domingo, 1 de dezembro de 2024

Evangelho do dia 06 dezembro sexta feira 2024

 

São Nicolau

São Nicolau de Mira (também conhecido como São Nicolau de Bari) é um santo da Igreja Católica, mas também muito querido pelos ortodoxos. Nicolau vem de nikos, que significa vitória, e de laos, “povo”, isto é, “vitória do povo”. Sua festa é comemorada na Europa no dia 6 de Dezembro, logo no início do advento. Devido aos seus milagres ele também é conhecido como São Nicolau Taumaturgo (taumaturgo é a capacidade de um santo de realizar milagres).

Ele é o santo padroeiro da Rússia, da Grécia e da Noruega. Na Armênia ele é padroeiro dos guardas noturnos. Em Bari, na Itália, ele é padroeiro dos coroinhas. Em Portugal ele é padroeiro dos estudantes.

Além disso, ele também é conhecido como protetor dos marinheiros e comerciantes, como santo casamenteiro e principalmente como um grande amigo das crianças.

Contam que São Nicolau era humilde e simples, vestindo-se com modéstia e se alimentava com o mínimo necessário, apenas uma vez por dia, durante à noite.

Porém a crendice popular, a propaganda e o consumismo desenfreado conseguiram transformar um verdadeiro santo em nada mais nada menos que num velho gordo de roupas vermelhas, que distribui presentes e literalmente “mata” o natal, desvirtuando o verdadeiro sentido do Natal (que é o nascimento de Jesus) e da vida de São Nicolau.

Filho de nobres, Nicolau nasceu na cidade de Patara, na Ásia Menor, na metade do século III, provavelmente no ano 250. Foi consagrado bispo de Mira, atual Turquia, quando ainda era muito jovem e desenvolveu seu apostolado também na Palestina e no Egito. Mais tarde, durante as perseguições do imperador Diocleciano, foi aprisionado até a época em que foi decretado o Edito de Constantino, sendo finalmente libertado. Segundo alguns historiadores, o bispo Nicolau esteve presente no primeiro Concílio, em Nicéia, no ano 325.

Foi venerado como santo ainda em vida, tal era a fama de taumaturgo que gozava entre o povo cristão da Ásia. Morreu no dia 6 de dezembro de 326, em Mira. Imediatamente, o local da sepultura se tornou meta de intensa peregrinação. O seu culto se difundiu antes na Ásia, e o local do seu túmulo, fora da área central de Mira, se tornou meta de peregrinação.

O documento mais antigo sobre ele foi escrito por Metódio, bispo de Constantinopla, que em 842 relatou todos os milagres atribuídos a são Nicolau de Mira. Depois, mais de sete séculos passados da sua morte, “Nicolau de Mira” se tornou “Nicolau de Bari”. Em 1087, a cidade de Bari, em Puglia, na Itália, sofria a subjugação dos normandos. E Mira já estava sob domínio dos turcos muçulmanos. Setenta marinheiros italianos desembarcaram nessa cidade e se apoderaram das suas relíquias mortais, transferindo-as para Bari. O corpo de são Nicolau foi acolhido, triunfalmente, pela população de Bari, que o elegeu seu padroeiro celestial. E ele não decepcionou: por sua intercessão os prodígios e milagres ocorriam com grande frequência. Seu culto se propagou em toda a Europa. Então, a sua festa, no dia 6 de dezembro, foi confirmada pela Igreja.

A tradição diz que os pais de Nicolau eram nobres, muito ricos e extremamente religiosos. Que era uma criança com inclinação à virtuosidade espiritual, pois nas quartas e nas sextas-feiras rejeitava o leite materno, ou seja, já praticava jejum voluntário. Quando jovem, desprezava os divertimentos e vaidades, preferindo frequentar a igreja. Costumava fazer doações anônimas em moedas de ouro, roupas e comida às viúvas e aos pobres. Dizem que Nicolau colocava os presentes das crianças em sacos e os jogava dentro das chaminés à noite, para serem encontrados por elas pela manhã. Dessa tradição veio a sua fama de amigo das crianças. Mais tarde, ele foi incluído nos rituais natalinos no dia 25 de dezembro, ligando Nicolau ao nascimento do Menino Jesus.

Mais tarde, quando já era bispo, um pai, não tendo o dinheiro para constituir o dote de suas três filhas e poder bem casá-las, havia decidido mandá-las à prostituição. Nicolau tomou conhecimento dessa intenção, encheu três saquinhos com moedas de ouro, o dote de cada uma das jovens, para salvar-lhes a pureza. Durante três noites seguidas, foi à porta da casa daquele pai, onde deixava o dote para uma delas. Existem muitas tradições e também lendas populares que se criaram em torno deste santo, tão singelo e singular.

A sua figura bondosa e caridosa, símbolo da fraternidade cristã, mantém-se viva e impressa na memória de toda a cristandade. Agora, também na da humanidade toda, porque perpetuada através dos comerciantes nas vestes de Papai Noel nos países latinos, de Nikolaus na Alemanha e de Santa Claus nos países anglo-saxões. Mesmo sob falsas vestes, são Nicolau nos exemplifica e recorda o seu grande amor às crianças e aos pobres e a alegria em poder servi-los em nome de Deus.

A Igreja também celebra hoje a memória dos santos:  Pedro Pascásio e Leôncia

 06 dezembro - Quanto mais se vê, mais se aprende. A vida é um álbum cheio de fotografias em tamanho natural. (L 15). São Jose Marello

 


Mateus 9,27-31

 "Jesus saiu daquele lugar, e no caminho dois cegos começaram a segui-lo, gritando:

- Filho de Davi, tenha pena de nós!
Assim que Jesus entrou em casa, os cegos chegaram perto dele. Então ele perguntou:
- Vocês crêem que eu posso curar vocês?
- Sim, senhor! Nós cremos! - responderam eles.
Jesus tocou nos olhos deles e disse:
- Então que seja feito como vocês crêem!
E os olhos deles ficaram curados. Aí Jesus ordenou com severidade:
- Não contem isso a ninguém!
Porém eles foram embora e espalharam as notícias a respeito de Jesus por toda aquela região.
"
  

Meditação:

A justiça do Reino liberta os homens para o discernimento (ver) e expulsa a alienação (demônio) que impede de dizer a palavra que transforma a realidade.

A justiça libertadora, porém, provoca a oposição daqueles que querem apossar-se da salvação, para restringi-la a pequeno grupo de privilegiados.
Esta narrativa da cura de dois cegos é uma duplicata, com algumas adaptações, da narrativa de Mt 20,29-34.

Aqui, Mateus a insere no bloco de dez milagres, narrados em vista de iluminar e fortalecer a fé dos discípulos, preparando-os para o discurso apostólico, apresentado em seguida.
Os cegos seguem Jesus e pedem-lhe compaixão. Dirigem-se a Jesus como "filho de Davi". A tradição da volta de um descendente de Davi, messias, ou cristo, para restaurar a glória de Israel tem um caráter ideológico e foi elaborada pelas elites do Judaísmo que surgiu a partir do exílio. Vemos, agora, dois pobres cegos impregnados por esta ideologia do poder.
Aí está a sua verdadeira cegueira. Jesus provoca nos cegos sua confissão de fé, tendo resposta afirmativa. Tocando-lhes nos olhos, atende-lhes o pedido feito com fé, e seus olhos se abrem.
Abrir os olhos aos cegos é um dos sinais da chegada da salvação e da libertação, anunciados pelos profetas.

A advertência final para manter segredo, um tanto quanto impossível, sugere a prática de Jesus em não exacerbar a imaginação popular, ansiosa por um messias grandioso e glorioso.
Somos como os cegos que seguiam Jesus! Freqüentamos os lugares onde Ele está e vamos com Ele até a sua casa. Clamamos pela sua piedade, suplicamos e imploramos pela Sua assistência e pelo Seu socorro.
Porém, muitas vezes não temos certeza do que pedimos e, nem mesmo acreditamos que Ele seja capaz de realizar o milagre que nós buscamos.
Os “milagres” que precisam acontecer na nossa vida estão condicionados à convicção que tenhamos de que eles constituem para nós uma necessidade vital.
Quando nos damos conta das nossas carências, da nossa cegueira e da necessidade de “enxergar” as coisas, nós também precisamos ir a busca d'Aquele que é capaz de realizar em nós muito mais do que nós mesmos esperamos.
A partir da nossa fidelidade e da nossa perseverança, da nossa firmeza de propósitos, Deus vai abrindo os nossos olhos e nos conscientizando de que tudo acontece a partir do desejo do nosso coração.
Por isso, também Jesus nos pergunta: “Você crê que Eu posso fazer isso que você deseja?”? Tudo poderá acontecer de acordo com a nossa fé e da necessidade real das coisas que nós pedimos ao Pai.
Como está a sua fé em relação às coisas que você tem clamado ao Senhor? Você sabe do que você está precisando? Isto que você pede lhe é necessário? Você precisa abrir os olhos para enxergar alguma coisa que não está vendo?
Os dois cegos dão prova de uma autêntica fé: confiam no poder que tem Jesus para libertá-los. Mas o Senhor evita curá-los publicamente porque não quer que se confunda a finalidade de sua vinda.

Como o reitera na despedida, uma vez em casa, Jesus repete, como em outras vezes: “que seja feito como vocês crêem!”, ou “vai, sua fé o salvou”, pondo em primeiro lugar nossa fé e confiança no poder salvífico de Deus.

A resposta clara e segura dos cegos é a mesma que nos pede hoje; e temos que entregá-la com a mesma força e segurança: “Sim, Senhor, creio. Creio que és meu Deus e salvador, que me amas e perdoas!” 

Depois desta manifestação de fé, vamos sair pelos caminhos a proclamar que o Senhor é bom, como procedeu o cego.

Reconheçamos, pois, nossa cegueira e entreguemo-nos confiantes nas mãos do Senhor, porque ele é a Luz que nos ilumina; graças à sua luz tudo nos parece claro e transparente.

Reconheçamos também nossa capacidade de ver, para assim poder ajudar aos que ainda andam por diferentes caminhos da escuridão. Digamos, portanto, como os dois cegos: “Tem compaixão de nós, Filho de Davi!”.

Reflexão Apostólica: 

Essa pedagogia de Jesus além de ser intrigante é fascinante. Ele espera o momento certo, o local e a condição certa e age.

Ele poderia realizar mais esse prodígio aos olhos de todos, mas prefere “entrar em casa” e lá, longe dos olhos e dos julgamentos dos fariseus, reabre os olhos dos cegos que insistiram, ou melhor, persistiram em segui-lo.

Jesus reabre os olhos dos que persistem. Talvez seja esse o maior dos milagres ordinários do Senhor. Ninguém que procurou a Jesus deixou de ser visto, tocado, lembrado. Ninguém o confundia, todos sabiam o quanto aquele profeta era repleto de graça.

A própria samaritana do poço teve a nítida impressão que aquele homem que lhe pedia água já lhe conhecia. Talvez sim Jesus já tivesse “entrado em sua casa”. Pode até parecer um trocadilho de mau gosto, mas aqueles dois cegos confiaram “sem ver”.

Uma analogia: Quando pedimos a interseção de algum santo, o pedido vem pelo correio; quando pedimos a interseção de Maria, vem por SEDEX e por fim, como canta Celina Borges, “rasgo o céu com minhas orações” e toco ao Senhor, o pedido, o consolo, a mão amiga vem por DRIVE-THRU. Mal fizemos o pedido, o clamor, o conforto, (…) já temos a resposta.

Quantas vezes o Senhor esperou o pedido puro e verdadeiro antes de realizar o milagre? Assim aconteceu também com os dois cegos: “(…) vocês crêem que eu posso curar vocês?”.

Em nós, o que precisa ser revisto? O que de fato precisa ser feito para reconhecermos a face do Senhor em nossas vidas? O que ainda nos impede de reconhecer seus sinais na nossa vida, no nosso trabalho, na nossa família? Será que precisamos sempre ficar cegos ou chegar ao fundo do poço para encontrar a mão de Deus? Será que o sofrimento é necessário a todos?

Existe um dizer popular que afirma que só encontramos Deus pelo amor ou pela dor, mas um fato é crucial no entendimento do amor de Deus: Todo encontro de DEUS conosco é SEMPRE por AMOR.

Talvez seja por isso que ele prefira um local e momento reservado, onde dois ou três estejam reunidos em Seu nome (…). Reparemos que dessa vez não foram os gritos dos cegos que chamaram a atenção, foi o doce atrevimento.

Rasgar o céu com nossa oração vem precedido de uma vitória, pois só chegam ao céu as orações que saem de um coração puro como de uma criança, sendo assim vitorioso todo aquele que se despoja nos pés do senhor e consegue entrar em sua casa.

Diferentemente do que muitos pensam, nossa qualidade de fé ou oração não é medida pelo quanto conseguimos, mas pelo quanto abrimos nossos olhos e vemos a luz.

Uma pessoa de fé busca a conciliação, a paz e fraternidade. A que tem oração terá paz interior, discernimento, paciência e sabedoria.

Esses são milagres ordinários que às vezes não damos conta. Uma pessoa não muda quando consegue parar de fumar, mas quando RESOLVE parar; o alcoólatra passa a uma nova vida quando DESCOBRE no que se transformou e o que deixou de fazer e PEDE ajuda, pois quando o coração muda, os olhos se abrem.

Notem, por fim e como exemplo, o acontecido com os discípulos de Emaús: (…) Neste momento, seus olhos se abriram, e eles o reconheceram. Ele, porém, desapareceu da vista deles. Então um disse ao outro: “Não estava ardendo o nosso coração quando ele nos falava pelo caminho e nos explicava as Escrituras?” Naquela mesma hora, levantaram-se e voltaram para Jerusalém, onde encontraram reunidos os Onze e os outros discípulos. E estes confirmaram: ‘Realmente, o Senhor ressuscitou e apareceu a Simão’!” (Lc 24, 31-34)

Dê o primeiro passo… deixe-o falar e os olhos se abrirão!

Propósito:

Pai, cura-me da cegueira que me impede de reconhecer a presença de tua salvação na minha vida, realizada pela ação misericordiosa de teu Filho Jesus.

 


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