29 abril - O mundo sofre por falta de
fé, de esperança e de caridade. (L 25).
São José marello
João 14,21-26
"Quem
acolhe e cumpre os meus mandamentos, esse me ama. Ora, quem me ama será amado
por meu Pai, e eu o amarei e me manifestarei a ele. Judas (não o Iscariotes)
perguntou-lhe: "Senhor, como se explica que tu te manifestarás a nós e não
ao mundo?" Jesus respondeu-lhe: "Se alguém me ama, cumpre a minha
palavra; meu Pai o amará, e nós viremos e faremos nele a nossa morada. Quem não
me ama, não cumpre as minhas palavras. E a palavra que ouvis não é minha, mas
do Pai que me enviou. Eu vos tenho dito estas coisas enquanto estou convosco.
Mas o Defensor, o Espírito Santo que o Pai enviará em meu nome, ele vos
ensinará tudo e vos recordará tudo o que eu vos tenho dito."
Meditação:
João
é o evangelista que nos introduz na contemplação da Trindade, Pai, Filho e
Espírito Santo. É uma contemplação que nos move interiormente à ação no
cumprimento dos mandamentos de Jesus.
Os
mandamentos de Jesus se realizam em toda a prática a favor dos homens e
mulheres, promovendo a vida. O amor consiste em assumir estes mandamentos.
O
amor de Jesus consiste em receber e cumprir os mandamentos. Ao longo do
Evangelho, insistiu-se em que o amor é o supremo “mandamento” de Jesus.
Quem
ama o Filho é também amado pelo Pai. É estabelecido um círculo de comunhão
amorosa entre o crente, Jesus e o Pai. Talvez seja este o fundamento da fé.
Crer é amar Jesus e amar o Pai. Certamente que a conseqüência lógica é o amor
aos irmãos.
À
pergunta de Judas Tadeu sobre sua manifestação ao mundo, a resposta de Jesus é
uma reafirmação do anterior: sua manifestação se realiza através da morada do
Pau e do Filho no interior do crente.
"Em
que consiste o novo mandamento"? Não precisamos responder. Até porque,
Jesus já respondeu por você:
Aquele que tem os meus mandamentos e os guarda, esse é que me ama.
O
que devemos fazer é fazer um exame de consciência para ver se realmente é assim
que temos vivido. O modo como guardamos os Seus mandamentos será a prova de
fogo. Pois: E aquele que me
ama será amado por meu Pai, e eu o amarei e manifestar-me-ei a ele.
Ser
cristão é viver o amor de Cristo e trabalhar para construir um mundo melhor.
Somos
pessoas, e por isso nos relacionamos uns com os outros. Este relacionamento
acontece ou é feito de várias maneiras numa convivência diária.
Conviver
é viver com os outros, como amigos, isto é, demonstrando amizade sincera, isto
é, desejando e fazendo para os outros exatamente aquilo que desejamos para nós,
tratando os demais como nós gostaríamos de ser tratados também por eles.
Mas
isso, só é possível na comunhão de amor com Jesus, que está unido com Deus-Pai
e o Espírito Santo na eternidade. Ele nos convida a nos unirmos com Ele e neste
propósito, como discípulos devemos contar com a presença do Espírito Santo, que
é a luz de seus passos.
Antes,
Jesus afirmara que iria ao Pai para preparar uma morada para os discípulos.
Agora, fica esclarecido que esta morada não é em outro lugar distante, no céu,
mas no próprio discípulo que guarda sua palavra. Segue nova afirmação da união
com o Pai: a sua palavra é a palavra do Pai.
A
habitação divina nos discípulos completa-se com o envio do Defensor, o Espírito
Santo. Sua missão é revelar a presença de Jesus nas comunidades, iluminar suas
palavras e fortalecer a fé dos discípulos.
Só
tendo o Espírito Santo em nós conseguiremos cumprir o mandamento do amor. E a
medida desse amor é o próprio Jesus: A
pessoa que não me ama não obedece à minha mensagem. É preciso que
amemos a Deus sobre todas as coisas e amemos ao próximo como a nós mesmos.
Reflexão Apostólica:
Jesus
se manifesta e é encontrado no amor. Neste amor se tem a presença de Jesus em
união com o Pai. A afirmação de Jesus de que se alguém o ama e cumpre sua
palavra, ele e o Pai virão e farão nesse a sua morada, significa a participação
na vida divina e eterna já neste mundo, na comunhão do amor de Deus.
A
maior prova do amor à Jesus passa pela obediência, não cega mas sim iluminada
pela fé nas palavras e obras do Mestre. Jesus inspira e fundamenta nossas ações
e nosso modo de viver. Seu exemplo de amor e de misericórdia nos arrasta para a
contemplação da beleza da vida e a certeza da vida eternidade em Deus.
Observar
e obedecer suas palavras é seguir o caminho, ao longo do qual se dá o encontro
com o Pai na vivência da partilha, da fraternidade e da solidariedade com os
excluídos e oprimidos da nossa sociedade.
Muitas
vezes nos ocupamos com coisas inúteis! Deixando de lado o fundamental. Não
percamos tempo em coisas que não são essenciais para nossa vida, deixando-nos
conduzir por aquelas que nos aproximam dele e sobretudo da Palavra.
Pela
palavra todos nós somos orientados para participamos da vida do Único e
verdadeiro Deus, O de Jesus Cristo, para que abraçando o dom da fé consigamos
descobrir quer a nossa origem quer o nosso destino, a nossa pátria definitiva.
O
encontro, a comunhão com a vida divina e eterna são o conteúdo da Palavra que
com intensidade e fervor Jesus anunciou ou Apóstolos, discípulos e continua
dirigindo à nós.
Depois
de tudo o que Jesus fez e falou, já não há motivos de dúvidas nem de desespero.
Até porque a santidade do nosso viver ainda na terra é garantida pela força
vivificadora do Espírito Santo.
Cabe
a nós sermos obedientes à Palavra feita Carne! Deixe a luz do Céu entrar
no seu coração. Abramos bem as portas de nossas almas, dos nossos espíritos
para que transfigurados pela Palavra fiquemos cheios de esperança de ver chegar
a hora de vencer, triunfar sobre tudo e todos em nome e no poder de Jesus.
Um
cristão comum afirma com facilidade que crê em Jesus e o ama; o difícil é
aplicar na vida diária a fé que afirma professar. O amor a Jesus tem que ser
notado em tudo o que dizemos e fazemos.
Para
consegui-lo, o evangelho dá duas pistas importantes: adesão a Jesus e
cumprimento dos mandamentos. A resposta à inquietação de Judas Tadeu por que o
Senhor não estaria se manifestando ao mundo, não significa repudiar o mundo
como tal, mas ao falso mundo, dominado pelas autoridades judaicas e romanas; um
mundo que despreza o reino de Deus.
Se
conseguirmos que em nossa consciência se cultive o amor de Jesus, crescerá
nossa motivação para melhorar nosso ambiente familiar e social; e sentiremos
que Jesus vem em cada obra boa que façamos.
A
ausência física do Mestre preocupa os discípulos. Mas não há que se preocupar:
o Espírito Santo está conosco; ele nos ensina, recorda-nos e nos torna atual a
palavra de Deus. Recordemos que Deus continua falando hoje de muitas maneiras,
em diversos tempos e lugares, e a diversos povos e culturas.
Propósito:
Pai, desperta em mim o desejo e a disposição de amar
Jesus e de pôr em prática as palavras dele. Assim, estarei seguro de ser amado
por ti e de viver em comunhão contigo.
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