15 outubro - Sofrer ou morrer! Após ter
experimentado quanto fosse sublime sofrer com Jesus, Santa Teresa descobriu que
morrer era infinitamente mais nobre, porque sinal de união eterna com o Esposo
Divino. (L 232). São
Jose Marello
Leitura do santo Evangelho segundo São Lucas 12,1-7
"Milhares de pessoas se ajuntaram, de tal maneira que umas pisavam as outras. Então Jesus disse primeiro aos discípulos:
- Cuidado com o fermento dos fariseus, isto é, com a falsidade
deles. Tudo o que está coberto vai ser descoberto, e o que está escondido será
conhecido. Assim tudo o que vocês disserem na escuridão será ouvido na luz do
dia. E tudo o que disserem em segredo, dentro de um quarto fechado, será
anunciado abertamente.
Jesus continuou:
- Eu afirmo a vocês, meus amigos: não tenham medo daqueles que
matam o corpo, mas depois não podem fazer mais nada. Vou mostrar a vocês de
quem devem ter medo: tenham medo de Deus, que, depois de matar o corpo, tem
poder para jogar a pessoa no inferno. Sim, repito: tenham medo de Deus.
- Por acaso não é verdade que cinco passarinhos são vendidos por
algumas moedinhas? No entanto Deus não esquece nenhum deles. Até os fios dos
cabelos de vocês estão todos contados. Não tenham medo, pois vocês valem mais
do que muitos passarinhos!"
Meditação:
Em todos os dias anteriores, vimos como Jesus nos adverte sobre a atitude hipócrita das lideranças de sua época. Eles esperam ser saudados em locais públicos, ocupar os primeiros postos e serem reconhecidos como bons, já que tudo neles é aparência externa.
A rejeição da hipocrisia nos convida a falar com franqueza; sem falar apenas
para agradar as pessoas. Ao dar testemunho do evangelho, deve-se deixar de lado
o temor e falar com clareza. Somente a Deus se deve temer, mas o temor a Deus não
é medo e sim reconhecimento de que tudo depende dele.
A primeira coisa exigida por Jesus é a transformação que comece no interior das
pessoas. Deus nos olha e nos convida. Ele cuida dos pequeninos, como dos
pássaros do campo. Tudo lhe interessa. Portanto, se Deus cuida dos pequeninos,
com maior razão vai cuidar de nós, discípulos de Jesus
Após as várias críticas aos comensais, fariseus e legistas, por ocasião de uma
refeição em casa de um fariseu, seguem-se as advertências, diante da multidão,
sobre a hipocrisia destes fariseus e as perseguições que promoverão.
Com sua doutrina eles se impõem pela aparência de santidade e honra. Há o risco
de a hipocrisia infiltrar-se na própria comunidade de discípulos.
Os discípulos devem descartar sua doutrina. Nada de manter aparências. Tudo
deve ser feito e dito claramente. Devem se entregar confiantes e livres em
Deus, dedicados ao anúncio do Reino.
Os discípulos não devem ter medo, porque a missão se baseia na verdade, que põe
a descoberto toda a mentira de um sistema social que não mostra a sua
verdadeira face.
Os homens podem até matar o corpo dos discípulos, mas não conseguirão
tirar-lhes a vida, pois é Deus quem dá e conserva ou tira a vida para sempre. A
segurança do discípulo está na promessa: quem é fiel a Jesus, terá Jesus a seu
favor diante de Deus.
Diante do nosso mundo contemporâneo, podemos dizer que o Evangelho se torna
escândalo porque o mundo não consegue entender a pedagogia de Deus. Muitos não
vêem que esse “temor de
deus”, não significa um deus mal,
mais sim um Deus que é justo e transparente.
Quando Jesus fala advertindo os fariseus é porque ele, conhece a prática
farisaica, um dos partidos messiânicos que, tinham falsamente a lei para os
outros e viviam na hipocrisia, na mentira.
Jesus dá exemplo das casas da Palestina porque essas casas geralmente tinha
terraço em cima, e dava para ouvir o que as pessoas falavam as ocultas dentro
de casa.
Jesus está falando, da própria mensagem, Ele aqui está querendo dizer, que é a
boa nova que estará escondido, mas que depois todo mundo conhecerá.
Jesus adverte os discípulos para não temer o medo da Morte, mas que tenham medo
daquele que tem o poder de lançar a alma no inferno. Aqui a comunidade já
experimenta, a perseguição e encoraja os discípulos para que não tenham medo.
Quantos de nós temos medo de anunciar este Messias, a Boa Nova, de sair de nós
mesmos, do nosso mundinho e nos lançar em águas mais profundas.
Podemos questionar nossa caminhada de discípulo. Se estamos sendo falsos ou
transparentes. Se Deus, que colocamos nas nossas vidas, é aquele do qual nós
adoramos.
Só terá sentido comungarmos o Corpo e o Sangue do Senhor, se nos colocarmos à
disposição uns dos outros e fugirmos da prática farisaica, que nos conduz, cada
vez mais, para longe de Deus.
Reflexão Apostólica:
“(…) Tudo o que está coberto vai ser descoberto, e o que está escondido será conhecido.”. Imaginemos o impacto dessa frase sobre nossas vidas essa!?
Muitas vezes acreditamos que estamos sozinhos, que nossos atos não são vistos
ou que podemos esconder a verdade aos olhos de quem nos conhece desde o nosso
nascimento (Jr 1,5).
O mesmo canal que esta sempre aberto aos pedidos, também nos monitora. Algum
dia já teve a impressão que alguém, até mesmos desconhecidos falaram algo para
nós ou perto de nós, que precisávamos ouvir naquele momento?
Já passaram pela situação que alguém lhe alertou antecipadamente sobre algo que
viria acontecer e somente após a queda que as fichas caíram?
O canal esta sempre aberto se refere às situações onde o desespero bate à porta
e. no silêncio inquieto de um coração contrito ou em pedaços, brota uma oração
singela que geralmente começa assim: “Meu Deus me ajuda, o que eu faço?”. E o nosso Senhor, mais rápido que o SEDEX se encarrega de usar
o canal mais viável para nos responder.
Um amigo de caminhada certa vez “se achando” ia conduzir
um Encontro. No trajeto pedia a Deus que se revelasse em suas palavras. Foi
surpreendido imediatamente por uma pomba que “com sua mira laser” o acertou. Talvez uma coincidência, mas naquele momento vendo sua
camisa nova repleta de coco de pomba, entendeu duramente a exortação
dos “sepulcros caiados”
ou como dizia minha avó: “por fora bela viola, por dentro pão bolorento”.
Ao falar no canal mais viável, podemos nos perguntar por que essa mensagem
chegou até nós hoje ou do tipo “faz tempo que não abro esse blog e justamente hoje ele esta falando isso?”.
Engraçado! Fazia um bom tempo que parei de tentar entender o jeito que
Deus age... Às vezes, refletindo sobre a vida, temos a impressão que Ele
caminha ao nosso lado, mas não o reconhecemos. Com os discípulos de Emaús não
foi assim?
Refletindo bem… será que não era
Ele usando a sabedoria da minha mãe ontem? De onde meu (minha) filho (a) tirou aquela compreensão sobre aquele assunto
sendo tão novo (a)? Por que meu (minha) amigo (a) falou aquilo pra mim ontem?
Por será que estou com uma impressão boa (ou ruim) sobre aquele assunto?
Quando não conseguimos ouvir (principalmente quando não queremos) aí, os recursos
que o destino nos oferece, são mais duros. Não é destino, não são motivados por
Deus, mas por CONSEQÜÊNCIA de nossa conduta e opções.
Quantas vezes só conseguimos entender os avisos de PARE quando batemos o carro?
Quantos outros só notaram a perca ou a ausência quando tiveram que buscar o
filho na delegacia? Mas mesmo lá, Ele não se esquece de nós.
Deus se revela a todos. Somos todos preciosos. Duvide de quem disser que Deus o
ouve mais que a outro. Que suas orações são mais ouvidas e tal… Quando caímos e
vamos ao chão, mesmo por conseqüência do
orgulho, da vaidade, (…), Jesus nos dá a mão para levantar enquanto
Deus cuida dos joelhos feridos pela queda.
Tenhamos um ótimo fim de semana e um abençoado DOMINGO para aprender com Mateus
que devemos dar a Deus o que é de Deus.
Propósito:
Pai,
que eu não me deixe encantar por falsos exemplos de piedade. Estejam meus olhos
sempre fitos em Jesus, cujo exemplo devo seguir para ser agradável a ti.
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