11 maio - - Admiremos a beleza inefável da alma de Maria, a qual não é senão um maravilhoso quadro, formado por pequenos pontinhos, todos perfeitos. A beleza de Maria se compõe justamente de tantas pequenas virtudes, mas todas tão perfeitas que, juntadas em sua formosa alma, conferem-lhe um atrativo irresistível, um encanto celestial. (S 213). São Jose Marello
EVANGELHO DO DIA
"E eu afirmo a vocês
que isto é verdade: se vocês pedirem ao Pai alguma coisa em meu nome, ele lhes
dará. Até agora vocês não pediram nada em meu nome; peçam e receberão para que
a alegria de vocês seja completa.
E Jesus terminou, dizendo:
- Eu digo essas coisas a
vocês por meio de comparações. Mas chegará o tempo em que não falarei mais por
meio de comparações, pois falarei claramente a vocês a respeito do Pai. Naquele
dia vocês pedirão coisas em meu nome. E eu digo que não precisarei pedir ao Pai
em favor de vocês, pois o próprio Pai os ama. Ele os ama porque vocês, de fato,
me amam e crêem que vim de Deus. Eu vim do Pai e entrei no mundo. E agora deixo
o mundo e vou para o Pai."
Meditação:
A
presença de Jesus junto ao Pai, como realidade da humanidade divinizada, se
constitui em vínculo de comunhão eterna entre Deus e esta humanidade.
A oração do Pai-Nosso, nos evangelhos de Mateus e Lucas, é simplesmente dirigida
ao Pai. O evangelho de João completa o sentido da oração.
Trata-se
de pedir ao Pai em nome de Jesus. Pedir em nome de Jesus é pedir em comunhão
com ele. Jesus não é um intercessor separado, que permanece à parte, mas
intercede em comunhão conosco.
O
intercessor já é o próprio Deus, presente e atencioso às nossas necessidades. O
impulso da oração brota do nosso convívio com Jesus e da inspiração do Espírito
Santo.
O relato de hoje nos coloca diante de uma das mais importantes sínteses do
ministério de Jesus: “Saí do Pai para vir ao mundo; agora deixo o mundo e volto
ao Pai”.
Esta síntese apresenta o dinamismo no qual se fundamenta a vida e a missão de
Jesus de Nazaré: do Pai ao mundo e do mundo ao Pai; quer dizer, Encarnação, por
um lado, e Paixão-Ressurreição-Ascensão, por outro.
O evangelista João nos deixa claro que a tarefa concreta dos discípulos é
conseguir entender tal dinamismo, entender que a fonte da vida, do amor e da
salvação é Deus; no memento em que entendam esta realidade não será necessário
mais seguir falando por meio de parábolas, mas sim diretamente do Pai, pois o
terão conhecido e terão acreditado fielmente nele.
Tal confiança no amor de Deus, alcançada graças ao convencimento pleno de que
Jesus é o caminho que conduz à vida digna e plena, permitirá aos discípulos
dirigirem-se a Deus com atitudes de filhos.
Deus oferece sempre seu amor ao mundo todo, mas esse amor adquire o sentido de
reciprocidade só se a pessoa responde.
O amor é incompleto se não for recíproco: até que a pessoa não o aceita fica
pela metade. No entanto os discípulos o aceitam quando começa, a amar Jesus e
assim tornam operacional o amor do Pai e a oração é esta relação de amor.
Afinal, a história de cada um de nós se identifica com a história de sua oração,
também naqueles momentos que não parecem ser: a ansiedade já é oração e também
a busca, a angústia.
Minha oração pessoal e comunitária acontece num momento de tranqüilidade, de
paz e de grande calma? Que esforço faço em crescer na amizade com Jesus? Estou
convencido para chegar a uma real identidade através da comunhão com Ele e no
amor ao próximo?
Reflexão Apostólica:
Muitas
vezes nossa fé se envereda nos ritos, fórmulas, nos lugares sagrados, perdendo
o fio condutor que nos torna únicos com Deus, através da prática do amor
fraterno.
A famosa frase: “peçam e lhes será dado” se converteu em uma prece equivocada
para pedir o que nos vem à mente. Muitas vezes não sabemos pedir a Deus.
Pedimos coisas que não tem nenhuma transcendência para nossas vidas ou que
compartilhamos com outros. Pedimos coisas tão absurdas como, por exemplo,
ganhar na loteria, como se Deus se metesse em jogos.
É preciso ter fé para que nossas palavras verbalizem a confiança que temos em
Deus e a nossa entrega seja perfeita, assim como Jesus se entregou e confiou-se
ao plano divino do Pai.
É preciso deixar Jesus rezar dentro do nosso coração para que nossa alegria
seja completa!
Segundo
o que aprendemos e acreditamos, rezar é dizer em voz baixa ou apenas em
pensamento uma oração, uma súplica ou um pedido a Deus.
Jesus nos ensina a oração do Pai-Nosso e coloca-nos na condição de filhos de
Deus, quando diz: Pai "nosso".
Ele não nos ensina a rezar chamando a Deus de "Pai de Jesus" mas,
nosso também, e é aí que nós recebemos o Pai celeste, do Filho Encarnado, e
passamos a ser também chamados "filhos de Deus".
Pedir a Deus o que quero ou preciso, em nome de Jesus, é colocar-me na condição
de filho amado que sou, assim como Jesus é amado pelo Pai.
Por exemplo: "‘Senhor eu te peço, em nome de Teu Filho Jesus, que cuide da
saúde da minha mãe." Assim, estou pedindo como se o próprio Jesus pedisse
ao Pai, porque peço em nome de Jesus. E assim, o Pai que atende o Filho, também
me atenderá, se assim for vontade d’Ele.
Jesus nos mostrou a grandeza do amor do Pai. Já sabemos que nosso Deus é um
Deus que está a favor dos despossuídos, dos que sofrem, dos que passam
necessidade.
Peçamos
a sabedoria para estar sempre dispostos a ajudar estas pessoas que tanto
necessitam de nosso carinho, nossa compreensão e nosso apoio.
Propósito:
Deus é misericordioso para com todos: pobres ou ricos, sadios ou doentes,
oprimidos ou opressores, justos ou injustos, soberanos ou humildes.
O remédio para a cura dos males está em Deus, esperança, verdade e vida.
Muitas vezes, as pessoas são beneficiadas ao se comunicar com os demais por
meio de um pequeno gesto, um abraço, uma palavra de gratidão, um sorriso, um
carinho, uma palavra de apoio.
As pessoas estão carentes e doentes por falta de calor humano na convivência e
nos relacionamentos.
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