terça-feira, 14 de janeiro de 2025

Evangelho do dia 16 janeiro quinta feira 2025

 

16 janeiro  -  A união da nossa à vontade de Deus deve ser aqui na terra o nosso único trabalho, como aprendizado daquela união perfeita que se completará no Céu: qualquer outra coisa deve estar totalmente subordinada a esta. (C 88). São Jose Marello

 

Marcos 1,40-45

Naquele tempo, 40um leproso chegou perto de Jesus, e de joelhos pediu: “Se queres, tens o poder de curar-me”. 41Jesus, cheio de compaixão, estendeu a mão, tocou nele, e disse: “Eu quero: fica curado!” 42No mesmo instante, a lepra desapareceu, e ele ficou curado.
43Então Jesus o mandou logo embora, 44falando com firmeza: “Não contes nada disso a ninguém! Vai, mostra-te ao sacerdote e oferece, pela tua purificação, o que Moisés ordenou, como prova para eles!”
45Ele foi e começou a contar e a divulgar muito o fato. Por isso Jesus não podia mais entrar publicamente numa cidade: ficava fora, em lugares desertos. E de toda parte vinham procurá-lo.

 Meditação:

A Bíblia, especialmente no Velho Testamento, fala, muitas vezes, sobre o problema de lepra. Quando se fala de pessoas leprosas, a palavra significa uma doença da pele que pode abranger tipos diferentes de doenças. Em outros casos, a mesma palavra fala de manchas em roupas ou paredes, algo que nós poderíamos chamar hoje de fungo ou mofo.

Na lei que Deus deu aos israelitas, uma pessoa leprosa foi considerada imunda (Lv 13,2-3). A doença foi vista como uma praga. “Às vezes, a praga foi enviada por Deus para repreender o povo desobediente” (Lv 14,34).

As instruções sobre a lepra, obviamente, serviam para conter uma doença maligna, mesmo séculos antes de cientistas compreenderem como as doenças se espalhavam.

Mas há um segundo – e mais importante – motivo para falar tanto sobre a lepra no Velho Testamento. Há, pelo menos, duas lições espirituais das ordens sobre a lepra:

1. A importância da obediência. Entre as últimas orientações dadas por Moisés ao povo de Israel são estas palavras: “Guarda-te da praga da lepra e tem diligente cuidado de fazer segundo tudo o que te ensinarem os sacerdotes levitas; como lhes tenho ordenado, terás cuidado de o fazer” (Deuteronômio 24:8).

2. A necessidade de distinguir entre o limpo e o imundo. A chave ao entendimento deste significado da lepra aparece em Levítico 14:54-57 – “Esta é a lei de toda sorte de praga de lepra, da lepra das vestes, das casas, da inchação, da pústula e das manchas lustrosas para ensinar quando qualquer coisa é limpa ou imunda. Esta é a lei da lepra.”

Deus usou coisas físicas – seja doenças, questões de higiene ou diferenças entre animais – para ensinar princípios espirituais.

Quando foi descoberta a imundície da lepra, não mediam esforços para se livrarem dela. Pessoas leprosas foram publicamente identificadas e afastadas da congregação para não contaminar outros. Quando as tentativas de purificar as casas não foram bem-sucedidas, foi necessário derrubar casas inteiras para não deixar a praga se espalhar (Levítico 14:43-45).

  O leproso que se aproxima de Jesus pede por sua purificação e não por sua cura. Marcos destaca o sentimento humano de compaixão que Jesus sente pelo leproso em sua exclusão. Jesus transgride a Lei, toca o leproso e o liberta de sua lepra e de sua impureza. Envia o homem, já purificado, ao sacerdote como testemunho contra o poder religioso que reivindicava para si o direito de purificar. Fica caracterizada a ação de Jesus: libertadora e infratora da Lei.

Reflexão Apostólica:

Jesus adverte o curado da lepra que não comente com ninguém essa ação e que se apresente ao sacerdote para que possa novamente ser reintegrado e vinculado religiosa e socialmente à comunidade.
Esta exigência de silêncio tem um significado importante dentro do evangelho de Marcos e é conhecido como o “segredo messiânico”; com ele se quer expressar que a salvação anunciada por Jesus à humanidade somente pode ser corretamente compreendida depois de sua morte e ressurreição; do contrário, os milagres poderiam ser vinculados, erroneamente, às expectativas messiânicas latentes em seu momento.
O leproso era marginalizado por sua doença, conseqüência de seu pecado, segundo a tradição judaica. A lepra era a maior muralha social e, ao mesmo tempo, uma enfermidade que somente Deus podia curar diante do pedido humilde do “impuro”.

Jesus não repara em tocar o intocável e, em lugar de ficar contaminado, comunica-lhe sua própria “pureza”. O segregado torna-se reintegrado. É um gesto grandioso e revelador. O leproso é convidado a não divulgar sua cura, mas em troca se converte em testemunha da ação de Jesus e anuncia abertamente a ação libertadora de que tinha sido objeto.

Jesus tem o poder de integrar em seu ministério a todos e a tudo; rompe todos os esquemas de marginalização; sua prática pretende abolir as fronteiras que dividem os homens.

Jesus não é um rei político, nem um messias nacional que tem como projeto libertar o povo de Israel das distintas estruturas que o oprimem. Jesus é Messias porque, com suas atitudes e comportamentos faz presente, de maneira antecipada, a realidade do Reino de Deus. É Messias porque não se anuncia a si mesmo, mas anuncia a misericórdia e a bondade de Deus para com os pobres.
É importante, pois, para nossa experiência de fé compreender que na solidariedade humana com o irmão vamos tornando presente o Reino de Deus e dele depende a eficácia da missão da Igreja.

O discipulado não se pode transformar num grupo fechado de “escolhidos”, mas tem que saber descobrir todos os ambientes de marginalização que a sociedade vai criando. Sua missão será reintegrar a todos para que sejam participantes da misericórdia de Deus, que sempre está disposto a ir em busca da ovelha perdida para trazê-la de volta ao redil.

Refletir sobre os gestos e as ações de Jesus, como também sobre a Sua firmeza, far-nos-á também querer adotar as mesmas expressões e ações que Ele usava. Jesus olhava com compaixão para os doentes e leprosos. E embora a lepra fosse uma doença incurável e amaldiçoada, Jesus não tinha para com os leprosos olhar de reprovação, nem tampouco quando abordado Ele mostrava-se superior.

 É com este mesmo olhar que Jesus nos olha, acolhe a nossa fraqueza, a nossa limitação. Jesus age hoje como agia no tempo em quem andava por aqui. Quando acreditamos, pedimos, suplicamos, de coração, Ele realiza.

 Precisamos abrir a nossa boca e o nosso coração para manifestar a Ele os nossos desejos e reconhecer: “se queres, tens o poder de curar-me”. O leproso pediu de joelhos, “Se queres, tens o poder de curar-me!” Nós percebemos que o leproso colocou como condição o querer de Jesus, por isso, Jesus disse: “Eu quero, fica curado!” Esta é a maneira certa para pedirmos as coisas a Deus.

Deus sempre quer nos curar, na hora certa Ele age. Quando isso acontece, não dá mais para esconder: precisamos sair apregoando, anunciando o Seu poder, porque assim fazendo estamos dando ao mundo a oportunidade para que todos conheçam a salvação que vem de Deus. Somos curados, para amar e servir a Deus seguindo adiante na nossa vida, fazendo o mesmo que Jesus: olhar com compaixão e bondade para aqueles que também precisam de cura.

Você tem recebido graças de Deus. Isto fez com que você olhasse melhor para as outras pessoas? Existe algum “leproso” que precisa do seu olhar de compaixão? Pergunte a Jesus o que você poderá fazer por ele! Você costuma contar pra todo mundo as maravilhas que Deus realiza em você? Você pede a vontade de Deus ou se limita a pedir só o que você acha que lhe convém?

O Evangelho de hoje revela o empenho de Jesus não na simples cura, mas na inclusão social dos marginalizados. O leproso representa os excluídos e marginalizados por um sistema elitista e opressor, no qual o explorador humilha o explorado para inibi-lo e submetê-lo à sua exploração.

As mesmas leis sobre a lepra não se aplicam hoje, mas os princípios que aprendemos delas têm muita importância para nós.

Devemos ser obedientes a todas as instruções que o Senhor nos deu. E quando a imundícia do pecado invade a nossa vida, devemos agir com urgência para eliminá-lo, mesmo se forem necessárias medidas radicais. “E se o teu olho direito te serve de escândalo, arranca-o e lança-o fora de ti; porque melhor te é que se perca um de teus membros, do que todo o teu corpo ser lançado no inferno. E se a tua mão direita te serve de escândalo, corta-a e lança-a fora de ti; porque melhor te é que se perca um dos teus membros, do que todo o teu corpo ir para o inferno.” (Mt, 29-30).

Sejamos santos para a glória do nosso Senhor, que é perfeito e santo (1Pd 1,14-16; 2Cor 6,17-18).

Propósito:

Pai, dá-me forças para combater e vencer as forças do mal que impedem o Reino acontecer na minha vida e na história humana.

 Dia 16

Reflexão

Neste dia, o livro dos Provérbios nos convida a refletir sobre as seguintes palavras de sabedoria: “Meu filho, escuta as minhas palavras e dá ouvido às minhas sentenças.

Que elas não se afastem de teus olhos; pelo contrário, guarda-as no fundo do coração: elas são vida para os que as encontram e saúde para todo o seu corpo.

Com todo o cuidado guarda teu coração, pois dele procede a vida” (Pr 4,20-23).

Meditação

Por sua Palavra Deus concede a sabedoria a todos e mostra os caminhos a serem trilhados.

Confirmação

“Como a argila está nas mãos do oleiro para que a molde e dela disponha a seu bel-prazer, assim o ser humano

está nas mãos de Quem o fez, o qual o recompensará segundo o seu julgamento”.

(Eclo 33,13-14).

 


São Marcelo I - 16 de Janeiro

 São Marcelo I foi o 30º Papa da Igreja Católica, servindo de 308 a 309 d.C. Pouco se sabe sobre sua vida anterior ao pontificado, mas ele é lembrado por enfrentar desafios significativos durante um período tumultuado na história da Igreja.

O pontificado de São Marcelo I foi marcado pela controvérsia do cisma provocado pelo bispo Cefalás, que se opunha à reintegração de penitentes na comunhão da Igreja após terem renegado a fé durante a perseguição. Essa questão tornou-se conhecida como a "Questão da Penitência" e gerou divisões e dissidências entre os cristãos.

São Marcelo I enfrentou a dificuldade de conciliar as diferentes opiniões e tradições da Igreja em um momento em que a unidade cristã estava ameaçada. No entanto, ele buscou uma abordagem conciliatória e compassiva em relação aos que tinham se afastado da fé durante a perseguição, defendendo o princípio do perdão e da misericórdia.

Além disso, durante seu pontificado, São Marcelo I enfrentou a intensificação da perseguição sob o imperador romano Maximiano. Ele foi eventualmente capturado e exilado, mas a tradição relata que continuou a orientar a Igreja à distância. Ele morreu no exílio em 309 d.C.

A festa litúrgica de São Marcelo I é celebrada em 16 de janeiro. Sua vida é lembrada como um testemunho de firmeza na fé e de cuidado pastoral, especialmente em tempos de desafios e divisões dentro da comunidade cristã. A dedicação de São Marcelo I à reconciliação e à unidade destaca a importância do perdão e da misericórdia como elementos centrais na vida e na missão da Igreja.

São Marcelo I, rogai por nós! 

 

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