12 JUNHO - Não nos cansemos de invocar o
Espírito Santo e de suplicar-lhe, sem cessar, que venha morar em nós e em nós
fixar duradoura morada. (S 348). São Jose Marello
Mateus 5,17-37 (5,27-32)
- Não pensem que eu vim para acabar
com a Lei de Moisés ou com os ensinamentos dos Profetas. Não vim para acabar
com eles, mas para dar o seu sentido completo. Eu afirmo a vocês que isto é
verdade: enquanto o céu e a terra durarem, nada será tirado da Lei - nem a
menor letra, nem qualquer acento. E assim será até o fim de todas as coisas.
Portanto, qualquer um que desobedecer ao menor mandamento e ensinar os outros a
fazerem o mesmo será considerado o menor no Reino do Céu. Por outro lado, quem
obedecer à Lei e ensinar os outros a fazerem o mesmo será considerado grande no
Reino do Céu. Pois eu afirmo a vocês que só entrarão no Reino do Céu se forem
mais fiéis em fazer a vontade de Deus do que os mestres da Lei e os
fariseus.
- Vocês ouviram o que foi dito aos seus antepassados: "Não mate. Quem
matar será julgado." Mas eu lhes digo que qualquer um que ficar com raiva
do seu irmão será julgado. Quem disser ao seu irmão: "Você não vale
nada" será julgado pelo tribunal. E quem chamar o seu irmão de idiota
estará em perigo de ir para o fogo do inferno. Portanto, se você estiver
oferecendo no altar a sua oferta a Deus e lembrar que o seu irmão tem alguma
queixa contra você, deixe a sua oferta ali, na frente do altar, e vá logo fazer
as pazes com o seu irmão. Depois volte e ofereça a sua oferta a Deus.
- Se alguém fizer uma acusação contra você e levá-lo ao tribunal, entre em
acordo com essa pessoa enquanto ainda é tempo, antes de chegarem lá. Porque,
depois de chegarem ao tribunal, você será entregue ao juiz, o juiz o entregará
ao carcereiro, e você será jogado na cadeia. Eu afirmo a você que isto é
verdade: você não sairá dali enquanto não pagar a multa toda.
- Vocês ouviram o que foi dito: "Não cometa adultério." Mas eu lhes
digo: quem olhar para uma mulher e desejar possuí-la já cometeu adultério no
seu coração. Portanto, se o seu olho direito faz com que você peque, arranque-o
e jogue-o fora. Pois é melhor perder uma parte do seu corpo do que o corpo
inteiro ser atirado no inferno. Se a sua mão direita faz com que você peque,
corte-a e jogue-a fora. Pois é melhor perder uma parte do seu corpo do que o
corpo inteiro ir para o inferno.
- Foi dito também: "Quem mandar a sua esposa embora deverá dar a ela um
documento de divórcio." Mas eu lhes digo: todo homem que mandar a sua
esposa embora, a não ser em caso de adultério, será culpado de fazer com que
ela se torne adúltera, se ela casar de novo. E o homem que casar com ela também
cometerá adultério.
- Vocês ouviram o que foi dito aos seus antepassados: "Não quebre a sua
promessa, mas cumpra o que você jurou ao Senhor que ia fazer." Mas eu lhes
digo: não jurem de jeito nenhum. Não jurem pelo céu, pois é o trono de Deus; nem
pela terra, pois é o estrado onde ele descansa os seus pés; nem por Jerusalém,
pois é a cidade do grande Rei. Não jurem nem mesmo pela sua cabeça, pois vocês
não podem fazer com que um só fio dos seus cabelos fique branco ou preto. Que o
"sim" de vocês seja sim, e o "não", não, pois qualquer
coisa a mais que disserem vem do Maligno.
Meditação:
O Sermão
da Montanha continua. São as orientações de Jesus, para que sejamos bons
discípulos/missionários. Jesus fala diretamente ao nosso coração. Faz parte de
nossa preparação saber escutar. Peçamos esta virtude!
Mateus,
no seu evangelho, apresenta às suas comunidades oriundas do judaísmo Jesus como
sendo aquele que vem atender às expectativas suscitadas pelo Primeiro
Testamento. Contudo, com a proclamação das bem-aventuranças, Jesus transmite
seus novos mandamentos, e afirma que quem viver estas bem-aventuranças é grande
no Reino dos Céus.
Jesus não
pretende reformar o complexo doutrinal do judaísmo, mas vem revelar que
qualquer doutrina ou lei só tem sentido se contribuir para o desabrochar da
vida. Ele não propõe uma doutrina, mas ensina a prática restauradora da vida.
Logo de inicio, no Sermão da Montanha,
Jesus
começa ensinando o valor perene do Antigo Testamento, que é Palavra de Deus e
fala com autoridade: – “Não vim abolir a Lei nem os Profetas, mas para
cumprir”. No v. 20, Mateus, narra que Jesus fala em “justiça”, o que já vem
fazendo em domingos anteriores, proclamando, insistindo com cada um ali
presente e agora também a todos nós na realidade da vida. Jesus quer dizer, que
devemos nos esforçar para entender sinceramente e cumprir a Vontade de Deus.
Jesus
fala sobre a Lei e os Profetas do Antigo Testamento, porque escribas e fariseus
deformam o espírito da Lei, vivem a Lei com falsidade. E Jesus, quer mostrar ao
homem do seu tempo, ali na montanha, junto ao Mar da Galiléia, que para se
entrar no Reino dos Céus será necessário superar radicalmente a concepção de
justiça e santidade, conforme diziam os escribas e fariseus. Fica claro, se
buscamos a santidade ou a justificação (que é graça de Deus), devemos ser fiéis
a esta graça.
Mateus
continua o discurso de Jesus, e nos apresenta os v. 21-26, que nos mostra a
plenitude da Lei de Moisés. Jesus possui uma autoridade divina. Nenhuma pessoa
consegue falar com esta autoridade.
A palavra
“raca” (v.22), equivale hoje ao que entendemos por néscio, estúpido, imbecil.
Era sinal entre os judeus de um grande desprezo, que muitas vezes se
manifestava não com palavras, mas com a ação de cuspir no chão. A palavra
“louco” (v.22), doido, renegado, era um insulto ainda maior que “raca”:
referia-se a perda do sentido moral e religioso, até o ponto da apostasia
(Abandono da crença religiosa).
Ainda, no
v.22, cabe um bom comentário, de santo Agostinho, pois Jesus cita três faltas
que podemos cometer contra a caridade: “ira”; “raca” e “loucura”. Dizia ele:
“Ira”: entrar em cólera por um movimento interno do coração corresponde ao
castigo do “juízo”; o segundo “raca”, ou dizer alguma palavra de desprezo, leva
consigo o castigo do “Conselho”; o terceiro “loucura”, quando nos deixamos
levar pela ira até a obcecação, injuriamos sem piedade nossos irmãos, seremos
castigados com o “fogo do inferno”.
Está aqui
a gravidade dos pecados externos contra a caridade: murmuração, injúria,
calúnia etc… Mas, estes pecados externos, brotam de nosso interior: rancor,
ódio etc… Desta forma, Jesus ensina aos seus discípulos e a cada um de nós,
onde está a raiz do pecado da ira. “Senhor, fazei de nós instrumentos de sua
paz, onde houver ódio que eu leve o amor” (da oração da são Francisco de
Assis).
O
discurso de Jesus é longo. Mateus continua a narração, agora nos expondo os v.
23-24, onde Jesus comenta sobre a prática da reconciliação, que os judeus
praticavam em seu tempo. Mas, para nós cristãos, há um novo significado:
Reconciliar será um aproximar-se do sacramento da Penitência, pois para
entrarmos em Comunhão, precisamos verificar se estamos, bem com Deus, com o
nosso próximo e com nós mesmo. Pois só através da penitência obtêm-se a misericórdia
de Deus.
Continuamos,
na montanha ouvindo o Mestre e São Mateus, nos passa o que diz Jesus nos v.
27-30. Jesus está se referindo ao olhar pecaminoso dirigido a toda mulher,
casada ou não, que os seus discípulos devem evitar. Jesus está levando à plenitude
o preceito da Antiga Lei.
Uma coisa
é sentir desejo e outra é consentir. O consentimento supõe a advertência da
maldade desses atos (olhares, imaginações, desejos impuros), e a voluntariedade
que livremente os admite.
“Amarás o
Senhor teu Deus com todo o teu coração e com toda a tua alma e com toda a tua
mente” (Mt 22,37),. Aqui, Jesus nos apresenta a virtude da “pureza”, contrária
ao desejo com consentimento. Nos diz J. Escrivá de Belaguer, em Cristo que
passa, nº 5: “A pureza é conseqüência do amor com que entregamos ao Senhor a
alma e o corpo, as potências e os sentidos. Não é uma negação; é uma alegre
afirmação”.
Na
contemplação da cena entendemos, o que Jesus quer dizer com olho direito e mão
direita, ou seja, aquilo que para nós é de maior estima. É claro que não
significa que devemos nos mutilar fisicamente, mas lutar e estar disposto a não
ofender ao Senhor. As Palavras do Senhor nos previne, principalmente, o cuidado
que devemos ter com os olhos. O rei Davi começou deixando-se levar pela curiosidade
e isto o conduziu ao adultério e ao crime. Depois chorou os seus pecados e teve
uma vida santa em Deus (cf. 2Sm 11 e 12).
Há meios,
para salvaguardar a virtude da “pureza”: 1) Confissão; 2) Comunhão freqüente;
3) devoção à Virgem Maria; 4) espírito de oração e mortificação; 5) guarda dos
sentidos; 6) fuga das ocasiões, esforço por evitar a ociosidade, procurando
sempre se ocupar com coisas úteis.
Esta é a
doutrina de Jesus: cabe-nos lutar, contra este mundo indiferente, paganizado,
inconseqüente, tentando influir nele para mudá-lo. O cristão será um super
herói, se der ouvidos as palavras do Senhor.
O
Evangelista nos v. 31-32, apresenta uma nova etapa no discurso de Jesus aos
discípulos. Do Antigo Testamento cita a Lei de Moisés (Dt 24,1), onde a
condição de inferioridade da mulher estava suavizada pelo “libelo de repúdio”
(escrito acusatório de repúdio) pelo qual o marido declarava a liberdade da
mulher repudiada para que pudesse contrair novas núpcias. Contra esta
interpretação rabínica, Jesus restabelece que o matrimônio é indissolúvel,
conforme Deus o tinha instituído. (Gn 1,27; 2,24)
Este
ensinamento de Jesus, quer nos alertar sobre algo de comum em nossa sociedade
hoje, a questão do “adultério”, que estabelece a liceidade da separação dos cônjuges,
mas sem a dissolubilidade do vínculo matrimonial, e, portanto, sem
possibilidade de contrair novo matrimônio. Acrescentando, cf. o CDC (Código de
Direito Canônico), cânon 1056: “As propriedades essenciais do matrimônio são a
unidade e a indissolubilidade que no matrimônio cristão recebem firmeza
especial em virtude do sacramento”.
O
discurso deste domingo chega a seu final, onde o Evangelista narra deste nosso
encontro os v. 33-37, apontando os abusos cometidos em seu tempo, sobre a
prática do juramento, e dois séculos depois, as mesmas práticas continuam. A
Lei de Moisés proibia a violação do juramento (Ex 20,7; Nm 30,4; Dt 23,22).
Jesus nos
diz, se querem me seguir no discipulado, devemos ter confiança mútua (Aliança).
Na Igreja (nas pastorais, movimentos, associações) não deverá haver engano nas
relações entre os seus membros, não devemos praticar a hipocrisia (devoção
fingida). Deus é a verdade. Jesus quer de nós sinceridade.
Na escuta
obediente do que Jesus nos apresentou, concluímos com as palavras do Papa Bento
XVI na sua Encíclica “Deus Caritas Est”, nº 12: “Não se começa a ser cristão
por uma decisão ética ou uma grande idéia, mas através do encontro com um
acontecimento, com uma Pessoa, que dá um novo horizonte à vida e, com isso, uma
orientação decisiva”.
Reflexão Apostólica:
Ao escutar as palavras de
Jesus no evangelho de hoje, podemos bem compreender que no centro do ensino
proporcionado para os discípulos, assim como nas disputas acirradas com os
escribas e os fariseus que o acusavam de não respeitar a Lei e as tradições dos
antigos pais, não está simplesmente em jogo a questão da observância dos
preceitos da Lei de Moisés ou dos costumes tradicionais, mas a relação profunda
com a pessoa do próprio Jesus e com o projeto original de Deus para com Israel
e a humanidade inteira. Um projeto de vida, de autenticidade e de libertação de
toda dissimulação consigo mesmo, com os demais e com Deus.
Jesus, o “homem novo”, o “novo Adão” (Rm 5, 15 -19), realiza o desígnio
do Pai segundo seu projeto original sobre o homem/mulher, e abre o caminho para
também nós entrarmos na dinâmica do homem novo. Da relação autêntica com a
pessoa de Jesus, vivenciada na fé, brotam no discípulo, a energia vital e os
critérios que orientam do interior o estilo novo da sua vida, moldada pelo
Espírito no seu exemplo. Ao conhecer e ao amar a Jesus, os preceitos e os
critérios novos para agir, brotam da raiz do coração renovado.
Hoje continuamos refletindo o
evangelho de Mateus, em sequencia consecutiva com os fragmentos meditados nos
domingos anteriores. É o sermão da Montanha, que começou com as Bem
aventuranças e que continua com a exposição das exigências da Lei de Moisés
(Torá), explicadas por Mateus, que está escrevendo para uma comunidade composta
por judeus, que se tornou cristã, obviamente sem deixar de as pessoas serem de
origem judaica, como ocorreu com os demais cristãos.
É preciso atenção, pois, para o fato de que a representação da Lei no evangelho
de Mateus está escrita para essa comunidade concreta, que difere muito das
nossas leis. Obviamente, tem também um valor universal, porém deve-se ter noção
da peculiaridade dessa comunidade, para não “judaizar” desnecessariamente a
todos os demais.
Porém, além dessa peculiaridade do evangelho de Mateus, todo o evangelho tem
outra característica significativa neste campo da moral, da Lei, que é
semelhante a que fazíamos notar a respeito da leitura anterior, a de Paulo,
sobre o conhecimento salvifico ou gnose. A moral viria a ser também uma espécie
de conhecimento gnóstico: é uma vontade, divina, superior, vinda de fora, desde
cima, desde “o segundo piso”, que temos que tratar de escutar nessa direção. É
uma moral “hetero-norma”, uma norma alheia, vinda de fora, de cima, à qual
temos que nos submeter. Submeter-se a essa lei é o sentido da vida humana.
A moral, os preceitos, os mandamentos com sua constrição sobre a vida humana, e
a conseqüente ameaça de pecado e de condenação, foram uma das fontes clássicas
de fricção da religião com o mundo moderno. Durante todo o mundo antigo,
configurado com os padrões do autoritarismo, dos impérios e do feudalismo, das
monarquias absolutas o ser humano aceitava “como o mais natural do mundo” que o
“mundo de cima” era estruturalmente como o daqui de baixo, isto é, um mundo
onde Deus está sentado em seu trono (como o imperador ou o rei ou o senhor
feudal aqui embaixo), com seu séquito de cortesãos da “corte celestial” (como a
Corte de qualquer rei humano), vigiando o mundo para que se cumpram as ordens que
desde cima eram ditadas.
Santo Inácio de Loyola, como homem de cosmovisão medieval, reflete belamente em
sua explicação global a respeito do sentido da vida humana, em sua meditação
central, a do Princípio e fundamento: “o homem é criado para louvar, para fazer
reverencia e servir a Deus nosso Senhor e, mediante isso, salvar sua alma; e as
outras coisas sobre a face da terra são criadas para o homem e para que o
ajudem a conseguir o fim para o qual foi criado.
De onde se segue que o homem pode usar das coisas para alcançar o seu fim, e
deve deixar as coisas que o impedem de alcançá-lo. Por isso é necessário
manifestar indiferença perante todas as coisas criadas, o tanto quanto possível
ao nosso livre arbítrio, contanto que não sejam coisas proibidas; dessa maneira
que não queiramos de nossa parte mais saúde que enfermidade, mais riqueza que
pobreza, honra que desonra, vida longa que curta, e, cosequentemente, em tudo o
mais; somente desejando e escolhendo o que mais nos conduz ao fim a que somos
criados” (Exercicios Espirituais, 23).
Santo Inacio não inventou nada de novo. Expressava, antologicamente, isso sim,
a visão medieval e pré-moderna de uma cosmovisão salvadora estruturada em dois
pisos, um superior (não somente porque está em cima, mas porque é absolutamente
superior em sua natureza), e outro inferior (temporal, passageiro, corruptível,
perigoso...). Do piso de cima vem tudo: o Ser, o Amor, a Verdade, a Beleza... e
a moral. Uma moral, pois, absolutamente heterônoma, indiscutível, absolutamente
inapelável e, nesse sentido, facilmente, perceptível como constringente e
cegamente obrigatória, alheia a toda explicação justificativa e, nesse sentido,
opressiva.
O mundo moderno mudou radicalmente. O Ancien Regime do autoritarismo,
imperialismo, da obediência cega, do submetimento omnímodo e a-racional acabou.
Os impérios, reinos e monarquias acabaram, e apareceram as repúblicas e as
democracias, e os direitos dos cidadãos (já não súditos). Uma moral exterior,
pré-estabelecida, superior, sem justificação, inapelável é sentida agora como
sufocadoramente opressora.
Com a vinda da modernidade, em todos os campos, o mundo de cima, o segundo
piso, que genialmente configuraram os helenistas, com Platão à frente,
desaparece como que evapora. Não faz falta que seja negado, mas que a ciência,
com seus avanços, cada dia o deixa para trás, em favor da descoberta de tudo
que funciona “como se Deus não existisse”.
O cristão moderno, o que não vive com sua cabeça no mundo pré-moderno medieval,
não pode aceitar aquela visão dividida em dois mundos, por muito espiritual que
se apresente, senão que passa a viver em um mundo novo, um mundo único, uma
única realidade, sem dois pisos superpostos.
Essa transformação é uma realidade na cultura moderna, por mais que muitos cristãos
e não poucas religiões continuem vivendo separadamente entre a vida real e a
pública, por um lado, e a vida espiritual dualista de suas representações
religiosas, de outro.
Por isso, muitos cristãos se sentem retraídos ao mundo de seus avós quando escutam
este tipo de discurso de uma moral “heterônoma”, como se continuassem existindo
preceitos caídos do alto, revelados, e por isso mesmo, indiscutíveis,
inquestionáveis, aos quais somente caberia submeter-se acriticamente como
súditos do Rei do céu (de um segundo piso).
A meta do caminho espiritual, identificado por São Bento com “a subida
da escada da humildade”, em sintonia com a humildade do Verbo que esvaziou a si
mesmo, é alcançar a lei do amor gratuito, na liberdade e na alegria do
Espírito.“
Santo Agostinho, o homem que experimentou em si mesmo as radicais
contradições entre os desejos mais profundos do coração humano e a incapacidade
para segui-los com as própria forças, e que depois experimentou a explosiva
energia renovadora da graça, chegará a cunhar a famosa frase que bem resume a
raiz e o horizonte infinito do amor de Deus derramado no coração: “Ama e faz o
que quiseres!”. Se alguém amar de verdade, não pode agir a não ser segundo a
lógica do amor de Deus.
Esta é a verdadeira identidade cristã e o dinamismo da liberdade e
responsabilidade do cristão, como filho e filha de Deus em Cristo.
Este é o caminho que Jesus abre novamente com seus gestos e palavras.
Inevitavelmente muitas vezes elas vão embater com as atitudes míopes dos
fariseus de todos os tempos.
Propósito:
Pai, guiado pelos ensinamentos de Jesus, revela-me teu querer divino, livrando-me de dar-me por satisfeito com a observância superficial dos teus mandamentos.
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