"Deixo-vos
a paz, dou-vos a minha paz. Não é à maneira do mundo que eu a dou. Não se
perturbe, nem se atemorize o vosso coração. Ouvistes o que eu vos disse: 'Eu
vou, mas voltarei a vós'. Se me amásseis, ficaríeis alegres porque vou para o
Pai, pois o Pai é maior do que eu. Disse-vos isso agora, antes que aconteça,
para que, quando acontecer, creiais. Já não falarei mais convosco, pois vem o
chefe deste mundo. Ele não pode nada contra mim. Mas é preciso que o mundo
saiba que eu amo o Pai e faço como o Pai mandou." "
Meditação:
Na Sagrada Escritura encontramos que a saudação com desejos de paz era muito corrente, tanto para quem chegava como para quem tinha de partir. Não acontece a mesma coisa com a saudação de paz ou com a despedida de Jesus, que é especial e eficaz.
A
Paz que Jesus oferece a todos os seus discípulos tem de ser entendida como um
dom de Deus e uma tarefa de todos os dias; uma paz que se constrói, destruindo
com amor os ódios, egoísmos e violências.
Na
linguagem do evangelista João, palavras como “Paz”, “Verdade”, “Luz”, “Vida” e
“Alegria” são termos simbólicos que refletem diversas facetas do amor de Deus
trazido por Jesus para a humanidade.
Nesta
expressão vemos a clara declaração da Personalidade de Jesus. Ele é, por
natureza, comunicador de paz. Sem dúvida, não estamos às voltas com uma espécie
de paz intimista e sentimental. A paz de Jesus é muito mais do que isto!
A
paz é um dom de Jesus para seus discípulos, em vista do testemunho que são
chamados a dar. Ela visa à ação. Por isso, não pode reduzir-se ao nível do
sentimento.
A
paz de Jesus tem como efeito banir do coração dos discípulos todo e qualquer
resquício de perturbação ou de temor que leva ao imobilismo. Possuindo o dom da
paz, eles deveriam manter-se imperturbáveis, sem se deixar intimidar diante das
dificuldades.
A
paz do mundo é bem outra coisa. Encontra-se na fuga e na alienação dos
problemas da vida. Leva o discípulo a cruzar os braços, numa confiança ingênua
em Deus do qual tudo espera, sem exigir colaboração. Neste sentido ela é uma
paz que conduz à morte!
O
discípulo sensato rejeita a paz oferecida pelo mundo para acolher aquela que
Jesus oferece.
A
paz de Jesus é a paz que é fruto da prática libertadora, fraterna, solidária, restauradora
da vida e da dignidade dos homens e mulheres. É a paz do reencontrar a vida na
união de vontade com o Pai.
Reflexão Apostólica:
A
paz está intimamente relacionada com a harmonia nas relações interpessoais,
comunitárias e entre os povos. Também estabelece uma relação de harmonia com
Deus.
Alcançar
a paz significa assim uma plena comunhão consigo mesmo, com os demais, com a
natureza e com Deus. Por isso a paz começa no coração de cada pessoa e está
limitada a impregnar todos os níveis de relação que possam estabelecer os seres
humanos.
Hoje
as notícias sobre injustiças, violência, destruição e morte estão cada dia em
primeiro plano em todos os meios de comunicação.
Esta
realidade se converte num desafio para as aqueles que cremos que o Espírito
Santo continua agindo através dos fiéis para impregnar o mundo com essa paz
verdadeira tão invocada pelo Senhor para os seus.
E
nós, somos promotores da paz no meio em que vivemos e exercemos nossas tarefas.
De que modo o fazemos? Que iniciativas poderíamos promover para enfrentar situações
de violência, ódios ou discórdias que por acaso vivamos em nossa
realidade?
Propósito:
Jesus Príncipe da Paz, dai-nos a
constância na fé e na esperança para que jamais duvidemos das vossas promessas.
Que tomemos posse da vossa Paz. Paz que nos tranqüiliza a alma
e nos faz mais do que vencedores porque tu estás conosco e em nós.
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