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domingo, 5 de maio de 2024

Evangelho do dia 07 maio terça feira 2024

 

07 maio - Devemos olhar sempre para Maria, e ficar constantemente com Ela. (S 188). São Jose Marello

 


EVANGELHO DO DIA

Leitura do Santo Evangelho segundo São João 16,5-11

"E Jesus continuou: 
- Eu não disse isso antes, porque ainda estava com vocês. Porém agora eu vou para junto daquele que me enviou. E nenhum de vocês me pergunta: "Aonde é que o senhor vai?" Mas, porque eu disse isso, o coração de vocês ficou cheio de tristeza. Eu falo a verdade quando digo que é melhor para vocês que eu vá. Pois, se não for, o Auxiliador não virá; mas, se eu for, eu o enviarei a vocês. Quando o Auxiliador vier, ele convencerá as pessoas do mundo de que elas têm uma idéia errada a respeito do pecado e do que é 
direito e justo e também do julgamento de Deus. As pessoas do mundo estão erradas a respeito do pecado porque não crêem em mim; estão erradas a respeito do que é direito e justo porque eu vou para o Pai, e vocês não vão me ver mais. E também estão erradas a respeito do julgamento 

 Falando aos discípulos, na última ceia, tendo já se referido ao envio do Paráclito, Jesus, agora, se detém sobre este envio. Apenas o evangelho de João usa o termo Paráclito (do grego paraklêtos), que significa alguém que protege, advogado, defensor, intercessor, consolador, designando o Espírito Santo.

O Evangelho de hoje sublinha a total oposição existente entre o Espírito Santo e o mundo, entendido como as forças contrárias a Jesus e ao Reino anunciado por ele. Não existe acordo entre ambos. Antes, uma luta sem tréguas.

O Espírito Santo tem a missão de julgar o mundo, de forma a revelar sua impiedade. Em primeiro lugar, no tocante ao pecado. O Espírito Santo desmascarará a atitude insensata de quem rejeita Jesus, numa atitude de aberta incredulidade. Considerando as chances oferecidas, trata-se de culpa injustificável. Tinha tudo para acolher Jesus, na fé, mas acabou por se tornar seu inimigo.

Em segundo lugar, no tocante à justiça. Trata-se da veracidade do testemunho de Jesus, Filho de Deus. Nesta condição, coloca-se como juiz do mundo. Recusando-se a aceitar Jesus, o mundo torna-se culpado e merecedor de castigo.

Em terceiro lugar, no tocante ao juízo. Quando o mundo pensava ter julgado Jesus, ele é quem estava se colocando sob o peso do julgamento. Na cruz, o Filho foi exaltado pelo Pai, de modo a poder triunfar sobre seus adversários e submetê-los ao juízo divino. Na medida em que o Espírito Santo revelar o verdadeiro significado da morte de Jesus, o mundo estará incorrendo em juízo.

Jesus não havia falado antes a seus discípulos sobre a perseguição futura do mundo contra eles; até agora, o alvo da hostilidade havia sido ele, que, aliás, podia defendê-los. Agora lhes fala de sua morte de forma metafórica “ele se vai”, mas não os vai deixar sozinhos. Tomé havia objetado a Jesus que não sabia para onde ele ia e, portanto, não poderia saber o caminho para segui-lo.

Como Tomé, também os discípulos continuam sem compreender a morte como ida ao Pai, para eles a morte é o fim de tudo. Por isso, não pedem explicações, que consideram supérfluas, e se enchem de tristeza ao pensar na separação, que interpretam como desamparo. O mundo se lhes apresenta como um adversário formidável e, sem Jesus, sentem-se indefesos diante do mundo. Para Jesus, entretanto, a presença e a ajuda do Espírito farão mais bem aos discípulos do que a sua própria presença física. Enquanto se apóiam nesta presença física, jamais aprenderão a assumir sua plena responsabilidade nem terão a própria autonomia que surge da convicção interior. Convém-lhes que se vá, para poderem agir por si mesmos sob o impulso do Espírito.

O mundo ou o sistema injusto se ergueu em juiz de Jesus e o condenou como a um criminoso. O Espírito vai abrindo de novo o processo para pronunciar a sentença contrária. Os que se fizeram juízes são os culpados; o condenado por eles tinha a razão de sua parte e, em conseqüência, o sistema que se atreveu a cometer semelhante injustiça, está condenado por Deus.

O mundo se resumia aqui no círculo dirigente que condenou a Jesus. Seu pecado é “o pecado do mundo”, que consiste em impedir a realização do projeto do criador, reprimindo ou suprimindo a vida; esse pecado alcançou sua máxima expressão na rejeição de Jesus, o doador da vida.

A prova de que Jesus tinha razão será acolhida que lhe fará o Pai, de que a comunidade tomará plena consciência através da experiência do Espírito que dele receberá (15,26). O Pai confirmará toda a obra de Jesus; ao acolhê-lo, Deus se constitui em juiz e inverte o juízo dado pelo mundo. A ida Jesus para o Pai é indispensável para que esse juízo histórico se realize. Isto significa que não está presente com os seus como antes; mas já lhes tinha assegurado que sua ausência corporal seria vantajosa para eles.

A ordem injusta vai considerar-se mais segura com a morte de Jesus, mas o Espírito fará ver aos discípulos que esse mundo está julgado e que Deus está contra ele. O chefe da organização personifica o círculo dos dirigentes judeus, considerado como um todo único com plena unanimidade de objetivos.

A comunidade se sente julgada e condenada pele mundo, mas o testemunho do Espírito a convence de que é ela a que pode julgá-lo, acusando-o de seu pecado e de que este mundo vai dar na ruína. Assim, apesar da perseguição que sofre não se sente culpada nem acovardada; tem a certeza do Espírito e sente o apoio do Pai. Vê em Jesus a vida e no sistema, a morte.

Cremos que a Sagrada Escritura foi escrita por homens divinamente inspirados; que é um tesouro perfeito de instrução celestial, tendo Deus por seu verdadeiro autor; que tem por objetivo a salvação dos homens que o seu conteúdo é a verdade sem qualquer erro; que revela os princípios pelos quais deus nos julgará e por isso é, e continuará sendo até ao fim do mundo, o verdadeiro centro da união cristã e padrão supremo pelo qual toda a conduta, credos e opiniões dos homens devem ser julgados.

Na Sagrada Escritura nós somos, antes de tudo, chocados com a relação íntima de Deus com o homem e do homem com Deus. Na Escritura nós não vemos só Deus mas o homem também. É a Revelação de Deus, mas é também uma revelação relativa ao homem. Deus Se revela para o homem, aparece diante dele, Se torna visível para ele, fala com ele, para revelar o significado oculto da sua existência, para mostrar para ele o caminho e significado da vida humana.

Na Escritura nós vemos Deus vindo Se revelar para o homem, e vemos o homem encontrando Deus e não só prestando atenção em Suas Palavras, mas respondendo a elas. Na Escritura nós ouvimos não só a Voz de Deus, mas também a voz do homem respondendo à Ele, em palavras de oração, agradecimento, adoração, pesar e contrição. Deus quer, espera e demanda estas respostas. É para isto que Ele fala com o homem. Ele espera que o homem responda para Ele. Ele está esperando que o homem fale com Ele. E Ele cria Sua aliança com o homem.

Deus fala ao homem através do Seu Espírito; e somente na medida em que o homem habita no Espírito ele ouve e reconhece esta voz: "O vento assopra onde quer, e ouves a sua voz; mas não sabes donde vem, nem para onde vai; assim é todo aquele que é nascido do Espírito". Não existem caminhos isolados de vida espiritual. Desde o Dia do Pentecostes o Espírito habita na Igreja, onde Deus ordenou "a ação do Espírito" ("Omnem Operationem Spiritus," ).

Aqui, nesta vida, pelo poder do Espírito toda alma é vivificada. Aqui o Verbo de Deus toca e é ouvido — todas as palavras desde o inicio. Está aqui a plenitude e o caminho do conhecimento. O esforço pelo Espírito, a oração pela concessão do Espírito, é o caminho no qual podemos glorificar Deus. Através do Sopro do Espírito a Revelação de Deus será eternamente vivificada, e construirá o organismo vivo da Verdade una e indivisa.

Todos que pela fé aceitam Cristo como Salvador, demonstrando arrependimento e conversão, são guiados em toda a verdade. É desta forma que o mundo é vencido pelo Espírito de Jesus.

O Espírito Santo não trabalha, portanto, independentemente da obra de Cristo, como pregam todos aqueles que enfatizam o culto ao Espírito Santo e acabam por desviar os olhos dos fiéis da pessoa de Cristo. O Espírito Santo não vem como "uma segunda bênção", nem vem realizar fenômenos sem sentido ou fora do contexto revelador de Cristo, tais como curas espetaculares, risos saltos, quedas, urros, dentes de ouro ou quaisquer outras maravilhas glorificadoras dos homens que as realizam. Ele vem selar o trabalho de Cristo na vida do crente, abrindo-lhe o coração à conversão, batizando-o com a abençoada regeneração, fazendo morada no coração de todos os salvos, promovendo a comunhão cristã, edificando o Corpo de Cristo, iluminando o entendimento e operando o crescimento em santificação

"O Espírito Santo habita conosco agora, e no esforço pelo Espírito, o caminho para a plenitude do conhecimento de Deus está aberto para nós". (São Gregório o Teólogo).

A Igreja nos ensina a rezar:

Oração: Ó Deus, concedei-nos o Espírito que nos dá forças para enfrentar e vencer o mundo, e manter-nos fiel a vosso Filho Jesus, afim de que sejamos sempre conscientes da necessidade de contínua conversão e assim, estejamos continuamente  abertos à ação do Espírito Santo. Amém

 

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