29 de novembro - Sejamos sempre humildes, mesmo nas boas obras,
porque, às vezes, começamos um trabalho com reta intenção, mas lentamente se
introduz um pouco de amor próprio, de vaidosa satisfação, e lá se vai a reta
intenção. (S 231). São Jose Marello
Leitura do santo Evangelho segundo São Lucas 10,21-24
” Naquela mesma hora, Jesus
exultou de alegria no Espírito Santo e disse: “Pai, Senhor do céu e da terra,
eu te dou graças porque escondeste estas coisas aos sábios e inteligentes e as
revelaste aos pequeninos. Sim, Pai, bendigo-te porque assim foi do teu
agrado.
Todas as coisas me foram entregues por meu Pai. Ninguém conhece quem é o Filho
senão o Pai, nem quem é o Pai senão o Filho, e aquele a quem o Filho o quiser
revelar”.
E voltou-se para os seus discípulos, e disse: “Ditosos os olhos que vêem o que
vós vedes,
pois vos digo que muitos profetas e reis desejaram ver o que vós vedes, e não o
viram; e ouvir o que vós ouvis, e não o ouviram”."
Jesus louvou o Pai e exultou no Espírito quando os Seus discípulos “enxergaram” as maravilhas que sucediam quando eles saíam anunciando o reino.
A ação do Espírito Santo em nós faz com que tenhamos uma compreensão das coisas do alto numa perspectiva espiritual que é completamente diversa daquela que entendemos com a nossa humanidade.
Só os pequeninos, isto é, os que abrem o coração e não colocam a razão em primeiro lugar, poderão distinguir os prodígios e milagres que acontecem quando o reino de Deus se lhes manifesta pela ação do Espírito Santo.
Só os humildes e pequeninos podem
“entender” os mistérios do céu. Jesus é a própria revelação de Deus e todos os
que aceitam Jesus e nele crêem, são os pequeninos que vêem, ouvem e sentem a
felicidade e a paz do Senhor.
Somos chamados (as) no tempo
atual da nossa vida a ver e ouvir o que o Senhor tem para nos revelar. Não
percamos tempo: o Senhor tem muito a nos mostrar e também, a nos falar.
Os discípulos foram declarados felizes
por terem visto e reconhecido o Messias Jesus. Esta felicidade foi ansiada, ao
longo da história de Israel, por "muitos profetas e reis" que nutriam
a esperança de vê-lo. O desejo deles, porém, não foi realizado.
Entretanto, a graça de ver o Messias tem dois pressupostos. O primeiro diz
respeito à ação divina como propiciadora desta experiência.
Só pode reconhecer o Messias, Filho de
Deus, aquele a quem o Pai o quiser revelar. A simples iniciativa ou a
curiosidade humana são insuficientes.
Ainda recordo de uma homilia onde o celebrante disse: “(…) quando conhecemos a Deus, Seu amor, caem às escamas dos nossos olhos”. Se observarmos bem o que esse frei diz notaremos que conhecer o amor de Deus denota uma inevitável mudança de comportamento pessoal e individual; e para que ela ocorra pouco interessa quem sabe muito ou pouco, quem fez faculdade ou aquele que nem estudos têm. Mas por que aqueles que sabem muito são os que mais fogem da mudança?
“(…) Ó Pai, Senhor do céu e da terra, eu te agradeço porque tens mostrado às
pessoas sem instrução aquilo que escondeste dos sábios e dos instruídos. Sim, ó
Pai, tu tiveste prazer em fazer isso”.
Mas por onde começar?
1) EVITEMOS PERPETUAR OS PENSAMENTOS
PESSIMISTAS SOBRE A VIDA
Ter pensamentos
pesados ou pessimistas sobre a vida nos encarcera, nos prendem, (…); eles
fecham nossos olhos a grandeza e a beleza construída por Deus e nos dão a
sensação de impotência sobre mudar o hoje pensando no amanhã.
Todos sabem que um dia tudo isso que conhecemos poderá vir a terminar, mas por que causar pânico, temor, medo nas pessoas, sabendo que muita delas não tem nem mais motivos para viver? Por que não nos empenhar em levar a boa mensagem do evangelho de domingo?
Algo me fez
lembrar Jonas, o personagem bíblico, que insatisfeito pela não destruição da
cidade de Nínive (Jonas 4), sentou emburrado embaixo de uma mamoneira.
Essa analogia
serve para todos nós quando desistimos do mundo ou quando passamos a agourá-lo,
quando nos fazermos de coitado para chamar atenção dos outros e hoje de forma
especial quando me revisto de vaidades, arrogância e prepotência, pensando eu
ser sabedoria, e na verdade são coisas que evitam que eu cresça como pessoa.
Todo cristão tem
uma missão, seja ele evangélico ou católico, de procurar a Deus com todo
coração, com toda sua alma e com toda a força, mas não se ajunta folhas secas
assoprando o monte, ou seja, não será fácil juntar em meio a um vendaval
pessoal, em meio a tormentas, por isso é crucial que tenhamos empenho também em
resolver o que nos aflige por dentro.
Não sei bem se o
que temos nos fará chegar ao céu, ou seja, o estudo não nos credencia a sermos
mais importantes e sim mais habilidosos em um determinado assunto.
Também não posso
me valer desse evangelho para justificar parar de estudar, pois o estudo nos
oferece mais recursos ao trabalho da messe. Fugir da capacitação é como
insistir em lavrar a terra com um boi enquanto outros usam tratores.
Estamos no
advento, peçamos perdão
pelas vezes que me esqueci de ter um coração aberto ao amor; por ter nos achado
acima de tudo; por ter mais afastado do que ajuntado; por meu orgulho ter
soprado mais forte que minha humildade.
Reflitamos: “Preciso impregnar o
mundo com Cristo, a começar em mim!”
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