13 novembro - Nos nossos tempos, dificilmente nos será pedido o
sacrifício da vida como testemunho da nossa fé, mas também para nós está
reservada uma bela e gloriosa palma de vitória. (S 352). São Jose Marello
Lucas 17,1-6
"Jesus disse aos seus
discípulos:
- Sempre vão acontecer coisas que fazem com que as pessoas caiam em pecado, mas
ai do culpado! Seria melhor para essa pessoa que ela fosse jogada no mar com
uma grande pedra de moinho amarrada no pescoço do que fazer com que um destes
pequeninos peque. Tenham cuidado! Se o seu irmão pecar, repreenda-o; se ele se
arrepender, perdoe. Se pecar contra você sete vezes num dia e cada vez vier e
disser: "Me arrependo", então perdoe.
Os apóstolos pediram ao Senhor:
- Aumente a nossa fé.
E ele respondeu:
- Se a fé que vocês têm fosse do tamanho de uma semente de mostarda, vocês
poderiam dizer a esta figueira brava: "Arranque-se pelas raízes e vá se
plantar no mar!" E ela obedeceria."
Meditação:
Jesus nos exorta a tomar atitudes concretas de fé. A nossa fé também é
medida pelas ações que praticamos em favor do próximo e que nos ajudam a
levantá-lo.
É nas mínimas ações que a nossa fé, mesmo pequenina, pode ser cultivada,
exercitada. Esse exercício fará com que ela cresça e se torne firme.
Quem crê em Jesus para as pequenas coisas tornar-se-á forte para
enfrentar os grandes desafios. Provocar escândalos, promover desunião, levantar
falso testemunho, são atitudes que negam o nosso estágio de Fé.
Os escândalos são inevitáveis, mas que eles não aconteçam por nossa
causa! Quando nós advertimos, exortamos e repreendemos as pessoas a quem amamos
e torcemos por elas, precisamos crer que agimos assim, em nome de Deus.
Jesus também nos ensina que é necessário, não somente repreender,
ensinar, corrigir o nosso próximo, mas, sobretudo, perdoá-lo sempre.
Perdoar sete vezes significa perdoar todos os dias e nunca deixar de
assim fazê-lo. Contudo, para por em prática o que Jesus nos recomenda,
necessitamos cada vez mais nos apossarmos do dom da fé.
Somente pela fé é que poderemos exercitar o perdão, a reconciliação, a
serenidade diante das dificuldades, a firmeza para não provocar escândalo e a
esperança de fazer muito mais do que nós próprios temos capacidade. Por isso,
quando Jesus falava sobre essas coisas aos Seus discípulos, eles o pediam
“Senhor, aumenta a nossa fé!”
O importante para nós, não é possuir uma fé grande, mas, tomar
posse do dom da fé que já recebemos do Senhor no nosso Batismo, a fim de que
sejamos capazes de tomar atitudes concretas de fé, com amor.
Em que tem se baseado a sua fé? Na sua capacidade de acreditar ou no seu
abandono ao Amor de Deus? Você tem sido sinal de tropeço para
alguém? Qual tem sido o seu comportamento, diante das pessoas que esperam
algo de você?- Jesus nos manda repreender o irmão e perdoá-lo. Como você tem
feito isto? Você tem sabido admoestar as pessoas que causam escândalo, com
amor? – O que você faz quando vê um irmão, ou uma irmã no erro?
Reflexão Apostólica:
A admoestação, de modo um
pouco estranho e simbólico, usa a imagem de uma amoreira que, pela fé, mesmo
pequena, pode ser arrancada e plantada no mar. É com esta fé que os discípulos
são enviados à missão, para realizar grandes coisas pela manifestação do amor
de Deus ao mundo.
Jesus no Evangelho de hoje
trás algo que talvez passe despercebido aos olhos daqueles irmãos e irmãs que
instigam o julgamento sobre as pessoas: “(…) Sempre vão acontecer coisas que
fazem com que as pessoas caiam em pecado, mas ai do culpado”!
É claro que NEM TUDO que nos
acontece é por culpa de alguém, pois bem sabemos que a maioria das nossas
quedas poderia ser evitada, que boa parte delas inicia com um ato voluntário e
não obrigado por alguém, mas o que fica dessa passagem é que ninguém esta livre
ou desobrigado a se policiar, pois fatalmente, nessa caminhada chamada
santidade, existem mais coisas no caminho que somente a estrada.
Diz um pensador que não
tropeçamos em montanhas e como essa estrada de vida é repleta de pedriscos e
pequenos obstáculos que precisam de atenção, requerem de nós maturidade e foco.
Outro exemplo dessa estrada é imaginar a quantidade de outdoors promocionais
espalhados por suas principais vias de tráfego, prédios residenciais e comerciais.
Note como é difícil trafegar
sem perceber ou ler o que eles dizem ou tentam nos passar. Imaginemos então o
caminho que desejamos percorrer com a infinidade de alternativas que são
sugeridas aos nossos olhos todos os dias.
Em meio a tantas “sugestões ou
alternativas” precisamos estar mais atentos aos gemidos que advêm do nosso ser
nos alertando quanto às conseqüências possíveis da nossa decisão.
Muita gente tem deixado de
caminhar (ou trafegar) para ficarem admirando os outdoors. O encanto, as promessas
de solução rápida, o prazer momentâneo, (…) tem tirado muita gente do caminho,
mas como diz Jesus “(…) mas ai do culpado”.
Nosso livre arbítrio de dádiva
divina pode se voltar contra nós como opressor caso não tenhamos juízo, mas
como cristãos devemos estar abertos a aceitar de volta todo aquele que perdeu o
foco e deseja do fundo do coração regressar. Sim! Não é fácil perdoar assim!
Mas permitir que a pessoa possa ter uma nova chance de se redimir pelo menos
consigo mesma.
Mesmo assim fica uma indagação
que muitos fazem ou já fizemos um dia: SERÁ QUE VALE A PENA TANTO ESFORÇO PARA
PERMANECER NO CAMINHO?
Permanecer no caminho é uma
questão de fé, pois ninguém que sai de sua casa para ir ao centro tem a plena
certeza que conseguirá chegar no seu destino final e tão pouco se encontrará a
loja ainda aberta. É essa fé relutante que nos impede de se perder ou abandonar
a esperança que todo esforço vale a pena.
E QUANTO A FIGUEIRA… Se posso
ou não movê-la eu ainda não sei, mas continuar a andar, em meio a tantos outros
“atrativos”, diz o quanto de fato quero algo.
Persista!
Propósito: Reconhecer os, admiti-los e
mudar de atitude
nos relacionamentos.
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