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julho - O
demônio pode intrometer-se de mil modos, até com aparência de favorecer os
interesses de Jesus: o único e infalível controle é a obediência. (L 76). São Jose Marello
Leitura do santo Evangelho segundo São Mateus 12,1-8
"Naquele tempo, num dia de sábado, Jesus passou pelas plantações de trigo. Seus discípulos estavam com fome e começaram a arrancar espigas para comer. Vendo isso, os fariseus disseram-lhe: "Olha, os teus discípulos fazem o que não é permitido fazer em dia de sábado!" Jesus respondeu: "Nunca lestes o que fez Davi, quando ele teve fome e seus companheiros também? Ele entrou na casa de Deus e todos comeram os pães da oferenda, que nem a ele, nem aos seus companheiros era permitido comer, mas unicamente aos sacerdotes? Ou nunca lestes na Lei, que em dia de sábado, no templo, os sacerdotes violam o sábado e não são culpados? Ora, eu vos digo: aqui está quem é maior do que o templo. Se tivésseis chegado a compreender o que significa, 'Misericórdia eu quero, não sacrifícios', não condenaríeis inocentes. De fato, o Filho do Homem é Senhor do sábado"."
Meditação:
Entre
os fariseus e os doutores da Lei a opinião dominante era que a observância do
sábado era o principal preceito da Lei. Marcos e Lucas narram vários episódios
Mateus o faz apenas neste episódio e no que o segue, a cura do homem da mão
seca. Jesus, ao permitir que seus discípulos arrancassem espigas no sábado,
para comer, entrava em choque com as elites religiosas judaicas.
Com o exemplo de Davi e dos sacerdotes que se sentem livres da lei em casos
especiais, Jesus vai mais além e se proclama o próprio Senhor do sábado.
Jesus nos trouxe a Boa Nova como um alimento diário – um pão de cada dia. Esse
pão é recheado de sabor, pois deriva de palavras de solidariedade, honestidade,
compaixão, misericórdia, (…) São palavras doces que até na mais dura das exortações
e mediante toda a tristeza que o arrependimento nos proporciona, não nos causa
sofrimento. Essa tristeza que deriva do sentimento puro de arrepender-se gera
em nós posteriormente a paz. No entanto as palavras que saem de nossa boca,
quando recheadas de hipocrisia, falsos moralismos, pré-julgamentos e a inveja,
colocam o ser mais seguro em situação de fragilidade.
Jesus, não uma e nem duas vezes, enfrentou os férteis ou os que regavam a
discórdia. Hoje os fariseus desse evangelho, podem ser todos os intolerantes,
os egocêntricos, (…) que da boca brotam palavras lindas, mas o coração ainda
não conheceu o amor e a compaixão.
Existem
pessoas ao nosso redor que pedem uma nova oportunidade, uma chance, (…) que já
demonstraram a mudança, a conversão, (…) não recebem uma chance nossa.
Existem
pessoas que coordenavam nossas equipes e pastorais e se afastaram, pois
aconteceu uma gravidez não planejada; ou aquele (a) que se apaixonou, abandonou
a casa, “amasiou”, largou e agora seus antigos amigos não o (a) recebem de
volta.
Quantos
casais acabaram seus relacionamentos de anos, pois um encontrou fora de casa à
atenção que não recebia do (a) parceiro (a) e envergonhado resolveu voltar e
não foi aceito, pois me questionei “o que os outros iriam falar”? Quantos pais
bêbados num bar deixaram de ser trazidos pra casa, pois seus filhos têm
vergonha dele? Quantas pessoas que por fragilidade aceitam namoros regrados a
maus tratos, agressões, (…) com medo de ficar sozinho (a)?
Jesus
queria a misericórdia e não o sacrifício! Amar, querer o bem, torcer por
alguém, ajudar a levantar, (…) não devem ser encarados como sacrifício por
ninguém. Se hoje amar, alguém que me odeia é um sacrifício, pelo menos
queiramos o seu bem.
Ocupemos
nossos pensamentos com coisas que dêem bons frutos. Não reguemos o mal. “(…)
quanto ao mais, irmãos, ocupai-vos com tudo o que é verdadeiro, digno de
respeito ou justo, puro, amável ou honroso, com tudo o que é virtude ou
louvável. Praticai o que de mim aprendestes e recebestes e ouvistes, ou em mim
observastes. E o Deus da paz estará convosco”. (Fl 4,8-9)
Reflexão Apostólica:
Uma interpretação possível desse texto nos faz lembrar situações
comuns em nosso dia-a-dia: hipocrisia, falsos moralismos, pré-julgamentos e a
inveja. Como nossa vida seria “tediosa” sem elas? (Risos). Quem nunca chorou ou
se entristeceu por uma ou mais dessas situações?
Existem pessoas, (muitas vezes até nós mesmos) que perdem horas do seu dia
semeando e colhendo essas plantinhas de desamor. O que plantamos nasce. Aliás,
na verdade, o que plantamos nasce se adubarmos ou regarmos. Uma idéia, uma
palavra mal colocada ou refletida, pode ser superada se não a levarmos para
frente.
O repouso do dia de sábado era uma observância religiosa rigorosamente observada
em Israel, era o cúmulo do absurdo e do exagero.
Na Lei dada por Moisés, que não era mais que uma sombra, Deus ordenou a todos
que repousassem e não fizessem nenhum trabalho no dia de sábado. Mas isso não
era senão uma imagem e uma sombra do verdadeiro sábado, o qual é concedido à
alma pelo Senhor.
Não se podia mover uma palha no dia de sábado. Os judeus seguiam ao pé da letra
a narrativa bíblica da criação do mundo em sete dias, sendo que Deus
descansa no sábado.
Com efeito, a alma que foi julgada digna do verdadeiro sábado cessa de se
abandonar às suas preocupações vergonhosas e humilhantes e repousa; celebra o
verdadeiro sábado e goza do verdadeiro repouso, estando liberta de todas as
obras das trevas. Ela prova o repouso eterno e a alegria do Senhor.
A atitude religiosa de observância a Lei pelo povo, é um verdadeiro fanatismo.
Por isso que Jesus e seus discípulos são acusados de desrespeitarem o repouso
do sábado.
Dantes, estava prescrito que mesmo os animais desprovidos de razão deviam repousar
no dia de sábado: o boi não devia ser submetido à canga, nem o burro carregar o
fardo, porque os próprios animais repousavam dos trabalhos penosos.
Quem desobedecesse a Lei com mais de seiscentas minuciosas observâncias legais
impostas ao povo, era considerado pecador e obrigado a levar ofertas e
sacrifícios aos sacerdotes do templo.
Foi por isso que Jesus disse que Ele queria misericórdia, e não sacrifícios.
Aqui Jesus vai deletar aqueles antigos holocaustos, nos quais eram oferecidos
animais a Deus.
Ao vir para o meio de nós, o Senhor trouxe o repouso à alma que estava
carregada e oprimida pelo fardo do pecado, e que morria sob o constrangimento das
obras de injustiça, subjugada como estava por mestres cruéis.
Ele aliviou-a do peso intolerável das idéias vãs e ignóbeis, libertou-a do jugo
doloroso das obras de injustiça, deu-lhe o repouso. É este repouso pelo qual
todos nós lutamos e esperamos um dia alcançar em Cristo Jesus.
Se você conhece alguém que faz promessa de subir o morro de joelhos até a
santa que está instalada no topo da pedra, por exemplo, fala para essa pessoa
que Jesus prefere uma ato de caridade, uma boa esmola, um prato de comida a um
pobre do que ralar os joelhos em sangue naquele sacrifício estúpido.
Jesus não está aqui descartando o sacrifício da penitência como o jejum
purificante. Vejam que Ele confirma a importância do Jejum quando os seus
discípulos não conseguiram expulsar uns demônios. Jesus afirma que aquele tipo
de demônio só poderão ser expulsos com jejum e muita oração. Lembra?
Também existem aquelas pessoas que deixam nos bancos da igreja, aquelas novenas
por escrito, afirmando que você tem de fazer 500 cópias e distribuir a
500 pessoas para poder alcançar uma graça, como por exemplo, ganhar na
loteria. Puro absurdo, coisa típica de quem não conhece a verdadeira Doutrina
da Igreja.
Propósito:
Tu, Senhor, trabalhas constantemente e estás constantemente
++++
O
ser humano é dotado de força de vontade e inteligência, qualidades muito
importantes porque lhes dá a capacidade de discernimento.
Para vencer os desafios da vida, é preciso estar sempre atento às novidades.
De acordo com o bem-aventurado padre Tiago Alberione, fundador da Família
Paulina: “Vocês devem usar os meios mais eficazes e rápidos para fazer o bem”.
Sinta a emoção de tentar acertar, e até mesmo de errar, fazendo algo novo e
diferente.
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