domingo, 1 de dezembro de 2024

Evangelho do dia 03 dezembro terça feira 2024

 

São Francisco Xavier

A Igreja que, na sua essência é missionária, teve no século XV e XVI um grande impulso do Espírito Santo para evangelizar a América e o Oriente. No Oriente, São Francisco Xavier destacou-se com uma santidade que o levou a ousadia de fundar várias missões, a ponto de ser conhecido como “São Paulo do Oriente”.

Francisco nasceu no castelo de Xavier, na Espanha, a 7 de abril de 1506, sofreu com a guerra, onde aprendeu a nobreza e a valentia; com dezoito anos foi para Paris estudar, tornando-se doutor e professor.

Era filho de uma família nobre, que havia projetado para ele um futuro de glória e riqueza no mundo, matriculando-o, com dezoito anos, na Universidade de Paris. Mas não foi no campo terreno que ele se sobressaiu e sim no espiritual. Francisco formou-se em filosofia e lecionava na mesma universidade, onde conheceu um aluno bem mais velho e de ideias objetivas e tudo mudou. Tratava-se do futuro santo Inácio de Loyola, fundador dos jesuítas.

Inácio sonhava formar uma companhia de apóstolos para a defesa e propagação do cristianismo no mundo. Viu em Francisco alguém capaz de ajudá-lo na empreitada e tentou conquistá-lo para a causa. Tarefa que se revelou nada fácil, por causa do orgulho e da ambição que Xavier tinha, projetadas em si por sua família. Inácio, enfim, convenceu-o com uma frase que lhe tocou a alma: “De que vale um homem ganhar o mundo inteiro se perder sua alma?” (Mc 8, 36). Francisco tomou-a como lema e nunca mais a abandonou, nem ao seu autor, Jesus Cristo.

Os papéis se inverteram e Inácio passou a ser mestre de seu professor, ensinando-lhe o difícil caminho da humildade e dos exercícios espirituais. Francisco, por fim, se retirou por quarenta dias na solidão, preparando-se para receber a ordenação sacerdotal. Celebrou sua primeira missa com trinta e um anos e se tornou cofundador da Companhia de Jesus. Passou, então, a cuidar dos doentes leprosos, doença de então, segregados pela sociedade. Com outros companheiros, fixou-se, em 1537, em Veneza, onde recolhia das ruas e tratava aqueles a quem ninguém tinha coragem de recolher.

Foi então que D. João III, rei de Portugal, pediu a Inácio de Loyola para organizar um grupo de sacerdotes que acompanhassem as expedições ao Oriente e depois evangelizassem as Índias. O grupo estava pronto e treinado quando um dos missionários adoeceu e Francisco Xavier decidiu tomar o seu lugar. O navio, com novecentos passageiros, entre eles Francisco Xavier, partiu de Lisboa com destino às Índias. Foi o início de uma viagem perigosíssima e cheia de transtornos, que demorou praticamente um ano. Durante todo esse tempo, Francisco trabalhou em todos os serviços mais humildes do navio. Era auxiliar de cozinha, faxineiro e enfermeiro. Finalmente, chegaram ao porto de Goa.

Desde então, Francisco Xavier realizou uma das missões mais árduas da Igreja Católica. Ia de aldeia em aldeia, evangelizava os nativos, batizava as crianças e os adultos. Reunia as aldeias em grupos, fundava comunidades eclesiais e deixava outro sacerdote para tocar a obra, enquanto investia em novas frentes apostólicas noutra região. Acabou saindo das Índias para pregar no Japão, além de ter feito algumas incursões clandestinas na China.

Numa delas, na ilha de Sacian, adoeceu e uma febre persistente o debilitou, levando-o à morte, em 3 de dezembro de 1552, com apenas quarenta e seis anos de idade. A Igreja o beatificou em 1619, canonizando-o em 1622. Celebrado no dia de sua morte, como exemplo do missionário moderno, São Francisco Xavier foi, com toda justiça, proclamado pela Igreja patrono das missões, e pelo trabalho tão significativo recebeu o apelido de “são Paulo do Oriente”.

A Igreja também celebra hoje a memória dos santos: Sofonias e Birino.

 03 dezembro - Deus faz sempre o que é melhor para nós. (S 176). São Jose Marello


Leitura do santo Evangelho segundo São Lucas 10,21-24

 ” Naquela mesma hora, Jesus exultou de alegria no Espírito Santo e disse: “Pai, Senhor do céu e da terra, eu te dou graças porque escondeste estas coisas aos sábios e inteligentes e as revelaste aos pequeninos. Sim, Pai, bendigo-te porque assim foi do teu agrado. 
Todas as coisas me foram entregues por meu Pai. Ninguém conhece quem é o Filho senão o Pai, nem quem é o Pai senão o Filho, e aquele a quem o Filho o quiser revelar”. 
E voltou-se para os seus discípulos, e disse: “Ditosos os olhos que vêem o que vós vedes, 
pois vos digo que muitos profetas e reis desejaram ver o que vós vedes, e não o viram; e ouvir o que vós ouvis, e não o ouviram”.

Meditação:

 Jesus louvou o Pai e exultou no Espírito quando os Seus discípulos “enxergaram” as maravilhas que sucediam quando eles saíam anunciando o reino.

 A ação do Espírito Santo em nós faz com que tenhamos uma compreensão das coisas do alto numa perspectiva espiritual que é completamente diversa daquela que entendemos com a nossa humanidade.

 Só os pequeninos, isto é, os que abrem o coração e não colocam a razão em primeiro lugar, poderão distinguir os prodígios e milagres que acontecem quando o reino de Deus se lhes manifesta pela ação do Espírito Santo.

 Quando nos dispomos a propalar o reino dos céus aqui na terra, é porque ele já está acontecendo na nossa vida e, na medida em que nos abrimos, mais e mais vamos experimentando a alegria e a felicidade interior.

 Assim como exultou no Espírito Santo diante dos Seus discípulos, Jesus também o faz hoje, porque o Pai nos revela as coisas do Seu coração.

 Só os humildes e pequeninos podem “entender” os mistérios do céu. Jesus é a própria revelação de Deus e todos os que aceitam Jesus e nele crêem, são os pequeninos que vêem, ouvem e sentem a felicidade e a paz do Senhor.

 Jesus nos alerta: “Felizes os olhos que vêem o que vós vedes!” O Pai se dá a conhecer por meio da revelação do Filho e quanto mais conhecermos a Jesus, mais teremos comunhão com Deus Pai e poderemos viver a felicidade tão almejada.

 Somos felizes porque os nossos olhos vêem mais além das aparências e podemos, na reflexão da Palavra de Deus, descobrir os Seus segredos, os Seus planos para nós e para a humanidade, por nosso intermédio.

 Somos chamados (as) no tempo atual da nossa vida a ver e ouvir o que o Senhor tem para nos revelar. Não percamos tempo: o Senhor tem muito a nos mostrar e também, a nos falar.

 Você é pequenino (a) ou sábio (a) e inteligente? Você é uma pessoa atenta aos mistérios de Deus? Você enxerga as maravilhas de Deus na sua vida? Quando você medita sobre a Palavra de Deus você se limita ao que está escrito, ou você percebe nas entrelinhas uma mensagem para a sua vida?

Os discípulos foram declarados felizes por terem visto e reconhecido o Messias Jesus. Esta felicidade foi ansiada, ao longo da história de Israel, por "muitos profetas e reis" que nutriam a esperança de vê-lo. O desejo deles, porém, não foi realizado.

Entretanto, a graça de ver o Messias tem dois pressupostos. O primeiro diz respeito à ação divina como propiciadora desta experiência.

Só pode reconhecer o Messias, Filho de Deus, aquele a quem o Pai o quiser revelar. A simples iniciativa ou a curiosidade humana são insuficientes.

Reflexão Apostólica:

Ainda recordo de uma homilia onde o celebrante disse: “(…) quando conhecemos a Deus, Seu amor, caem às escamas dos nossos olhos”. Se observarmos bem o que esse frei diz notaremos que conhecer o amor de Deus denota uma inevitável mudança de comportamento pessoal e individual; e para que ela ocorra pouco interessa quem sabe muito ou pouco, quem fez faculdade ou aquele que nem estudos têm. Mas por que aqueles que sabem muito são os que mais fogem da mudança?

(…) Ó Pai, Senhor do céu e da terra, eu te agradeço porque tens mostrado às pessoas sem instrução aquilo que escondeste dos sábios e dos instruídos. Sim, ó Pai, tu tiveste prazer em fazer isso”.
Mas por onde começar?

1) EVITEMOS PERPETUAR OS PENSAMENTOS PESSIMISTAS SOBRE A VIDA

Ter pensamentos pesados ou pessimistas sobre a vida nos encarcera, nos prendem, (…); eles fecham nossos olhos a grandeza e a beleza construída por Deus e nos dão a sensação de impotência sobre mudar o hoje pensando no amanhã.

Todos sabem que um dia tudo isso que conhecemos poderá vir a terminar, mas por que causar pânico, temor, medo nas pessoas, sabendo que muita delas não tem nem mais motivos para viver? Por que não nos empenhar em levar a boa mensagem do evangelho de domingo?

2) ENCONTRAR MOTIVOS PARA VIVER ESSE DIA…

Algo me fez lembrar Jonas, o personagem bíblico, que insatisfeito pela não destruição da cidade de Nínive (Jonas 4), sentou emburrado embaixo de uma mamoneira.

Essa analogia serve para todos nós quando desistimos do mundo ou quando passamos a agourá-lo, quando nos fazermos de coitado para chamar atenção dos outros e hoje de forma especial quando me revisto de vaidades, arrogância e prepotência, pensando eu ser sabedoria, e na verdade são coisas que evitam que eu cresça como pessoa.

3) BUSCAR A DEUS DE TODO CORAÇÃO E COM TODA NOSSA FORÇA

Todo cristão tem uma missão, seja ele evangélico ou católico, de procurar a Deus com todo coração, com toda sua alma e com toda a força, mas não se ajunta folhas secas assoprando o monte, ou seja, não será fácil juntar em meio a um vendaval pessoal, em meio a tormentas, por isso é crucial que tenhamos empenho também em resolver o que nos aflige por dentro.

4) SER HUMILDE AS CORREÇÕES E ACEITAR AS MUDANÇAS.

Não sei bem se o que temos nos fará chegar ao céu, ou seja, o estudo não nos credencia a sermos mais importantes e sim mais habilidosos em um determinado assunto.

Ter faculdades e conhecimento do mundo de nada valem se não estivermos dispostos a dar, nos empenhar, conduzir e a sermos corrigidos…

Também não posso me valer desse evangelho para justificar parar de estudar, pois o estudo nos oferece mais recursos ao trabalho da messe. Fugir da capacitação é como insistir em lavrar a terra com um boi enquanto outros usam tratores.

Estamos no advento, peçamos perdão pelas vezes que me esqueci de ter um coração aberto ao amor; por ter nos achado acima de tudo; por ter mais afastado do que ajuntado; por meu orgulho ter soprado mais forte que minha humildade.

Reflitamos:Preciso impregnar o mundo com Cristo, a começar em mim!


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