Maria, nossa Rainha! Lc 1,26-38
Hoje é o dia em
que se celebra a Virgem Santa Maria, Rainha! Assim como temos a Festa do Cristo
Rei, também temos um dia na Liturgia da nossa igreja para celebrarmos Maria
como sendo nossa Rainha. Motivos não nos faltam, pois a mulher que Deus Pai
escolheu para ser a Mãe do seu Filho não poderia ser uma mulher qualquer.
No Evangelho o
destaque de hoje vai para um detalhe especial: mesmo sendo a escolhida de Deus,
o anjo Gabriel usa a expressão "cheia de graça". Ao pé da letra, a
palavra "graça" é utilizada para algo que é dado mesmo sem o
merecimento da pessoa que recebe. E em seguida o anjo repete a expressão:
"...encontraste graça diante de Deus." Essa é mais uma das passagens
bíblicas que os nossos irmãos evangélicos gostam de se utilizar para tentar
diminuir a realeza de Maria. E aí eu faço apenas uma pergunta: Será que se
Maria não tivesse merecido, Deus teria confiado o seu Filho único aos cuidados dela
e de José? Pergunte isso ao seu irmão evangélico.
Maria é a Rainha
que não veio para ser servida, mas para servir. E para ensinar a servir e
obedecer ao seu Filho. Ela não veio para se igualar a Jesus, mas para servir de
ponte até Ele. Maria é a Rainha Mãe, que é suave e cheia de ternura com seus
filhos, mas que também é "temível como exército em ordem de batalha"
para defender seus filhos, nós.
Meus irmãos, nós
temos uma Mãe para nos defender, para interceder por nós, para nos guiar, para
nos acolher, nos consolar e nos ensinar a amar. Tantas foram as mulheres santas
que já passaram por esse mundo, e seguindo o exemplo de Maria, se mantiveram
fiéis à vontade de Deus em suas vidas, e ajudaram a construir um pedacinho de
Paraíso aqui nesse mundo... Tantas mães anônimas, que cumprem seu papel de cuidar
dos filhos, mesmo sabendo que um dia eles irão crescer, e nunca serão capazes
de retribuir o amor imenso que lhes foi depositado... Assim foi o Amor de Maria
para com Jesus... E é esse Amor que Jesus quis compartilhar com João e conosco
quando na cruz disse: "Mulher, eis aí o teu filho. Filho, eis aí tua
mãe."
Maria, adota-nos
como filhos teus. Cuida de nós como cuidaste de Jesus. Dá-nos a criação que tu
deste a Jesus. Ensina-nos a andar, falar, sonhar, se comportar, conversar,
olhar, ler... assim como ensinaste a Jesus... E quando chegar o dia de nossa
morte, intercede por nós, Mãezinha, para que possamos viver eternamente na
presença de Deus... Amém.
22 agosto - Como os fluidos, o homem pode elevar-se, pois tanto se pode quanto se quer, e tanto se quer quanto se sabe. (L 9). São José Marello
Leitura do santo Evangelho segundo São Lucas 1,26-38
"O anjo Gabriel foi enviado por Deus a Nazaré, a uma virgem prometida em casamento a José. A virgem se chamava Maria. O anjo chegou e disse: "Alegra-te, cheia de graça! O Senhor está contigo". Ela começou a pensar qual seria o significado da saudação. O anjo disse: "Não tenhas medo, Maria! Encontraste graça junto a Deus. Conceberás e darás à luz um filho, e lhe porás o nome de Jesus". Maria perguntou: "Como acontecerá isso, se eu não conheço homem?" O anjo respondeu: "O Espírito Santo descerá sobre ti, e o poder do Altíssimo te cobrirá com a sua sombra. Por isso, aquele que vai nascer será chamado santo, Filho de Deus. Também Isabel, tua parenta, concebeu um filho. Este já é o sexto mês daquela que era chamada estéril, pois para Deus nada é impossível". Maria disse: "Eis aqui a serva do Senhor! Faça-se em mim segundo a tua palavra". E o anjo retirou-se."
Meditação:
A saudação do anjo Gabriel surpreendeu Maria. Quem
era ela senão uma humilde habitante de Nazaré, cidade sem importância das
montanhas da Galiléia?
Mulher sem maiores pretensões do que a de ser fiel a Deus; uma virgem já
prometida em casamento a José, mas sem viver conjugalmente com ele, conforme as
tradições de seu povo? Afinal, que méritos tinha para ser uma agraciada”,
“plena da graça” divina?
Maria estava longe de compreender o projeto de Deus a seu respeito. Sua
humildade de mulher simples do interior não lhe permitia pensar grandes coisas
a respeito de si mesma.
Quiçá tenha sido este o motivo por que fora escolhida por Deus para ser mãe do
Messias. Livre de toda forma de orgulho e auto-suficiência, Maria podia abrir
seu coração para receber a graça de Deus que haveria de torná-la templo do
Espírito Santo.
Ela tornou-se objeto da atenção divina, no seu anseio de salvar a humanidade.
Deus queria contar com alguma pessoa disposta a se tornar “escrava do Senhor”,
e permitir que a vontade divina acontecesse em sua vida, sem objeções. Foi para
Maria que se voltaram os olhares de Deus!
Tudo quanto o anjo comunicara a Maria era grande demais para o seu
entendimento, e superava sua capacidade de pô-lo em prática.
Abriu-se para ela uma perspectiva nova, ao lhe ser prometida a assistência do
Espírito Santo. Este seria a força que lhe permitiria levar a bom termo a
missão divina que lhe fora comunicada pelo anjo.
O sim de Maria nos oferece um exemplo prático para
nos rendermos a um relacionamento com Deus. O amor abnegado é a essência
verdadeira da fé e da própria vida.
Deus é capaz de realizar em nós e através de nós aquilo que entendemos como
impossível. o apóstolo Paulo escreveu em Efésios “é capaz de fazer
infinitamente mais do que tudo o que pedimos ou pensamos”. Deus promete que o
impossível será possível àqueles que crerem. Maria é nosso exemplo.
O sim de Maria mostra a confiança no projeto de Deus. A promessa feita através
dos profetas, agora vai se realizar na pequena jovem, que com o seu sim, vai se
tornar a mãe do salvador.
Nós também somos chamados a todo o momento a dar o nosso sim ao projeto de
Deus. Como está sendo nossa resposta? Um sim sincero e confiante, ou um talvez,
quem sabe, mais tarde!!!
Maria deu o seu sim, e deixou que Deus realizasse
maravilhas. Assim, também se dermos nosso sim, as maravilhas de Deus podem
acontecer através de cada um de nós.
Maria, mãe de nosso salvador e nossa, é a grande
estrela da evangelização. Diante de Maria foi colocado o destino da humanidade
mediante a salvação.
Maria não foi só a mãe de Jesus ou esposa
dedicada; com apenas um sim, ela assumiu perante a humanidade o compromisso de
proteger, interceder e cuidar com zelo de mãe dos filhos a ela confiados, primeiro
por Deus o seu filho Jesus, e depois todos nós ao pé da cruz sob a dor
agonizante de Jesus.
Maria, foi a primeira a impulsionar Jesus em seus milagres; acaso não foi a um
pedido de Maria que Ele transformou água
Ainda hoje Maria intercede por nós em nossos pedidos; com certeza como ela fez
naquele casamento, hoje ela não cruza os braços perante nossas súplicas; ela
vem em nosso auxílio.
Quem nega essa verdade desconhece ou não sente os
laços de amor firmado entre Deus e a humanidade diante do sim de Maria que nos
trouxe o direito da salvação.
Quanto mais nós meditamos sobre esta passagem do Evangelho mais nós nos
conscientizamos da grande participação de Maria no Projeto Salvífico do Pai.
Conforme prometera Deus escolheu Aquela de cuja descendência sairia o Salvador
dos homens. Porque conhecia as Escrituras e confiava na promessa do Pai, Maria
submeteu-se a ação do Espírito Santo e deu o seu Sim a fim de que a humanidade
fosse redimida.
O anjo Gabriel anunciou a Maria o advento do Filho do Altíssimo o qual reinaria
eternamente, segundo o plano de Deus, sobre toda a humanidade.
As mesmas palavras que o anjo dirigiu à Mãe de Jesus nos são dirigidas também,
hoje, quando somos escolhidos (as) para cooperar na edificação do reino de Deus
aqui na terra: “Não tenhas medo…porque encontraste graça diante de Deus”.
Reflexão
Apostólica:
No Evangelho de hoje três aspectos chamam a
atenção: a Fé de Maria que não questiona a vontade de Deus transmitida pelo
anjo, o conteúdo da mensagem do anjo e a obediência expressa na resposta: “Eis
a serva do Senhor, faça-se em mim segundo a tua palavra.”
Maria recebeu o dom da divina maternidade porque
teve fé e pela fé se torna felizarda. O nascimento de Jesus é obra da
intervenção de Deus, pois Maria concebe sem conhecer homem algum. Aquele que
vai iniciar nova história surge dentro da história de maneira totalmente
inédita.
0 título Filho de Deus, associado à ostentação de
poder, foi atribuído aos faraós e a outros chefes de nações ou impérios, além
de ao próprio rei Davi.
Muitos discípulos de Jesus se inclinaram a essa
interpretação. Jesus, contudo, sempre se colocou em relação de filiação com o
Deus Pai, misericordioso e todo amoroso.
Filho de uma jovem pobre e de um carpinteiro,
Jesus revela-se como o Filho de Deus humilde e solidário com os pobres e excluídos,
aos quais deseja comunicar a vida divina.
Eis a serva do Senhor, faça-se em mim segundo a
tua palavra. Palavras muito simples mais que atraem responsabilidade. Pois
doravante aquela pobre menina vai ser depositária dos desígnios de Deus. Deus
entra no tempo por meio do sim de Maria que se coloca como escrava ao serviço
do seu senhor 24 horas por dia.
Maria é um exemplo de humildade e obediência ao
Pai. Devemos aprender com Maria a darmos sempre o sim a Deus acolhendo com
humildade a Sua vontade sobre nós e nossas comunidades.
Propósito:
Pai, plenifica-me com tua graça, como fizeste com
Maria, de forma que eu possa ser fiel como ela ao teu desígnio de salvação para
a humanidade. Maria do Sim, ensina-me a dizer e viver o meu sim a Deus.
A vaidade, é
como osteoporose da alma, os ossos do lado de fora parecem bons, mas por dentro
estão todos estragados. O “cristão pavão”, doente da vaidade, vive para
aparecer e para se mostrar, talvez procurando passar boa impressão. Tudo passa
e se não tivermos algo consistente como as obras de misericórdia também nós
passaremos. A verdade é que um dia voltaremos a terra nua que nos espera para a
nossa verdade final. A vaidade é falsa, fantasiosa, engana e tira a paz. Ecl 1,2
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