São Basílio Magno - 02 de Janeiro
São Basílio Magno, também conhecido como Basílio de Cesareia, foi um dos
mais proeminentes líderes da Igreja Cristã nos primeiros séculos do
Cristianismo. Ele nasceu por volta de 330 d.C. em Cesareia, na Capadócia, uma
região que hoje faz parte da Turquia. Sua família era influente e cristã, e
desde jovem, Basílio demonstrou uma inclinação para a vida religiosa.
Basílio estudou em Atenas e em Constantinopla, onde teve contato com o
pensamento filosófico da época. No entanto, ele decidiu dedicar sua vida ao
serviço religioso e ao monasticismo. Juntamente com seu amigo de longa data,
Gregório de Nazianzo, Basílio fundou um mosteiro perto de Ancira, na Capadócia.
Seu estilo de vida ascético e sua dedicação à oração influenciaram muitos, e o
monasticismo tornou-se uma parte essencial da tradição cristã oriental.
A influência de Basílio não se limitou ao campo monástico. Em 370 d.C.,
ele foi consagrado como Bispo de Cesareia, uma posição que o colocou no centro
das controvérsias teológicas de sua época. Ele defendeu a fé ortodoxa contra
várias heresias, incluindo o arianismo, que negava a divindade plena de Cristo.
Sua habilidade como teólogo e sua eloquência o destacaram como uma figura
central nos Concílios Ecumênicos, como o Segundo Concílio Ecumênico de
Constantinopla em 381 d.C.
Além de suas contribuições teológicas, São Basílio Magno também se
destacou por seu trabalho social. Ele foi um defensor da caridade e da justiça
social, dedicando recursos da Igreja para ajudar os pobres e necessitados. Sua
obra mais conhecida, "As Regras Longas" e "As Regras
Curtas", estabeleceu diretrizes para a vida monástica e enfatizou a
importância do trabalho comunitário e do cuidado mútuo.
São Basílio Magno faleceu em 1º de janeiro de 379 d.C., mas seu legado
perdura. Ele é reverenciado como um dos Padres da Igreja e é lembrado por sua
profunda espiritualidade, erudição teológica e dedicação à justiça social. Sua
festa litúrgica é celebrada em 2º de janeiro em muitas tradições cristãs,
honrando sua significativa contribuição para o desenvolvimento do pensamento
cristão e seu exemplo de vida dedicada ao serviço de Deus e do próximo.
São Basílio Magno, rogai por nós!
João 1,19-28
"Os líderes judeus enviaram de
Jerusalém alguns sacerdotes e levitas para perguntarem a João quem ele era.
João afirmou claramente:
- Eu não sou o Messias.
Eles tornaram a perguntar:
- Então, quem é você? Você é Elias?
- Não, eu não sou! - respondeu João.
- Você é o Profeta que estamos esperando?
- Não! - respondeu ele.
Aí eles disseram a João:
- Diga quem é você para podermos levar uma resposta aos que nos
enviaram. O que é que você diz a respeito de você mesmo?
João respondeu, citando o profeta Isaías:
- "Eu sou aquele que grita assim no deserto: preparem o
caminho para o Senhor passar."
Os que foram enviados eram do grupo dos fariseus; eles perguntaram
a João:
- Se você não é o Messias, nem Elias, nem o Profeta que estamos
esperando, por que é que você batiza?
João respondeu:
- Eu batizo com água, mas no meio de vocês está alguém que vocês
não conhecem. Ele vem depois de mim, mas eu não mereço a honra de desamarrar as
correias das sandálias dele.
Isso aconteceu no povoado de Betânia, no lado leste do rio Jordão,
onde João estava batizando.
Saudação
- A nós, a paz de Deus, nosso Pai,
a graça e a alegria de Nosso Senhor Jesus Cristo,
no amor e na comunhão do Espírito Santo.
- Bendito seja Deus que nos reuniu no amor de Cristo!
Preparo-me para a Leitura, rezando:
Jesus Mestre, que dissestes:
"Onde dois ou mais estiverem reunidos em meu nome,
eu aí estarei no meio deles",
ficai conosco,
aqui reunidos (pela grande rede da internet),
para melhor meditar
e comungar com a vossa Palavra."
Meditação:
João Batista, o precursor do Messias
Jesus, nos ensina a dar testemunho de nossa fé cristã: não somos mais que uma
voz que clama, no deserto deste mundo violento e injusto, que
Também nos ensina o Batista que não
devemos interpor-nos entre Jesus, o enviado, o filho de Deus, e tantas pessoas
que querem conhecê-lo e segui-lo. Não podemos pregar a nós mesmos, pretender
que acreditem em nós, em nossos particulares interesses e propósitos. Não
podemos pretender impor nossa mensagem à força ou aproveitando-nos das
necessidades dos pobres e dos pecadores que queiram recebê-lo, ou
desprezando-os por sua condição.
O profeta do Jordão proclama que
Jesus está no meio de nós sem que o conheçamos, sem que o tenhamos descoberto.
Até o lugar onde João prega e batiza é significativo: a outra margem do Jordão,
uma aldeia perdida que não é a Betânia próxima a Jerusalém, mas o deserto
agreste e inóspito para onde vão buscá-lo os que esperam a Deus. É o que hoje
denominamos “a periferia”, opondo-a aos centros do poder econômico, político e
até mesmo religioso.
Os imensos e super povoados bairros
de nossas grandes cidades, cheios de camponeses imigrantes, de pobres
trabalhadores informais, sempre beirando a miséria absoluta. Ali estão os que
de verdade esperam escutar a voz que clama no deserto.
Reflexão Apostólica:
Então, quem é você?
Mais um ano começa e quantas promessas
foram feitas na virada de 31 para 1º de janeiro! Pessoas foram às praias em
suas devoções pessoais; muitos outros passaram em vigília em algum rincão do
Brasil; outros tantos passaram a virada trabalhando e outros tantos vendo o
show da virada… (Nossa! Ainda tem gente que assiste a esse programa!)
Em meio a uvas, romãs, passas, vestidos
ou peças de roupa branca (ou coloridas desejando algo) muitos investiram sua fé
no ano que começava, mas não tem como comentar… Por onde anda nossa fé? Quem
sou eu?
Temos tanta vontade em sermos felizes
que às vezes pomos nossa fé, no que acreditamos muito abaixo do que valem.
Somos um povo católico cheio de superstições e crendices que não tem nada haver
com que acreditamos. Mais uma vez: Então, quem é você?
Rezamos terços e rosários, mas
acreditamos em espelhos quebrados. Vamos à missa, grupos de oração, mas ainda
não nos livramos de ler horóscopos, elefantes nas portas, figas, pés de coelhos…
colocamos terços nos retrovisores, terço esse que nunca rezei ou aprendi a
rezar.
João Batista era fidelíssimo ao plano
de Deus e por Jesus vou exaltado como homem nenhum foi e nós: a quantas anda
nossa fidelidade?
Jesus pouco demonstrou atração pela
crença ou pelas vestes repletas das leis dos fariseus e doutores da lei e tão
pouco realizou milagres, pois as pessoas eram pobres ou sem acesso as coisas,
mas seu olhar e sua palavra que penetravam o fundo da alma de cada um, era às
vezes surpreendidos por pessoas que por mais que errassem, conservavam dentro
de si valores e uma grande fé. Aqui estava a diferença: ele não olhava ricos ou
pobres e sim o coração de cada um.
Quem está a frente de um serviço da
igreja, seja ele sacerdote, ministro, pregador, servo, catequista, (…) deve ter
esse exemplo de plena humildade de João Batista e saber que na verdade quem
conhece bem nosso coração é Deus. Ele conhece nossa fé, nossos propósitos, valores
e sentimentos que cultivamos e se mesmo falhos ainda conseguimos senti-LO e
realizar suas obras, imagine se pudéssemos desatar as sandálias?
Abandonemos as crendices e superstições…
sejamos homens e mulheres de fé! Pessoas simples, mas fervorosos.
Oração: Pai, teu servo João Batista soube reconhecer o que esperavas dele, e
conservou sua postura com extrema humildade. Torna-me teu servidor, nos mesmos
moldes de João.
Reflexão
Jamais permita que pensamentos de vingança se
instalem em seu coração.
Embora limitados e frágeis, os seres humanos
também são fortes e plenos da graça divina.
Peça que Deus lhe conceda um coração repleto
de misericórdia.
Lembre-se de seu grande amor por todas as
pessoas, apesar dos pecados cometidos.
Meditação
O Senhor é misericórdia e compaixão.
Confirmação
“A mim pertence a vingança e a recompensa, no
tempo em que seus pés resvalarem.
Pois o dia da ruína se aproxima, e já está
perto o que os espera”
(Dt 32,35).
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