sábado, 7 de dezembro de 2024

Evangelho do dia 09 dezembro segunda feira 2024

 

São João (Juan) Diego Cuauhtlatoatzin

Os registros oficiais narram que Juan Diego, para nós João Diego, nasceu em 1474 na calpulli, ou melhor, no bairro de Tlayacac ao norte da atual Cidade do México. Era um índio nativo, que antes de ser batizado tinha o nome de Cuauhtlatoatzin, traduzido como “águia que fala” ou “aquele que fala como águia”.

Era um índio pobre, pertencia à mais baixa casta do Império Azteca, sem ser, entretanto, um escravo. Dedicava-se ao difícil trabalho no campo e à fabricação de esteiras. Possuía um pedaço de terra, onde vivia feliz com a esposa, numa pequena casa, mas não tinha filhos.

Atraído pela doutrina dos padres franciscanos que chegaram ao México em 1524, se converteu e foi batizado, junto como sua esposa. Receberam o nome cristão de João Diego e Maria Lúcia, respectivamente. Era um homem dedicado, religioso, que sempre se retirava para as orações contemplativas e penitências. Costumava caminhar de sua vila à Cidade do México, a quatorze milhas de distância, para aprender a Palavra de Cristo. Andava descalço e vestia, nas manhãs frias, uma roupa de tecido grosso de fibra de cactos como um manto, chamado tilma ou ayate, como todos de sua classe social.

A esposa, Maria Lúcia, ficou doente e faleceu em 1529. Ele, então, foi morar com seu tio, diminuindo a distância da igreja para nove milhas. Fazia esse percurso todo sábado e domingo, saindo bem cedo, antes do amanhecer. Durante uma de suas idas à igreja, no dia 9 de dezembro de 1531, por volta de três horas e meia, entre a vila e a montanha, ocorreu a primeira aparição de Nossa Senhora de Guadalupe, num lugar hoje chamado “Capela do Cerrinho”, onde a Virgem Maria o chamou em sua língua nativa, nahuatl, dizendo: “Joãozinho, João Dieguito”, “o mais humilde de meus filhos”, “meu filho caçula”, “meu queridinho”.

A Virgem o encarregou de pedir ao bispo, o franciscano João de Zumárraga, para construir uma igreja no lugar da aparição. Como o bispo não se convenceu, ela sugeriu que João Diego insistisse. No dia seguinte, domingo, voltou a falar com o bispo, que pediu provas concretas sobre a aparição.

Na terça-feira, 12 de dezembro, João Diego estava indo à cidade quando a Virgem apareceu e o consolou. Em seguida, pediu que ele colhesse flores para ela no alto da colina de Tepeyac. Apesar do frio inverno, ele encontrou lindas flores, que colheu, colocou no seu manto e levou para Nossa Senhora. Ela disse que as entregasse ao bispo como prova da aparição. Diante do bispo, João Diego abriu sua túnica, as flores caíram e no tecido apareceu impressa a imagem de Nossa Senhora de Guadalupe. Tinha, então, cinqüenta e sete anos.

Após o milagre de Guadalupe, foi morar numa sala ao lado da capela que acolheu a sagrada imagem, depois de ter passado seus negócios e propriedades ao seu tio. Dedicou o resto de sua vida propagando as aparições aos seus conterrâneos nativos, que se convertiam. Ele amou, profundamente, a santa eucaristia, e obteve uma especial permissão do bispo para receber a comunhão três vezes na semana, um acontecimento bastante raro naqueles dias.

João Diego faleceu no dia 30 de maio de 1548, aos setenta e quatro anos, de morte natural.

O papa João Paulo II, durante sua canonização em 2002, designou a festa litúrgica para 9 de dezembro, dia da primeira aparição, e louvou são João Diego, pela sua simples fé nutrida pelo catecismo, como um modelo de humildade para todos nós.

 09 dezembro - Oh! Quanto maior bem tem sido feito nas Congregações religiosas justamente porque os Fundadores, seja pelas regras, seja pela sensatez dos superiores animados pelo seu espírito, souberam moderar com sabedoria os impulsos de zelo de cada religioso. (L 176).  São Jose Marello

 

Lucas 5,17-26

 "Um dia Jesus estava ensinando, e alguns fariseus e alguns mestres da Lei estavam sentados perto dele. Eles tinham vindo de todas as cidades da Galiléia e da Judéia e também de Jerusalém. O poder do Senhor estava com Jesus para que ele curasse os doentes. Alguns homens trouxeram um paralítico deitado numa cama e estavam querendo entrar na casa e colocá-lo diante de Jesus. Porém, por causa da multidão, não conseguiram entrar com o paralítico. Então o carregaram para cima do telhado. Fizeram uma abertura nas telhas e o desceram na sua cama em frente de Jesus, no meio das pessoas que estavam ali. Jesus viu que eles tinham fé e disse ao paralítico:

- Meu amigo, os seus pecados estão perdoados!
Os mestres da Lei e os fariseus começaram a pensar:
- Quem é este homem que blasfema contra Deus desta maneira? Ninguém pode perdoar pecados; só Deus tem esse poder.
Porém Jesus sabia o que eles estavam pensando e disse:
- Por que vocês estão pensando assim? O que é mais fácil dizer ao paralítico: "Os seus pecados estão perdoados" ou "Levante-se e ande"? Pois vou mostrar a vocês que eu, o Filho do Homem, tenho poder na terra para perdoar pecados.
Então disse ao paralítico:
- Eu digo a você: levante-se, pegue a sua cama e vá para casa.
No mesmo instante o homem se levantou diante de todos, pegou a cama e foi para casa, louvando a Deus. Todos ficaram muito admirados; e, cheios de medo, louvaram a Deus, dizendo:
- Que coisa maravilhosa nós vimos hoje!
"

Meditação:

Hoje a Palavra de Deus nos apresenta Jesus ensinando. Ele continua seu trabalho na Galiléia. O ensinamento de Jesus começa a gerar suspeita às autoridades.
A crítica e o questionamento à ação misericordiosa de Jesus não demoram a aparecer. As autoridades buscam a maneira de desmoralizar Jesus diante do povo.
As ações de Jesus manifestam o infinito amor do Pai. Jesus (Filho do Homem) desmonta a autoridade da classe sacerdotal e dos escribas "na terra", onde ele está presente como Filho de Deus.
Algumas pessoas levam um paralitico com e procuram colocá-lo diante de Jesus. Estão seguras de que ele pode curá-lo. É importante o esforço que estas pessoas fazem para estarem próximas a Jesus.
Chama a atenção o fato de que os muitos que bloqueavam a porta não tenham sido generosos para que pudessem entrar com o paralitico.
Pode ser que esta obstrução indique a presença de tantos mestres da lei e fariseus que, em todos os sentidos, obstruíram a dignidade dos pobres e dos enfermos, considerados excluídos em razão de sua enfermidade.
O relato tem um alto valor pedagógico, pois busca confrontar os mestres da lei com a própria lei, aplicando um ensinamento mais radical. Jesus não cura o enfermo no primeiro momento; o que faz é perdoar seus pecados.
Na cultura judaica considerava-se que as enfermidades eram conseqüência do pecado; por isso Jesus começa eliminando o pecado, raiz da enfermidade; realiza um ato reparador ao estilo de Deus, que é o próprio perdão.
Esta ação dignificante de Jesus incomoda aos mestres da lei e os fariseus, que o acusam de blasfemo.
Diante disso, Jesus faz algo ainda mais radical que é a cura definitiva: o paralitico se levanta, pega sua maca e vai embora por seus próprios meios.
Isso significa, para o paralitico e para o povo, a ruptura das velhas estruturas excludentes, que submetiam os pobres e condenavam os enfermos à exclusão.
As ideologias que usam o nome de Deus para respaldar poderosos neste mundo estão esvaziadas. O perdão é fruto não do poder, mas sim do amor misericordioso.
O fato de perdoar não é somente uma atitude de respeito e valorização do outro, mas também implica na reparação dos danos causados.

Perdoar, para Jesus, é a aceitação e a integração de todos os marginalizados a uma nova ordem social, onde o dano que os separava e os excluía é restituído e reparado.

Jesus rompe o esquema que mantinha as pessoas por anos em situações desumanas. Antes de tudo, o que está em primeiro ligar é a vida.

Hoje os cristãos têm que demonstrar com fatos a força da própria fé; somos convidados a superar todo tipo de obstáculos para alcançar o projeto de Jesus. Vale a pena abrir um buraco no teto e ir em busca de Jesus na vida da comunidade eclesial.
Quem é amado passa a ter consciência de que está libertado da acusação de pecador que o humilha, deprime e exclui.
O sinal de que se está livre da paralisia do pecado é a liberdade, é o levantar-se e o agir amoroso e solidário com a comunidade.
Deus age restituindo a dignidade aos debilitados, aos enfermos, aos rejeitados pelo sistema anti-reino, que se nega a reconciliação, o respeito, a dignidade e a vida.

Reflitamos: O que nos impede de caminhar e de lutar para que as pessoas sejam sujeitos sociais livres, dignos, reconhecidos e valorizados?

Reflexão Apostólica:

Quando caminhamos ou sonhamos algo, uma meta, uma proposta, um projeto de vida, precisamos, também, estar dispostos a viver o calvário chamada persistência, mas essa ação insistente dependerá muito de quanto queremos ou precisamos daquilo que almejamos. Vamos por parte…

O quanto aqueles homens estavam empenhados para realizar a tarefa de levar o rapaz até a presença de Jesus? O que os motivava a reiniciar uma nova idéia toda vez que uma nova barreira lhes era imposta? Qual é o grau desse querer? “(…) Alguns homens trouxeram um paralítico deitado numa cama e estavam querendo entrar na casa e colocá-lo diante de Jesus. Porém, por causa da multidão, não conseguiram entrar com o paralítico. Então o carregaram para cima do telhado. Fizeram uma abertura nas telhas e o desceram na sua cama em frente de Jesus”.

Realmente, podemos até imaginar que o problema, a paralisia era que os movia o continuar, ou seja, um único problema ou uma grande dificuldade pode nos fazer remover montanhas para que seja resolvida.

Quantas pessoas não fazem coisas inimagináveis em busca de uma solução? Quantas pessoas arriscam tudo que tem em busca da cura de um mal, mesmo sem ter certeza onde ficar, o que comerá, onde dormirá? São, no entender de hoje, os telhados a serem superados, transpostos.

Quem NÃO vive um grande problema deve por acaso “baixar a guarda”? Quem vive hoje um bom momento de oração, em família, no trabalho pode descuidar da fidelidade e da constância? Será que não deveria eu estar sempre pronto para responder ao que viesse acontecer? Será que conhecemos alguém que, mesmo a tantas e sucessivas provações da vida, parece permanecer sólido e estável?

Não podemos estar aptos apenas subindo ou enfrentando as barreiras, quando a necessidade bate à porta, mas, o melhor que possível, toda vez que uma nova situação nos for apresentada.

É assim que acontece no nosso serviço, no dia-a-dia, pois não podemos imaginar nem mesmo o minuto seguinte, mas também não podemos temê-lo.

Quantas pessoas conhecemos que desistem ou já desistiram de ter novos sonhos por ainda estarem presos aos que não se realizaram?

A vida na verdade não elege vencedores ou perdedores, mas tende a colocar no pódio aqueles que MAIS RESISTEM e os que NÃO TEMEM ENFRENTAR SEUS MEDOS. Muros e telhados sempre existirão, mas nem todos tem a coragem de escalá-los

Tem um bom motivo? Escale! Enfrente! Lute!

Propósito:

Pai, teu poder divino manifestou-se, de modo admirável, no ministério de Jesus. Torna-me também beneficiário deste poder que me abre para o amor misericordioso.



Nenhum comentário:

Postar um comentário

Evangelho do dia 11 fevereiro terça feira 2025

  Nossa senhora de lourdes 11 FEVEREIRO - A humildade de Maria Santíssima é quase infinita e não podemos sequer imaginá-la. Ela se rebaixo...