quinta-feira, 9 de janeiro de 2025

Evangelho do dia 15 janeiro quarta feira 2025

 

15 janeiro - Renovar a todo instante a confiança no bom Deus e convencer-se de que, às vezes, Ele nos nega as consolações do espírito, mas jamais nos dispensa a resignação à sua vontade, que é a raiz de todo nosso merecimento. (L 19) São José Marello


Leitura do santo Evangelho segundo São Marcos 1,29-39

" Logo que saíram da sinagoga, foram com Tiago e João para a casa de Simão e André. A sogra de Simão estava de cama, com febre, e logo falaram dela a Jesus. Ele aproximou-se e, tomando-a pela mão, levantou-a; a febre a deixou, e ela se pôs a servi-los. Ao anoitecer, depois do pôr do sol, levavam a Jesus todos os doentes e os que tinham demônios. A cidade inteira se ajuntou à porta da casa. Ele curou muitos que sofriam de diversas enfermidades; expulsou também muitos demônios, e não lhes permitia falar, porque sabiam quem ele era. De madrugada, quando ainda estava bem escuro, Jesus se levantou e saiu rumo a um lugar deserto. Lá, ele orava. Simão e os que estavam com ele se puseram a procurá-lo. E quando o encontraram, disseram-lhe: "Todos te procuram". Jesus respondeu: "Vamos a outros lugares, nas aldeias da redondeza, a fim de que, lá também, eu proclame a Boa-Nova. Pois foi para isso que eu saí". E foi proclamando nas sinagogas por toda a Galileia, e expulsava os demônios."

 Meditação: 

(…) A centralidade da missão de Jesus encontra-se na revelação do Reino de Deus, de modo que para ele é mais importante a pregação do que a realização de curas e outros tipos de milagres. Os milagres estão relacionados com a revelação, pois explicitam o conteúdo principal da pregação de Jesus que é o amor que Deus tem por todos nós e o bem que ele concede a nós como manifestação desse amor. Sendo assim, o mais importante não é o milagre em si, mas a revelação que ele traz junto de si: Deus ama a todos nós com amor eterno e tudo faz pela nossa felicidade, e isso deve ser anunciado a todos os povos”. (CNBB)

Neste Evangelho nós aprendemos com Jesus que não há um tempo nem um lugar determinado para que nós possamos cumprir com a nossa missão.

Quando nós estamos na Igreja ou na Comunidade e participamos de um Grupo de Oração, da Missa ou de qualquer culto nós entendemos que ao sair de lá nós podemos “descansar” em paz ou então que somente o trabalho, o lazer, a família e os amigos nos esperam.

Depois que nós nos abastecemos e somo formados (as) na Palavra, no louvor e na adoração ao Senhor, é que, então, nós estamos aptos (as) a prosseguir e continuar a nossa missão evangelizadora pondo em prática, em todos os momentos e em todos os lugares tudo o que nós apreendemos.

Jesus, ao sair da Sinagoga, não perdeu tempo: no primeiro lugar que entrou Ele se dispôs a levar a cura. Assim foi que Ele fez com a sogra de Pedro: “aproximou-se dela, segurou-a pela mão e ajudou-a a levantar-se”. E, somente depois, que ela se levantou foi que a febre desapareceu.

Também, nós somos convidados (as) a seguir o exemplo de Jesus e nos aproximar das pessoas que estão desanimadas, encostadas e sem esperança para ajudá-las a se levantar e, como a sogra de Pedro, poder também servir, trabalhar e sentir-se útil.

Às vezes, nós recriminamos as pessoas que estão abatidas por alguma tristeza e esperamos que elas se levantem sem nem mesmo nos aproximarmos delas para tocá-las e dar atenção às suas queixas. Se, pelo contrário, ao invés de criticá-las nós agíssemos com compreensão e as escutássemos, com certeza elas poderiam retornar a ter uma vida digna.

Portanto, ao sair da Sinagoga, isto é, da Igreja, da Missa, do Grupo de Oração, daquele lugar, ou ambiente no qual se louva, se exalta a Deus prometendo fidelidade e amor, nós devemos pensar e dizer como Jesus: “vou a outros lugares, às aldeias da redondeza!

Devo pregar também ali, pois foi para isso que eu vim!”. O louvar, o orar, o adorar a Deus é fundamental, porém não podemos ficar somente aí: o Senhor nos envia a também tocar, curar, compreender, amar. Isto é também evangelizar!

Qual tem sido o resultado prático e concreto da sua oração e adoração ao Senhor? Quando você sai da Igreja você sai abastecido (a) para alimentar alguém que esteja com fome? Você costuma falar de Deus em todos os lugares e a todas as pessoas ou somente com quem o (a) compreende?

Reflexão Apostólica:

 A metodologia e andragogia (forma de ensinar adultos) são bem nítidas no evangelho de hoje.

Pergunte-se: quantas vezes ao lê-lo apenas vi o milagre sobre a febre da sogra de Pedro, mas passou despercebido o processo para obtenção da graça?

Um parêntese importante: VEMOS O QUEREMOS QUE SEJA VISTO. Esse fato é muito comum. Sei que isso vai além de uma simples organização das informações por nosso cérebro, às vezes conscientemente ou não, abandonamos outras informações para selecionamos o que desejamos ver, ouvir e até ler. Isso é muito importante ao se ler a bíblia, ok? Lembre-se: A bíblia não é aquele livro MINUTOS DE SABEDORIA…

Voltando… Repare nas linhas desse evangelho a suave e bem conduzida metodologia de Jesus: Ele CHEGOU PERTO , SEGUROU A MÃO dela e AJUDOU-A A SE LEVANTAR. A FEBRE SAIU da mulher, e ELA COMEÇOU A CUIDAR DELES.

De fato, Jesus se aproxima, nos segura pela mão, ajuda-nos a levantar então a redenção acontece, a febre, o desanimo, o temor parte e de certa forma a pessoa resgatada passa a entender (caem as escamas dos olhos) que passou a ter um compromisso para que outros também se ergam.

Como ler isso e não se sentir amado e também um pouco de pesar pela nossa ingratidão? Quantas pessoas, bem definidas por São Tiago, pedem mal, andam pelo mundo doentes, cabisbaixos, repletos de vaidades, orgulhos e de cobiça, debulhando-se em crendices e falsa fé (…); não querem entender que Jesus primeiro oferece a mão para vê-los de pé, mas se vêem interessados somente pela cura da febre, o carro novo, o apartamento novo…

Como poderemos sustentar a carga que o mundo nos oferece se estivermos debilitados pela doença que nos paralisa e vicia chamada ganância, orgulho, vaidade? O que adianta mudar por fora, se rodear de bens visíveis e ostentáveis se vivo aquela música do Moacir Franco que diz: “SE POR DENTRO EU NÃO MUDO”?

Muitos não conseguem ver que são a grande prioridade para Deus e o Senhor bem sabe o que cada uma precisa. Outros, porém perderam um pouco o zelo, esquecem que para continuar avançando precisam dessa aproximação de Jesus em suas vidas.

Esse é um fato comum após quinze ou vinte anos a frente de uma obra, de uma pastoral, de um movimento. Parece que alguns estão no automático.

Outros, porém ainda não conseguem ver ou sentir o vinculo que temos ou precisamos ter com os outros. Talvez não tenham culpa de verem a vida dessa maneira, pois assim foram criados e acostumados, no entanto uma boa parcela deles vive assim de vontade própria e conscientemente.

Odeiam regras, não se adaptam a sistemas de trabalho onde não podem impor suas regras; tentam transformar o pensamento das pessoas para de certa forma atende-las; são inteligentes e sabem manipular as pessoas pela emoção.

Santo Agostinho tem uma frase muito interessante sobre isso: “DOIS HOMENS OLHARAM ATRAVÉS DAS GRADES DA PRISÃO; UM VIU A LAMA, O OUTRO AS ESTRELAS”.

Algumas pessoas têm maior facilidade de reerguer-se, de compreender, de acatar, pois sua fé em Deus a nutri dia-a-dia; outras, porém se apegam em coisas materiais, no sofrimento e em futilidades

A cura não vem para aquele que mantém o coração fechado ao passo a passo de Deus. João Paulo II disse certa vez: “A PIOR DAS PRISÕES É UM CORAÇÃO FECHADO”.

Vemos algumas delas em nossas comunidades, no trabalho, na faculdade, em cargos de liderança ou de grande influencia.

Por ter seu mundo seus próprios umbigos talvez inconscientemente também façam de Deus alguém que deva agradá-los, pois são capazes de trocar de igreja (de bairro para outro) ou credo (católicos que se tornam evangélicos ou vice-versa) como se trocassem de roupa se forem contestadas ou não contempladas.

Uma coisa é certa… Elas pedem muito. E como pedem. E depois, será que fazem?

Como bem vimos, a fase inicial da graça é a aproximação de Jesus para nos estender a mão e nos ver levantar. Precisamos deixar nossa vida nas mãos de Deus, pois de fato Ele sabe o que precisamos.

Pedir sim, mas assumindo nossa parte após a redenção. E como propôs a CNBB “(…) o mais importante não é o milagre em si, mas a revelação que ele traz junto de si”

Reflita esse pensamento:

(…) Animados deste espírito de fé, conforme está escrito: Eu cri, por isto falei (Sl 115,1), também NÓS CREMOS, E POR ISSO FALAMOS pois sabemos que aquele que ressuscitou o Senhor Jesus, nos ressuscitará também a nós com Jesus e nos fará comparecer diante dele convosco. E tudo isso se faz por vossa causa, para que a graça se torne copiosa entre muitos e redunde o sentimento de gratidão, para glória de Deus “. (II Co 4, 14-15)

Se realmente creio, levanto.

Oração: Senhor Jesus, eu te procuro com sinceridade, na certeza de encontrar, em ti, palavras que façam reviver a esperança no meu coração.

Dia 15

Reflexão

Do fundo do coração, faça esta prece: “Eu o agradeço, Senhor, por mais um dia.

Concedei-me os dons da fé, esperança e caridade.

Que sua presença seja força em minha caminhada.

Que eu seja fiel, amando-lhe realmente acima de tudo.

Obrigado(a), Senhor, por minha família, meu trabalho, meus amigos e por tudo o que recebi.

Que eu possa ser testemunha de seu amor com gratidão e alegria. Amém!”.

Meditação

É preciso cultivar no coração um profundo sentimento de gratidão a Deus.

 Confirmação

“Nossa alma espera pelo Senhor, é ele o nosso auxílio e o nosso escudo.

Nele se alegra o nosso coração e confiamos no seu santo nome”. (Sl 33[32],20-21).

 


Santo Amaro - 15 de Janeiro

Santo Amaro, também conhecido como São Mauro, foi um dos primeiros discípulos de São Bento, o ilustre fundador da Ordem Beneditina. A história de Santo Amaro está intrinsecamente ligada à disseminação do monasticismo beneditino na Europa durante o século VI.

Amado por seu mestre São Bento, Santo Amaro tornou-se um modelo de obediência, humildade e zelo pela vida monástica. Sua vida foi dedicada ao serviço a Deus e à busca da santidade por meio das práticas monásticas estabelecidas por São Bento.

A história mais notável sobre Santo Amaro é associada a um milagre que ilustra sua obediência e fé. Durante um inverno rigoroso, quando São Bento estava orando, o cálice usado na celebração da Eucaristia acidentalmente caiu e quebrou. Ao contar a seu discípulo Amaro o ocorrido, o mestre lhe deu uma ordem simples: ir à fonte onde a peça do cálice tinha caído e recuperá-la. Com fé inabalável e obediência total, Santo Amaro foi até a fonte e, ao mergulhar a peça quebrada, viu miraculosamente o cálice se recompor.

Esse episódio é lembrado como um exemplo do poder da obediência e do favor divino que acompanha aqueles que seguem os preceitos monásticos. Santo Amaro personifica a essência da vida monástica beneditina, destacando a importância da obediência, do trabalho manual e da oração na busca da santidade.

Após a morte de São Bento, Santo Amaro foi escolhido para suceder seu mestre como abade do Mosteiro de Subiaco. Ele desempenhou um papel fundamental na preservação e disseminação da Regra de São Bento. Seu zelo pela vida monástica e seu legado espiritual continuaram a influenciar gerações de monges beneditinos ao longo dos séculos.

A festa litúrgica de Santo Amaro é celebrada em 15 de janeiro, honrando seu papel como discípulo fiel de São Bento e como um dos pilares do desenvolvimento do monasticismo beneditino na história da Igreja.

Santo Amaro, rogai por nós!

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