22 janeiro 2022 - Rezemos uns pelos outros para nos fortalecermos em suportar de
maneira cristã o peso das fraquezas humanas e lembremo-nos de que é no Céu, e
não aqui na terra, que temos a nossa herança. (L 48) São Jose Marello
Marcos
3,20-2
Naquele
tempo, 20Jesus voltou para casa com os discípulos. E de novo se reuniu tanta
gente que eles nem sequer podiam comer. 21Quando souberam disso, os parentes de
Jesus saíram para agarrá-lo, porque diziam que estava fora de si.
MEDITAÇÃO
Os parentes de Jesus saíram para agarrá-lo, porque
diziam que estava fora de si (Mc 3, 21).
Texto curto, o de hoje. Mas, uma dúvida: os parentes de Jesus
conseguiram se integrar ao Movimento dele? O texto conta que ele voltou para
casa, com os discípulos. Entende-se: depois de andanças por vários povoados da
Galileia, retorna a Cafarnaum, onde tinha passado a residir, desde a prisão de
João Batista. E ainda está em nossa memória aquele sábado em Cafarnaum, em que
libertou um homem na sinagoga, levantou a sogra de Pedro e curou muita gente
que se juntou à porta da casa. Assim, logo que se soube que ele tinha chegado,
não parou de chegar gente. Por isso, relata o evangelista, eles nem sequer
podiam comer. Realmente, uma coisa extraordinária. Extraordinária, mas
preocupante.
Os parentes de Jesus moravam em Nazaré, a menos de 50 km de Cafarnaum.
Nazaré era uma vila mais pacata, menorzinha. Cafarnaum já era mais movimentada,
à beira do mar da Galileia, às margens de uma grande estrada. Claro, 50 km a pé
ou puxando um jumento bem que é longe. Mas, as notícias corriam rápido. E logo
em Nazaré, chegou a notícia do que estava acontecendo com Jesus: multidões
acorrendo para ouvi-lo ou para serem curadas de suas doenças. E eles sem tempo
nem mais para comer.
Podemos imaginar facilmente. As famílias eram numerosas e os filhos
casados moravam junto dos pais. Assim, em Nazaré, onde Maria residia, moravam
também os tios de Jesus e seus primos, a turma da idade dele com quem ele tinha
se criado, àquela altura com certeza, todos já casados. Claro, você lembra, a
palavra primo não existia naquelas bandas, primos eram chamados de irmãos.
As notícias que corriam chegaram aos ouvidos dos seus parentes. Eles
ficaram preocupados. Jesus era um carpinteiro, uma pessoa com uma profissão,
conhecido na comunidade. Tinha se lançado mundo afora, andara participando dos
encontros de João Batista e, agora, estava pregando nas Sinagogas... até aí,
mesmo com dificuldade, dava pra entender. Mas, andar assim assediado por tanta
gente, curando os doentes, enfrentando demônios... sem tempo nem para comer; e
metido com pescadores e outras pessoas pouco recomendáveis...
Os parentes tiraram uma conclusão: ‘Ele está fora de si, endoidou. Temos
que protegê-lo, vamos busca-lo, nem que seja à força’.
A primeira oposição a Jesus foi a dos seus próprios parentes. Eles
tiveram dificuldade para compreender o comportamento de Jesus e para se
integrar na grande comunidade de seguidores que estava se formando ao seu
redor. A partir de sua experiência com sua família, Jesus nos deixou preciosos
ensinamentos. Um deles é este: Só quem faz a vontade de Deus é seu verdadeiro
parente. Outro ensinamento foi este: É preciso amar mais a ele do que à própria
família (pai, mãe, mulher, marido, filhos).
É esse amor pelo Mestre que explica a nossa escolha por ele, mesmo se a
família não apoiar ou não estiver de acordo. Sua família pode ser uma força no
seu caminho de fé. Se for assim, dê graças a Deus! Mas, pode ser também que sua
família chegue a fazer oposição, seja um elemento dificultador para sua opção
de fé. Nesse caso, sem faltar com o amor à sua família, ame mais a Jesus e
escolha, antes de tudo, o seu evangelho. E trabalhe para levar sua família a
Jesus.
Os parentes de Jesus saíram para agarrá-lo, porque
diziam que estava fora de si (Mc 3, 21).
Senhor Jesus,
Quando ensinaste os teus discípulos a rezar, nos entregaste a bela
oração do Pai Nosso. Assim, aprendemos contigo a desejar de todo coração fazer
a vontade do Pai e a nos empenhar com todas as forças para que sua vontade se
realize entre nós. Rezamos contigo: “Seja feita a vossa vontade, assim na terra
como no céu”. Temos parentesco contigo e com tua mãe, na medida em que nos
tornamos fieis cumpridores da santa vontade do nosso Deus. Seja bendito o teu
santo nome, hoje e sempre. Amém.
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