07
novembro - Fruto
da igualdade de espírito é aquela alegria pura e santa do coração, que podem
gozar somente aquelas almas que, indiferentes a todas as coisas da terra e a
tudo o que lhes diz respeito, não se preocupam senão com a glória de Deus e já possuem
Deus aqui na terra, na paz inalterável do seu coração. (S 238). São
Jose Marello
Leitura do santo
Evangelho segundo São Lucas 17,1-6
Naquele tempo, 1Jesus
disse a seus discípulos: “É inevitável que aconteçam escândalos. Mas ai daquele
que produz escândalos! 2Seria melhor para
ele que lhe amarrassem uma pedra de moinho no pescoço e o jogassem no mar, do
que escandalizar um desses pequeninos. 3Prestai
atenção: se o teu irmão pecar, repreende-o. Se ele se converter, perdoa-lhe. 4Se
ele pecar contra ti sete vezes num só dia, e sete vezes vier a ti, dizendo:
‘Estou arrependido’, tu deves perdoá-lo”. 5Os
apóstolos disseram ao Senhor: “Aumenta a nossa fé!” 6O Senhor
respondeu: “Se vós tivésseis fé, mesmo pequena como um grão de mostarda,
poderíeis dizer a esta amoreira: ‘Arranca-te daqui e planta-te no mar’, e ela
vos obedeceria”.
A comunidade fraterna dos discípulos não é uma
comunidade de santos, isenta de faltas. Quando o irmão peca, quando peca contra
seu irmão, este não deve permanecer impassível; trata-se, com efeito, da
salvação do irmão pecador. O primeiro que se deve fazer é repreendê-lo. Aquele
que o deixa agir sem se preocupar com seu pecado, se torna culpável: “Não
odiarás o teu irmão no teu coração, mas repreende-o para que não incorras em
pecado por causa dele (Lv 19,17).
A comunidade dos discípulos se santifica quando um irmão perdoa ao outro,
perdoa-o uma e outra vez apesar das recaídas, sete vezes ao dia, sempre que
haja falta, sem limite algum. Se o discípulo perdoar ao irmão, também Deus lhe
perdoará a culpa.
Lucas nos apresenta hoje três situações de vida
comunitária. A primeira para a qual o Senhor chama a atenção dos discípulos é a
impossibilidade de que desapareçam os escândalos. O pior não é que existam, mas
quem os produz.
Trata-se daqueles líderes religiosos que por causa de seu mau comportamento são motivo de escândalo para a comunidade, sobretudo para aqueles que estão começando a caminhar na fé. Jesus condena com tanta força essa conduta, que até usa a metáfora de atirá-los ao mar com uma pedra no pescoço.
A segunda situação é a correção fraterna. Se um irmão errar, somos obrigados a corrigi-lo; e, caso se arrependa, devemos perdoá-lo, sem exceção. Se voltar arrependido sete vezes, devemos perdoá-lo “sete vezes”, quer dizer, sempre; sem exceção. A correção assim compreendida é o caminho de reconciliação e de paz; fica excluído o rancor.
Reflexão Apostólica:
No Evangelho de hoje, Jesus nos exorta a tomarmos atitudes concretas de fé. A nossa fé é medida e provada pelas ações que praticamos em favor do nosso próximo e que os ajudam a levantar-se.
Por isso, é nos atos mínimos que a nossa fé, mesmo pequenina, pode ser cultivada e exercitada e assim cresça e se torne firme. Quem crê em Jesus para as pequenas coisas tornar-se-á forte para enfrentar os grandes desafios.
Provocar escândalos, promover desunião, levantar falso testemunho, são atitudes que negam o nosso estágio de Fé. Os escândalos são inevitáveis, porém estejamos atentos para que eles não aconteçam por nossa causa!
Quando nós advertimos, exortamos e repreendemos as pessoas a quem nós amamos e torcemos por elas, nós precisamos crer que agimos assim, em nome de Deus.
Jesus também nos ensina que é necessário, não somente repreender, ensinar, corrigir o nosso próximo, mas, sobretudo, perdoá-lo sempre. Perdoar sete vezes, significa perdoar todos os dias e nunca deixar de assim fazê-lo.
Contudo, para por em prática o que Jesus nos recomenda, nós necessitamos cada vez mais nos apossar do dom da fé. Somente pela fé é que nós poderemos exercitar o perdão, a reconciliação, a serenidade diante das dificuldades, a firmeza para não provocar escândalo e a esperança de fazer muito mais do que nós próprios temos capacidade.
Por isso, quando Jesus falava sobre essas coisas aos Seus discípulos, eles o pediam “Senhor, aumenta a nossa fé!” Todavia, o importante para nós, não é possuir uma fé grande demais, mas, tomar posse do dom da fé que já recebemos do Senhor no nosso Batismo, a fim de que sejamos capazes de tomar atitudes concretas de fé, com amor.
Reflexão pessoal: Em que tem se baseado a sua fé? Na sua capacidade de acreditar ou no seu abandono ao Amor de Deus? Você tem sido sinal de tropeço para alguém? Qual tem sido o seu comportamento, diante das pessoas que esperam algo de você? Jesus nos manda repreender o irmão e perdoá-lo. Como você tem feito isto? Você tem sabido admoestar as pessoas que causam escândalo, com amor? O que você faz quando vê um irmão, ou uma irmã no erro?
Propósito:
Pai, concede-me uma fé robusta que me predisponha ao
perdão e me previna contra as atitudes que possam levar meu semelhante a se
afastar de ti.
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