06 novembro - Igualdade de espírito: nem alegres demais nem muito tristes: igualdade de semblante: nunca rugas na testa; igualdade nas palavras: nem severidade demasiada nem demasiada familiaridade; igualdade nas orações: nem muito depressa, nem muito devagar. (S 197). São Jose Marello
Leitura do santo Evangelho segundo São Lucas 16,9-15
""Eu vos digo: usai o 'Dinheiro', embora iníquo, a fim de fazer amigos, para que, quando acabar, vos recebam nas moradas eternas. Quem é fiel nas pequenas coisas será fiel também nas grandes, e quem é injusto nas pequenas será injusto também nas grandes. Por isso, se não sois fiéis no uso do 'Dinheiro iníquo', quem vos confiará o verdadeiro bem? E se não sois fiéis no que é dos outros, quem vos dará aquilo que é vosso? Ninguém pode servir a dois senhores. Pois vai odiar a um e amar o outro, ou se apegar a um e desprezar o outro. Não podeis servir a Deus e ao 'Dinheiro'". Os fariseus, amigos do dinheiro, ouviam tudo isso e zombavam de Jesus. Então, ele lhes disse: "Vós gostais de parecer justos diante dos outros, mas Deus conhece vossos corações. Com efeito, o que as pessoas exaltam é detestável para Deus"."
Meditação:
O Evangelho de hoje completa a parábola do administrador que dispõe da riqueza do patrão para fazer amigos.
Explicando a parábola do administrador que usa
as riquezas de seu senhor para fazer amigos, Jesus caracteriza o
"dinheiro" (em grego/aramaico: mamonas; riquezas, bens acumulados)
como sendo fruto da injustiça.
Jesus acusa os fariseus em relação ao dinheiro
e os chama de idólatras por se colocarem a serviço do dinheiro, do deus
"Manmón", abandonando o Deus verdadeiro.
O dinheiro oferece a quem rende culto a ele a
falsa crença de estar seguro nessa vida; mas o dinheiro converte as pessoas
dominadas por ele em opressores de seus irmãos e em astutas criaturas das
trevas.
O Deus da vida, ao contrário, mostra como o
caminho para a realização do ser humano passa pela liberdade de consciência,
pela solidariedade para com os irmãos e a busca do bem comum.
É o Deus solidário quem sai ao encontro do ser
humano para humanizá-lo de verdade, para que esse encontro gere uma vida melhor
e assim todos se sintam irmãos, filhos e filhas de Deus, utilizando os recursos
disponíveis.
Lucas destaca que os fariseus eram "amigos
do dinheiro" e, por isso zombavam de Jesus. As elites ricas da sociedade
também zombam, condenam e perseguem aqueles que lutam pela partilha dos bens e
da terra.
Ou opta-se pela idolatria do dinheiro na
sociedade de mercado global, que gera a morte, ou opta-se pelo serviço e pela
partilha, que geram a vida, no Reino de Deus.
A ambição e a hipocrisia, que são cultivadas na
sociedade de mercado, são detestáveis para Deus.
Ou servimos a Deus ou servimos às riquezas;
não podemos servir a ambas. A generosidade com os irmãos, a fidelidade a Deus e
a renúncia aos ídolos são o tema central do evangelho de hoje.
É uma boa descrição de todos aqueles que optam por viver em plenitude o evangelho proclamado por Jesus.
Por todas as realidades de injustiça e morte que sufocam o mundo, podemos dizer
que a riqueza e, com ela o poder, é o que divide a humanidade e causa os
maiores desastres humanos na história, e submeteram e submetem grandes
multidões à pobreza extrema.
Como seguidores de Jesus, somos obrigados a optar pelas “coisas do Pai”, quer
dizer, optar pela fraternidade, por compartilhar os bens, pela entrega total da
vida a Deus e aos irmãos, os quais dão sentido à experiência de fé.
Quem opta por ser fiel a Deus rejeita por inteiro toda exclusão, toda
injustiça, toda morte e busca em todo momento o bem para seus irmãos. É momento
especial para perguntarmos a quem estamos servindo de verdade: à vida, ou à
morte?
A riqueza injusta é aquela que é ilusória, enganadora. Não importa o tamanho da
minha riqueza e sim a riqueza que há em meu coração.
É necessário que todos nós aprendamos a valorizar e a buscar as coisas do alto,
as coisas eternas, as coisas que não passam jamais, pois somente elas trarão
aos nossos corações a verdadeira FELICIDADE!!!
Aqueles que não conseguem ser fiel no namoro, provavelmente serão infiéis no
noivado e depois no casamento.
As pessoas que não conseguem ser justas numa gincana de colégio, certamente
serão injustas em grandes causas.
Fidelidade e justiça são valores tão grandiosos e importantes na formação
humana que precisam ser praticados nas pequenas coisas, desde criança, para que
assim possam ser solidificados no coração e na alma. A grandiosidade dos
valores humanos está na pequenez dos gestos praticados.
Se você quiser ser de Deus cada dia mais, aprenda a ser fiel no pouco e a mudar
nas pequenas coisas, pois à medida que você consegue dizer não a um pecado que
parecia ser pequeno e fácil de não cometer, você vai se sentindo mais
fortalecido a combater os pecados maiores.
Façamos essa experiência com Deus e vivamos o hoje de cada dia tentando ser
fiel no pouco que Deus nos pede e não queiramos ir além daquilo que podemos
dar, porque dessa forma estaremos sendo treinados para agüentar o mais que Deus
tem reservado para nós no tempo certo da nossa caminhada. Todo esse treinamento
fará de nós servos bons e fiéis.
No final do evangelho o Senhor nos fala: "Nenhum servo pode servir a dois
senhores... Não podeis servir a Deus e ao dinheiro".
Então, para finalizar essa reflexão de hoje, terminamos dizendo para vocês que:
quando servimos ao dinheiro nos tornamos escravos de tudo àquilo que ele pode
comprar, mas quando servimos a Deus nos tornamos "escravos" do Seu
amor e de tudo aquilo que o amor de Deus pode alcançar e transformar!
Façamos a nossa escolha e deixemos Deus ser o nosso SENHOR.
Pai,
meu coração está todo centrado em ti, e em ti encontra consolo e proteção. Meu
único anseio é não deixar que se abale esta segurança, fonte de minha
felicidade.
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