13 janeiro - Nunc coepi!” Agora começo; meu Deus, meu Jesus, minha Mãe Maria, meu protetor São José, meu Anjo da Guarda! “Nunc coepi!” Agora começo: eu vos ouvirei sempre. “Nunc coepi!” Agora começo: rejeitarei o mau hábito da minha falsidade. “Nunc coepi!” Agora começo: encaminhar-me-ei pela estrada do Céu sob as inspirações que, de lá, fareis resplandecer. (S 19). São Jose Marello
Marcos 1,14-20
"Depois
que João foi preso, Jesus veio para a Galileia, proclamando a Boa-Nova de Deus:
"Completou-se o tempo, e o Reino de Deus está próximo. Convertei-vos e
crede na Boa-Nova". Caminhando à beira do mar da Galileia, Jesus viu Simão
e o irmão deste, André, lançando as redes ao mar, pois eram pescadores. Então
lhes: "Segui-me, e eu farei de vós pescadores de homens". E eles,
imediatamente, deixaram as redes e o seguiram. Prosseguindo um pouco adiante,
viu também Tiago, filho de Zebedeu, e seu irmão, João, consertando as redes no
barco. Imediatamente, Jesus os chamou. E eles, deixando o pai Zebedeu no barco
com os empregados, puseram-se a seguir Jesus."
Meditação:
Jesus também nos adverte de que é tempo de sair da inanição e aceitar o
Seu chamado para a conversão. A cada acontecimento da nossa vida, a cada
provação, a cada realização ou evento de sucesso ou de fracasso, nós
constatamos que um ciclo se fechou e outro tempo vai surgindo.
Não obstante isto, nós sabemos que um dia nós seremos chamados e quer
queiramos ou não, teremos que seguir caminho, em definitivo, para a morada que
nós mesmos construímos com a matéria prima que fabricamos aqui na terra.
Assim como viu os irmãos pescadores, Simão e André, Tiago e João
lançando consertando a rede ou lançando-a ao mar, Jesus também nos vê na nossa
lida diária, com o pensamento voltado para “a pescaria” busca de trabalho,
curso, concurso, emprego, sobrevivência, status etc etc…
Ele sabe de que precisamos de tudo isso, mas sabe também que se
atendermos ao Seu chamado, se seguirmos o Seu Evangelho, com certeza teremos um
coração convertido, capaz de escalar as maiores montanhas e alcançar o mais
alto escalão na felicidade e paz aqui da terra.
O tempo sempre está se completando para aceitarmos o convite de
conversão. Precisamos nos apressar porque cada dia pode ser o último dia da
nossa vida aqui na terra e o Senhor precisa de nós, libertos (as) e salvos
(as), como pescadores para atrair outros que também, tornar-se-ão pescadores de
homens, e outros e outros.
Você tem consciência de que o tempo está se completando? O que falta
para você aceitar o convite de Jesus? O que você ainda está esperando para
deixar um pouco a “rede” de lado e subir na barca com Jesus? Você sabia que é
pescador (de Jesus) na sua família? O que você tem feito?
Passado o tempo de festas recomeçamos mais um tempo
comum que será quebrado apenas para a quaresma e a semana santa.
Sim, o tempo natalino nos “amacia”, torna nossos
corações mais abertos e aptos para receber novamente o nascimento de Jesus, mas
creio que é no tempo comum que se prova a nossa fidelidade. Como diria João Batista:
“completou-se o tempo e o Reino de Deus está próximo; fazei penitência e crede
no Evangelho”.
Não somente nas alegrias e também nas provações que
se reconhecem os verdadeiros cristãos. É tão habitual buscá-Lo na tristeza ou
no sofrimento, mas ser fiel durante o trajeto é que nos qualifica. Apresento
então uma profunda reflexão; Domingo participo da missa e na quinta ou
quarta-feira rendo louvores a Ele no grupo de oração, e nos outros dias o que
faço? Sou irmão dos meus irmãos somente na quinta e no domingo? O carente passa
fome apenas no natal? Somente precisam de cobertor no inverno e quando chove?
Jesus procurou pescadores de homens e dentre a
tantos escolheu doze pessoas talentosas no que faziam, mas que pouco sabiam
além daquilo do que conheciam. Conseguem imaginar Pedro plantando? Somos assim
também quando convidados por Ele a servir. Deus vê em cada um de nós uma
qualidade que Ele mesmo semeou e viu crescer e na hora certa resolverá colher
para nos ver dando frutos.
Chama-me muito a atenção a ideia de “(…)
permanecei em mim e eu permanecerei em vós”, pois
trazendo novamente ao texto de hoje “(…) completou-se o tempo e o
Reino de Deus está próximo; fazei penitência e crede no Evangelho” podemos
chegar a conclusão que esse tempo é hoje.
Voltando ao primeiro foco…
O tempo comum nos lembra o dia-a-dia, de segunda a
sexta; que não posso mais voltar para Deus somente quando estou com a corda no
pescoço, ou na quaresma quando me proponho fazer penitencias e jejuns; ou no
período natalino com o coração “amolecido”. Sempre é tempo de voltar para Ele,
mas por que não agora?
João e Tiago deixaram suas redes e talvez uma vida
boa, pois seu pai possuía empregados aos seus serviços. Realmente trocaram, mas
acredito que nunca mais seus dias foram COMUNS. Temos irmãos que vivem um
eterno natal, que bom! Outros vivem no dia a dia o flagelo da cruz, mas ainda
não ressuscitaram com Jesus.
O ciclo litúrgico muda, nossa vida muda, o dia de
amanhã talvez não seja nada parecido com de hoje… O tempo comum é o outono,
como padre Fábio de Melo diz:
O dia de hoje só valerá a pena se tivermos o mesmo
ou maior empenho que no dia de ontem. Que aquele que cumprimentei na igreja
ontem continua sendo a mesma pessoa na segunda-feira, na terça, na quarta…
Somos e fomos chamados a pescar, mas fica a cargo dele escolher o mar e
a hora.
Minhas preces de hoje devem ser regadas amanhã;
Meus atos sinceros devem pensar também no amanhã e não somente num dia;
Lembremo-nos! A primavera só existe pela persistência no outono.
Reflexão
Para ter amigos, é preciso demonstrar
amizade por meio de simpatia, do amor e da sinceridade.
Saiba respeitar e valorizar as
pessoas, aceitando-as como realmente são.
Ninguém é perfeito, somente Deus.
Evite procurar os amigos somente
quando precisa deles, mas saiba ser solidário quando eles precisam de você.
Lembre-se de que os verdadeiros amigos
são para as horas certas e incertas.
Meditação
Nos momentos difíceis da vida, é
possível conhecer os amigos verdadeiros.
Confirmação
“Este é o meu mandamento: amai-vos uns
aos outros, assim como eu vos amei.
Ninguém tem amor maior do que aquele
que dá a vida por seus amigos.
Vós sois meus amigos, se fizerdes o
que eu vos mando”. (Jo 15,12-14).
Santo Hilário de Poitiers - 13 de Janeiro
Santo Higino de Poitiers é um dos santos padres da Igreja de Cristo,
nasceu no ano de 315, em Poitiers, na França. Buscava a felicidade; mas a sua
família, pagã, vivia segundo a filosofia hedonista, ligada ao povo
grego-romano; ou seja, felicidade como sinônimo de prazeres, com puro
bem-estar. Então, aquele jovem dado aos estudos, se perguntava quanto ao fim
último do ser humano; não podia acabar tudo ali com a morte; foi perseguindo a
verdade.
O Espírito Santo
foi agindo até ele conhecer as Sagradas Escrituras. O Antigo Testamento o levou
proclamar o Deus
uno, que merece toda a adoração. Passando para o Novo Testamento, Santo Hilário
foi evangelizado e, numa busca constante, ele se viu necessitado do santo
batismo, entrar para Igreja de Cristo e se fazer membro deste Corpo
Místico. Em 345, foi batizado. Não demorou muito já era sacerdote e, depois,
ordenado bispo para o povo de Poitiers.
Ele sofria
com as heresias do arianismo. Santo Hilário, pela sua pregação e seus escritos,
foi chamado “O
Atanásio do Ocidente”, porque ele combateu o Arianismo do
Oriente. No tempo em que o imperador Constâncio começou a apoiar esta heresia, Santo Hilário
não teve medo das autoridades. Se era para o bem do povo, ele anunciava com
ousadia até ser exilado, mas não deixou de evangelizar nem mesmo na cadeia. Por
conselho, o próprio imperador o assumiu de volta em 360, porque os conselheiros
sabiam da grande influência desse santo bispo que não ficava apenas em Poitiers,
mas percorria toda a França.
Ele
voltou, convocou um Concílio em Paris, participou de tantos outros conselhos no
ocidente, mas sempre defendendo essa verdade que é Jesus Cristo,
verdadeiro Deus,
verdadeiro homem.
Santo Hilário de Poitiers foi se consumindo por essa verdade. Pelos seus escritos,
que chegam até o tempo de hoje, percebe-se este amor por Jesus Cristo.
Não só numa busca pessoal, mas de promover a salvação dos outros. No século IV,
ele partiu para a glória.
Santo HIlário de Portiers, rogai por nós!
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