quinta-feira, 16 de janeiro de 2025

Evangelho do dia 18 janeiro sábado 2025

 

18 janeiro - Espírito de luta, mas também espírito de resignação; buscar a glória de Deus, mas em conformidade com sua vontade; sonhar muito e contentar-se também com pouco; promover o triunfo da Igreja, não rejeitando, porém, as nossas derrotas pessoais, as mortificações diárias do nosso amor próprio; assim se deve viver e assim temos de nos empenhar em viver em união com o nosso Divino Mestre. (L 22). São José Marello 


Leitura do santo Evangelho segundo São Marcos 2,13-17

Naquele tempo, 13Jesus saiu de novo para a beira mar. Toda a multidão ia a seu encontro, e Jesus os ensinava. 14Enquanto passava, Jesus viu Levi, o filho de Alfeu, sentado na coletoria de impostos, e disse-lhe: “Segue-me!” Levi se levantou e o seguiu.
15E aconteceu que, estando à mesa na casa de Levi, muitos cobradores de impostos e pecadores também estavam à mesa com Jesus e seus discípulos. Com efeito, eram muitos os que o seguiam.
16Alguns doutores da Lei, que eram fariseus, viram que Jesus estava comendo com pecadores e cobradores de impostos. Então eles perguntaram aos discípulos: “Por que ele come com cobradores de impostos e pecadores?”
17Tendo ouvido, Jesus respondeu-lhes: “Não são as pessoas sadias que precisam de médico, mas as doentes. Eu não vim para chamar justos, mas sim pecadores”.

Meditação:

Para os fariseus, era absolutamente escandaloso manter contatos com um pecador notório como Levi. Na época, um cobrador de impostos não podia fazer parte da comunidade farisaica; não podia ser juiz, nem prestar testemunho em tribunal, sendo, para efeitos judiciais, equiparado a um escravo; estava também privado de certos direitos cívicos, políticos e religiosos. Jesus vai demonstrar, àqueles que o criticam, que a lógica dos fariseus (criadora de exclusão e de marginalidade) está em oposição à lógica de Deus.

Os relatos evangélicos põem, com frequência, Jesus em contacto com gente reprovável, com aqueles apontados pela sociedade como os cobradores de impostos e também com as mulheres de má vida. É impossível que os discípulos tenham inventado isto, porque ninguém da comunidade cristã primitiva estaria interessado em atribuir a Jesus um comportamento “politicamente incorreto”, se isso não correspondesse à realidade histórica. Não há dúvida de que Jesus “deu-se” com gente duvidosa, com pessoas a quem os “justos” preferiam evitar, com pessoas que eram anatematizadas e marginalizadas por causa dos seus comportamentos escandalosos, atentatórios da moral pública.

Certamente não foram os discípulos a inventar para Jesus o injurioso apelativo de “comilão e bêbedo, amigo de publicanos e de pecadores” (Mt 11,19; 15,1-2).

Tendo já chamado os quatro primeiros discípulos, Jesus agora encontra o coletor de impostos Levi. Por sua função, ele era um marginalizado pela sociedade religiosa judaica. Jesus não se volta para os marginalizados apenas para aliviá-los de seus sofrimentos e lhes restituir a dignidade, Ele os inclui também na colaboração de seu ministério, chamando alguns dentre eles como seus discípulos mais próximos. Sentando-se à mesa com os amigos de Levi, também marginalizados, Jesus afirma seu propósito de solidarizar-se com os excluídos e os pobres, causando escândalo entre os chefes religiosos do judaísmo.

Na perspectiva deste texto, Jesus é o amor de Deus que se faz pessoa e que vem ao encontro dos homens – de todos os homens – para os libertar da sua miséria e para lhes apresentar essa realidade de vida nova que é o projeto do “Reino”.

A solicitude de Jesus para com os pecadores mostra-lhes que Deus não os rejeita, mas os ama e convida-os a fazer parte da sua família e a integrar a comunidade do “Reino”. É que o projeto de salvação de Deus não é um condomínio fechado, com seguranças fardados para evitar a entrada de indesejáveis; mas é uma proposta universal, onde todos os homens e mulheres têm lugar, porque todos – maus e bons – são filhos queridos e amados do Deus Pai. A lógica de Deus é sempre dominada pelo amor.

O que está em causa na leitura que nos é proposta é a apresentação do imenso amor de Deus. Ele ama de forma desmesurada cada mulher e cada homem. É esta a primeira coisa que nos deve “tocar” nesta celebração. Deus é misericórdia. Interiorizamos suficientemente esta certeza, deixamos que ela marque a nossa vida e condicione as nossas opções?

O amor de Deus dirige-se, de forma especial, aos pequenos, aos marginalizados e necessitados de salvação. Os pobres e débeis que encontramos nas ruas das nossas cidades ou à porta das igrejas das nossas paróquias, encontram nos “profetas do amor” a solicitude maternal e paternal de Deus?

Apesar do imenso trabalho, do cansaço, do “stress”, dos problemas que nos incomodam, somos capazes de “perder” tempo com os pequenos, de ter disponibilidade para acolher e escutar, de “gastar” um sorriso com esses excluídos, oprimidos, sofredores, que encontramos todos os dias e para os quais temos a responsabilidade de tornar real o amor de Deus?

Tornar o amor de Deus uma realidade viva no mundo significa lutar objetivamente contra tudo o que gera ódio, injustiça, opressão, mentira, sofrimento. Inquieto-me, realmente, frente a tudo aquilo que torna feio o mundo? Pactuo, com o meu silêncio, indiferença, cumplicidade com os sistemas que geram injustiça, ou esforço-me ativamente por destruir tudo o que é uma negação do amor de Deus?

As nossas comunidades são espaços de acolhimento e de hospitalidade, oásis do amor de Deus, não só para parentes e amigos, mas também para os pobres, os marginalizados, os sofredores que buscam em nós um sinal de amor, de ternura e de esperança?

Reflexão Apostólica:

Em seu evangelho, Marcos realça sempre o primado do ensino de Jesus. Pela comunicação da palavra verdadeira, acompanhada do testemunho de amor, se dá a transformação do mundo e da sociedade.

Esta narrativa do chamado de Levi encontra-se nos três evangelhos sinóticos, com pequenas diferenças entre si. O coletor de impostos, ou publicano, chama-se Levi nos evangelhos de Marcos e Lucas, e Mateus no evangelho de Mateus.

Jesus já havia chamado os quatro primeiros discípulos: Pedro, André, João e Tiago. Extremamente sucinto, este texto é um resumo do chamado: Jesus passa, o vê sentado na sua mesa de coleta de impostos e o chama.

Levi levanta-se, deixa tudo e o segue. Os escribas dos fariseus censuram Jesus por comer com Levi e seus amigos. Jesus vem romper com o sistema elitista e opressor.

O chamamento de Levi e dos pecadores é dirigido hoje aos cristãos, convidados a experimentar a misericórdia para com eles. Como todos os seres humanos, são pecadores, mas descobrem que o amor de Deus os busca até em seu próprio pecado.

O fato de Jesus convidar um publicano para que o seguisse era motivo de escândalo para o povo, e de maneira especial para os escribas. Como é possível que este, que se faz chamar de Mestre, coma com publicanos e com pecadores?

Mas o importante para Jesus é a pessoa, e não tanto sua condição de pecador; embora obviamente o chame a mudar de vida, para seu próprio bem e o de todos.

O pecador só descobre a misericórdia de Deus se esta constituir para ele um convite à conversão e à mudança de vida e, mais ainda, a missão apostólica de dar testemunho no mundo. Os pecadores, os quais tradicionalmente eram contrapostos aos justos, apenas para condená-los, são nesta passagem testemunhas de uma qualidade religiosa essencial: a humildade posta a serviço do chamamento, em oposição ao orgulhoso repúdio da “boa consciência” dos fariseus.

Levi era coletor de impostos e estava no seu posto de trabalho. Talvez ele fizesse os cálculos do quanto iria render os tributos cobrados ao povo de Israel e o tanto que iria entrar no seu bolso.

Ele estava apenas cumprindo com a sua obrigação! Era isso, o que a vida, até aquele momento, lhe havia apresentado. Jesus o viu e disse-lhe: “Segue-me!” Levi se levantou e o seguiu! Foi tudo tão de repente que parece até que já havia sido combinado.

O chamado de Jesus para nós é assim: firme e objetivo. Jesus nos chama para seguir os Seus passos em busca do reino dos céus. Mas Ele nos acena com essa nova vida aqui e agora, não importando quem são os nossos amigos, se nos sentamos à mesa com os pecadores nem tampouco se, no passado, cometemos delitos.

Jesus veio para nos libertar de tudo quanto nos escraviza e nos faz ficar paralisados. Ele veio ampliar os nossos objetivos e nos mostrar que, além da vidinha medíocre em que nós nos instalamos, há uma nova dimensão de felicidade a qual nós precisamos conhecer.

Quando temos essa experiência pessoal com Jesus, a nossa primeira boa ação será levá-Lo para a nossa casa e fazê-Lo assentar-se junto com a nossa família e os nossos amigos.

Jesus entra na nossa casa não apenas através das palavras que nós falamos, mas principalmente, por meio do nosso testemunho de vida renovada, das nossas transformações e do exemplo de caridade e desprendimento que nós damos no nosso dia a dia. Isto fará toda a diferença!

Propósito:

Pai, coloca-me, cada dia, no seguimento de Jesus, pois, assim, estarei no bom caminho que me conduz a ti. 

Dia 18

Reflexão

Provavelmente a frase “A messe é grande...” foi inspirada em um provérbio popular aplicado por Jesus a uma situação religiosa de sua época.

Pelo batismo, assumimos a vocação de filhos de Deus; como consequência, temos uma missão a cumprir neste mundo.

A vocação sempre vem de Deus, e a missão é um dom do Pai.

Por isso, assumir com consciência o chamado de Deus e aceitar suas exigências é a melhor resposta.

Meditação

Deus conta com todas as pessoas para colaborarem na construção de seu Reino.

Confirmação

“A colheita é grande, mas os trabalhadores são poucos.

Pedi, pois, ao senhor da colheita que envie trabalhadores para sua colheita!”.

(Mt 9,37-38).

 

Santa Margarida da Hungria - 18 de Janeiro


Santa Margarida da Hungria
, também conhecida como Margarida da Áustria, foi uma princesa e religiosa nascida por volta de 1242, na Hungria. Ela pertencia à ilustre Casa de Arpades, uma família real que desempenhou um papel significativo na história húngara. A vida de Santa Margarida é marcada por sua dedicação à fé, serviço aos menos afortunados e uma profunda vida de oração.

Desde a infância, Margarida demonstrou uma inclinação para a vida religiosa. Seus pais, o rei Bela IV da Hungria e a rainha Maria Láscaris, planejaram um casamento para ela, mas Margarida, que tinha uma forte devoção a Deus desde cedo, desejava consagrar sua vida a Ele. Diante da invasão mongol que assolou a Hungria, a família real buscou refúgio na ilha de Csepel, onde Margarida fez votos de castidade, renunciando ao casamento.

Após a tragédia da invasão mongol e a subsequente restauração da paz na Hungria, Margarida dedicou-se à vida religiosa no convento dominicano de Várad, na Transilvânia. Mais tarde, ela fundou um convento, onde viveu com outras irmãs sob a Regra de São Agostinho. Sua vida monástica foi marcada pela austeridade, caridade e serviço aos necessitados.

Santa Margarida é lembrada por suas práticas ascéticas, seu amor aos pobres e sua devoção à oração. Ela também desempenhou um papel significativo na promoção da paz e reconciliação em sua família e na sociedade húngara. Seu exemplo inspirador de caridade e serviço a Deus a tornou uma figura venerada, tanto durante sua vida como após sua morte.

Santa Margarida da Hungria faleceu em 18 de janeiro de 1270. Seu culto foi aprovado pela Igreja Católica, e ela foi canonizada pelo Papa Pio XII em 19 de novembro de 1943. Sua festa litúrgica é celebrada em 18 de janeiro. Santa Margarida é lembrada como uma santa patrona da Hungria e um modelo de generosidade, humildade e dedicação à vida religiosa.

Santa Margarida da Hungria, rogai por nós!

 

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