazendo com que nós tenhamos no mundo um comportamento duvidoso.

Precisamos estar bem atentos enquanto estamos aqui na terra e temos vida e oportunidade. Jesus mesmo falou que no final os Seus anjos virão e retirarão do seu reino todos os que praticam o mal.

Não podemos nos acomodar, precisamos fazer a nossa parte para edificar o reino de Deus aqui na terra. Por ocasião da colheita nós seremos ofertados a Deus ou seremos queimados pelo fogo, dependendo da nossa adesão ao Projeto do Pai que Jesus Cristo veio instaurar na terra. 

Reflexão Apostólica: 

Aprendemos na escola que cargas positivas atraem negativas e vice-versa, consequentemente as que têm polaridades iguais se repelem mutuamente. Segundo a lei da gravitação universal, um corpo de maior massa tende a trazer para si outro de menor massa, sendo assim explicado porque rodamos em torno do sol. Dentro do nosso planeta, nosso mundo, (…) positivos ou negativos, não importa, somos atraídos por algo bem maior que nós todos.
É importante diferenciar esse pensamento inicial do que é apregoado como “lei da atração”, que não é a de Newton, mas a que nada mais é que uma forma de encarar a vida como não dependêssemos de nada, a não ser de nosso pensamento, para ter um determinado sucesso. Nessa dita “lei da atração”, seus adeptos procuram atrair coisas que lhes favoreçam no sentido financeiro, sendo que o próprio site oficial do livro caracteriza isso.
“(…) O homem não é fruto da sorte, nem de um conjunto de circunstâncias, nem de determinismos, nem de interações físico-químicas; é um ser que goza de uma liberdade que, levando em conta sua natureza, transcende-a e é o sinal do mistério de alteridade que o habita!”. (Bento XVI: Por uma Ciência com Consciência / Academia de Ciências de Paris-2008)
Preciso aprender a reconhecer que existe algo maior que mim mesmo. Algo que me atrai constantemente para Ele e por mais forte que seja minha vontade de fugir, sua infinita “massa” me atrai.

Vemos pessoas céticas, agnósticas, com formações puramente científicas, passarem a vida a procurar a não existência dessa força que nos atrai. Pessoas renomadas, conceituadas, estudadas sendo atraídas sem saber, atraídas pelo mistério da fé que temos e que passam a vida semeando o joio sem saber, que também, o Senhor os fez grão de trigo.
Charles Darwin um dia disse que “Devo dizer-vos que em vosso livro Pretensões da Ciência expressastes a minha profunda convicção, e mesmo mais eloquentemente do que eu saberia fazê-lo, isto é, que o universo não é e nem pode ser obra do acaso”.

Isaac Newton refletiu assim: “Esta elegantíssima coordenação do sol, das estrelas, dos planetas e dos cometas não pode ter outra origem que o plano e o império do Ser dotado de inteligência e de poder, que tudo domina, não como alma do mundo, mas como o Senhor de todas as coisas, eterno, infinito, onipotente, onisciente”.
Onde eu entro nesse contexto?
Muito maior que nós mesmos e de nossos entendimentos (pensamentos e atitudes) habita algo maior que cabe dentro de um menor.

Como entender um Deus tão grande que habita num ser tão pequeno como nós. São João evangelista, creio eu, deve ter pensado por longos anos para no fim explicar que Deus é Amor (I Jo 4, 8). E quando nos permitimos a nos descobrir, segundo Paulo, revelamos a imensidão de um Deus tão grande (II Cor 3 18); passamos a refletir algo que atrai as pessoas, não pelo que sou, mas por aquilo que acredito que habita em nós. Sem querer descubro que o reino de Deus habita em mim. “(…) Então o povo de Deus brilhará como o sol no Reino do seu Pai”.
“(…) O amor permite sair de si mesmo para descobrir e reconhecer o outro; ao abrir-se à alteridade, afirma também a identidade do sujeito, pois o outro me revela a mim mesmo”. (Bento XVI: Por uma Ciência com Consciência / Academia de Ciências de Paris-2008)

A ciência moderna ainda não respondeu sobre a “atração” do amor; ainda não respondeu sobre a “força gravitacional” que nos ter fé (…). O criador da Teoria Quântica, Max Plank, disse: “(…) Deus está no ponto de chegada de toda reflexão.
Para concluir, trazendo para o nosso dia a dia: A passagem do joio é autoexplicativa, Jesus é muito claro objetivo em suas explicações, por isso quero me concentrar num versículo em especial: "O Filho do Homem mandará os seus anjos, e eles ajuntarão e tirarão do seu Reino todos os que fazem com que os outros pequem e também todos os que praticam o mal."  Fazer com que os outros pequem. Isso é perigoso.
Muitas vezes nos concentramos em nossos pecados, vigiando nossas atitudes, pensamentos, mas esquecemos dos outros. Fazemos muitas coisas corretas, mas se vem alguém contar algo de sua vida, caímos no erro de influenciar a pessoa ao pecado. Posso até dar um exemplo.
Sabemos que matrimonio é pra sempre, que devemos lutar por esse sacramento. Então aparece aquela sua amiga, jovem, bonita, porém triste com um casamento não muito feliz.
Qual seria nossa primeira reação: mulher, você não merece isso, tão bonita e jovem, sofrendo por causa desse homem que não te dá valor. Se eu fosse você já teria deixado ele, não aguentaria essas coisas que você suporta. Pronto, pecamos! Influenciamos uma pessoa, por uma opinião pessoal e que o mundo oferece.
De fato, seria mais fácil para essa mulher deixar o marido e muito mais fácil dar esse tipo de conselho do que, por exemplo, sugerir que ela reze, que procure o padre, que tente conversar com esse homem. E são muitos exemplos que, sem querer, levamos outras pessoas ao pecado, ao erro.
Tenho certeza que diversas vezes não percebemos o que estamos fazendo, apesar de saber o que é o certo, por isso é preciso vigiar, sempre e todas as circunstâncias. Não somente nas decisões tomadas em nossa vida, mas também quando participamos da vida de outras pessoas.
Faça uma reflexão sobre tudo o que você tem percebido aqui na terra: quem está vencendo o bem ou o mal? O que você tem feito para difundir o reino de Deus? – Você se considera trigo ou joio? Qual a influência que você está tendo para os seus amigos e suas amigas: você tem sido instrumento do bem ou do mal? Para onde você os (as) está levando?

Oração: Senhor, ajuda-me a ter um coração puro, sábio. Que eu tenha sempre discernimento para ajudar às pessoas a se encontrarem contigo e que nunca, nenhuma palavra minha seja motivo para que outras pessoas pequem ou se afastem de ti. Ajuda-me a ser trigo e não joio, para que chegada a hora, eu entre no Reino dos céus.

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Pelo modo como reage diante das situações, você pode aliviar ou agravar as dificuldades.
Quando está livre do medo e da ansiedade, consegue receber as orientações que lhe são dadas por Deus.
Nesses momentos, sentimos sua proteção e bondade.

Substitua o medo pela fé, reafirmando sua confiança em Deus.

 

 

Evangelho do dia 29 julho segunda feira 2024

 

29 julho - É preciso obedecer sempre, custe o que custar, ainda que nos custe o sacrifício das afeições mais suaves e delicadas. Assim era o amor que Jesus consagrava a Maria e a José, cujos corações ele sabia despedaçados pela dor da sua perda. (S 345). São Jose Marello

 

João 11,19-27

 "Muitos judeus tinham ido consolar Marta e Maria pela morte do irmão. Logo que Marta soube que Jesus tinha chegado, foi ao encontro dele. Maria ficou sentada, em casa. Marta, então, disse a Jesus: "Senhor, se tivesses estado aqui, meu irmão não teria morrido. Mesmo assim, eu sei que o que pedires a Deus, ele te concederá". Jesus respondeu: "Teu irmão ressuscitará". Marta disse: "Eu sei que ele vai ressuscitar, na ressurreição do último dia". Jesus disse então: "Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, ainda que tenha morrido, viverá. E todo aquele que vive e crê em mim, não morrerá jamais. Crês nisto?" Ela respondeu: "Sim, Senhor, eu creio firmemente que tu és o Cristo, o Filho de Deus, aquele que deve vir ao mundo"."  

Meditação

 Em Lucas há uma cena com Marta dedicada aos trabalhos da casa e Maria, à escuta de Jesus (Lc 10,38-42).
Em João, nesta cena do evangelho de hoje, vemos Maria sentada em casa, triste com a morte do irmão, e Marta atenta e dialogando com Jesus em busca da vida, fazendo sua profissão de fé.
De início Marta reafirma a crença farisaica na ressurreição do último dia. Jesus revela-lhe a sua novidade: "Eu sou a ressurreição e a vida". A ressurreição é a vida de Deus, que vence a morte e que nos é dada em Jesus.

Marta, com sua irmã Maria e seu irmão Lázaro, só são mencionados por Lucas e por João, nesta passagem da ressurreição de Lázaro e na ceia em Betânia, seis dias antes da última ceia na véspera da Páscoa em Jerusalém (Jo 12,1-8).

As palavras que acabamos de ler no Evangelho advertem-nos que, no meio da multiplicidade das ocupações deste mundo, há um bem único para o qual devemos tender.

Tendemos porque ainda estamos a caminho e não em morada permanente; em viagem e não na pátria definitiva; em tempo de desejo e não da posse perfeita. Mas devemos tender sem preguiça e sem parar, a fim de podermos um dia chegar ao fim.

Dos evangelhos, é sempre difícil, retirar o que é acontecimento histórico. Sabemos sim, que o objetivo dos autores é; perante destinatários concretos, as comunidades a que dirigiam o que escreviam, pô-las em contacto com Jesus Cristo. Seriam, dizemos nós hoje, catequeses.

A memória de santa Marta está associada, à ressurreição de Lázaro. Sabemos que esta ressurreição, não foi definitiva, pois Lázaro voltou a morrer.

Este episódio contado por João, serve para, mais uma vez, percebermos que Jesus é o Senhor da vida. Todos os gestos, todos os sinais, incluíndo este, mostram-nos Jesus comprometido com a vida dos homens. Vida que acreditamos nós, não termina quando da nossa morte física, mas continua para sempre.

João põe na boca de Marta a profissão de fé em Jesus Cristo: "Sim, Senhor, eu creio". Profissão de fé, muito semelhante à de Pedro.

Marta que conhecíamos doutro episódio, como andando atarefada e aparentemente distraída (Lc 10,38-42), tem neste acontecimento, a centralidade do crente que professa e adere na confiança plena.

O acontecimento não identifica somente uma coisa que aconteceu e com a qual tudo teve início, mas é aquilo que desperta o presente, define o presente, dá conteúdo ao presente, torna possível o presente.

"Amai toda a gente com grande amor de caridade, mas reservai a vossa amizade profunda para os que podem partilhar convosco as coisas boas. [...]"

Se partilhamos no domínio dos conhecimentos, a nossa amizade é certamente louvável; mais ainda se comungam da prudência, da discrição, da força e da justiça.

Contudo, se a nossa relação é fundada na caridade, na devoção e na perfeição cristã, a nossa amizade é preciosa! É admirável porque vem de Deus, admirável porque tende para Deus, admirável porque o seu laço é Deus, porque é eterna em Deus. Como é bom amar na terra como se ama no céu, aprendamos a amar neste mundo como o faremos para sempre no outro!

Não se trata aqui do amor simples da caridade, porque esse deve ser levado a todos os homens; trata-se da amizade espiritual, pela qual dois, três ou vários comungam na vida espiritual e têm um só coração e uma só alma.

É verdadeiramente justo que tais almas cantem felizes: "Vede como é bom e agradável que os irmãos vivam unidos!" (Sl 132, 1).

 Todas as outras amizades não são mais do que a sombra desta. É fundamental que os cristãos que vivem no mundo se ajudem uns aos outros através de santas amizades; por este meio incentivam-se, apoiam-se, conduzem-se mutuamente para o bem.

 Ninguém pode negar que Nosso Senhor amou com uma amizade mais doce e muito especial São João, Lázaro, Marta e Madalena, pois o Evangelho a testemunha.

 Reflexão Apostólica:

 A morte de uma pessoa querida é, muitas vezes, causa de desespero para todos nós, pois nos parece que as nossas preces não foram ouvidas.

No Evangelho de hoje, enquanto Maria permanece sentada em casa, Marta vai ao encontro de Jesus. De início Marta reafirma a crença farisaica na ressurreição do último dia. Jesus revela-lhe a sua novidade: "Eu sou a ressurreição e a vida".

 Marta afirma: “Senhor, se tivesses estado aqui, meu irmão não teria morrido”. Ela mandou chamar Jesus, mas ele não estava presente no momento em que ela tanto precisava.
Porém, ela não se desesperou por causa disso, continuou acreditando e o resultado da sua fé foi o retorno do seu irmão à vida, mostrando-nos, assim, que não devemos questionar a ação divina, mas sempre confiar em Deus, que faz tudo para o nosso bem, para a nossa felicidade e para a nossa salvação.
Jesus demonstrou a força poderosa do Amor de Deus quando ressuscitou Lázaro. A fé em Jesus Cristo gera em nós esperança, mesmo diante da morte, como aconteceu com Marta.

Nunca poderemos duvidar da força do amor de Jesus que quer nos salvar: “Senhor, se tivesse estado aqui, meu irmão não teria morrido, mas, mesmo assim, eu sei que o que pedires a Deus, ele to concederá”.

Quando nós caminhamos na vida tendo convicção de que o poder amoroso de Deus pode nos conceder vida nova e nos tirar das situações de morte nós não tememos coisa alguma.

Crer em Jesus é o troféu mais valioso que nós podemos empunhar, pois é a condição prevista pelo próprio Jesus para que tenhamos a vida eterna.

“Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, mesmo que morra, viverá. E todo aquele que vive e crê em mim não morrerá jamais. Crês isto?” 

 Você, crê nisto também? É assim que você pensa e espera? Como você entende isto que Jesus falou: ainda que morra, viverá? E aquele que vive e crê em mim não morrerá jamais? A que tipo de morte Jesus se refere? Como você imagina que Deus seja? Qual a experiência que você tem vivido das coisas desagradáveis?

Jesus se apresenta como a ressurreição e a vida, mostrando que a morte é apenas uma necessidade física. Para a fé cristã a vida não é interrompida com a morte, mas caminha para a sua plenitude. A vida plena da ressurreição já está presente naqueles que pertencem à comunidade de Jesus.
A ressurreição é a vida de Deus que vence a morte e que nos é dada em Jesus. A ressurreição de Lázaro revela a continuidade da vida e a presença da vida eterna, já, naqueles que crêem em Jesus.

O crer em Jesus é a recuperação da vida, agora, sem jamais morrer. É a participação na vida divina, no presente. A comunidade que crê em Jesus e vive sua missão de amor já está inserida na vida eterna.

Propósito:

Pai, que o meu agir não seja movido por um ativismo insensível à palavra de Jesus. Antes, seja toda a minha ação decorrência da escuta atenta desta palavra.

++++“Todo aquele que se exalta será humilhado, e quem se humilha será exaltado” (Lc 14,11).
Com essas palavras, Jesus propõe duas atitudes para que o ser humano chegue ao Reino de Deus.
A humildade e o amor desinteressado ao próximo.
Por isso, não se deixe enganar por padrões de comportamentos que dão uma falsa ideia de grandeza.

Evangelho do dia 11 novembro segunda feira 2024

  11/11 – São Martinho de Tours (Bispo)  Martinho nasceu na Hungria, antiga Panônia, por volta do ano 316, e pertencia a uma família pagã....