21 fev - Deus nos visita, mas não desdenha as nossas orações, com as quais lhe suplicamos que nos trate com amor de Pai, dando-nos antes a força da resignação e depois a graça da consolação. (L 224). São Jose Marello
Lucas 11,29-32
Naquele tempo, 29quando as multidões se reuniram em grande quantidade, Jesus começou a dizer: “Esta geração é uma geração má. Ela busca um sinal, mas nenhum sinal lhe será dado, a não ser o sinal de Jonas.
30Com efeito, assim como Jonas foi um sinal para os ninivitas, assim também será o Filho do Homem para esta geração. 31No dia do julgamento, a rainha do Sul se levantará juntamente com os homens desta geração, e os condenará. Porque ela veio de uma terra distante para ouvir a sabedoria de Salomão. E aqui está quem é maior que Salomão.
32No dia do julgamento, os ninivitas se levantarão juntamente com esta geração e a condenarão. Porque eles se converteram quando ouviram a pregação de Jonas. E aqui está quem é maior do que Jonas”.
MEDITAÇÃO
No dia do julgamento, os ninivitas se levantarão
juntamente com esta geração e a condenarão (Lc 11, 32)
Parece que Jesus andava meio decepcionado... A pregação do Reino bem merecia
uma acolhida mais entusiasta. Sua palavra, seus milagres... tanto esforço,
tanto compromisso da parte dele e, ao que parece, pouco resultado. Certamente,
por isso, ele estava dizendo: “Esta geração é uma geração má. Ela busca um
sinal, mas nenhum sinal lhe será dado, a não ser o sinal de Jonas”.
Jonas foi um sinal para o povo de Nínive. Ele, a mando de Deus, pregou por três
dias na grande cidade, anunciando o castigo de Deus sobre todo aquele povo.
Castigo por conta de sua impenitência, de sua vida de maldade e violência. E o
povo de Nínive, diante daquela pregação do profeta, tomou consciência de sua
condição e implorou a misericórdia de Deus. Acolheu a pregação de Jonas como um
convite urgente à penitência e à conversão. Do pequeno ao grande, do pobre ao
rei, todos se sentaram em cinzas e pediram perdão de seus pecados. Jonas foi um
sinal para o povo de Nínive. Uma convocação à conversão. Mas, também um sinal
da misericórdia de Deus, pois Deus, tendo desistido do seu intento de destruir
tudo, mostrou a sua misericórdia, dando o seu perdão.
Esse sinal de Jonas para o povo do seu tempo estava sendo reeditado na presença
de Jesus, na sua pregação. Como Jonas foi um sinal para o povo de Nínive, assim
Jesus seria para o povo do seu tempo. Jonas pregou por três dias, cobrindo toda
aquela cidade pagã. Jesus pregou por três anos, percorrendo todo o país. Ele também
trazia um convite urgente à conversão. Ele começou sua missão, convidando todos
a acolherem o Reino que estava se aproximando: convertam-se e creiam no
evangelho. O convite à conversão, na verdade, é um convite à acolhida da
misericórdia de Deus.
Jesus estava lembrando que o povo de Nínive recebeu melhor o profeta Jonas do
que o seu povo a ele. Converteu-se à pregação de Jonas. E ali, Jesus não estava
encontrando a mesma acolhida, nem a mesma disposição para a conversão. O povo
de Nínive iria ser juiz daquele povo do tempo de Jesus. E iria condená-lo. E
quem estava ali anunciando a mensagem de Deus para eles não era simplesmente
alguém como Jonas. Como ele mesmo disse, ali estava alguém maior que Jonas, o
próprio filho de Deus.
O povo pagão de Nínive converteu-se à pregação de Jonas. O povo de Deus
do tempo de Jesus respondeu com indiferença à sua pregação. E um bom grupo
reagiu com violência à boa notícia anunciada por ele. A pregação do Evangelho,
que anuncia o Reino de Deus, continua hoje e chega até você e à sua família.
Como é que vocês estão reagindo a esse anúncio que pede conversão e acolhida do
amor de Deus? Como o povo de Nínive? Como o povo do tempo de Jesus?
No dia do julgamento, os ninivitas se levantarão
juntamente com esta geração e a condenarão (Lc 11, 32)
Senhor Jesus,
essa página do Evangelho vem reforçar nossa caminhada cristã, que é um
permanente convite à conversão, à acolhida da vida nova que tu nos alcançaste
em tua cruz. Concede-nos, Senhor, que vençamos a indiferença, que é atitude
típica do nosso tempo: o não ligar, o deixar pra lá, o não dar importância. Que
a tua Palavra encontre abrigo em nossos corações e em nossas vidas, nos
animando num processo de verdadeira conversão. Seja bendito o teu santo nome,
hoje e sempre. Amém.
A conversão é a nossa resposta à Palavra de Deus. A conversão é obra nossa e do
Espírito Santo de Deus em nós. Assim, hoje, peça ao Santo Espírito, mais de uma
vez, a graça da conversão.
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