08 janeiro - Cada hora que bate significa um passo a menos que devemos dar. Então, coragem! Um dia ou outro a luta acabará, e aos que combateram será entregue a palma da vitória (L 42). São Jose Marello
" Logo em seguida, Jesus mandou que os
discípulos entrassem no barco e fossem na frente para Betsaida, na outra
margem, enquanto ele mesmo despediria a multidão. Depois de os despedir, subiu
à montanha para orar. Já era noite, o barco estava no meio do mar e Jesus,
sozinho, em terra. Vendo-os com dificuldade no remar, porque o vento era
contrário, nas últimas horas da noite, foi até eles, andando sobre as águas; e
queria passar adiante. Quando os discípulos o viram andar sobre o mar, acharam
que fosse um fantasma e começaram a gritar. Todos o tinham visto e ficaram
apavorados. Mas ele logo falou: "Coragem! Sou eu. Não tenhais medo!"
Ele subiu no barco, juntando-se a eles, e o vento cessou. Mas os discípulos
ficaram ainda mais espantados. De fato, não tinham compreendido nada a respeito
dos pães. O coração deles continuava endurecido."
Meditação:
Todas as
ações de Jesus tinham uma razão de ser. Ele tinha um propósito definido e fazia
todas as coisas com o intuito de ensinar aos seus discípulos a ter experiência
com o amor de Deus.
Para que
tudo saísse de acordo com a vontade do Pai, Jesus encontrava momento para estar
a sós com Ele e receber orientação para o que tinha que realizar. Jesus não
agia como Deus, mas como homem que faz a vontade de Deus.
Desse
modo, Ele foi ao encontro dos seus discípulos que, cansados de remar estavam
sucumbindo diante do vento contrário. Jesus não andou sobre as águas como um
super-homem nem com o Seu poder divino, mas sim, com o poder do Espírito Santo
do Pai que agia Nele. Ele tinha perfeita intimidade com Deus e confiava que
estava sendo amparado pela Sua força.
Jesus
também chega na nossa vida e vem nos ajudar. Ele sabe quando nós estamos
cansados de remar e conhece as tempestades da nossa vida. Ele vem sobre as
nossas dificuldades e por cima dos nossos problemas para nos acalmar e nos
animar.
Assim
sendo, nós, confiando no poder do Alto, e nos apossando das Suas palavras
poderemos continuar remando, pois o vento cessa, na medida em que nós sentimos
o nosso coração se abrir para entender as palavras de Jesus que nos diz: “Coragem,
sou eu! Não tenhais medo”!
Assim
como Jesus, nós também podemos andar sobre as águas desde que nós tenhamos com
o Pai uma intimidade a fim de recebermos Dele a força e o poder do Espírito
Santo.
Você está
cansado (a) de remar? Você tem esperado que Jesus chegue para ajudá-lo (a)?
Você tem entregue as suas dificuldades e os seus problemas nas mãos de Jesus?
Você acha que também pode andar sobre as águas como Jesus o fez?
Reflexão Apostólica:
Estudos
revelam que Betsaida era uma colônia de pescadores de onde provavelmente Pedro,
João e Felipe eram oriundos. Muito mais que um pequeno povoado, Betsaida era
talvez uma região repleta de povos e, portanto, culturas diferentes. Jesus
apresentava essa terra a eles.
Imagino a
situação em especial dos três apóstolos que retornavam a aquela localidade. Se
trouxermos a mente o dizer popular “santo de casa não faz milagres” o que se
poderíamos esperar daquela população quanto o retorno deles? Acolhimento? Esperança?
Fé? Não!
Jesus
também hoje nos envia na frente. Para alguns Ele destina, inicialmente, locais
desconhecidos, mas para outros como Pedro, Felipe e João, a sua ou nossa
própria comunidade, aqui represento o nosso trabalho, na minha escola, em minha
casa.
É verdade
que já passam em nossos pensamentos o como seríamos (ou como somos) recebidos
por eles, mas uma coisa fica meio que esquecida em virtude do medo – a mochila
vazia com que parti, já não está tão vazia assim.
Imagine um
(a) filho (a) que saiu de casa e foi fazer faculdade em outra região e que anos
depois retorna a sua casa, já formado. Alguém conhecido desde criança que
retorna.
Sim, aos
nossos olhos já notamos as transformações nas feições e nos traços que o tempo
e a maturidade lhe impuseram, mas somente quando o (a) ouvirmos falar é que
saberemos o que carrega; pelas suas novas ações é que saberemos o quanto suas
atitudes mudaram.
Aqueles
três apóstolos já haviam presenciado tantas coisas, aprendizados foram feitos e
até bem pouco tempo viram cinco pães alimentar 5 mil. É impossível ser o mesmo
que partiu.
Do projeto
ao destino final de cada sonho poderemos encontrar dificuldades. Tempestades de
pensamentos; ventos contrários que podem significar o medo e a resistência as
novas responsabilidades que estão por vir, entretanto deve ficar um
ensinamento: Em meio às tempestades, Jesus vem sempre sereno caminhado sobre as
águas!
O que isso
tem haver com a epifania? Recorde que essa manifestação do poder de Deus sobre
a física que conhecemos aconteceu pela não hesitação. Voltar a sua terra, a um
povo tão descrente (remando contra os ventos e enfrentando o mar arredio) é
muito além de um gesto heróico, mas de quem acredita no que fala.
Dar de
cara com os que nos conhecem poderá de fato revelar a epifania de Jesus em
minha vida, pois para convencê-los teremos que ter muito mais que palavras… O
nosso semblante deverá resplandecer a epifania.
É comum
ver jogadores de futebol, cantores, artistas, pessoas famosas que após anos e
anos de boemia e noitadas de repente se dão conta que andam sozinhos e remando
contra os ventos… Jesus sereno anda sobre as águas e sobre eles!
Outro
exemplo está naquele que a vida e as más escolhas que teve lhe apresentaram
vícios, sofrimento, angústia e solidão. Por estarem anos e anos “remando” já
não tem mais forças, pararam no meio do mar da vida, já não são donos do seu
destino, são passageiros desse barco que vão conforme a correnteza o leva.
Sobre esse Jesus também quer chegar.
Não
leremos sobre isso essa semana, mas todo esse “sofrimento” no mar da Galiléia
pela salvação de um único homem do outro lado da praia. Alguém que deve ter
tocado Jesus pela fé. Alguém que em suas orações clamava um milagre. “(…)
Mas logo Jesus falou com eles, dizendo: – Coragem, sou eu! Não tenham medo”!
Estou chegando! Já cheguei!
É para
eles que devemos apresentar a vitória e a epifania reveladas em nossa vida
Mantenha a
fé! Todo sofrimento tem um motivo do outro lado da praia. Seja a epifania.
Oração: Pai, afasta
de mim o medo e a insegurança que me impedem de testemunhar o Reino, onde se
faz necessário e onde são maiores os desafios. E dá-me forças para continuar.
Dia 08
Reflexão
Em
determinado momento do dia, reserve alguns minutos de silêncio, para escutar
seu íntimo, compreender seus sentimentos e escolher o melhor caminho a ser
trilhado.
Se agir
desse modo, sentirá a grandeza de Deus.
Meditação
Reserve um
momento do dia para falar com Deus e ouvir o que ele tem a dizer, pela oração.
Confirmação
“Tu,
porém, quando orares, entra no teu quarto, fecha a porta e ora ao teu Pai que
está no escondido.
E o teu
Pai que vê no escondido, te dará a recompensa.”
(Mt 6,6)
São Severino - 8 de Janeiro
São Severino
é um santo cristão que viveu durante o período da Antiguidade tardia, no século
V. Pouco se sabe sobre sua vida.
Acredita-se
que São
Severino tenha nascido no século V, na região da Panônia, que
corresponde em grande parte à atual Hungria. Ele foi educado na fé cristã e, ao
atingir a maturidade, sentiu o chamado para uma vida dedicada a Deus.
Optando pela vida monástica, Severino retirou-se para viver como eremita em
uma região montanhosa, possivelmente nos Alpes, próximo ao rio Danúbio.
A tradição
cristã atribui a São Severino o papel de missionário e benfeitor
das comunidades locais. Conta-se que ele realizava viagens para pregar o
Evangelho, converter pagãos e ajudar os necessitados. Sua reputação como homem
piedoso e milagreiro cresceu, atraindo seguidores e admiradores.
Uma das
histórias mais conhecidas sobre São Severino está relacionada à cidade de Nórica
(atual Áustria), que estava sob ameaça de invasão pelos hérulos. Severino
teria intercedido pela cidade, prevendo o ataque e aconselhando os habitantes a
se prepararem. Seus conselhos, segundo a tradição, contribuíram para a
preservação da cidade e para a salvação de muitas vidas.
São Severino
faleceu por volta do ano 482, e sua festa litúrgica é celebrada em 8 de
janeiro. Seu legado continua a inspirar aqueles que buscam a vida monástica, a
santidade e o serviço desinteressado aos outros. São Severino
é venerado como um exemplo de fé firme, confiança na providência divina e amor
pela missão evangelizadora.
São Severino, rogai por nós!
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