27 fev -
Ao sofrer por vontade de Deus em alguns de seus membros, a Congregação
reflorescerá com maior saúde em todo o corpo. (L 167) São Jose Marello
Leitura do santo
Evangelho segundo São Lucas 6,39-42
"E Jesus fez estas comparações:
- Um cego não pode
guiar outro cego. Se fizer isso, os dois cairão num buraco. Nenhum aluno é mais
importante do que o seu professor. Porém, quando tiver terminado os estudos, o
aluno ficará igual ao seu professor.
- Por que é que você
vê o cisco que está no olho do seu irmão e não repara na trave de madeira que
está no seu próprio olho? Como é que você pode dizer ao seu irmão: "Me
deixe tirar esse cisco do seu olho", se você não repara na trave que está
no seu próprio olho? Hipócrita! Tire primeiro a trave que está no seu olho e
então poderá ver bem para tirar o cisco que está no olho do seu irmão."
Meditação:
Novamente retomamos o itinerário de Lucas, que vai descrevendo as
estratégias pedagógicas de Jesus para formar seus discípulos. Depois da
exortação com caráter de mandamento do amor aos inimigos, Jesus propõe a
comparação do cego que guia outro cego. Um olhar ao texto desde a perspectiva
do discipulado nos ajudará a compreender melhor a comparação.
Esta passagem se encerra com um forte adjetivo:
"hipócrita", fazendo referência a que não podemos ser guias de outros
enquanto não tenhamos luz em nossas vidas.
Lucas reúne, na segunda metade do capítulo 6 de seu evangelho,
após a proclamação das bem-aventuranças, várias sentenças de Jesus veiculadas
na tradição das comunidades.
A referência a "parábola", na introdução do texto parece
vincular-se à parábola das duas casas, narrada mais adiante (vv. 43-49).
Na primeira sentença temos as duas interrogações sobre o cego que
guia outro cego. É possível que, originalmente, fosse dirigida aos fariseus
tidos como guias de uma doutrina que desorientava o povo.
Lucas, aqui, a estaria aplicando também aos discípulos, os quais
deveriam entender melhor a missão de Jesus. Ao estarem bem formados não deverão
pretender ser maior do que Jesus.
Sucede a miúdo que damos atenção a
pequenos detalhes da prática litúrgica ou sacramental, e nos esquecemos da
justiça e da solidariedade.
O convite de Jesus é para revermos
nossa vida a fundo, para detectarmos quais são nossas próprias cegueiras e
traves que nos impedem de viver autenticamente o Evangelho do Reino.
Não devemos nos preocupar no julgamento
das ações de nossos irmãos, mas reconhecer nossas próprias fraquezas e
apresentar com clareza o que Deus espera de nós.
Reflexão Apostólica:
Sem dúvida, um cego não pode
guiar outro cego. Não se pode dar aos demais algo que não possuímos. Não
podemos ajudar alguém se não nos ajudamos a nós mesmos.
Seria injusto querer corrigir o outro quando
primeiro não olho o mal que estou fazendo frente aos demais. O ideal seria ser
como nosso Mestre Jesus, mas para isso temos que ir fazendo caminho,
amadurecendo em nossas vidas as deficiências que temos como pessoas.
Como discípulos, podemos ser como o Senhor, mas nunca intentar ser mais que
ele. Porém, para isso temos que olhar como era o comportamento de Jesus diante
das pessoas, como se expressava em certas situações, como enfrentava as
dificuldades, entre outras coisas mais.
Quer dizer, não julguemos os demais sem primeiro revisar como está minha vida
frente a Deus e os irmãos. Descubramos nosso próprio pecado. Sejamos
compassivos e misericordiosos como o Pai o é com todos nós, seus filhos
A
nem um de nós cabe o papel de “mestre” e de “senhor” da situação, apenas
ditando preceitos e normas para que os outros cumpram.
Se,
estamos cegos (as) e não reconhecemos as nossas próprias falhas; se, não
buscamos emendar o que está torto em nós, nunca poderemos nós, aconselhar,
exortar ou admoestar alguém que também é passível de erro.
Porque
não fazemos isso, é que muitos se decepcionam conosco e têm a sua fé
enfraquecida se afastando do convívio da comunidade e culpando a Deus pelas
nossas incoerências. “A começar em mim”, eis a regra de ouro!
Propósito:
Pai,
concede-me suficiente autocrítica que me predisponha a corrigir meu semelhante,
sem incorrer na malícia dos hipócritas.
++++
Em vários momentos da nossa vida temos
muito medo. Medo de perder uma pessoa querida, medo de perder o emprego, enfim,
o medo faz parte da nossa vida. Jesus Cristo várias vezes tranquilizou os seus
seguidores afirmando: “Não fiquem aflitos. Creiam em Deus e creiam também em
mim” (João 14.1). Esta frase é válida também nos dias de hoje. Não fique
aflito. Lembre-se destas palavras e confie em Deus e em Jesus. Ele sabe que é
natural o ser humano ter medo. Mas, o medo muitas vezes nos imobiliza. Ele não
permite que superemos um obstáculo ou encontremos a solução para os nossos
problemas. Não fique aflito. Confie em Deus e em Jesus. Ele está sempre ao
nosso lado. Confie nele e vença o medo.
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