18 janeiro - Espírito de
luta, mas também espírito de resignação; buscar a glória de Deus, mas em
conformidade com sua vontade; sonhar muito e contentar-se também com pouco;
promover o triunfo da Igreja, não rejeitando, porém, as nossas derrotas
pessoais, as mortificações diárias do nosso amor próprio; assim se deve viver e
assim temos de nos empenhar em viver em união com o nosso Divino Mestre. (L
22). São Jose Marello
Leitura do santo Evangelho segundo São Marcos 3,7-12
"Jesus,
então, com seus discípulos, retirou-se em direção ao lago, e uma grande
multidão da Galileia o seguia. Também veio a ele muita gente da Judeia e de
Jerusalém, da Idumeia e de além do Jordão, e até da região de Tiro e Sidônia,
porque ouviram dizer quanta coisa ele fazia. Ele disse aos discípulos que
providenciassem um barquinho para ele, a fim de que a multidão não o apertasse.
Pois, como tivesse curado a muitos, aqueles que tinham doenças se atiravam
sobre ele para tocá-lo. E os espíritos impuros, ao vê-lo, caíam a seus pés,
gritando: "Tu és o Filho de Deus". Mas ele os repreendeu, proibindo
que manifestassem quem ele era. "
Meditação:
“(…) O
evangelho de hoje é uma continuação dos evangelhos anteriores e nos mostra que,
se por um lado, as autoridades religiosas da época de Jesus não concordavam com
o seu modo de agir e com os seus ensinamentos, por outro lado, a multidão cada
vez mais aderia aos seus ensinamentos e procurava em Jesus a solução para os
seus problemas, naturais ou espirituais. A visão institucionalizada da fé é
importante porque nos ajuda a viver comunitariamente o nosso relacionamento com
Deus, mas pode ser perigosa enquanto pode submeter o próprio Deus aos critérios
da razão humana ou legitimar, em nome de Deus, relacionamentos e costumes
meramente humanos que podem até ser opressores e excludentes”. (CNBB)
Por causa da
multidão que o comprimia, Jesus pediu que lhe providenciassem uma barca e se
retirou para a beira do mar junto com seus discípulos.
Quando nós
seguimos Jesus na multidão nós não temos a oportunidade nem a chance de
aprender com Ele, porque somos influenciados (as) pelos demais.
Precisamos
nos retirar e nos colocar na barca com Jesus para que ele se assente conosco,
e, pessoalmente, nos toques, nos cure, nos alente e nos ensine tudo de que
precisamos apreender para segui-Lo fielmente.
Para seguir
Jesus nós precisamos ser libertados das cargas que pesam sobre nós e nos
sentirmos livres dos outros e de nós mesmos, para podermos ajudar a que outros
também saiam da multidão. A barca pode ser o momento que nós providenciamos a
fim de ficarmos a sós com Ele, em oração e adoração.
Somente na
oração nós conseguiremos que Jesus entre no nosso coração, sozinho e, aos
poucos, nos cure das nossas enfermidades, das nossas feridas, dos nossos
desencantos e sentimentos de frustrações e medo. Assim fazendo nós poderemos
sair do meio da multidão para segui-Lo de verdade.
A multidão
(o mundo, as pessoas) tem impedido você de seguir Jesus? Você tem tentado sair
do meio da multidão para ficar a só com Jesus? Você acha que precisa ser curado
(a) de alguma coisa?
Providencie
a barca para Jesus e entre com Ele. Só assim você será curado (a).
Reflexão
Apostólica:
Nessa semana, quem teve a oportunidade de acompanhar os evangelhos
viu o empenho do Senhor em realizar o projeto do Pai (curas, milagres, a boa
nova aos pobres) e o também “empenho” dos fariseus e diversos homens da lei em
encontrar meios de por Jesus em ciladas.
Jesus se desvencilha delas uma a uma, no entanto como no tempo em que o
Senhor viveu, somos também colocados a prova.
Então qual é a postura que deve ser adotada por aqueles que, como os
apóstolos, seguem o Senhor e por seu projeto são perseguidos? O que por ventura
nos torna especial para o Senhor ao ponto de presenciarmos seus milagres
enquanto projeta e apresenta novos planos que nunca imaginávamos ter? O que ele
espera de nós?
São Paulo deixa bem claro esse sentimento que temos. Mudamos de lado,
opinião, de jeito, forma de se vestir e falar; abandonamos velhos hábitos, às
vezes rapidamente outras vezes ao longo do tempo; notam nossa mudança, reparam
as diferenças e por fim passam ver Jesus no nosso olhar.
Essa mudança não pode nos sufocar, pois a missão deve ser prazerosa e
bem planejada. Jesus quando pede para que se encontre um barco para não ser
acotovelado pela multidão demonstra também preocupação consigo e o Seu projeto.
Como poderia ajudar a outros tantos se fosse sufocado por poucos? “(…) Jesus
pediu aos discípulos que arranjassem um barco para ele a fim de não ser
esmagado pela multidão”.
Todos que estão imbuídos de algum trabalho em prol de outros, sejam eles
catequistas, voluntários, ministros, sacerdotes, pais, mães, (…) devem ter uma
coisa em mente: TODOS PRECISAM PLANEJAR SUAS VIDAS. É PRECISO ORGANIZAR SEU
TEMPO PARA NÃO SEREM ESMAGADOS PELO EXCESSO DE OFICIO.
Conheço pessoas que estão engajados e três a quatro frentes de trabalho,
que não é novidade alguma, mas que horas param para rezar? Semeiam a palavra,
catequizam, dão formação, mas em que momento para, para tomar conta da semente
que foi semeada em si mesmo? Quantas lideranças conhecemos que após uma dura
batalha ou período de trabalho se afastam da igreja e por vezes não mais
retornam?
A obra de Deus vai acontecer conforme a vontade Dele, pois é Sua vontade
continuar. Uma igreja sem músicos, o povo cantará; um padre bom que vai embora,
outro tão ungido virá e assumirá a comunidade. Somos aqueles que se preocupam
em encontrar uma barca para o Senhor e não quem senta nela!
Nossa comunidade tinha cerca de onze pastorais e movimentos e hoje são
apenas seis ou sete. Dentre tantos motivos do esfriamento está na falta de
novos que “arrumem os barcos”, alimentando em algumas pastorais e movimentos a
herança perpétua de algumas pessoas que pelo tempo, já se sentem no direito de
sentar no barco.
Nosso empenho deve estar focado em manter a palavra viva na praia. Jesus
não deve parar de falar por nossa falta de empenho. Se fizermos nossa parte
conseguiremos entender Santa Catarina de Sena quando disse: “Se fores aquilo
que Deus quer, colocareis fogo no mundo. “
E “por fogo” no mundo não quer dizer que sairemos com tochas na mão, mas
com um fogo abrasador que arde no peito de cada cristão chamado Espírito Santo.
Façamos o melhor para manter esse fogo ardendo no mundo. Sejamos
verdadeiros cristãos.
Propósito:
Reservar um momento especial para a oração.
TALVEZ
Talvez eu
venha a envelhecer rápido demais. Mas lutarei para que cada dia tenha valido a
pena.
Talvez eu sofra inúmeras desilusões no decorrer de minha vida. Mas farei que
elas percam a importância diante dos gestos de amor que encontrei.
Talvez eu não
tenha forças para realizar todos os meus ideais. Mas jamais irei me considerar
um derrotado.
Talvez em
algum instante eu sofra uma terrível queda. Mas não ficarei por muito tempo
olhando para o chão.
Talvez um dia o sol deixe de brilhar. Mas então irei me banhar na chuva.
Talvez um dia eu sofra alguma injustiça. Mas jamais irei assumir o papel de
vítima.
Talvez eu tenha que enfrentar alguns inimigos. Mas terei humildade para aceitar
as mãos que se estenderão em minha direção.
Talvez numa dessas noites frias, eu derrame muitas lágrimas. Mas não terei
vergonha por esse gesto.
Talvez eu seja enganado inúmeras vezes. Mas não deixarei de acreditar que em
algum lugar alguém merece a minha confiança.
Talvez com o tempo eu perceba que cometi grandes erros. Mas não desistirei de
continuar trilhando meu caminho.
Talvez com o decorrer dos anos eu perca grandes amizades. Mas irei aprender que
aqueles que realmente são meus verdadeiros amigos nunca estarão perdidos.
Talvez algumas
pessoas queiram o meu mal. Mas irei continuar plantando a semente da
fraternidade por onde passar.
Talvez eu fique triste ao concluir que não consigo seguir o ritmo da música.
Mas então, farei que a música siga o compasso dos meus passos.
Talvez eu nunca consiga enxergar um arco-íris. Mas aprenderei a desenhar um, nem
que seja dentro do meu coração.
Talvez hoje eu me sinta fraco. Mas amanhã irei recomeçar, nem que seja de uma
maneira diferente.
Talvez eu não aprenda todas as lições necessárias. Mas terei a consciência que
os verdadeiros ensinamentos já estão gravados em minha alma.
Talvez eu
me deprima por não ser capaz de saber a letra daquela música. Mas ficarei feliz
com as outras capacidades que possuo.
Talvez eu não tenha motivos para grandes comemorações. Mas não deixarei de me
alegrar com as pequenas conquistas.
Talvez a vontade de abandonar tudo torne-se a minha companheira. Mas ao invés
de fugir, irei correr atrás do que almejo.
Talvez eu não seja exatamente quem gostaria de ser. Mas passarei a admirar quem
sou. Porque no final saberei que, mesmo com incontáveis dúvidas, eu sou capaz
de construir uma vida melhor.
E se ainda não me convenci disso, é porque como diz aquele ditado: "ainda
não chegou o fim" Porque no final não haverá nenhum "talvez" e sim
a certeza de que a minha vida valeu a pena e eu fiz o melhor que podia."
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