18 abril - Sirvamo-nos deste grande meio que é a oração recíproca! Entrelacemos as nossas orações e que o Anjo do perdão as leve em conta no tremendo livro da purificação. (L 7). São Jose Marello
João 6,44-51
"Ninguém
pode vir a mim, se o Pai que me enviou não o atrair. E eu o ressuscitarei no
último dia. Está escrito nos Profetas: 'Todos serão discípulos de Deus'. Ora,
todo aquele que escutou o ensinamento do Pai e o aprendeu vem a mim. Ninguém
jamais viu o Pai, a não ser aquele que vem de junto de Deus: este viu o Pai. Em
verdade, em verdade, vos digo: quem crê, tem a vida eterna. Eu sou o pão da
vida. Os vossos pais comeram o maná no deserto e, no entanto, morreram. Aqui
está o pão que desce do céu, para que não morra quem dele comer. "Eu sou o
pão vivo que desceu do céu. Quem come deste pão viverá eternamente. E o pão que
eu darei é a minha carne, entregue pela vida do mundo"."
Meditação:
Continuamos a nossa meditação de um texto que foi cortado em
pedacinhos. Talvez a intenção seja que nos fixemos bem em cada versículo. Os de
hoje estão centrados no Pai de Jesus, que ele chamava carinhosamente de
“Papai”. Como queria Jesus que conhecêssemos seu Pai, que soubéssemos que ao
segui-lo estávamos sendo atraídos pelo Pai. Profetas, homens e mulheres,
transformados em grito, testemunhas do projeto de Deus, anunciaram desde o
passado que “todos serão discípulos de Deus”. Quer dizer, todos escutarão sua
voz e aprenderão e lhe darão atenção.
Jesus reafirma que ele é o pão da vida. Se os antepassados que comeram o maná
no deserto morreram, agora quem come deste novo pão da vida plena participará
da ressurreição. Aqui a ressurreição não se entende com na mentalidade dos
fariseus, um prêmio pelo estrito cumprimento a lei. Com Jesus a vida em
abundância é fruto da configuração com ele e com seu projeto histórico.
Participar do projeto de Jesus é assimilar os valores de sua
mensagem, as razões de sua luta, a obediência incondicional ao projeto salvador
de Deus, os riscos que se corre como consequência de um compromisso radical.
Não se pode ir atrás de Jesus somente por conveniência ou simples tradição;
essa é a característica de uma fé desencarnada, distante de toda opção
autenticamente cristã.
Hoje, quando a vida no mundo se vê ameaçada e se levantam
estruturas injustas que a maioria das vezes se baseiam na mentira e na morte
dos pobres, é necessário optar abertamente e com radicalidade pela causa de
Jesus: O reino de Deus, em que os seres humanos, especialmente os pobres,
tenham vida em abundância.
O que acontece pois por mais que escutemos não aprendemos
nada? Deus deve ser “acreditado e praticado”. Talvez por isso nossas
celebrações religiosas não nos alimentam para a vida do reino. Escutamos e
dizemos crer, mas não “praticamos Deus”. Somo como o filho daquela parábola que
diz que ia, mas não foi.
Ponhamos nas mãos do Senhor tantos milhões de seres humanos que vivem em
condições de miséria extrema, e os que morrem de fome diante da indiferença do
mundo. Eles são o motivo no horizonte para optar pelo compromisso cristão em
favor da vida, a justiça e a paz.
Peçamos ao Senhor que nos faça voltar a ele; que sejamos atraídos pelo Pai,
como pequenas partículas de ferro atraídas pelo poderoso imã de seu amor, pela
fascinação que brota de seu amor sem medida: a mesma experiência vivida por
Jesus.
Reflexão Apostólica:
A Palavra pregada por Jesus deve ser recebida, acolhida,
comida e ruminada pois ela é Palavra de vida eterna. Assim, a humanidade
alimentada pela Palavra viva que é Jesus, com a alegria e a fé nascida do
alimento que Deus lhe deu reconhece que Ele é o pão da vida, que lhe conduz à
comunhão com o Pai e por isso lhe dá a vida divina. Por sua vez com alegria e
entusiasmo deve comprometer-se com ela e anunciá-la aos seus irmãos fazendo com
ela uma única realidade.
Pois assim como Jesus e o Pai são um só, assim também a
humanidade deve ser uma só com Ele. Este foi, é deverá ser sempre o conteúdo da
mensagem de Jesus. É fundamental que nós cristãos lutemos pela unidade e não
pela desunião.
Para nós o ditado segundo o qual, “cada um por si Deus por
todos”, não tem lugar. Mesmo entre os aqueles que não se conhecem ou são de
outras confissões religiosas.
Quando você se encontra com os que não são católicos qual
tem sido o teu comportamento? De que tem falado ou discutido?
Muitas vezes nós nos julgamos os melhores e os sabedores de
tudo. Mas nos esquecemos que o nosso Deus também é o Deus daqueles que julgamos
ruins.
Hoje Jesus volta a nos ensinar. Mostra-nos que Ele e o Pai
estão unidos pelo mesmo amor. A mesma união com o Pai deve acontecer com os
discípulos que estão unidos a Jesus. Ninguém pode vir a mim, se o Pai que me
enviou não o atrai.
Viver em comunhão com Deus e entre nós deve ser nosso desejo
e nossa missão de cristãos. Fomos feitos para a comunhão de irmãos, jamais para
a divisão e separação. Portanto se você estiver vivendo isso, hoje mesmo
levante-se vai ter com a pessoa com quem você não fala, com quem você brigou ou
discutiu. Vai pedir perdão e reconcilie-se com ela.
Este é o pão do qual Jesus redundantemente quer que comamos:
Eu sou o pão vivo que desceu do céu. Se alguém comer desse pão, viverá para
sempre. E o pão que eu darei para que o mundo tenha vida é a minha carne.
Estamos diante da continuação do longo discurso sobre o pão,
pronunciado após a partilha dos pães com a multidão, na montanha.
Um dos aspectos que Jesus vem salientando é que a
iniciativa da salvação vem do Pai. Ninguém se faz discípulo de Jesus se não for
designado por Deus seu Pai. E todo aquele que escuta a sua palavra e procura
fazer a vontade daquele que o enviou é introduzido na vida que nunca mais terá
fim. Visto que: aqui está o pão que desce do céu; e quem comer desse pão nunca
morrerá.
Nos nossos dias alimentar-se de Jesus é ter vida é
contemplá-lo e seguir seus passos. No serviço, na fraternidade e na
solidariedade social, na busca da justiça e da paz, entra-se em comunhão de
vida eterna com Jesus.
Deixemo-nos tocar pelo convite que Jesus. Vinde convidados
do meu Pai, a mesa está posta vinde. Participemos plena, consciente e
ativamente; comamos e bebamos o corpo e o sangue de Jesus.
Esta mesa é a mesa da compreensão, do diálogo, do
perdão, da reconciliação. Ninguém deve se aproximar dela se não
perdoar de todo o coração a seu irmão, irmã, marido, esposa, esposo, filhos,
colegas amigos e até os seus inimigos.
"O que ele (a) me fez foi muito duro e
dolorido. Sinto as feridas até agora." Busquemos em primeiro lugar o
Reino dos céus e a sua justiça e o resto nos será dado por acréscimo! É Jesus
quem está dizendo isso para nós.
Corramos atrás daquilo que chamamos de prejuízo.
Deus é maior, Ele pode tudo! Alias o verdadeiro cristão não deve ser inimigos e
a ninguém deve ter dívida senão a dívida do amor!
Propósito:
Espírito de
docilidade ao Pai reforça minha disposição para acolher os ensinamentos divinos
e colocar-me, resolutamente, na busca do Ressuscitado.
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