09 de janeiro - Aniversário de recepção da batina por São José Marello (1864).
Mortifiquemos com ânimo generoso este nosso espírito briguento,
esta nossa carne rebelde, esta nossa natureza corrupta! Eduquemo-nos ao
sacrifício daquilo que o nosso coração possui de mais precioso. ( L 27). São Marello
Leitura do santo Evangelho segundo São Lucas 4,14-22a
"Jesus voltou para a Galileia,
com a força do Espírito, e sua fama se espalhou por toda a região. Ele ensinava
nas sinagogas deles, e todos o elogiavam. Foi então a Nazaré, onde se tinha
criado. Conforme seu costume, no dia de sábado, foi à sinagoga e levantou-se
para fazer a leitura. Deram-lhe o livro do profeta Isaías. Abrindo o livro,
encontrou o lugar onde está escrito: "O Espírito do Senhor está sobre mim,
pois ele me ungiu, para anunciar a Boa-Nova aos pobres: enviou-me para
proclamar a libertação aos presos e, aos cegos, a recuperação da vista; para
dar liberdade aos oprimidos e proclamar um ano aceito da parte do Senhor".
Depois, fechou o livro, entregou-o ao ajudante e sentou-se. Os olhos de todos,
na sinagoga, estavam fixos nele. Então, começou a dizer-lhes: "Hoje se
cumpriu esta passagem da Escritura que acabastes de ouvir". Todos
testemunhavam a favor dele, maravilhados com as palavras cheias de graça que
saíam de sua boca."
O episódio de hoje se situa na primeira parte do
evangelho de Lucas, chamada ministério de Jesus na Galileia. A leitura na
sinagoga de Nazaré de trechos do livro do profeta Isaías serve como critério para
responder, ao longo de toda a seção, à pergunta: "Quem é Jesus?".
Os primeiros a ouvir da boca do próprio Jesus que ele era o Messias
foram os seus conterrâneos, os nazarenos. Foi para eles que Jesus quis anunciar
de modo claro a boa nova da salvação e curou a muitos com a força da sua
palavra.
Depois de ter sido batizado e, em seguida, ser tentado no deserto,
Jesus, cheio do Espírito Santo, voltou para a Galiléia e iniciou a Sua vida
pública.
Para isso, Ele teve o cuidado de fundamentar a Sua Missão conforme as
Escrituras anunciavam por intermédio dos profetas.
Ele assumiu o que estava posto no livro do profeta Isaías e se revestiu
da Palavra ali profetizada como alicerce para o Seu ministério. “O Espírito
do Senhor está sobre mim, porque ele me consagrou com a unção”. E completou
depois de decodificar o programa que lhe era proposto: “Hoje se cumpriu esta
passagem da Escritura”.
Jesus não tinha dúvidas sobre a Sua consagração e tinha consciência do
dom poderoso do Espírito Santo sobre si.
Às vezes nós podemos imaginar que Jesus se prevalecia da Sua condição
divina para desempenhar a Sua missão salvífica.
Jesus como homem se firmava na força que recebia do Pai e se apoderava
do poder do Espírito Santo de Deus para realizar os prodígios e milagres.
Todavia, a missão de Jesus não terminou quando Ele, subindo aos céus, se tornou
invisível para nós.
O Espírito Santo continua entre nós e, hoje, a Escritura também se
cumpre, quando nós assumimos o programa da missão que Jesus cumpriu quando
esteve aqui na terra.
Os pobres, os cativos, os cegos os oprimidos continuam esperando que
alguém se aposse da unção de Jesus e que cheio do Espírito Santo realize
também, prodígios e milagres entre eles.
Somos apenas criaturas humanas falhas e impotentes, mas, no poder do
Espírito, nós podemos também, fundamentados na Palavra dizer como Jesus: “Hoje
se cumpriu esta passagem da Escritura!”
Você acredita que pode também, hoje, libertar cativos e curar cegos com
o poder de Jesus no Espírito Santo? Você assume como missão e projeto de vida o
que as Escrituras predizem? Você percebe que o Espírito do Senhor está sobre
você?
Reflexão Apostólica:
Poucas vezes é visto na Bíblia Jesus
verbalizar sobre sua vinda e projeto divino tão claramente e para um público
tão seleto.
Suas ações refletiam tudo aquilo que fora dito por
Deus em seu batismo no Jordão, mas Ele, até mesmo quando pressionado por
Pilatos, prefere o silêncio a se enaltecer.
Hoje muito mais que o cumprimento da profecia de
Isaias, o Senhor “assinava” a sua sentença que o levaria a morte.
Ao declarar que o povo que merecia toda a atenção
de Deus em detrimento aos que achavam já consagrados e salvos, fazia com que
por orgulho e vaidade, os olhos dos mestres da lei se fechassem.
Não escondo isso. A epifania do Senhor incomoda
todos aqueles que acreditam que habitam acima do bem e do mal, da mesma forma a
todos aqueles que privilegiam sua vontade pessoal (enriquecimento ilícito,
corrupção, lei do Gerson, sonegação,), mas esquecem daqueles que o Senhor ansiosamente
quer de volta.
Ainda temos um país com tantas desigualdades
sociais, pois os poucos que declaram publicamente serem honestos não
conseguiram se reeleger nos cargos eletivos ou são afastados de coordenações
dando lugar a outros mais solícitos que sob pretexto de alimentar seus filhos
tiram da boca de outros.
Preciso então frisar que na declaração de Jesus
sobre sua missão era: “(…) O Senhor me deu o seu Espírito. Ele me
escolheu para LEVAR BOAS NOTÍCIAS AOS POBRES e me enviou para anunciar a LIBERDADE
AOS PRESOS, DAR VISTA AOS CEGOS, LIBERTAR OS QUE ESTÃO SENDO OPRIMIDOS e
ANUNCIAR QUE CHEGOU O TEMPO em que o Senhor salvará o seu povo”. Essa
também é a NOSSA missão.
É duro dizer isso, mas indignação não muda o mundo.
Atitudes e oração mudam! Quantos se indignaram ao ver o Cordeiro de Deus indo
para Cruz, mas quantos destes na hora de escolher, ficaram calados enquanto
outros gritavam por Barabás?
Indignação não enche barriga, não visita aos
doentes, não aconselha a juventude que anda as cegas, não liberta as pessoas
das correntes dos vícios, não defende os inocentes e tão pouco anunciam que o
tempo já chegou…
Ontem víamos o esmero de Jesus em atravessar o mar da Galiléia por apenas uma pessoa. E nós? O quanto nos empenhamos por tornar a nós mesmos melhores?
A Epifania depois de revelada deve ser apresentada.
De certa forma como não concordar com o senhor em uma das suas mais celebres
parábolas: “(…) Vós sois a luz do mundo. Não se pode esconder
uma cidade situada sobre uma montanha nem se acende uma luz para colocá-la
debaixo do alqueire, mas sim para colocá-la sobre o candeeiro, a fim de que
brilhe a todos os que estão em casa. Assim, brilhe vossa luz diante dos homens,
para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem vosso Pai que está nos
céus”. (Mateus 5, 14-16)
Que Deus nos conceda a coragem de ir a frente; que
não tenhamos vergonha do Seu amor por nós; que não nos escondamos por de trás
de Seu santo nome para se enriquecer enquanto outros inocentemente os procuram;
que a campanha da fraternidade comece a ser meditada em nosso coração desde
hoje.
Reflexão
Nunca se
esqueça de agradecer.
Pela
esperança e pelo amor, pelas alegrias e tristezas; pelo descanso e cansaço;
pela oportunidade de aprender; pela força de vontade e perseverança em todos os
momentos da existência.
Agradeça
também aos familiares e a todos os que o ajudam e também àqueles que lutam pela
preservação da natureza, dos valores morais e cristãos e por um mundo melhor.
Finalmente,
lembre-se dos que preservam no caminho do bem, pela coragem de lutar no lugar
dos que não sabem agradecer.
Meditação
Agradeça a
Deus por suas infinitas bênçãos.
Confirmação
“Prostrou-se
aos pés de Jesus e lhe agradeceu.
E este era
um samaritano”
(Lc
17,16).
Santo André Corsini foi um destacado religioso italiano do século XIV, nascido em Florença no ano de 1302, em uma família nobre. Desde cedo, seu coração se inclinou para a vida religiosa, mas foi somente após a morte de seus pais, quando ele tinha 22 anos, que ele pôde seguir seu chamado à vida consagrada.
André
ingressou na Ordem dos Carmelitas, conhecida por sua tradição de vida
contemplativa e ascética. Sua busca pela santidade era notável desde o início
de sua vida monástica, e ele se destacou pela obediência, humildade e zelo pela
oração. Aprofundando-se na espiritualidade carmelita, ele logo se tornou
conhecido por sua devoção ao Sagrado Escapulário, uma tradição que promove a
proteção da Virgem
Maria aos fiéis que usam esse sinal sagrado.
Além de
suas práticas espirituais, Santo André Corsini também demonstrou uma
profunda compaixão pelos menos favorecidos. Ele dedicou parte significativa de
sua vida ao serviço dos doentes durante uma epidemia que assolou Florença. Sua
caridade e cuidado pelos necessitados foram notáveis e fortaleceram sua
reputação como homem de Deus.
O carisma
de Santo
André também se manifestou em sua habilidade como pacificador.
Em tempos de conflito e divisões internas dentro da Ordem Carmelita, ele
desempenhou um papel crucial na reconciliação entre as facções opostas,
promovendo a unidade e a paz.
A devoção
e os méritos de Santo André Corsini foram reconhecidos por seus
irmãos carmelitas, e ele foi eleito Prior Geral de sua Ordem, servindo com
dedicação e sabedoria. Ele faleceu em 1374 e, após sua morte, muitos relatos de
milagres foram atribuídos à sua intercessão.
Santo André Corsini
foi canonizado pelo Papa Urbano VIII em 1629. Sua festa litúrgica é celebrada
em 4 de fevereiro. Ele é venerado como um modelo de vida contemplativa, devoção
mariana, caridade para com os doentes e pacificação em tempos de discordância.
A vida de Santo
André Corsini continua a inspirar aqueles que buscam viver uma
vida profundamente espiritual, enraizada na oração e no serviço ao próximo.
Santo André Corsini, rogai por nós!
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