20 Maio- Maria! Sem vós, Mãe amantíssima, como teremos nós,
pobres infantes, coragem de nos aventurar por caminhos desconhecidos? Jesus,
Maria, José, Anjos e Santos nossos Protetores, queremos caminhar convosco. Qual
é a estrada mais segura? (L 24). São Jose Marello
EVANGELHO: João 19,25-34
Comentário
“A presença das
mulheres no momento da crucifixão é registrada pelos três evangelistas
sinóticos. Contudo, elas permanecem a distância. João, no seu evangelho, as
apresenta junto à cruz, Maria Madalena e Maria, a mãe de Jesus, acrescentando o
discípulo que Jesus amava. Neste contexto, João introduz as duas falas de
Jesus: ‘Mulher, eis teu filho’, à sua mãe, e ‘Eis a tua mãe’, ao discípulo.
Sua mãe está
presente neste momento final do ministério de seu filho, assim como estivera no
início, nas bodas de Caná, quando Jesus afirma que ainda não é chegada sua
hora. Jesus dirige-se a sua mãe com o termo ‘mulher’. Com esta expressão,
repetida, Jesus irá se dirigir também à mulher samaritana, à beira do poço, e
será a expressão com que o Ressuscitado se dirigirá a Maria Madalena, ao lado
do túmulo vazio. Agora é chegada a hora. É a hora do sinal maior: a
glorificação de Jesus, a sua fidelidade plena ao projeto do Pai, até a morte,
estando garantida a continuidade de sua missão pelas novas comunidades.
Em Maria, a mulher,
temos a mãe de Deus. Maria Madalena, que sairá em busca de Jesus no horto, como
no Cântico dos Cânticos, representa a nova comunidade como esposa do
Ressuscitado. João, recebendo Maria como mãe, representa o discipulado, como
filhos de Deus, herdeiros da vida eterna, em Jesus. […] As narrativas da Paixão
se diversificam nos evangelhos, trazendo a marca de cada evangelista. Segundo
João, Jesus é crucificado na véspera (‘preparação’) da Páscoa, que naquele ano
coincidiu com o sábado. Com hipocrisia, para que a solenidade da Páscoa não
fosse profanada pelos mortos, os judeus se preocupam em retirar das cruzes
Jesus e os outros dois.
Era comum os
crucificados se sustentarem sobre o apoio dos pés na ânsia de evitar a morte.
Os romanos só os retirariam mortos; assim, os judeus pedem que lhes quebrem as
pernas para acelerar sua morte. A Jesus, já encontraram morto, porém um soldado
golpeia seu lado com uma lança, saindo sangue e água. No sangue temos a
expressão do amor de Jesus, que se doou sem limites, e na água temos a
expressão da origem da vida nova no Espírito de amor, doado por Jesus”.
Caros irmãos e
irmãos, iniciamos hoje mais um mês, dedicado ao Coração de Jesus! Firmes na Fé,
olhando para o horizonte vamos continuar nossa caminhada!
Hoje, a pedido do
Papa Francisco, celebramos Nossa Senhora, Mãe da Igreja, um dia depois da
grande Festa de Pentecostes.
No alto da Cruz
realizou-se a Segunda Anunciação, agora não feita mais pelo Anjo Gabriel, mas
pelo próprio Filho de Deus: (Cf. Jo 19, 25-34).
O Evangelho de hoje
começa dizendo que perto da Cruz de Jesus, estava de pé a sua mãe, a irmã de
sua mãe, Maria de Cléofas, e Maria Madalena. Só esse versículo já seria
possível de fazer um longa e profunda reflexão.
Maria é Mãe de Deus,
mas também a discípula perfeita que não se afasta do mestre, está sempre perto,
seja nos momentos felizes, seja nos momentos tristes, como esse, a Cruz! Maria
se mantém de pé, ou seja, acolhendo toda dor e sofrimento interior pela dor e
sofrimento de seu Filho. Maria, nossa mãe, nos ajude a ficar de pé, com fé,
diante de seu filho Jesus.
Aos pés da Cruz,
Jesus nos dá a única coisa que podemos dizer que é seu: “A MÃE”, Jesus nunca
teve nada, viveu aqui na terra um despojamento total e de repente no momento
mais difícil de sua vida oferece um dom precioso a todos nós. Irmãos, acolhamos
Maria, levemos para nossa casa, como fez João, o discípulo amado.
Após oferecer sua
mãe, Jesus sente que sua missão está cumprida e que tudo está consumando,
porém, no último sopro de vida, parecendo querer fazer mais diz: “Tenho sede”!
Sim água para o corpo, mas também água para as almas, que Ele ainda não
conseguira alcançar.
É como se naquele
momento Jesus clamasse um Dom especialíssimo a toda humanidade, é como se Ele
clamasse ao Pai um último milagre para os seus mais amados. Jesus é tanto amor,
tanta doação que trocaria sua sede de água (que é sede pela humanidade) por uma
esponja de vinagre.
O texto bíblico diz
que Ele tomou e em seguida diz: “Tudo está consumado”, da parte de Jesus, Deus
que se fez homem, a missão tinha ali encerrado, o seu Espírito, Ele o entrega
ao Pai, afinal a Ele tudo pertence.
Ninguém imaginava,
que o maior milagre estava por vir, que o pedido do Filho Amado do Pai, teria o
seu pedido atendido, quando no transcorrer do desfecho final do Deus Jesus na
Cruz, pudesse terminar daquela forma.
Sua sede pela
humanidade, agora receberá uma grande Graça, uma aspersão de Água e Sangue que
marcará um antes e um depois, O MUNDO NÃO SERIA MAIS O MESMO APÓS O LADO DE
CRISTO SER ABERTO NA CRUZ.
Até os dias de hoje,
gotas daquele Sangue e daquela água, molham os corações de homens e mulheres e
os leva ser saciados em sua sede espiritual por Jesus, pelo seu Santo Espírito.
Maria, Mãe da Igreja,
mulher do Cenáculo, perseverante na oração, interceda por mim e pelo mundo
inteiro no dia de hoje. Amém!
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