terça-feira, 31 de dezembro de 2024

Evangelho do dia 03 janeiro sexta feira 2025

 

Santa Genoveva - 03 de Janeiro

Santa Genoveva, também conhecida como Santa Genoveva de Paris, foi uma santa e padroeira de Paris no século V. Ela nasceu por volta do ano 419 ou 422 d.C. em Nanterre, uma região próxima a Paris. Seus pais eram camponeses cristãos, e desde jovem, Genoveva mostrou uma profunda devoção religiosa.

A história de Santa Genoveva é marcada por eventos milagrosos que são atribuídos a ela ao longo de sua vida. Um dos episódios mais notáveis ocorreu durante o cerco de Paris pelos hunos liderados por Átila, em 451 d.C. Genoveva, então uma jovem consagrada à vida religiosa, convenceu os habitantes de Paris a permanecerem firmes em sua fé e a confiarem na proteção divina. Ela é creditada por ter liderado a cidade em orações e penitência, e de acordo com a tradição, os hunos recuaram, poupando Paris da destruição.

Após esse evento, Genoveva continuou sua vida dedicada à oração, ao serviço aos pobres e à promoção da vida monástica. Ela fundou um convento em Paris, onde se tornou a abadessa. Seu estilo de vida ascético e suas obras de caridade a tornaram uma figura amada entre o povo.

A devoção a Santa Genoveva cresceu após sua morte em 502 d.C., e seu túmulo em Paris tornou-se um local de peregrinação. Em 1129, suas relíquias foram transferidas para a Abadia de Saint-Denis, onde receberam uma veneração ainda maior.

Ao longo dos séculos, Santa Genoveva foi invocada em momentos de calamidades, especialmente durante as guerras e as epidemias. Sua devoção espalhou-se para além das fronteiras de Paris, e ela é reconhecida como a padroeira da cidade. O culto a Santa Genoveva permanece uma parte significativa da tradição católica em Paris, e sua festa litúrgica é celebrada em 3 de janeiro.

Além dos eventos milagrosos associados à sua vida, Santa Genoveva é lembrada por sua fé inabalável, seu compromisso com a caridade e sua liderança espiritual em tempos difíceis. Ela é uma figura inspiradora que simboliza a força da fé e a importância da confiança em Deus mesmo diante das adversidades.

Santa Genoveva, rogai por nós!

 03 de janeiro de 2025 - “Nunc coepi!” Agora começo, diziam os nossos grandes mestres que viveram antes de nós. Repitamo-lo também nós diante de Deus, com sinceridade e firmeza. (L 36). São José Marello

 Tempo do Natal antes da Epifania


João 1,29-34 03 jan 2025

29No dia seguinte, João viu Jesus aproximar-se dele e disse: “Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo. 30Dele é que eu disse: Depois de mim vem um homem que passou à minha frente, porque existia antes de mim. 31Também eu não o conhecia, mas se eu vim batizar com água, foi para que ele fosse manifestado a Israel”.
32E João deu testemunho, dizendo: “Eu vi o Espírito descer, como uma pomba do céu, e permanecer sobre ele. 33Também eu não o conhecia, mas aquele que me enviou a batizar com água me disse: ‘Aquele sobre quem vires o Espírito descer e permanecer, este é quem batiza com o Espírito Santo’. 34Eu vi e dou testemunho: Este é o Filho de Deus!”

MEDITAÇÃO

 Eu vi e dou testemunho: Este é o Filho de Deus! (Jo 1, 34)

A Palavra do Senhor nos aponta a pessoa de Jesus. Os evangelhos são testemunhos sobre Jesus, para que nós o conheçamos, para que o acolhamos. E mesmo o Antigo Testamento é lido pelos cristãos na perspectiva da revelação da pessoa de Jesus, o Messias prometido e já figurado na atuação dos sábios, profetas e reis. A Escritura nos aponta a pessoa de Jesus.
A missão de João Batista foi preparar o povo para receber Jesus e revelá-lo a este mesmo povo por ele preparado. O ponto alto de sua missão foi indicar-lhe Jesus, apontar-lhe o Messias ali presente. “Eis o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo”. O grande testemunho de João sobre Jesus foi esse: ‘Ele é o Filho de Deus’.
Podemos dizer assim: todo o evangelho é um João Batista indicando Jesus.

 O que os evangelhos querem é exatamente apresentar Jesus para que sejamos seus seguidores. Seguir Jesus é tomá-lo como modelo de vida, é tornar-se seu discípulo, para aprender a viver como ele. A imitação de Cristo é possível por causa da encarnação. O Verbo se fez carne e habitou entre nós. Ele viveu nossa vida humana de maneira plenamente santa. É assim que queremos nascer, viver e morrer. Como ele. Os evangelhos nos convidam ao seguimento de Jesus.

João Batista, os evangelhos, os missionários nos apontam Jesus. “Eis o cordeiro de Deus”. Nós, em atenção a esta palavra, nos pomos no seguimento dele. Seguir Jesus é toma-lo como nosso Mestre, nosso orientador, nosso guia; É abraçar o seu evangelho, os seus ensinamentos. Seguir Jesus é acolher o seu sacrifício salvador na cruz, tomando posse da salvação que ele nos alcançou, o dom de, agora, sermos filhos de Deus. Seguir Jesus é por-se a caminho com ele, imitando seu modo humano de amar e servir, acolhendo-o como caminho, verdade e vida. E, claro, integrar-se no grupo dos discípulos que o seguem e cultivam a sua memória, a sua Igreja. Assim, nos tornamos discípulos do Senhor, seus seguidores.

Nós até que temos bastante informações sobre Jesus. Nós temos, inclusive, ouvido diariamente o seu evangelho. Mas, a Palavra nos aponta Jesus para o seguirmos. Nossa resposta à Palavra de Deus proclamada é nos tornarmos seguidores de Jesus. Segui-lo é tomá-lo como nosso mestre, nosso guia. Segui-lo é imitá-lo no seu amor e na sua fidelidade ao Pai e ao seu povo. Segui-lo é tomar cada dia a cruz de nossas dificuldades e lutas e subir o calvário com ele. E ressuscitar com ele, em cada vitória, em cada conquista, em cada etapa vencida. Nisso consiste a santidade, isto é, em vivermos habitados por sua graça: sermos seus seguidores na normalidade de nossas vidas.

Eu vi e dou testemunho: Este é o Filho de Deus! (Jo 1, 34)

Senhor Jesus,
João Batista, no auge do seu trabalho de preparação do povo para te receber, te revelou como Cordeiro de Deus, como aquele que iria batizar com o Espírito Santo, como Filho de Deus. Esse testemunho, nós o temos recebido pela pregação, pela meditação bíblica, pela evangelização. Senhor, que a nossa resposta à Palavra seja o teu seguimento, como nosso mestre, modelo e guia. Ajuda-nos, Senhor, a sermos, hoje, outros João Batistas, apontando aos outros a tua pessoa, o teu caminho. Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém.

No seu momento de oração pessoal, peça a Deus a graça de ser fiel no seguimento de Jesus. Reze também, hoje, pelo descanso eterno do Papa emérito Bento XVI. Suas últimas palavras foram "Senhor, eu te amo!". 

 Dia 03

Reflexão

De acordo com o livro de Eclesiastes, para tudo há um tempo debaixo de céu: para nascer e morrer; plantar e colher; demolir e construir; chorar e sorrir; gemer e dançar; procurar e encontrar; guardar e jogar fora; calar e falar; para a guerra e a paz.

Na vida, tudo tem seu tempo.

Nada ocorre nem antes nem depois da hora certa

(cf. Ecl 3, 1ss).

Meditação

Mesmo que, muitas vezes, as pessoas se esqueçam de Deus, Ele vem ao nosso encontro.

Confirmação

“Tudo tem seu tempo.

Há um momento oportuno para cada coisa debaixo do céu.”

(Ecl 3,1).

 


Evangelho do dia 02 janeiro quinta feira 2025

 

São Basílio Magno - 02 de Janeiro

São Basílio Magno, também conhecido como Basílio de Cesareia, foi um dos mais proeminentes líderes da Igreja Cristã nos primeiros séculos do Cristianismo. Ele nasceu por volta de 330 d.C. em Cesareia, na Capadócia, uma região que hoje faz parte da Turquia. Sua família era influente e cristã, e desde jovem, Basílio demonstrou uma inclinação para a vida religiosa.

Basílio estudou em Atenas e em Constantinopla, onde teve contato com o pensamento filosófico da época. No entanto, ele decidiu dedicar sua vida ao serviço religioso e ao monasticismo. Juntamente com seu amigo de longa data, Gregório de Nazianzo, Basílio fundou um mosteiro perto de Ancira, na Capadócia. Seu estilo de vida ascético e sua dedicação à oração influenciaram muitos, e o monasticismo tornou-se uma parte essencial da tradição cristã oriental.

A influência de Basílio não se limitou ao campo monástico. Em 370 d.C., ele foi consagrado como Bispo de Cesareia, uma posição que o colocou no centro das controvérsias teológicas de sua época. Ele defendeu a fé ortodoxa contra várias heresias, incluindo o arianismo, que negava a divindade plena de Cristo. Sua habilidade como teólogo e sua eloquência o destacaram como uma figura central nos Concílios Ecumênicos, como o Segundo Concílio Ecumênico de Constantinopla em 381 d.C.

Além de suas contribuições teológicas, São Basílio Magno também se destacou por seu trabalho social. Ele foi um defensor da caridade e da justiça social, dedicando recursos da Igreja para ajudar os pobres e necessitados. Sua obra mais conhecida, "As Regras Longas" e "As Regras Curtas", estabeleceu diretrizes para a vida monástica e enfatizou a importância do trabalho comunitário e do cuidado mútuo.

São Basílio Magno faleceu em 1º de janeiro de 379 d.C., mas seu legado perdura. Ele é reverenciado como um dos Padres da Igreja e é lembrado por sua profunda espiritualidade, erudição teológica e dedicação à justiça social. Sua festa litúrgica é celebrada em 2º de janeiro em muitas tradições cristãs, honrando sua significativa contribuição para o desenvolvimento do pensamento cristão e seu exemplo de vida dedicada ao serviço de Deus e do próximo.

São Basílio Magno, rogai por nós!

 02 - Quando, meu caro amigo, quando é que vamos começar de verdade? “In nomine Domini Nostri Jesu Christi”, em nome de Nosso Senhor Jesus Cristo, agora mesmo. (L24).  São Jose Marello

 


João 1,19-28

 "Os líderes judeus enviaram de Jerusalém alguns sacerdotes e levitas para perguntarem a João quem ele era. João afirmou claramente: 

- Eu não sou o Messias. 

Eles tornaram a perguntar: 

- Então, quem é você? Você é Elias? 

- Não, eu não sou! - respondeu João. 

- Você é o Profeta que estamos esperando? 

- Não! - respondeu ele. 

Aí eles disseram a João: 

- Diga quem é você para podermos levar uma resposta aos que nos enviaram. O que é que você diz a respeito de você mesmo? 

João respondeu, citando o profeta Isaías: 

- "Eu sou aquele que grita assim no deserto: preparem o caminho para o Senhor passar." 

Os que foram enviados eram do grupo dos fariseus; eles perguntaram a João: 

- Se você não é o Messias, nem Elias, nem o Profeta que estamos esperando, por que é que você batiza? 

João respondeu: 

- Eu batizo com água, mas no meio de vocês está alguém que vocês não conhecem. Ele vem depois de mim, mas eu não mereço a honra de desamarrar as correias das sandálias dele. 

Isso aconteceu no povoado de Betânia, no lado leste do rio Jordão, onde João estava batizando. 

Saudação 

- A nós, a paz de Deus, nosso Pai, 

a graça e a alegria de Nosso Senhor Jesus Cristo, 

no amor e na comunhão do Espírito Santo. 

- Bendito seja Deus que nos reuniu no amor de Cristo! 

Preparo-me para a Leitura, rezando: 

Jesus Mestre, que dissestes: 

"Onde dois ou mais estiverem reunidos em meu nome, 

eu aí estarei no meio deles", 

ficai conosco, 

aqui reunidos (pela grande rede da internet), 

para melhor meditar 

e comungar com a vossa Palavra.

Meditação: 

João Batista, o precursor do Messias Jesus, nos ensina a dar testemunho de nossa fé cristã: não somos mais que uma voz que clama, no deserto deste mundo violento e injusto, que em Jesus Deus nos visitou definitivamente, para mostrar-nos seu amor, sua misericórdia e ternura, para desatar as cadeias de nossas opressões, para batizar-nos não com água, mas com o fogo de seu Espírito, que nos transformará em homens e mulheres de paz, justiça e solidariedade.

Também nos ensina o Batista que não devemos interpor-nos entre Jesus, o enviado, o filho de Deus, e tantas pessoas que querem conhecê-lo e segui-lo. Não podemos pregar a nós mesmos, pretender que acreditem em nós, em nossos particulares interesses e propósitos. Não podemos pretender impor nossa mensagem à força ou aproveitando-nos das necessidades dos pobres e dos pecadores que queiram recebê-lo, ou desprezando-os por sua condição.

O profeta do Jordão proclama que Jesus está no meio de nós sem que o conheçamos, sem que o tenhamos descoberto. Até o lugar onde João prega e batiza é significativo: a outra margem do Jordão, uma aldeia perdida que não é a Betânia próxima a Jerusalém, mas o deserto agreste e inóspito para onde vão buscá-lo os que esperam a Deus. É o que hoje denominamos “a periferia”, opondo-a aos centros do poder econômico, político e até mesmo religioso.

Os imensos e super povoados bairros de nossas grandes cidades, cheios de camponeses imigrantes, de pobres trabalhadores informais, sempre beirando a miséria absoluta. Ali estão os que de verdade esperam escutar a voz que clama no deserto.

Reflexão Apostólica:

 Então, quem é você?

Mais um ano começa e quantas promessas foram feitas na virada de 31 para 1º de janeiro! Pessoas foram às praias em suas devoções pessoais; muitos outros passaram em vigília em algum rincão do Brasil; outros tantos passaram a virada trabalhando e outros tantos vendo o show da virada… (Nossa! Ainda tem gente que assiste a esse programa!)

Em meio a uvas, romãs, passas, vestidos ou peças de roupa branca (ou coloridas desejando algo) muitos investiram sua fé no ano que começava, mas não tem como comentar… Por onde anda nossa fé? Quem sou eu?

Temos tanta vontade em sermos felizes que às vezes pomos nossa fé, no que acreditamos muito abaixo do que valem. Somos um povo católico cheio de superstições e crendices que não tem nada haver com que acreditamos. Mais uma vez: Então, quem é você?

Rezamos terços e rosários, mas acreditamos em espelhos quebrados. Vamos à missa, grupos de oração, mas ainda não nos livramos de ler horóscopos, elefantes nas portas, figas, pés de coelhos… colocamos terços nos retrovisores, terço esse que nunca rezei ou aprendi a rezar.

João Batista era fidelíssimo ao plano de Deus e por Jesus vou exaltado como homem nenhum foi e nós: a quantas anda nossa fidelidade?

 O engraçado é que se seguíssemos a lógica humana, ao ver que nossa fé ATIRA PRA TODO LADO, nós não poderíamos nem ver as sandálias, imagine atá-las? Mas parece que Deus não segue nossa lógica. Sim! Ele premia a fidelidade, mas diferente de nós, Ele sabe esperar…

Jesus pouco demonstrou atração pela crença ou pelas vestes repletas das leis dos fariseus e doutores da lei e tão pouco realizou milagres, pois as pessoas eram pobres ou sem acesso as coisas, mas seu olhar e sua palavra que penetravam o fundo da alma de cada um, era às vezes surpreendidos por pessoas que por mais que errassem, conservavam dentro de si valores e uma grande fé. Aqui estava a diferença: ele não olhava ricos ou pobres e sim o coração de cada um.

Quem está a frente de um serviço da igreja, seja ele sacerdote, ministro, pregador, servo, catequista, (…) deve ter esse exemplo de plena humildade de João Batista e saber que na verdade quem conhece bem nosso coração é Deus. Ele conhece nossa fé, nossos propósitos, valores e sentimentos que cultivamos e se mesmo falhos ainda conseguimos senti-LO e realizar suas obras, imagine se pudéssemos desatar as sandálias?

Abandonemos as crendices e superstições… sejamos homens e mulheres de fé! Pessoas simples, mas fervorosos.

 Feliz 2025!

Oração: Pai, teu servo João Batista soube reconhecer o que esperavas dele, e conservou sua postura com extrema humildade. Torna-me teu servidor, nos mesmos moldes de João.

 Dia 02

Reflexão

Jamais permita que pensamentos de vingança se instalem em seu coração.

Embora limitados e frágeis, os seres humanos também são fortes e plenos da graça divina.

Peça que Deus lhe conceda um coração repleto de misericórdia.

Lembre-se de seu grande amor por todas as pessoas, apesar dos pecados cometidos.

Meditação

O Senhor é misericórdia e compaixão.

Confirmação

“A mim pertence a vingança e a recompensa, no tempo em que seus pés resvalarem.

Pois o dia da ruína se aproxima, e já está perto o que os espera”

(Dt 32,35).

 


domingo, 29 de dezembro de 2024

EVANGELHO DO DIA 01 JANEIRO QUARTA FEIRA 2024 - SOLENIDADE DE SANTA MARIA MÃE DE DEUS

 

Solenidade de Santa Maria Mãe de Deus - 1 de janeiro

No Dia Universal da Paz (1 de janeiro) o calendário dos santos se abre com a festa de Maria Santíssima no ministério de sua Maternidade Divina.
Primeira festa mariana que apareceu na Igreja ocidental, a festa de Maria Santíssima, substituiu o costume pagão das dádivas e começou a ser celebrada em Roma, no século IV.
A Solenidade da Santa Maria, Mãe de Deus, é um momento especial no calendário litúrgico em que a Igreja Católica se reúne para celebrar e honrar a singularidade e a importância da Virgem Maria como Mãe de Nosso Senhor Jesus Cristo.

Neste dia sagrado, voltamos nosso olhar para a humildade e a submissão de Maria diante do plano divino de Deus. Ela, escolhida desde toda a eternidade para ser a Mãe do Salvador, aceitou com fé inabalável a missão que lhe foi confiada. Sua resposta ao anjo Gabriel, "Eis a serva do Senhor, faça-se em mim segundo a tua palavra" (Lucas 1:38), reflete sua total entrega à vontade de Deus.

Maria desempenha um papel singular na história da salvação, sendo a ponte entre o divino e o humano, uma vez que ela trouxe o Filho de Deus ao mundo. Na maternidade divina, ela não apenas concebeu Jesus, mas também O nutriu, educou e esteve ao Seu lado ao longo de Sua vida terrena. Sua fidelidade e amor incondicional são um exemplo inspirador para todos nós.

Além disso, ao ser proclamada Mãe de Deus, Maria recebe a mais alta das honras, pois seu filho, Jesus, é verdadeiramente Deus e verdadeiramente homem. Nessa dualidade, vemos a união íntima entre o divino e o humano, enfatizando a centralidade de Cristo na nossa fé.

Na Solenidade da Santa Maria, Mãe de Deus, somos convidados a contemplar o mistério da encarnação e a reconhecer o papel único de Maria nesse grande mistério. Através da sua maternidade divina, Maria é uma intercessora poderosa, e podemos confiar nela como nossa Mãe espiritual, pedindo sua ajuda e proteção.

Que neste dia solene possamos renovar nosso amor e devoção a Maria, buscando seguir o seu exemplo de fé, humildade e submissão à vontade de Deus. Que ela interceda por nós, seus filhos, diante do trono divino, e que possamos experimentar a graça e a bênção de seu materno cuidado em nossas vidas.

No dia Mundial da Paz, celebrar a Santidade Maternal de Maria é celebrar Jesus, Reis dos Reis e nosso Salvador. Oremos à mãe de Jesus para abençoar nosso ano novo!

Santa Maria, Mãe de Deus, rogai por nós!

 01 - SOLENIDADE DE MARIA, SANTA MÃE DE DEUS.

01 janeiro - Com grande sabedoria, São Gregório de Nazianzo afirmou que, quem não reconhece Maria como verdadeira Mãe de Deus, não crê na Divindade, é ateu. Prostrados aos vossos pés santíssimos, ó Maria, vos proclamamos como verdadeira Mãe de Deus e, de hoje em diante, vos escolhemos como nossa Mãe celestial! (S 32).  São Jose Marello

 


Leitura do santo Evangelho segundo São Lucas 2,16-21

 "Eles foram depressa, e encontraram Maria e José, e viram o menino deitado na manjedoura. Então contaram o que os anjos tinham dito a respeito dele. Todos os que ouviram o que os pastores disseram ficaram muito admirados. Maria guardava todas essas coisas no seu coração e pensava muito nelas. Então os pastores voltaram para os campos, cantando hinos de louvor a Deus pelo que tinham ouvido e visto.

E tudo tinha acontecido como o anjo havia falado.

Uma semana depois, quando chegou o dia de circuncidar o menino, puseram nele o nome de Jesus. Pois o anjo tinha dado esse nome ao menino antes de ele nascer.

Meditação:

 Hoje a igreja celebra Santa Maria, mãe de Deus.

Começar o ano civil com esta festa é significativo, pois nos põe na perspectiva do discipulado. Maria é modelo do discípulo: mulher que escuta a Palavra e põe em prática o que escutou.

O evangelho de hoje faz parte de um conjunto de textos denominados "evangelhos da infância".

Os pastores foram às pressas a Belém e encontraram Maria, José e o Menino Jesus e todos ficaram maravilhados com o que eles lhes contaram sobre as palavras do anjo.

Maria ia mais além do que todas as pessoas percebiam e “guardava todos esses fatos e meditava sobre eles em seu coração.”

Ela alcançava no seu coração os mistérios de Deus e sondava qual seria a vontade do Pai para o Filho que nela foi gerado e que agora era colocado no mundo.

Outra mãe, no seu lugar, tornar-se-ia cheia de orgulho e admiração pela sua própria conquista, pelo privilégio, pela fama e ficaria apenas no superficial.

Assim sendo, Maria nos dá exemplo de sobriedade, de discrição, de simplicidade. Nós, a exemplo de Maria precisamos ir fundo nos acontecimentos da nossa vida, a fim de que percebamos nas nossas “aparentes” conquistas, o que é essencial para Deus e não para nós mesmos (as).

Belém foi a cidade escolhida para abrigar a Família de Nazaré e ser cenário do nascimento do Filho de Deus. Belém, hoje, é a nossa casa que recebe também a visita da Santa Família de Nazaré e onde o anjo se apresenta para, mais uma vez nos anunciar tudo o que diz respeito a esta família.

A Sagrada Família é modelo de obediência, de simplicidade, de humildade e de justiça. Nela nós podemos nos nortear para cultivar relacionamentos de amor segundo a vontade do Pai.

É na nossa casa que nos reunimos pai, mãe, filhos irmãos e irmãs. E é na família que acontece a salvação noticiada pelos pastores, conforme lhes informara o anjo, mensageiro de Deus.

É para a nossa família toda que o Senhor promete derramar as bênçãos. Maria guardava os fatos e meditava sobre eles em seu coração.

É este também o nosso papel diante das coisas extraordinárias que nos são anunciadas: guardar com carinho no nosso coração e perceber os sinais de Deus através do desenrolar da nossa vida, confirmando-os na Palavra e nos ensinamentos evangélicos.

Abramos a porta da nossa casa para que a Sagrada Família nos ensine a fazer a vontade do Pai e, então, todos os nossos planos serão bem sucedidos.

Você tem a Sagrada Família como modelo? Qual é a influência ela tem nas suas ações em família? Como você encara a atitude de Maria? Qual teria sido a sua atitude? A sua casa é um lugar onde habita a paz?

Reflexão Apostólica:

Feliz ANO NOVO!

Hoje dia da Paz, da Rainha da Paz, da Santa Maria Mãe de Deus e para completar, é também a primeira sexta-feira do mês, dia do Sagrado Coração de Jesus. O ano não podia começar melhor.

Sei que alguns irmãos evangélicos também leem a reflexão Apostólica e Meditação e, de forma alguma, essas primeiras linhas são idólatras, mas de pleno reconhecimento àquela que nos ensinou através da fé silenciosa e meditada em seu coração.

Hoje, em muitos locais no Brasil, Maria é lembrada por outro título que recebeu do povo – Nossa Senhora dos Navegantes, apesar que seu dia tradicionalmente ser 02 de fevereiro. O que será que faz com que aquela quantidade enorme de pessoas se ponha em cortejo no mar, levando tradicionalmente a imagem do bom Jesus de um lado a outro da praia? O que cativa a tanta gente, e de forma especial, aos mais simples a associar o cortejo do filho a presença da mãe?

Talvez seja a sua simplicidade vista pelos olhos dos mais bucólicos; ou seria então a vontade do marinheiro ou do pescador em encontrar um porto seguro e um breve regresso; ou a personificação de suas próprias mães a zelar por eles mantendo a brasa do fogareiro acesa e esperando a farta pesca. Talvez o marinheiro se sinta um dos magos, sendo o mar aberto o seu deserto, onde desde pequeno aprendeu também a se guiar pelas estrelas e por fim encontrar o motivo de tamanho destemor.

Em todo perigo, invocai Maria; eu vos asseguro que sereis ouvidos”. (Dom Bosco)

Talvez pelo título de protetora dos navegantes que ganhou ainda no século XV, marinheiros esses que rogavam por sua intercessão quando enfrentavam tempestades nos trajetos do mediterrâneo, tenham trazido suas comemorações que eram em inicialmente em agosto para fevereiro e aos poucos ao primeiro dia de janeiro, como se hoje pedíssemos, nesse inicio de jornada ou de ano, novamente sua intercessão e podermos assim superar as tempestades que apareceram, chegando sãos e salvos ao dia 31 de dezembro.

Boa parte de nossas crenças advém dessa vontade de se relacionar e respeitar o divino. Somos seres espiritualizados. Por mais cético ou ateu que seja uma pessoa, o componente divino é muito importante.

Trazendo, então, ao evangelho de hoje; O que fez aqueles homens bem sucedidos a se arriscarem no meio do deserto guiados por uma estrela?

O que ainda leva a pessoas a realizar trabalhos invisíveis a nossos olhos, nas sacristias, nos bastidores, nas cozinhas, nos abrigos, asilos, orfanatos, (…)? Reparem quantos destes destemidos “marinheiros” são devotos de Maria!

Creio sim que Dom Bosco estava certo ao afirmar: “Maria nos mantenha todos firmes e nos guie pelo caminho do céu”.

Esse ano ainda teremos Carnaval, Quaresma, Semana Santa, Páscoa, Copa das Confederações, Jornada Mundial da Juventude; alegrias, tristezas, esperanças, mudanças, conversões, decepções…

O mar tem disso, nem um dia é igual ao seguinte e talvez seja esse um dos grandes motivos que leve ao pessoal da minha comunidade, em especial do grupo de oração que participo, a começar o ano, no primeiro domingo, rezando ave-marias.

Por favor, não confundamos devoção com sincretismo! Esse dia de paz e oração não deveria ser trocado por “pulinhos” em tantas ondas; por preocupações assoberbadas com lingeries rosa, vermelha, branca (sei lá). O católico tem seu jeito próprio de agradecer a Deus pelo ano que começa, esteja ele na praia ou na igreja.

É, portanto, imprescindível o respeito a diversidade cultural e religiosa, mas como diz o refrão daquele funk carioca “cada um no seu quadrado” quanto aos seus ritos e costumes.

E o que pedir para hoje?

(…) O Senhor disse a Moisés: ‘Dize a Aarão e seus filhos o seguinte: eis como abençoares os filhos de Israel: O Senhor te abençoe e te guarde! O Senhor te mostre a sua face e conceda-te sua graça! O Senhor volva o seu rosto para ti e te dê a paz! E assim invocarão o meu nome sobre os filhos de Israel e eu os abençoarei’.” (Nm 6,22-27)

 Que Deus abençoe 2025 assim como o fez em 2024.

Mais um ano tem início...

Conquiste-o a cada dia, enfrentando o desconhecido e o que Deus lhe propuser.

Quais serão as necessidades e as dificuldades que vão surgir?

A cada ano, surge uma possibilidade de aperfeiçoamento e superação de limites.

Lembre-se de que a verdadeira proteção vem de Deus!

Somente nele é possível encontrar a verdadeira vida!

Ele o tomará pela mão e guiará pelos caminhos deste ano novo.

Agradeça a Deus de coração o ano que passou.

Em mais uma nova etapa, peça que lhe conceda a graça de permanecer firme na fé.

“Que louvem o Senhor por sua bondade e por suas maravilhas em favor dos homens”

(SL 107[106],15).



quinta-feira, 26 de dezembro de 2024

EVANGELHO DO DIA 31 DEZEMBRO TERÇA FEIRA 2024

 

31 Dezembro 2024

Tempo do Natal - 7º dia da Oitava do Natal

Primeira leitura: 1 João 2, 18-21

18*Meus filhos, estamos na última hora. Ouvistes dizer que há - de vir um Anticristo; pois bem, já apareceram muitos anticristos; por isso reconhecemos que é a última hora. 19*Eles saíram de entre nós, mas não eram dos nossos, porque, se tivessem sido dos nossos, teriam permanecido conosco; mas aconteceu assim para que ficasse claro que nenhum deles é dos nossos. 20*Vós, porém, tendes uma unção recebida do Santo e todos estais instruídos. 21Não vos escrevi por não saberdes a verdade, mas porque a sabeis, e também que da verdade não vem nenhuma mentira.

S. João exorta a comunidade cristã à vigilância pela iminência da «última hora» da história, marcado por um violento ataque do «anticristo», símbolo de todas as forças hostis a Deus e personificadas nos heréticos. O tempo final da história não deve ser entendido em sentido cronológico mas teológico, isto, como tempo decisivo e último da vinda de Cristo, tempo de luta, de perseguição e de provação para a fé da comunidade. O agudizar das dificuldades indica que o fim está próximo. Vislumbra-se já no horizonte o perfil de um mundo novo. O sinal mais evidente vem dos heréticos que difundem a mentira. Embora tivessem pertencido à comunidade, mostram-se agora seus inimigos, ao abandonarem a Igreja e ao criar-lhe dificuldades.

É duro verificar que Deus possa permitir a Satanás encontrar instrumentos da sua ação dentro da própria comunidade eclesial. Mas, a esses instrumentos, opõem-se os verdadeiros discípulos de Jesus, aqueles que receberam «a unção do Santo» (cf. v. 20), isto é, a palavra de Cristo e o seu Espírito que, pelo batismo, lhes ensina a verdade completa (cf. Jo 14, 26). Essa verdade refere-se a Jesus, o Verbo de Deus feito carne, como professa o Apóstolo, e não um Jesus aparentemente humano, figura de uma realidade apenas espiritual, como dizem os hereges.

Evangelho: João 1, 1-18

1*No princípio já existia o Verbo; o Verbo estava em Deus; o Verbo era Deus. 2No princípio Ele estava em Deus; 3*por Ele é que tudo começou a existir; sem Ele nada veio à existência. 4*Nele é que estava a Vida de tudo o que veio a existir. E a Vida era a Luz dos homens. 5A Luz brilhou nas trevas, mas as trevas não a receberam. 6*Apareceu um homem enviado por Deus, que se chamava João. 7Este vinha como testemunha, para dar testemunho da Luz e todos crerem por meio dele. 8Ele não era a Luz, mas vinha para dar testemunho da Luz. 9*O Verbo era a luz verdadeira, que, ao vir ao mundo, a todo o homem ilumina. 10*Ele estava no mundo e por Ele o mundo veio à existência, mas o mundo não o reconheceu. 11*Veio para o que era seu, e os seus não o receberam. 12*Mas, a quantos o receberam, aos que nele crêem, deu-lhes o poder de se tornarem filhos de Deus. 13*Estes não nasceram de laços de sangue, nem de um impulso da carne, nem da vontade de um homem, mas sim de Deus. 14*E o Verbo fez-se homem e veio habitar conosco. E nós contemplámos a sua glória, a glória que possui como Filho Unigénito do Pai, cheio de graça e de verdade. 15*João deu testemunho dele ao clamar: «Este era aquele de quem eu disse: 'O que vem depois de mim passou-me à frente, porque existia antes de mim.'» 16*Sim, todos nós participamos da sua plenitude, recebendo graças sobre graças. 17*É que a Lei foi dada por Moisés, mas a graça e a verdade vieram-nos por Jesus Cristo. 18*A Deus nunca ninguém o viu. O Filho Unigénito, que é Deus e que está no seio do Pai, foi Ele quem o deu a conhecer.

Ao contrário dos evangelhos da infância, o prólogo de S. João não narra os acontecimentos históricos do nascimento e da infância de Jesus. De forma poética, descreve a origem do Verbo na eternidade de Deus e a sua pessoa divina no amplo quadro bíblico do projeto de salvação, que Deus traz para o homem.

Começa pela preexistência do Verbo (vv. 1-5), real e em comunhão de vida com o Pai; o Verbo pode falar-nos do Pai porque possui a eternidade, a personalidade e a divindade (v. 1). Depois fala da vinda histórica do Verbo para meio dos homens (vv. 6-13), de cuja luz deu testemunho João Baptista (vv. 6-8); a luz põe o homem perante a necessidade de fazer uma opção de vida: recusá-la ou acolhê-la, permanecer na incredulidade ou aderir à fé (vv. 9-11); o acolhimento favorável tem por consequência a filiação divina, que não procede da carne ou do sangue, isto é de possibilidades humanas (vv. 12-13). Finalmente, a Incarnação do Verbo (v. 14) como ponto central do prólogo. Este Verbo já tinha entrado na história humana por meio da criação, mas agora vem habitar entre os homens de um modo ativo: «O Verbo fez-se homem», na fragilidade de Jesus de Nazaré, para mostrar o amor infinito de Deus. Nele, a humanidade crente pode contemplar a glória do Senhor, a glória de Jesus, o Revelador perfeito e escatológico da Palavra que nos faz livres, o verdadeiro Mediador humano-divino entre o Pai e humanidade, o único que nos manifesta Deus e no-lo faz conhecer (vv. 17-18).

Meditação

«Todos nós participamos da sua plenitude, recebendo graças sobre graças», diz-nos João no Prólogo do seu evangelho. Vamos partir desta frase para n os colocarmos numa atitude de ação de graças, neste último dia do ano. Ao longo dele, fomos recebendo cada dia graça sobre graça, cada um segundo as suas necessidades e capacidades de receber. E, as graças que recebemos este ano, preparam as que havemos de receber no ano que vai começar.

Recebemos a graça do perdão misericordioso de Deus para os nossos pecados e para termos coragem de avançar no caminho da santidade. Recebemos luz para avançarmos, dia a dia no ano que termina. Essa luz também não o deixará de brilhar sobre nós no ano que começa. A luz é o próprio Filho de Deus feito homem: «Eu sou a Luz do mundo». Essa luz é-nos dada como força e como amor, sobretudo na Eucaristia. Há que acolhê-la de coração aberto e disponível para todos os dons e surpresas de Deus.

A falta dessa abertura levou alguns cristãos, logo na primitiva Igreja, à heresia. Não aceitavam que Deus se pudesse fazer homem e, mais ainda, homem pobre, homem frágil. Ao longo da história, e ainda em nossos dias, não faltam falsos profetas e mestres de falsidade, que se servem do nome de Cristo para propagar as suas ideias e doutrinas. Muitas vezes, provêm das próprias comunidades cristãs. Há que distinguir o verdadeiro do falso. A verdadeira doutrina traz alegria e paz interior.

O dom e o mistério de pertencer à Igreja têm como única garantia a fidelidade à Palavra de Cristo, em humilde e permanente busca da verdade. Recusar a Igreja é recusar a Cristo, a verdade e a vida (cf. Jo 14, 6). Recusar a Igreja é não acreditar no Evangelho e na Palavra de Jesus, é viver nas trevas, no não-sentido. O verdadeiro discípulo de Jesus é aquele que, tendo recebido a unção do Espírito Santo, se deixa conduzir suavemente pela sua ação e pela sua verdade, reconhecendo os caminhos de Deus, esperando a sua vinda sem alarmismos nem fantasias milenaristas. A Incarnação de Cristo impregnou toda a história e toda a vida dos homens, porque só nele reside a plenitude da vida e toda a aspiração de felicidade e o homem entrou de pleno direito entre os familiares de Deus.

O fim do ano civil recorda-nos que a história humana é guiada por Deus. Para Ele a nossa gratidão e a nossa súplica de vida nova que sempre nos quer oferecer.

Ó abismo de amor! A alma que Te contempla eleva-se admiravelmente acima da terra, eleva-se acima de si mesma e paira, pacificada, no mar da serenidade».

S. João é o pregador do amor. Todo o seu evangelho está neste espírito. A sua primeira página é uma elevação de amor para o Verbo incarnado. «Nós vimos, diz, o Filho de Deus cheio de graça e de glória». Só ele descreve as núpcias tocantes de Canaã, o colóquio com a Samaritana, a grande promessa da Eucaristia, a parábola do bom Pastor, a ressurreição de Lázaro, o lava-pés e os discursos tão ternos do Bom Mestre durante a Ceia e depois da Ceia. Narra a abertura do Coração de Jesus.

As suas epístolas pregam a caridade: «Deus é caridade... amou-nos primeiro... deu- nos o seu Filho por nosso amor. Portanto, amemo-lo também da nossa parte». E sem cessar repete: «Amemo-nos uns aos outros».

Vivendo junto de Maria e da Eucaristia, caminha para a consumação do amor. Chega à união mística mais intensa com Nosso Senhor, às visões, às revelações. O céu está aberto para ele. Descreve-o inteiramente. Mas sobretudo o Cordeiro triunfante retém o seu olhar: o Cordeiro sempre ferido no Coração e imolado, o Cordeiro que é bem o laço de amor entre Deus e nós.

 


Evangelho do dia 30 dezembro segunda feira 2024

 

30 dezembro - Associemos ao abundante, precioso e real derramamento de sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo o pobre derramamento místico do nosso sangue que jorra do coração nas horas de sofrimento; e este, que é pobre, insignificante e miserável, se tornará rico, abundante e precioso aos olhos de Deus. (S 230). São Jose Marello

'

Evangelho: Lucas 2, 36-40

36Quando os pais de Jesus levaram o Menino a Jerusalém, a fim de o apresentarem ao Senhor, estava no templo uma profetisa, Ana, filha de Fanuel, da tribo de Aser, a qual era de idade muito avançada. Depois de ter vivido casada sete anos, após o seu tempo de donzela, 37*ficou viúva até aos oitenta e quatro anos. Não se afastava do templo, participando no culto noite e dia, com jejuns e orações. 38*Aparecendo nessa mesma ocasião, pôs-se a louvar a Deus e a falar do menino a todos os que esperavam a redenção de Jerusalém. 39Depois de terem cumprido tudo o que a Lei do Senhor determinava, regressaram à Galileia, à sua cidade de Nazaré. 40*Entretanto, o menino crescia e robustecia-se, enchendo-se de sabedoria, e a graça de Deus estava com Ele.

O texto do evangelho que lemos hoje é a conclusão do episódio da apresentação de Jesus ao templo. Consta de duas partes: o testemunho da profetiza Ana (vv. 36-38) e o regresso da Sagrada Família a Nazaré (vv. 39-40).

De acordo com a lei dos hebreus, para garantir a verdade de um facto, exigia-se a deposição de duas testemunhas. Depois do testemunho de Simeão, vem o de Ana. É outra "pobre de Deus", típica representante daqueles que aguardavam a redenção de Israel. Louva o Senhor porque reconheceu no Menino Jesus, apresentado ao templo, o Messias esperado, e espalhou a notícia entre aqueles que viviam disponíveis para o evento da salvação (v. 38).

A cena conclui-se com a observação de Lucas sobre o crescimento de Jesus, em Nazaré: «o menino crescia e robustecia-se, enchendo-se de sabedoria, e a graça de Deus estava com Ele» (v. 40). Diz-se muito pouco sobre a vida oculta de Jesus. Mas, o pouco que se diz, é suficiente para captarmos o espírito e apreciarmos o ambiente onde viveu o Salvador: os seus pais eram obedientes e fiéis à Lei, Jesus crescia em sabedoria, cheio como estava dos dons da graça de que o Pai o cumulava (cf. v. 52; 1 Sam 2, 26). Estamos perante uma comunidade que se abre ao reino de Deus, no respeito pela vontade do Pai.

Meditação

A profetiza Ana, uma anciã com 84 anos, número bíblico que simboliza a perfeição (resulta de 12×7), pois está no fim dos seus dias, sugere uma comparação com o ano civil que também está a terminar. Ana, depois de 7 anos de casamento, permaneceu no templo, servindo a Deus dia e noite com jejuns e orações. Por isso mereceu a graça do encontro com o Salvador. O nosso ano civil também está muito velho, e termina com o encontro do Senhor no Natal. Esse encontro é tanto mais belo e frutuoso quanto tiver sido cuidada a preparação. Mas, apesar de toda a nossa infidelidade, o Senhor, na sua infinita bondade e misericórdia, vem até nós, e dá-se a conhecer como nosso Salvador. Por isso, também nós, como Ana e, afinal, como Maria e todos os que esperavam a salvação de Israel, podemos entoar hinos de louvor e gratidão ao Senhor.

Este encontro com o Senhor traz-nos a salvação, insere-nos numa nova forma de vida, com a qual havemos de ser coerentes, para manifestarmos o nosso amor a Deus. A vocação cristã a que fomos chamados, compromete-nos a viver no mundo a serviço do homem, para testemunhar a Cristo e levar a todos a sua mensagem de salvação. Vivemos no mundo, mas sem nos confundirmos com ele, nem cedermos a compromissos
com ele. Caso contrário, negamos o espírito de humildade, de pobreza, de caridade que deve animar a nossa vida de crentes. Só o coração que se esvaziar do mundo, das suas propostas de vida transitórias e da avidez pelos seus bens efémeros, podem ser cumulado do amor do Pai (cf. 1 Jo 2, 15).

O discípulo de Jesus jamais será aceite pelo mundo, por causa da sua opção de vida, contrária às propostas e interesses mundanos. Os crentes, por causa da sua eleição e da sua opção de vida por Cristo, são considerados estranhos e inimigos do mundo. Por isso é que o homem de fé é odiado e recusado. O mundo recusa os discípulos porque não são seus. Perturbam a sua paz, desmascaram o seu orgulho, acusam o seu conformismo. Mas, se Cristo permanece sinal de contradição para quem segue a lógica do amor, também é certo que tanta oposição se torna critério de autenticidade e de solidez para os discípulos de Cristo.

Como cristãos e, mais ainda, como religiosos, estamos "no mundo", mas não somos "do mundo" (cf. Jo 17, 11-14). As nossas Constituições dizem-nos que estamos inseridos no mundo, "segundo a nossa vocação específica" (n. 61), isto é, que devemos conservar e viver a nossa identidade de oblatos, servindo o Senhor noite e dia, e servindo os homens, segundo o nosso carisma específico e a missão a que somos chamados. Se assim não for, condenamos à esterilidade em relação a nós mesmos, à Igreja, ao mundo, e esvaziamos de significado a nossa missão (cf. ET 52).

Reflexão:

Ana, filha de Fanuel, mulher venerável, cheia de anos e de graças, também estava lá. Tinha o costume de rezar longamente todos os dias no Templo, e esperava como Simeão a vinda do Messias.

Como Simeão, ela reconheceu o menino divino e sua mãe, e isto foi para ela a mesma alegria e a mesma acção de graças. Exultava e anunciava a boa nova a todas as pessoas piedosas que esperavam a redenção de Israel.

E eu, eu recebo Nosso Senhor na sagrada comunhão. Recebo-o mesmo mais intimamente que Simeão. Vem dar-me a sua graça. Qual é o meu fervor para o receber? Como é que lhe testemunhei até aqui a minha alegria, o meu respeito, o meu reconhecimento?

Ana, toda entusiasmada, falava de Jesus a todas as pessoas: loquebatur de illo omnibus. Quais são as minhas conversas depois das minhas comunhões? São edificantes, caridosas, sobrenaturais?

Transportado de amor depois das minhas comunhões, devia estar resolvido a viver glorificando Jesus e a morrer amando-o.

Simeão repete a Maria a profecia de Isaías: «O Cristo será para a santificação de muitos em Israel, mas será para outros uma pedra de escândalo» (Is 8,14). É manifesto. Cristo é causa de salvação e de ressurreição para aqueles que o reconhecem, que o amam e que o servem. É causa de ruína para aqueles que o rejeitam.

A indiferença não é colocada aqui. Jesus é a vida. Todas as bênçãos são prometidas àqueles que o seguem e que o amam. É preciso estar com ele ou com o mundo. Os povos e as famílias, como os particulares, encontrarão o caminho da paz e dos favores divinos no seguimento de Jesus e no seu serviço.

Estas palavras do profeta são graves. Há dois caminhos oferecidos à nossa escolha: de um lado o caminho das bênçãos, com o seu traçado marcado no Evangelho: «Bem- aventurados os pobres, bem-aventurados os puros, bem-aventurados os que choram, os que perdoam, os que sofrem perseguição». Do outro lado, o caminho que afasta de Cristo. Tem este traçado: amor pelo ouro, pelo luxo, pelo prazer e pelo mundo. - Sois vós quem eu escolhi, meu Salvador, é o vosso caminho, é o vosso amor, é o vosso Coração, mesmo que deva encontrar as contradições e as perseguições.

Simeão predisse a Maria a dor e a espada. Ela terá uma grande parte na paixão de Jesus. Sofrerá, ela também, por nós e pela nossa salvação. Ó Maria, como queria consolar-vos e partilhar das vossas mágoas para as aliviar! Até aqui, aumentei-as com as minhas faltas, perdoai-me. Vou-me esforçar por vos consolar com a minha paciência, com os meus sacrifícios e com as minhas mortificações.

 


Evangelho do dia 11 fevereiro terça feira 2025

  Nossa senhora de lourdes 11 FEVEREIRO - A humildade de Maria Santíssima é quase infinita e não podemos sequer imaginá-la. Ela se rebaixo...