06 de janeiro Reavivemos (Despertemos) a nossa fé! Ela é a tocha que nos deve abrir os novos e difíceis caminhos da virtude. ( L 8) São Jose Marello
Leitura do santo Evangelho segundo
São Lucas 4,14-22a
"Jesus voltou para a
Galileia, com a força do Espírito, e sua fama se espalhou por toda a região.
Ele ensinava nas sinagogas deles, e todos o elogiavam. Foi então a Nazaré, onde
se tinha criado. Conforme seu costume, no dia de sábado, foi à sinagoga e
levantou-se para fazer a leitura. Deram-lhe o livro do profeta Isaías. Abrindo
o livro, encontrou o lugar onde está escrito: "O Espírito do Senhor está
sobre mim, pois ele me ungiu, para anunciar a Boa-Nova aos pobres: enviou-me
para proclamar a libertação aos presos e, aos cegos, a recuperação da vista;
para dar liberdade aos oprimidos e proclamar um ano aceito da parte do
Senhor". Depois, fechou o livro, entregou-o ao ajudante e sentou-se. Os
olhos de todos, na sinagoga, estavam fixos nele. Então, começou a dizer-lhes:
"Hoje se cumpriu esta passagem da Escritura que acabastes de ouvir".
Todos testemunhavam a favor dele, maravilhados com as palavras cheias de graça
que saíam de sua boca."
O
episódio de hoje se situa na primeira parte do evangelho de Lucas, chamada
ministério de Jesus na Galileia. A leitura na sinagoga de Nazaré de trechos do
livro do profeta Isaías serve como critério para responder, ao longo de toda a
seção, à pergunta: "Quem é Jesus?".
Os primeiros a ouvir da boca do próprio Jesus que
ele era o Messias foram os seus conterrâneos, os nazarenos. Foi para eles que
Jesus quis anunciar de modo claro a boa nova da salvação e curou a muitos com a
força da sua palavra.
Para isso, Ele teve o cuidado de fundamentar a Sua
Missão conforme as Escrituras anunciavam por intermédio dos profetas.
Ele assumiu o que estava posto no livro do profeta
Isaías e se revestiu da Palavra ali profetizada como alicerce para o Seu
ministério. “O Espírito do Senhor está sobre mim, porque ele me consagrou
com a unção”. E completou depois de decodificar o programa que lhe era
proposto: “Hoje se cumpriu esta passagem da Escritura”.
Às vezes nós podemos imaginar que Jesus se
prevalecia da Sua condição divina para desempenhar a Sua missão salvífica.
Jesus como homem se firmava na força que recebia do
Pai e se apoderava do poder do Espírito Santo de Deus para realizar os
prodígios e milagres. Todavia, a missão de Jesus não terminou quando Ele,
subindo aos céus, se tornou invisível para nós.
O Espírito Santo continua entre nós e, hoje, a
Escritura também se cumpre, quando nós assumimos o programa da missão que Jesus
cumpriu quando esteve aqui na terra.
Os pobres, os cativos, os cegos os oprimidos
continuam esperando que alguém se aposse da unção de Jesus e que cheio do
Espírito Santo realize também, prodígios e milagres entre eles.
Você acredita que pode também, hoje, libertar
cativos e curar cegos com o poder de Jesus no Espírito Santo? Você assume como
missão e projeto de vida o que as Escrituras predizem? Você percebe que o
Espírito do Senhor está sobre você?
Poucas vezes é visto na Bíblia
Jesus verbalizar sobre sua vinda e projeto divino tão claramente e para um
público tão seleto.
Suas ações refletiam tudo aquilo que
fora dito por Deus em seu batismo no Jordão, mas Ele, até mesmo quando
pressionado por Pilatos, prefere o silêncio a se enaltecer.
Ao declarar que o povo que merecia toda
a atenção de Deus em detrimento aos que achavam já consagrados e salvos, fazia
com que por orgulho e vaidade, os olhos dos mestres da lei se fechassem.
Não escondo isso. A epifania do Senhor
incomoda todos aqueles que acreditam que habitam acima do bem e do mal, da
mesma forma a todos aqueles que privilegiam sua vontade pessoal (enriquecimento
ilícito, corrupção, lei do Gerson, sonegação,…), mas esquecem daqueles que o
Senhor ansiosamente quer de volta.
Indignação não enche barriga, não
visita aos doentes, não aconselha a juventude que anda as cegas, não liberta as
pessoas das correntes dos vícios, não defende os inocentes e tão pouco anunciam
que o tempo já chegou…
Ontem víamos o esmero de Jesus em atravessar o mar da Galiléia por apenas uma pessoa. E nós? O quanto nos empenhamos por tornar a nós mesmos melhores?
Que Deus nos conceda a coragem de ir a
frente; que não tenhamos vergonha do Seu amor por nós; que não nos escondamos
por de trás de Seu santo nome para se enriquecer enquanto outros inocentemente
os procuram; que a campanha da fraternidade comece a ser meditada em nosso
coração desde hoje.
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