27 janeiro – O demônio cumpre o seu dever quando nos tenta, e
nós, o nosso, quando recorremos a Deus.(S 172).
São Jose Marello
Marcos 4.35-41
35Nesse dia, quando chegou à tarde, Jesus disse a seus discípulos: ‘Vamos
para o outro lado do mar’. 36Então os discípulos deixaram a
multidão e o levaram na barca, onde Jesus já se encontrava. E outras barcas
estavam com ele. 37Começou a soprar um vento muito forte, e as
ondas se lançavam dentro da barca, de modo que a barca já estava se enchendo de
água. 38Jesus estava na parte de trás da barca, dormindo com a
cabeça num travesseiro. Os discípulos o acordaram e disseram: ‘Mestre, não te
importa que nós morramos?’ 39Então Jesus se levantou e ameaçou
o vento e disse ao mar: ‘Cale-se! Acalme-se!’ O vento parou e tudo ficou
calmo. 40Depois Jesus perguntou aos discípulos: ‘Por que vocês
são tão medrosos? Vocês ainda não têm fé?’ 41Os discípulos
ficaram muito cheios de medo e diziam uns aos outros: ‘Quem é esse homem, a
quem até o vento e o mar obedecem?’”.
Reflexão
Essa cena relatada por Marcos é, no meu ponto
vista, uma das mais instigantes que os discípulos viveram durante os três anos
do Ministério de Jesus. É exatamente para desnudar todo esse relevo, faz-se
necessário que juntos possamos imaginar todos os nuances das cenas ali
contidas, vamos a elas:
Jesus tinha passado todo o dia ensinando à beira do
Mar da Galileia sobre o Reino de Deus, no final da tarde, Ele ordena que os
discípulos entrassem em um barco para passarem para a outra margem e chegarem a
região chamada de Gadara. Durante a travessia, Jesus cansado resolveu ir
dormir, com a tranquilidade que lhe era peculiar; foi quando uma tempestade
terrível surpreendeu a todos e começou a encher de água o barco. A
palavra “tempestade”,
substantivo feminino que representa: Violenta agitação da atmosfera com ventos
fortes, por vezes acompanhada de chuvas, granizo ou trovões; e, no sentido
figurado um grande estrondo; agitação moral, uma grande perturbação e problemas
constantes.
Foi aí que os discípulos, em completo desespero,
constatam que o único recurso é ir até Jesus. resolvem acordá-lo
questionando: “Mestre, não te
importa que nós morramos?”; Quando Jesus se levanta, olha para eles e
com autoridade oferece uma demonstração explicita de todo o Seu poder e impõe,
de forma enfática, silêncio às ondas e ao vento. E, Jesus fez isso com o único
propósito de estabelecer a coragem e fortalecer aquelas pessoas para que
pudessem, realmente, reconhecer a misericórdia do Deus que O tinha enviado.
Logo em seguida, Jesus passou a recriminar os
discípulos e pergunta: “Por que
vocês são tão medrosos? Vocês ainda não têm fé?”; Jesus cobra confiança
e fé, demonstrando que, independentemente da situação, reafirmando, de forma
subliminar, que Ele nunca os iria abandonar à sua própria sorte e nem deixaria
de cuidar deles e delas por um segundo sequer, mesmo que pareça que esteja
adormecido. Imagino que os discípulos abismados se reúnem e questionam uns aos
outros: “Quem é esse homem, a
quem até o vento e o mar obedecem?”.
Mas, qual a lição a ser tirada desses
acontecimentos? A resposta é bem simples: Jesus, como Filho do Deus Vivo,
domina todo caos e confusão, subjugando a tempestade e afastando o medo da vida
dos discípulos; e, Jesus faz isso por saber que o medo aprisiona as pessoas nos
seus temores e as deixam temendo por sua própria sorte; e, tudo isso foi
potencializado nesses tempos de pandemia. Jesus agiu assim por ter a consciência
de que as emoções que fluem do medo destroem a paz interior e leva a duvidar a
força e a constância das promessas de Deus, reveladas por Jesus em Seu
Ministério.
É por isso que vou trazer à tona uma pergunta que
não quer calar: Como derrotar o medo? Sem querer ser dono da verdade, acredito
que a única vacina para desenvolver a imunidade contra o medo é a confiança.
Mas não é qualquer confiança, é a confiança lastreada em Deus e no amor
inabalável que Ele nutre por cada um de nós. Quando tomamos consciência de que
é o nosso Deus quem está no comando e que Ele nos toma em Suas mãos amorosas,
enfrentaremos os perigos e as incertezas da vida com confiança e certeza de
que “em todas estas coisas,
porém, somos mais que vencedores, por meio daquele que nos amou” (Rm
8,37).
Precisamos confiar N’Àquele que enviou Jesus para,
como seu preposto, vencer as aflições do mundo; devemos lançar sobre Ele todas
as nossas ansiedades e constatar que o Senhor nos franqueia a vitória, porque
Ele tem cuidado de nós. É imperioso depositar N’Ele a certeza da nossa salvação
para constatar que a fé tem o condão de expulsar o medo e a desesperança em
meio aos nossos problemas, para compartilhar a vida com Aquele a quem o vento e
o mar obedecem, fazendo brotar no nosso coração a oração que diz: “Querido e amado Deus, nas Tuas mãos
queremos entregar nossos medos, ansiedades; clamamos pela Tua misericórdia e
cuidado para que nossos corações e mentes sintam-se seguros e por Ti guardados.
É o que oramos em nome D’Aquele que a quem até o vento e o mar obedecem, o
nosso irmão Jesus, amém!”
Para
Reflexão
Como podemos agir e reagir para derrotar o medo na
minha vida?
Será que consigo expor a confiança lastreada em
Deus e no amor inabalável nutrido por cada um de nós?
Como buscar para divulgar para mim e para os outros
a força e a constância das promessas de Deus?
***
Seu olhar puro é intensamente
atraente. Suas palavras sábias são cativantes. Seus passos firmes anunciam a
chegada de alguém que sabe o que veio fazer. E Suas ações expressam o Seu
caráter único e perfeito.
Ele não passa despercebido por ninguém, até mesmo aqueles que
não apreciam Sua presença, param tudo o que estão fazendo só para O
observarem. Ele é realmente irresistível! Mulheres O seguem pelas
ruas, homens apreciam passar horas em Sua companhia, crianças recebem o Seu
carinho.
Os doentes O procuram;
os pobres recebem Sua ajuda;
os ricos, Seus conselhos;
as viúvas são alvos de Sua atenção.
Ele é sincero, age com convicção e, se for preciso corrigir
alguma coisa errada, pode ter certeza de que será irredutível.
Aprecia as flores, as aves e os animais. Ele se interessa
pelas atividades alheias e até se envolve nos trabalhos árduos de Seus amigos
e, por falar em trabalho, Ele é muito trabalhador.
Viveu nesta terra, mas é dono de um Reino, ou seja, Ele é Rei!
Descobri algo que me realiza: esse homem me ama!
Eu não preciso de mais nada, somente dele. Seu amor é real e
imenso. E Sua prova de amor foi aceitar ser humilhado, zombado e até
assassinado para me salvar. Minha vida é preciosa para Ele, por isso
ressuscitou, tomou posse de Sua glória, venceu tudo por mim e logo estaremos
juntos para sempre porque Ele está vindo me buscar!
Esse homem é Jesus e a nós é apresentado assim pela Bíblia:
real e sempre ao nosso alcance. Ele o ama muito, tanto quanto ama a mim.
Tudo o que Ele fez foi por você também!
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