13 - Queira Deus que possamos manter-nos sempre
dignos de pertencer à Família bendita de São José e merecedores de receber o
sustento diário das mãos do seu Chefe. (L 206). SÃO JOSE MARELLO
Mateus 7,7-12
Naquele tempo, disse Jesus aos seus
discípulos: 7“Pedi e vos será dado! Procurai e achareis! Batei e a
porta vos será aberta! 8Pois todo aquele que pede recebe; quem
procura encontra; e a quem bate a porta será aberta.
9Quem de vós dá ao filho uma pedra, quando ele pede um pão? 10Ou lhe dá uma cobra, quando ele pede um peixe? 11Ora, se vós, que sois maus, sabeis dar coisas boas a vossos filhos, quanto mais vosso Pai que está nos céus dará coisas boas aos que lhe pedirem! 12Tudo quanto quereis que os outros vos façam, fazei também a eles. Nisto consiste a Lei e os Profetas”.
Meditação:
9Quem de vós dá ao filho uma pedra, quando ele pede um pão? 10Ou lhe dá uma cobra, quando ele pede um peixe? 11Ora, se vós, que sois maus, sabeis dar coisas boas a vossos filhos, quanto mais vosso Pai que está nos céus dará coisas boas aos que lhe pedirem! 12Tudo quanto quereis que os outros vos façam, fazei também a eles. Nisto consiste a Lei e os Profetas”.
Meditação:
Se tivéssemos consciência do que Jesus nos fala
neste Evangelho e percebêssemos realmente a profundidade das Suas palavras, com
certeza nós nunca desanimaríamos diante dos desafios da nossa vida.
O pedir o procurar e o bater são ações de caráter
imprescindível da nossa existência humana. Vivemos continuamente este movimento
no nosso dia a dia.
Normalmente, no entanto, nós pedimos, procuramos e
batemos em busca das coisas que nós consideramos essenciais e absolutamente
necessárias para saciar a nossa fome de prazer, de possuir e de poder.
Esta sequência de exortações são um estímulo à
perseverança na consecução de um objetivo e, particularmente, à oração
perseverante a Deus. Elas são apresentadas por Lucas praticamente com as mesmas
palavras, no contexto do estímulo à oração.
Duas comparações com o pai ou mãe que sabem dar
coisas boas aos filhos, mostram que se o amor humano é limitado o amor de Deus
é infinito. A afirmação: "vós que sois maus..." indica um certo pessimismo
da tradição apocalíptica.
Na conclusão, a máxima de comportamento: "Tudo
quanto desejais que os outros vos façam, fazei-o, vós também, a eles", é
um patrimônio da cultura universal. Ela exprime uma experiência universalmente
reconhecida como válida.
A comunidade de Mateus se depara com o problema de
definir sua posição a respeito da Lei de Moisés. Já no sermão da montanha,
Jesus tinha dado pistas novas que definiam o autêntico caminho do discípulo;
talvez os ouvintes não vissem mais a necessidade de sequer recorrer à lei
mosaica para orientar sua conduta e suas relações interpessoais; contudo, Jesus
se pronuncia de um modo contundente: “Não pensem que vim para abolir a Lei ou
os Profetas...” (5,17), uma maneira de referir-se a toda a Escritura.
Para Jesus, o cumprimento da Lei de Moisés e da nova Lei que ele mesmo
está propondo, vai muito além do mero apego e do simples apelo a normas e
preceitos de uma maneira externa e desumanizada: Este é o modelo dos escribas e
fariseus, que constituíam o paradigma do legalismo: a lei pela lei. O discípulo de Jesus, através da Nova Lei, tem que demonstrar com sua vida e seus atos o modelo de homem novo, criatura nova, renovada graças à recuperação do genuíno espírito da lei antiga, que era fundamentalmente o serviço e a opção pela justiça e pela vida.
A nós cristãos é feito o convite nas leituras para
que invoquemos a presença de Deus em nossas vidas e comunidades e o melhor é
que podemos fazê-lo nas mais distintas circunstancias.
O exemplo de Ester, a concubina de Asuero: "Não tenho
outro defensor fora de ti, Senhor." (Ester 14, 1-3.5.12-14), o
salmo: "Naquele
dia em que gritei, vós me escutastes, ó Senhor! " (Sl
137,1-3.7-8) e as belíssimas palavras do evangelho nos animam
a isso. Só nos falta uma atitude muito confiante, segura e sincera para que nos
aproximemos do Deus da vida.
Fica, pois, esse grande comentário, feito no sentido positivo (nós o sabemos e aplicamos aos demais quase sempre em formulação negativa) de "tratar aos demais como gostaríamos de sermos tratados".
Fica, pois, esse grande comentário, feito no sentido positivo (nós o sabemos e aplicamos aos demais quase sempre em formulação negativa) de "tratar aos demais como gostaríamos de sermos tratados".
É um elemento de convivência e de construção
comunitária que nos faz muita falta para evitar uma série de vivências que
tornam opacos os valores do evangelho.
Estejamos atentos aos modelos oferecidos nos
próximos dias em relação à perfeição e ao amor aos demais, neles estará a chave
para completar, como em um grande mosaico, a presença de Deus em nossos grupos
com os valores que o Reino requer.
E estejamos atentos quando pedirmos "coisas" a Deus, porque podemos nos enganar. Jesus nos convida a pedir, mas não garante que nos será dado exatamente o que pedimos, mas sim "coisas boas".
E estejamos atentos quando pedirmos "coisas" a Deus, porque podemos nos enganar. Jesus nos convida a pedir, mas não garante que nos será dado exatamente o que pedimos, mas sim "coisas boas".
Neste tempo de conversão, somos desafiados a
empenharmo-nos, assiduamente, na oração a Deus e a assumirmos que o bem que eu
faço aos outros é o meu próprio bem.
Reflexão Apostólica:
Antes de começar
esta reflexão... vamos parar um pouquinho rezar e pedir a presença de Deus
nessa meditação, nessa oração...
É um evangelho que tantas vezes já escutamos....e muitas vezes lemos correndo por já conhecer... Mas hoje Deus nos convida a olharmos com calma para este trecho....
Muitas vezes ao ouvir ou ler este evangelho nos questionamos... É pedir e receber... parece tão simples, tão fácil... mas quantas coisas pedimos e não recebemos?
Várias vezes já nos explicaram que "precisamos saber pedir", "que não sabemos rezar" e que é preciso rezar como Jesus rezava "seja feita a tua vontade". E muitas vezes rezamos: "Senhor, se for da tua vontade...."
Mas mesmo assim, mesmo pedindo para que aconteça a vontade de Deus, quantas vezes rezamos e nada acontece e esse trecho "Pedi e vos será dado! Procurai e achareis! Batei e a porta vos será aberta! 8Pois todo aquele que pede recebe; quem procura encontra; e a quem bate a porta será aberta", ainda muitas vezes parece fora da nossa realidade cotidiana....
Refletindo com mais calma sobre o trecho vemos que em nehum momento Jesus disse quando será dado, quando será achado, quando a porta será aberta.
Ele apenas diz:
"Pedi e vos será dado! Procurai e achareis! Batei e a porta vos será
aberta". A nossa mentalidade é que já está programada pra pensar que o
tempo entre pedir e receber tem que ser curto.."pra ontem". Como
quase tudo na sociedade moderna tem que ser "pra ontem", tem que ser
em alta velocidade, tem que apresentar resultado rápidoÉ um evangelho que tantas vezes já escutamos....e muitas vezes lemos correndo por já conhecer... Mas hoje Deus nos convida a olharmos com calma para este trecho....
Muitas vezes ao ouvir ou ler este evangelho nos questionamos... É pedir e receber... parece tão simples, tão fácil... mas quantas coisas pedimos e não recebemos?
Várias vezes já nos explicaram que "precisamos saber pedir", "que não sabemos rezar" e que é preciso rezar como Jesus rezava "seja feita a tua vontade". E muitas vezes rezamos: "Senhor, se for da tua vontade...."
Mas mesmo assim, mesmo pedindo para que aconteça a vontade de Deus, quantas vezes rezamos e nada acontece e esse trecho "Pedi e vos será dado! Procurai e achareis! Batei e a porta vos será aberta! 8Pois todo aquele que pede recebe; quem procura encontra; e a quem bate a porta será aberta", ainda muitas vezes parece fora da nossa realidade cotidiana....
Refletindo com mais calma sobre o trecho vemos que em nehum momento Jesus disse quando será dado, quando será achado, quando a porta será aberta.
Mas precisamos lembrar que o tempo é criatura de Deus, que Deus é o Senhor do tempo, e sua ação em nossas vidas não precisa respeitar a cronologia humana, e sim a nossa cronologia precisa respeitar, mesmo muitas vezes sem compreender, o "tempo de Deus".
O nosso "Pedir", o "Procurar", o "Bater" precisam ser constantes, de cristão que entendem que é a vontade de Deus e não a nossa...que também é o tempo de Deus e não o nosso...
Na verdade, nós nos submetemos diante dos reis e dos governantes da terra por um punhado de sucesso, de reconhecimento do nosso potencial humano ou então nos degradamos e nos corrompemos para conquistar um lugar ao sol ou ainda nos humilhamos para nos apossar do coração de alguém.
Fazemos mil e uma piruetas
para buscar, fora, o pão que mata a nossa fome de amor. Porém, não percebemos
que o que poderá alimentar a nossa alma e o nosso corpo está escondido dentro
de nós e faz parte da essência da nossa alma, pois vem da fonte que jorra
dentro de nós.
Dentro de nós há
uma fonte de amor para qual nós devemos nos voltar a fim de pedir, procurar e
bater em busca das “coisas” de que nós precisamos realmente.
A fé no amor de
Deus é o alimento imprescindível da nossa existência humana. Deus sabe que nós
precisamos do Seu amor como alimento, todavia, Ele espera a nossa livre
vontade, o nosso querer e o nosso desejar para abrir as comportas e nos
conceder tudo o que nós queremos alcançar.
O Pai está no céu
do nosso coração e espera a nossa adesão e o nosso desejo de possuir tudo o que
Ele já designou para nos presentear. Pedir, procurar, bater, é perseverar na
vivência do Evangelho com esperança e determinação. Não podemos nos escusar nem
perder a grande chance da nossa vida buscando fora de nós pedra e cobra quando
o Pai nos oferece pão e peixe, hoje.
Por isso, também
não podemos deixar para pedir, procurar e bater somente amanhã o que hoje nos é
oferecido. Todo aquele que pede recebe, quem procura acha, e a quem bate, a
porta se abre.
Alimentados com o
pão do amor nós conseguiremos também cumprir o que a lei e os profetas nos
propõem: fazer aos outros tudo aquilo que nós desejamos que façam a nós.
O que você tem
pedido a Deus: pão ou pedra; peixe ou cobra? O que na verdade você precisa
pedir a Deus? Aonde você tem buscado alimento e proteção? Você tem
batido nas portas dos homens para receber o que está à sua disposição dentro do
seu coração?
Propósito:
Pai, dá-me um coração grande, capaz de demonstrar um amor imenso ao meu semelhante, na total gratuidade e sem interpor restrições.
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