domingo, 2 de fevereiro de 2025

Evangelho do dia 06 fevereiro quinta feira 2025

 

06 fevereiro - Os cavaleiros da Idade Média estavam sempre alerta para que a covardia de um instante não os fizesse perder a glória conquistada durante longos anos de luta. Nós também nos devemos vigiar constantemente, de armas em punho e com os olhos fitos em Cristo. (L 11). São Jose Marello

 

Marcos 6,7-13

Naquele tempo, Jesus chamou os doze e começou a enviá-los dois a dois, dando-lhes poder sobre os espíritos impuros. Recomendou-lhes que não levassem nada para o caminho, a não ser um cajado; nem pão, nem sacola, nem dinheiro na cintura. Mandou que andassem de sandálias e que não levassem duas túnicas. E Jesus disse ainda: “Quando entrardes numa casa, ficai ali até vossa partida. Se em algum lugar não vos receberem, nem quiserem vos escutar, quando sairdes, sacudi a poeira dos pés, como testemunho contra eles!” Então os doze partiram e pregaram que todos se convertessem. Expulsavam muitos demônios e curavam numerosos doentes, ungindo-os com óleo.

Meditação:

No Evangelho de hoje, temos um claro chamado de Jesus às Missões: Ele chamou os doze discípulos e os enviou dois a dois. Enviou para quê? Para curar, para anunciar a boa nova, para que se arrependessem de seus pecados.

É esta a Missão de todo Cristão, espalhar ao mundo o Amor de Cristo por nós, é dizer a todos que seus pecados têm perdão, bastam se arrepender. Jesus deu AUTORIDADE para que eles saíssem e "expulsassem os espíritos maus" e Ele nos dá autoridade para expulsá-los também, e entendamos como maus espíritos todos os sentimentos de tristeza, ódio, mágoa, pecado, ou seja, tudo aquilo que nos leva a morte espiritual.

Para tanto, faz-se necessário que sejamos despojados, que não tenhamos apego à matéria, status, conforto, ao contrário, sejamos livres no Amor, para que a mensagem seja passada inteiramente. A missão não nos leva ao desapego, mas antes exige isto de nós, pois se não for desta forma não vamos conseguir levar a Cristo verdadeiramente.
Os discípulos são enviados para continuar a missão de Jesus: pedir mudança radical da orientação de vida (conversão), desalienar as pessoas (libertar dos demônios), restaurar a vida humana(curas). Os discípulos devem estar livres, ter bom senso e estar conscientes de que a missão vai provocar choque com os que não querem transformações.

O chamado e conseqüentemente o envio é uma tarefa que não se pode realizar no individualismo. O chamado é pessoal, a resposta também, mas o ministério, o serviço deve ser entendido numa dimensão comunitária. Pois a igreja é mistério de comunhão. E para que os apóstolos entendessem isso, Ele os envia em missão, dois a dois, colocando como centro vida em comunidade na ação missionária. Este foi o espírito do Concílio Vaticano II: A missão na Igreja-comunhão.

A comunhão entre os fiéis em seus vários estados e estilos de vida faz com que a Igreja se sinta por dentro da missão de Jesus.

Para Marcos no Evangelho de hoje a missão dos Doze, portanto da Igreja hoje, é a mesma missão de Jesus. Cristo nos envia a pregar o Evangelho, a penitência, expulsar os demônios e a curar todas as enfermidades.

Em São Tiago, em lugar dos Doze estão os presbíteros que são os cooperadores na missão dos Doze e em lugar do envio direto de Jesus temos a unção em nome do Senhor, isto é, de Cristo glorioso no Céu. Em nossos dias os cooperadores, os enviados em missão somos todos nós. Leigos ou clérigos. Cristo nos unge e envia em missão para que todos os homens conheçam a verdade e se salvem.

Ele nos pede ao nos enviar, a comunhão, simbolizada pelo envio de dois em dois. Que sejamos despojados de riquezas, ganância, orgulho, avareza e vaidade: nada tomar para o caminho, exceto um bastão, a coerência em uma conduta simples e humilde: não andeis de casa em casa, em uma conduta regida pela liberdade de espírito se em algum lugar não os receberem, sair e sacudir o pó dos vossos pés.

Ele ainda nos adverte: Assim como as palavras de Jesus não foram bem acolhidas até pelos próprios parentes, assim também os Doze na missão encontrarão dificuldades. Como não acolheram nem escutaram a Jesus, assim algumas vezes também não escutarão aos Doze. Os doze somos nós. Mas é preciso não perder o fôlego. É preciso que tenhamos bem presente que com Cristo e em Cristo nós somos mais do que vencedores.

Segundo João Paulo II na Exortação Apostólica Redemptoris Missio, a missão confiada à Igreja está muito longe de ser atingida. Estas palavras podem ser pronunciadas em cada geração e em cada época histórica, porque é necessário estar sempre começando.

A única coisa que nesta hora de Deus não podemos fazer é cruzarmos os braços, estar sem fazer nada. Seria uma postura irresponsável e indigna de um bom cristão!

Livres para a missão. Para sermos “missionários” precisamos ser livres. Livres para aceitar esta dimensão própria da vocação cristã. Livres para responder a Deus com generosidade, sem laços de instintos e paixões egoístas; livres para seguir docilmente as luzes e os movimentos do Espírito Santo dentro de nós mesmos.

Precisamos ser livres de todo apego aos bens e meios materiais, para nos apresentarmos com o evangelho puro, sem alterações, livres de todo orgulho e ânsia de poder, com a consciência clara de que somos servidores do homem.

Precisamos estar equipados somente com um grande amor a Jesus Cristo, nosso modelo; equipados com o Evangelho feito vida; equipados com a confiança em Deus e com a esperança na ação do Espírito Santo no coração dos homens.

Como cristãos somos chamados a abrir caminhos que para, pelo e por amor rompam as cercas levantadas pelo sistema do poder, que gera ódio, vingança, injustiças, fome e morte de todos os homens e mulheres. E nesta luta não temos dia nem horas.

O nosso Guia nos disse: Meu Pai trabalha todos os dias e eu também trabalho. Assim, sendo, não temos que procurar descanso, a não saber que fazemos a santa vontade de Deus.

Reflexão Apostólica:

Para o evangelista Marcos, Jesus tem perfeita consciência de sua missão, mas, ao contrário dos mestres de seu tempo, que se cercavam de alguns discípulos no seio de uma escola ou às portas de uma cidade, ele quis ser itinerante (v.6), com a finalidade de chegar à maior quantidade de pessoas em seu próprio ambiente de vida.

Se admite discípulos não o faz para estar com eles à maneira dos rabinos judeus de seu tempo, mas para associá-los a seus trajetos missionários e assim multiplicar sua missão.

O conteúdo da pregação dos discípulos é ainda, por uma parte, o que Jesus recebeu de João Batista: a conversão e o arrependimento (v. 12, específico de Marcos).

Mas João Batista se limita a predizer a proximidade do reino; os discípulos de Jesus são enviados para torná-lo visível e atual: expulsam os demônios e curam as enfermidades, convencem as pessoas de sua libertação das forças do mal e de sua incorporação a uma nova soberania.

Esta atenção para com os pobres e doentes diferencia igualmente Jesus e seus discípulos dos fariseus e dos demais mestres da sabedoria, pouco atentos às classes indigentes. Diferencia igualmente nossa forma de evangelização?

Jesus chamou os Seus doze apóstolos e enviou-os dois a dois para levar ao mundo a sua paz. Antes que fossem, porém, Ele lhes deu instruções valiosas que para nós, cristãos, são importantes observar. Jesus veio instaurar no mundo uma nova maneira de ser e de viver, no amor e na fraternidade sem dependência das coisas materiais que nos escravizam.

Por isto, Ele nos ensina a caminhar em unidade com os irmãos, nunca seguindo sozinhos (as) e a nos desapossar de coisas que não são as essenciais para a nossa trajetória.

Quando nos despojamos da nossa humanidade, dos nossos interesses e das nossas motivações e levamos ao mundo a boa notícia da salvação de Jesus, nós estamos também renunciando à segurança da nossa capacidade intelectual, financeira, material para dar verdadeiro testemunho dos bens espirituais que Jesus nos manda espalhar.

Para pregar o reino de Deus o Senhor nos manda levar somente o Cajado que é a Sua Palavra que nos guia, nos orienta e ilumina os nossos passos e sandálias aos pés, isto é, a oração e a vivência dos sacramentos que nos dão respaldo e firmeza para caminhar sem machucar os pés.

Para levar a paz nós não precisamos de pão, de sacola, de dinheiro, mas sim de confiança na providência e na misericórdia do Senhor e no poder do Seu Espírito. Não precisamos também ficar mudando de lugar a todo instante.

Jesus nos recomenda para que tenhamos perseverança. Ele não nos envia para longe, Ele quer nos ensinar essa nova mentalidade a partir dos nossos relacionamentos familiares.

Você acha que precisa de muitas coisas para dar testemunho de Jesus? Quais as armas que você está usando para conquistar a sua família? Qual a impressão que você está deixando dentro da sua casa em relação à influência do Evangelho na sua vida? Você está sendo coerente com o ser um (a) evangelizador (a)?

Precisamos ter consciência que esta vida que temos nada mais é que uma passagem para a vida eterna, e depois que morremos nada levamos a não ser nossas ações, sejam elas de amor ou não.

Isso não significa que não devemos ter nada, nenhum sucesso, de forma alguma, mas quer dizer que essas coisas não podem ser maiores que a própria Missão ou Vocação, não podem pesar mais que a minha obrigação, enquanto Cristão, de anunciar ao Reino dos Céus.

Quando Jesus diz que não levem comida, ou dinheiro, Ele mostra claramente que acredita na providência de Deus e que sabe que existem pessoas que vão acolher aqueles missionários.

É preciso confiança para acreditar que Deus recompensará nosso Serviço e que precisamos, sim, ir além, sair e evangelizar na Igreja, em casa, mas principalmente pelo mundo para abrir o coração dos que ainda não conhecem a Jesus.

Peçamos essa graça de sermos missionários, desapegados, humildes e confiantes na Providência Divina.

Dia 06

Ao dar-nos a vida, Deus concedeu aos seres humanos a própria vida.

No batismo, foi feita nossa consagração; com isso, todos se tornaram templos vivos da Santíssima Trindade, feitos à imagem e semelhança de Deus.

Quem tem o Filho de Deus possui a vida.

No entanto, aquele que não tem o Filho de Deus não possui a vida.

Lembre-se de que, para ter a verdadeira vida, é preciso crer no nome de Jesus Cristo, o Filho de Deus.

Ter fé significa possuir esperança na vida eterna.

“Em verdade, em verdade, vos digo: quem crê, tem a vida eterna.”

(Jô 6,47).

 06 de Fevereiro


Santo Paulo Miki e companheiros

Foi através do trabalho evangelizador de São Francisco Xavier, que o Japão tomou conhecimento do cristianismo, entre 1549 e 1551. A semente frutificou e, apenas algumas décadas depois, já havia pelo menos trezentos mil cristãos no Império do sol nascente. Mas se a catequese obteve êxito não foi somente pelo árduo, sério e respeitoso trabalho dos jesuítas em solo japonês. Foi também graças à coragem dos catequistas locais, como Paulo Miki e seus jovens companheiros.

Miki nasceu em 1564, era filho de pais ricos e foi educado no colégio jesuíta em Anziquiama, no Japão. A convivência do colégio logo despertou em Paulo o desejo de se juntar à Companhia de Jesus e assim o fez, tornando-se um eloqüente pregador. Ele porém, não pôde ser ordenado sacerdote no tempo correto porque não havia um bispo na região de Fusai. Mas isso não impediu que Paulo Miki continuasse sua pregação. Posteriormente tornou-se o primeiro sacerdote jesuíta em sua pátria, conquistando inúmeras conversões com humildade e paciência.

Paciência, essa que não era virtude do imperador Toyotomi Hideyoshi. Ele era simpatizante do catolicismo mas, de uma hora para outra, se tornou seu feroz opositor. Por causa da conquista da Coréia, o Japão rompeu com a Espanha em particular e com o Ocidente em geral, motivando uma perseguição contra todos os cristãos. Inclusive alguns missionários franciscanos espanhóis que tinham chegado ao Japão através das Filipinas e sido bem recebidos pelo Imperador.

Os católicos foram expulsos do país, mas muitos resistiram e ficaram. Só que a repressão não demorou. Primeiro foram presos seis franciscanos, logo depois Paulo Miki com outros dois jesuítas e dezessete leigos terciários.

Os vinte e seis cristãos sofreram terríveis humilhações e torturas públicas. Levados em cortejo de Meaco a Nagasaki foram alvo de violência e zombaria pelas ruas e estradas, enquanto seguiam para o local onde seria executada a pena de morte por crucificação. Alguns dos companheiros de Paulo Miki eram muito jovens, adolescentes ainda, mas enfrentaram a pena de morte com a mesma coragem do líder. Tomás Cozaki tinha, por exemplo, catorze anos; Antônio, treze anos e Luis Ibaraki tinha só onze anos de idade.

A elevação sobre a qual os vinte e seis heróis de Jesus Cristo receberam o martírio pela crucificação em fevereiro de 1597 ficou conhecida como Monte dos Mártires. Paulo Miki e seus companheiros foram canonizados pelo Papa Pio IX, em 1862.

Os crentes se dispersaram para escapar dos massacres e um bom número deles se estabeleceu ao longo do rio Urakami, nas proximidades de Nagasaki. Lá eles continuaram a viver sua fé, apesar da ausência de padres. A partir do momento em que o Japão se abriu novamente aos europeus, os missionários voltaram e as igrejas voltaram a ser construídas, inclusive em Nagasaki, a poucos quilômetros da comunidade cristã clandestina. Ela havia perdido todo contato com a Igreja Católica, mas guardava preciosamente três critérios de reconhecimento recebidos dos ancestrais: “Quando a Igreja voltar ao Japão, vocês a reconhecerão por três sinais: os padres não são casados, haverá uma imagem de Maria e esta Igreja obedecerá ao papa-sama, isto é, ao Bispo de Roma”. E foi assim que aconteceu dois séculos e meio depois, quando os cristãos do Império do sol nascente puderam se reencontrar com sua Santa Mãe, a Igreja.

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