sábado, 4 de janeiro de 2025

Evangelho do dia 07 janeiro terça feira 2025

 07 janeiro Violência constante contra nós mesmos e, a cada hora que passa, gritemos com Santa Teresa: coragem, uma hora a menos para combater! ( L 11) São Jose Marello

 


Leitura do Santo Evangelho segundo São Marcos 6,34-44

" Ao sair do barco, Jesus viu uma grande multidão e encheu-se de compaixão por eles, porque eram como ovelhas que não têm pastor. E começou, então, a ensinar-lhes muitas coisas. Já estava ficando tarde, quando os discípulos se aproximaram de Jesus e disseram: "Este lugar é deserto e já é tarde. Despede-os, para que possam ir aos sítios e povoados vizinhos e comprar algo para comer". Mas ele respondeu: "Vós mesmos, dai-lhes de comer!" Os discípulos perguntaram: "Queres que gastemos duzentos denários para comprar pão e dar de comer a toda essa gente?" Jesus perguntou: "Quantos pães tendes? Ide ver". Eles foram ver e disseram: "Cinco pães e dois peixes". Então, Jesus mandou que todos se sentassem, na relva verde, em grupos para a refeição. Todos se sentaram, em grupos de cem e de cinquenta. Em seguida, Jesus tomou os cinco pães e os dois peixes, ergueu os olhos ao céu, pronunciou a bênção, partiu os pães e ia dando-os aos discípulos, para que os distribuíssem. Dividiu, também, entre todos, os dois peixes. Todos comeram e ficaram saciados, e ainda encheram doze cestos de pedaços dos pães e dos peixes. Os que comeram dos pães foram cinco mil homens."

Meditação:

Olhando a multidão Jesus exprimiu um sentimento de compaixão porque observava que faltava àquele povo, luz e pão. Jesus olhava para cada uma daquelas pessoas de um modo profundo e as compreendia de uma forma completa, corpo, alma e espírito.

Ele sabia que a fome do pão material não era tudo o que lhes incomodava. A ignorância dos mistérios de Deus também angustiava as suas almas. “Começou, pois, a ensinar-lhes muitas coisas”.

Somente depois foi que Ele supriu a sua necessidade material. Com certeza, Jesus falava para aquele povo de tudo que Ele ouvira de Deus Pai e do Seu Amor por cada um em particular.

Podemos compreender também hoje que há dentro de nós uma fome espiritual de conhecimento de Deus e das coisas que dizem respeito ao nosso relacionamento com o Pai.

 Mesmo que o povo continuasse atento aos Seus ensinamentos, Ele preocupou-se em conceder-lhes o pão material.

Aí então, Ele deu mais um ensinamento aos Seus discípulos e a nós hoje, também quando estivermos sem saber como alimentar a “multidão” ao nosso redor.

Primeiramente Ele nos instrui: “Dai-lhes vós mesmos de comer”. Em seguida Ele nos investiga e quer saber de nós o que nós já temos consciência de que possuímos a fim de ajudar a alimentar a multidão.

Por último, Ele nos ensina a nos organizar, a sentarmos, a dialogar, a trocar ideias e partilhar o que nós temos. Jesus nos instrui a formar grupos, a trocar experiências, a nos ajudarmos e põe como fundamento para tudo isto, a compaixão.

 Ter compaixão é agir com amor e com misericórdia. Deus ao nos criar sabia que nós iríamos precisar uns dos outros e, por isso, nos preparou e nos deu bons sentimentos para que nós os usássemos em favor dos nossos irmãos.

Você tem fome de conhecimento de Deus? Você sabe o que a sua alma deseja? Você tem consciência dos pães e dos peixes que você possui? Você é uma pessoa que sabe viver em grupo? Você sabe partilhar o que tem?

Reflexão Apostólica:

Vamos voltar a aquela citação do catecismo que enfatizamos ontem, pois vamos precisar dela novamente: “(…)

Uma multidão de pecadores, de publicanos e soldados, fariseus e saduceus e prostitutas vem fazer-se batizar por ele. JESUS APARECE, O BATISTA HESITA, MAS JESUS INSISTE“ (CIC §535)

Um discípulo toma a voz e também HESITA: “(…) Este lugar é deserto, e já é tarde. Despede-os, para irem aos sítios e aldeias vizinhas a comprar algum alimento”. E nesse caso também, Jesus INSISTE – “Dai-lhes vós mesmos de comer”.

 Por que digo que ele hesita? Quem fala pelos discípulos nesse episódio da multiplicação dos pães e peixes é Felipe (Jo5,5-7).

O mesmo Felipe que foi discípulo de João Batista e que pouco tempo atrás havia dito a Bartolomeu (Natanael): “(…) Achamos aquele de quem Moisés escreveu na lei e que os profetas anunciaram: é Jesus de Nazaré, filho de José” (J 1,45-46).

Ele já havia feito a escolha de seguir Jesus; acreditou e proclamou que Ele era o messias que deveria e estaria por vir, mas quando se deparou com um problema, questionou a solução dada pelo Senhor.

Quantas vezes também agimos assim? Somos fieis, temos fé, mas ao depararmos com um problema um pouco maior que nosso conhecimento ou nossas forças, deixamos de ouvir a solução que Deus sussurra em nosso coração?

 Na verdade, essa nossa falta de fé ou de auto-superação nos impede (ou poderá nos impedir no futuro) de ver a epifania do senhor nesse problema, na nossa vida, na nossa realidade.

Sim, o Senhor vai insistir novamente, mas crer Nele advém de uma mudança de comportamento, ou seja, além de ter fé preciso ver o que tenho e poderá ser ‘multiplicado”, portanto, buscar soluções, alternativas, atitudes…

Partindo disso abro um parêntese para uma afirmação que fiz ontem:

 “(…) Se hoje pouco vemos milagres é por que faltam os que tragam os peixes”. Mas é muito importante explicar algo – O que é graça e o que é milagre?

 O cardeal Saraiva Martins diz: “(…) A graça é uma ajuda divina que se obtém para o bom êxito das atividades do homem… Uma assistência particular que Deus concede intensificando as potencialidades naturais; O milagre, por sua vez, manifesta-se precisamente como um acontecimento que se distingue do habitual desenvolvimento da realidade”. (Fonte: Site da Canção Nova)

Esse mesmo cardeal afirma que “aqui entramos no mistério de Deus. NÓS NÃO CONHECEMOS OS PLANOS D’ELE NA ESCOLHA DE QUEM SERÁ ATENDIDO. Conceder uma graça ou uma cura é um ato livre do Senhor. ELE PEDE-NOS TOTAL CONFIANÇA”.

 Então a de convir que faltam ainda aqueles que tragam os peixes; que saiam do campo das palavras e também tenham ações; que não hesitem, que não temam, que tenham total confiança…; pois é desses, como a diz a canção, os adoradores, que o Pai precisa. Esta talvez seja a nova epifania que o Senhor procura

 “(…) Eis que é chegada a hora / Os verdadeiros adoradores Adorarão o Pai em espírito e em verdade / Esses são os adoradores que o Pai procura. E a força do alto os revestirá e o fogo que abrasa os avivará. Sinais e prodígios irão demonstrar Que a glória de Deus sobre o seu povo está Brilhará, brilhará, Brilhará Também neste lugar”. (Brilhará – Walmir Alencar)

 Se acreditarmos e não hesitarmos sinais e prodígios, curas ou milagres, irão demonstrar que a glória de Deus sobre o seu povo está.

 Dia 07

Reflexão

Na atualidade, muitos problemas (como, por exemplo, a pornografia, o uso de drogas e a busca por dinheiro e prazer a qualquer preço) deixam um grande vazio nas pessoas.

Por isso, a maioria delas procura preenchê-lo com divertimentos e passatempos.

Mesmo que, a princípio, ofereçam alguma satisfação, esses entretenimentos nunca vão proporcionar a felicidade completa.

Deus criou a humanidade para ser feliz com ele.

De acordo com santo Agostinho, “Fizeste-nos para ti, Senhor, e inquieto estará o nosso coração até não repousar em ti”.

Meditação

As pessoas somente serão plenas em Deus se, além de amá-lo, se doarem aos irmãos, principalmente os mais necessitados.

Confirmação

“Para onde irei, longe do teu espírito?

Para onde fugirei da tua presença?”

(Sl 139[138],7)


São Raimundo de Peñafort - 7 de Janeiroo Raimundo de Peñafort
foi um destacado sacerdote, teólogo e canonista catalão nascido por volta de 1175 em Peñafort, Espanha, e falecido em 6 de janeiro de 1275. Sua vida extraordinária foi marcada por uma notável contribuição à Igreja Católica, especialmente em relação ao direito canônico.

Raimundo estudou direito civil e canônico em Barcelona e Bolonha, onde se destacou por sua erudição e habilidades acadêmicas. Tornou-se professor de direito canônico em Bolonha, onde, além de suas atividades acadêmicas, também serviu como conselheiro do arcebispo. No entanto, foi durante o pontificado do Papa Gregório IX que São Raimundo desempenhou um papel ainda mais significativo.

Em 1230, o Papa Gregório IX nomeou Raimundo como o conselheiro-chefe e confessor papal. Durante esse tempo, Raimundo foi instrumental na compilação e organização das decretais papais e nas decisões legais da Igreja. Sua obra mais notável foi a compilação dos "Decretais de Gregório IX," uma coleção de leis e regulamentos que se tornou uma referência padrão no campo do direito canônico.

Após uma vida dedicada ao serviço da Igreja e à promoção da justiça, Raimundo de Peñafort decidiu se retirar para uma vida mais contemplativa. Ele entrou para a Ordem Dominicana e viveu como frade em Barcelona, onde continuou a escrever e a se dedicar à oração e à penitência. Ainda assim, mesmo em sua aposentadoria, seus conselhos eram frequentemente procurados, testemunhando o respeito e a reverência que sua sabedoria inspirava.

Canonizado pelo Papa Clemente VIII em 1601, São Raimundo de Peñafort é venerado como o padroeiro dos canonistas e advogados. Sua festa litúrgica é celebrada em 7 de janeiro. Além de seu legado no campo do direito canônico, São Raimundo é lembrado por sua humildade, sabedoria e dedicação à busca da verdade. Sua vida é um exemplo inspirador de como a erudição e a santidade podem se unir para servir à Igreja e à sociedade.

São Raimundo de Peñafort, rogai por nós!



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