06 JANEIRO – Reavivemos (Despertemos) a nossa fé! Ela é a tocha que nos deve abrir os novos e difíceis caminhos da virtude. ( L 8) SÃO JOSE MARELLO
Leitura do santo Evangelho segundo São
Mateus 4,12-17.23-25
"Quando soube que João tinha sido
preso, Jesus retirou-se para a Galileia. Deixou Nazaré e foi morar em
Cafarnaum, [...] para cumprir-se o que foi dito pelo profeta Isaías:
"[...] O povo que estava nas trevas viu uma grande luz, para os habitantes
da região sombria da morte uma luz surgiu". A partir de então, Jesus
começou a anunciar: "Convertei-vos, pois o Reino dos Céus está
próximo". Jesus percorria toda a Galileia, [...] anunciando a Boa-Nova do
Reino e curando [...]. Sua fama também se espalhou por toda a Síria. Levaram-lhe
todos os doentes, sofrendo de diversas enfermidades e tormentos: possessos,
epiléticos e paralíticos. E ele os curava. Grandes multidões o acompanhavam,
vindas da Galileia, da Decápole, de Jerusalém, da Judeia e da região do outro
lado do Jordão."
Meditação:
Ao anúncio do que teve lugar com o Jesus Cristo morto, ressuscitado e
vivo na glória do Pai, segue-lhe o premente convite à “conversão”, a que está
ligada o perdão dos pecados. Tudo isto aparece claramente no discurso que Pedro
pronuncia no pórtico de Salomão: “Deus deu cumprimento deste modo ao que tinha
anunciado por boca de todos os profetas: que seu Cristo padeceria.
Arrependei-vos, pois, e convertei-vos, para que vossos pecados sejam apagados”
(At 3,18-19).
Nesta perspectiva, a conversão é um requisito da aliança definitiva com
Deus e ao mesmo tempo uma atitude permanente daquele que, acolhendo as palavras
do anúncio evangélico, passa a formar parte do reino de Deus em seu dinamismo
histórico e escatológico.
Após receber o batismo de João, Jesus inicia uma nova fase em sua vida.
Deixa a sua cidade de origem, Nazaré, onde morava sua família, e vai morar em
Cafarnaum, às margens do mar da Galiléia.
Jesus percorre a Galiléia, onde se encontravam gentios e judeus. O
grande número de doentes e enfermos era a expressão das precárias condições de
vida do povo oprimido, com o qual Jesus se relacionava e comungava. A ele
acorrem, também, as multidões provenientes das regiões exclusivamente
gentílicas, vizinhas da Galiléia.
A vinda de Cristo exige uma contínua conversão, um mudar de caminho.
Este tempo de Advento é o momento ideal para a conversão. É necessário
preparar os caminhos do Senhor e acolher a sua chegada!
O Senhor já não quer nascer numa manjedoura, pois já nasceu
historicamente falando. Ele quer é nascer dentro dos nossos corações.
É a partir de cada um de nós que começa o mundo novo. É a partir do
coração novo de cada um de nós que o mundo poderá ter um novo coração!
Reflexão Apostólica:
Jesus começa sua atividade na Galiléia, região
distante do centro econômico, político e religioso do seu país. A esperança da
salvação se inicia justamente numa região da qual nada se espera.
A pregação de Jesus tem a mesma radicalidade que a de João Batista: é
preciso total mudança de vida, porque o Reino do Céu está próximo.
Jesus cumpria o que diziam as escrituras, por isso, Ele não se acomodava
em nenhum lugar e procurava caminhar de acordo com o que os profetas haviam anunciado.
Ele tinha consciência de que o povo vivia nas trevas do pecado e da morte e que a Sua missão era a de justamente levar a Luz de Deus para as nações.
Assim sendo, Ele não tinha descanso e procurava fazer a vontade do Pai
que era a de instalar o Seu reino aqui na terra.
Deste modo, Ele ensinava e pregava o Evangelho curando e libertando os
cativos. Conclamava o povo à conversão, dizendo: “convertei-vos, porque o reino
dos céus está próximo”.
O reino dos céus é Ele mesmo, que ainda hoje nos atrai e quer nos tirar das trevas da ignorância. A conversão do nosso coração implica em uma mudança de mentalidade e de comportamento e requer como primeiro passo, a cura da nossa mentalidade mundana.
O mundo nos oferece uma vida virtual e passageira, por isso nós não
temos constância nas nossas realizações. Jesus, ao contrário, quer nos dar uma
vida duradoura e abundante e nos atrai para que nós sejamos, primeiro que tudo,
curados (as) das nossas feridas.
Reflexão
Tudo
coopera para o bem daqueles que amam a Deus (cf. Rm 8,28).
O Senhor é
nosso Deus, ele sabe tudo sobre nós.
Nada está
oculto a seus olhos.
Mesmo
fatores negativos da vida, como, por exemplo, dificuldades financeiras,
sofrimentos ou falecimento de um ente querido concorrem para o crescimento
pessoal e espiritual.
Sobre
isso, escreveu São Paulo: “Se Deus é por nós, quem será contra nós?
Quem nos separará
de Deus?”
Meditação
Entre
diversos caminhos a seguir, somente a confiança e o amor conduzem ao Pai.
Confirmação
“Sabemos
que tudo contribui para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são
chamados segundo o seu desígnio.”
(Rm 8,28)
Santa Rafaela Maria - 6 de Janeiro
Santa Rafaela Maria do Sagrado Coração de Jesus, foi uma religiosa espanhola e
fundadora da Congregação das Escravas do Sagrado Coração de Jesus. Ela nasceu em Pedro
Abad, na Espanha, em 1º de março de 1850, e desde jovem, manifestou uma
profunda piedade e um amor ardente por Deus.
Santa Rafaela
foi educada em um ambiente familiar cristão, mas sua vida foi marcada por
tragédias. Perdeu a mãe ainda muito jovem, e essa experiência influenciou seu
desejo de consagrar-se a Deus. Ela ingressou na vida religiosa e, em 1877,
fundou a Congregação das Escravas do Sagrado Coração de Jesus em Sevilha, Espanha, com
o objetivo de promover a educação cristã e o cuidado dos doentes.
A
congregação cresceu e se expandiu, abrindo escolas e instituições de caridade
em várias partes do mundo. Santa Rafaela dedicou sua vida ao serviço dos
menos favorecidos, especialmente das crianças, e enfatizou a importância da
educação como meio de formação integral.
Sua
espiritualidade estava centrada na devoção ao Sagrado Coração de Jesus, uma devoção
que inspirava seu amor incondicional por todos e sua compaixão pelos que
sofriam. Ela acreditava que a educação baseada nos valores cristãos era um
instrumento eficaz para a transformação social e o desenvolvimento humano.
Santa Rafaela Maria
faleceu em 6 de janeiro de 1925, mas seu legado perdura na Congregação que
fundou e nas obras de caridade e educação que continuam a ser realizadas em
muitas partes do mundo. Ela foi canonizada pelo Papa São João Paulo II em 23 de
maio de 1999.
A festa
litúrgica de Santa Rafaela
Maria é celebrada em 6 de janeiro, lembrando não apenas sua
dedicação à causa da educação e da caridade, mas também seu exemplo de vida
centrada no amor de Deus e no serviço aos outros. Ela é um modelo de
fé, caridade e compromisso social, e sua vida continua a inspirar aqueles que
buscam viver de acordo com os princípios do Evangelho.
Santa Rafaela Maria, rogai por nós!
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